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APOSTILA TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I.2013

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TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 1 Prof. EDSON DEGRAF 
 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS AVANÇADOS DE 
CONTABILIDADE APLICADA - I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 2 Prof. EDSON DEGRAF 
 
FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ DE CURITIBA - INOVE 
www.santacruz.br 
 
C O N T E Ú D O P R O G R A M Á T I C O 
 
CURSO: Ciências Contábeis 
SEMESTRE (PERÍODO) 5º 
DISCIPLINA: Tópicos Avançados de Contabilidade Aplicada I 
CARGA HORÁRIA: 72 horas/aula 
 
Ementa 
Depreciação, Amortização e Exaustão – Ganhos ou Perdas de Capital – Matriz e Filial – Transações 
Entre Partes Relacionadas – Ajustes de Exercícios Anteriores – Passivo a Descoberto – Juros Sobre o 
Capital Próprio – Demonstração do Valor Adicionado . 
Objetivo(s) 
Proporcionar uma visão geral da aplicabilidade da contabilidade. Entender a estática patrimonial e a 
dinâmica patrimonial das empresas. Entender os procedimentos contábeis no desenvolvimento da 
escrituração Contábil das empresas. Determinar os critérios de avaliação patrimonial proporcionando o 
conhecimento básico para a elaboração e análise das demonstrações financeiras, de conformidade da 
ciência contábil, observando as leis societárias e a legislação vigente. 
 
Conteúdo 
1. Depreciação 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
2. Amortização 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
3. Exaustão 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
4. Ganhos ou Perdas de Capital 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
5. Matriz e Filial 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
6. Transações Entre Partes Relacionadas 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
7. Ajustes de Exercícios Anteriores – Estimativas Contábeis 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
8. Passivo a Descoberto 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
9. Juros Sobre Capital Próprio 
 Conceitos, aspectos fiscais, regulamentação, contabilização e exemplos. 
 
10. Demonstração do Valor Adicionado 
 Introdução e aspectos legais. Técnica de elaboração e estrutura 
 
Metodologia de Ensino 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 3 Prof. EDSON DEGRAF 
 
As aulas desenvolver-se-ão voltadas para a resolução de problemas e expressão das soluções em uma 
linguagem especificada para esse fim. Exposições/discussões teóricas serão realizadas em função das 
atividades relacionadas aos problemas propostos. As atividades, conforme sua natureza, serão 
desenvolvidas em salas de aula convencionais. 
 
Atividades Discentes 
Trabalhos em grupo e ou individual sobre o conteúdo programático, as quais serão somadas, podendo 
o discente atingir até 3,0 (três pontos). 
 
Procedimentos de Avaliação 
O sistema de avaliação no primeiro bimestre compreende avaliações parciais até 3,0 (três) pontos e 
avaliação bimestral 7,0 (sete) pontos sobre o conteúdo programático, as quais, serão somadas e obtida 
a média de aproveitamento do aluno quanto aos objetivos. 
O sistema de avaliação no segundo bimestre compreende avaliações parciais até 4,0 (quatro) pontos 
referente ao Trabalho interdisciplinar, 1,0 (hum) ponto referente a avaliações parciais e avaliações 
bimestrais (teoria e prática) 5,0 (cinco) pontos, sobre o conteúdo programático, as quais, serão 
somadas e obtida a média de aproveitamento do aluno quanto aos objetivos. 
Os resultados das avaliações serão retornados aos alunos, cuja correção ou avaliação deverão servir 
como instrumento do processo de ensino e aprendizagem. O aluno que obtiver média igual ou superior 
a 7 (sete), e freqüência superior a 75%, é considerado aprovado. Se o aluno não alcançar esta média, 
ele deverá realizar uma avaliação no fim do semestre, avaliação esta que abrangerá todo o conteúdo da 
disciplina. 
Data da avaliação 1º. Bimestre: 26/03/2013 
Data da avaliação 2º. Bimestre: 20/05/2013 1ª parte teoria 
 21/05/2013 2ª parte prática 
 
Bibliografia 
Livro(s) Texto(s): 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade avançada: textos, exemplos e exercícios resolvidos. 
2. Ed.; São Paulo: Atlas, 2010. 
HERNANDEZ PEREZ JÚNIOR, José. Contabilidade avançada. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; FERNANDES, Luciane Alves. Contabilidade 
avançada: aspectos societários e tributários. 2. Ed.; São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008. . 
 
Bibliografia Complementar: 
CREAPALDI, Silvio Aparecido; Contabilidade Gerencial; teoria e prática; 5 ed.; Editora Atlas; São 
Paulo; 2010. 
PARISI, Cláudio; MEGLIORINI, Evandir; Contabilidade Gerencial; 1ed.; Editora Atlas; São Paulo; 
2010. 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti; Contabilidade Intermediária; 3 ed.; Editora Atlas; São Paulo; 2010. 
EQUIPE PROFESSORES FEA USP; Contabilidade Introdutória; 111 ed.; Editora Atlas; São Paulo; 
2010. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de.; MARION, José Carlos.. Contabilidade Comercial. 9. ed. Editora Atlas; São 
Paulo; 2010. 
MARION, José Carlos. . Contabilidade Empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, São Paulo; 2009. 
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez. Contabilidade avançada e análise das 
demonstrações financeiras. 12. ed. São Paulo: Frase, 2003. 702 p. ISBN 85-87065-44-0 
 
Programa Elaborado em 28/01/2013 
Professor Edson Degraf 
edson.degraf@hotmail.com.br 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 4 Prof. EDSON DEGRAF 
 
 
 
 
 
O caduceu é formado por um bastão no sentido vertical, com duas pequenas serpentes 
entrelaçadas, tendo na parte superior duas asas e um elmo alado. O BASTÃO - que 
representa o poder de quem conhece a ciência contábil - é a espinha dorsal do curso de 
Ciências Contábeis, em que são aplicadas as matérias de formação profissional específica, 
objetivando a capacitação para o exercício da profissão. AS PEQUENAS 
SERPENTES - que simbolizam a sabedoria - estão entrelaçadas para demonstrar o elo 
entre os atributos de natureza humana, social e profissional, em que há a integração das 
matérias e atividades de formação profissional básica, específica e complementar. AS 
DUAS ASAS - que figuram a presteza, a solicitude, a dedicação e o cuidado ao exercer a 
profissão - têm, entre as matérias voltadas aos atributos de natureza humanística e social, o 
estudo da língua pátria, as relações humanas, as noções de ciências sociais e de direito, 
assim como a versatilidade da realidade brasileira na era da globalização. O ELMO - que 
é uma peça de armadura antiga, o qual cobria a cabeça - está representado, dentro do 
currículo pleno do curso de Ciências Contábeis, pela ética geral e profissional. 
Nesse contexto, temos o objetivo geral do curso, voltado para a instrumentalização do 
bacharel em Ciências Contábeis.Há, além da formação global, o ajustamento às 
características do mercado de trabalho regional, mediante o estudo de matérias eletivas, 
como a contabilidade comercial, empresarial e tributária, inserem-se aí a competência 
científica teórico-prática e a atualização tecnológica. Assim, a formação acadêmica e 
profissional do corpo discente inclui o estudo e prática das funções de planejamento, 
controle, registro, divulgação e avaliação dos fenômenos da administração econômica e 
financeira. Estas traduzem-se num quadro geral do patrimônio, do fluxo das transações, da 
produção e da renda, com vista a alicerçar a tomada de decisões dos empresários. O curso 
de Ciências Contábeis, tal qual a educação superior, dentro da atual lei de diretrizes e bases 
da educação brasileira, tem no trabalho de pesquisa e investigação científica a finalidade de 
desenvolver o entendimento do homem e do meio em que este vive. A extensão 
universitária, visando à difusão das conquistas e benefícios da criação cultural, também 
está inserida na política departamental, bem como entre as finalidades da educação 
superior. A divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos faz parte do 
conjunto, pela comunicação, de um lado, por meio de palestras, e do outro, na forma de 
publicações. O quadro do patrimônio cultural do acadêmico e futuro profissional das 
Ciências Contábeis é representado pelo CADUCEU, no qual a graduação é o bastão, a 
extensão são as serpentes, a pesquisa são as asas e a comunicação é o elmo. 
 
 
 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 5 Prof. EDSON DEGRAF 
 
 
1- DEPRECIAÇÃO 
 
Representa o desgaste da capacidade de utilização (vida útil) de bens tangíveis ou físicos 
pelo uso, por causas naturais ou por obsolescência tecnológica. 
Será calculada pela taxa de depreciação, fixada em função da vida útil estimada do bem, 
sobre o valor dos bens objeto da depreciação. 
 
Taxa de depreciação (em %) = 100 . 
 Vida útil do bem 
 
Quota de depreciação (R$) = taxa de depreciação x custo do bem(R$). 
 
Taxas de Depreciação Anual Fixadas pela Legislação do Imposto de Renda 
 
Grupos de Bens do Imobilizado % a.a. 
Edifícios 4 
Máquinas e Equipamentos 10 
Instalações 10 
Móveis e Utensílios 10 
Veículos 20 
Sistema de Processamento de Dados 20 
Ferramentas 20 
Tratores 25 
 
As instruções normativas SRF n. 162/98 e n. 130/99, fixam o prazo de vida útil e a taxa de 
depreciação de vários outros bens. As empresas poderão usar taxas superiores às fixadas 
desde que comprovem, mediante laudo pericial de órgão técnico, sua adequação ao tempo 
de vida útil do bem. 
 
Depreciação Perante o Imposto de Renda: 
Para efeito de Imposto de Renda a depreciação não é obrigatória, sendo facultativa a 
empresa. É interessante que a empresa a faça para apuração do Lucro Real do Exercício 
(pagando menos imposto de renda), apresentando um lucro mais próximo da realidade. 
Contudo se o contribuinte deixar de depreciar num exercício, não poderá, no exercício 
seguinte fazê-lo acumuladamente, em virtude do princípio legal da independência dos 
exercícios (ou competência dos exercícios. A depreciação efetuada fora do exercício em que 
ocorreu a utilização dos bens do Ativo bem, como a depreciação calculada a maior que as 
taxas permitidas não são dedutíveis como custos, ou encargos, para fins do imposto de 
renda. 
 
Vedações à depreciação pela legislação do imposto de renda. 
Não podem ser depreciados: 
a) terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; 
b) bens que aumentam de valor com o tempo, como antiguidades e obras de arte; 
c) bens para os quais sejam registradas quotas de amortização ou exaustão; 
d) bens móveis ou imóveis que não estejam intrinsecamente relacionados a produção 
ou comercialização de bens e serviços. 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 6 Prof. EDSON DEGRAF 
 
 
DEPRECIAÇÃO ACELERADA 
 
 As taxas de depreciação fixadas pela Legislação do Imposto de Renda são para uma 
jornada normal de trabalho (turno de 08 horas). Portanto, quando ocorre a adoção de 02 ou 
03 turnos de 08 horas, quanto aos bens móveis comprovadamente utilizados, poderão ser 
adotados os coeficientes de aceleração de 1,5 quando são 02 turnos, e de 2,0 quando são 
03 turnos. Isto porque é admissível que o uso intensivo do bem reduza a sua vida útil. 
BEM TURNO TAXA 
NORMAL 
X COEFICIENTE TAXA 
ACELERADA 
MÁQUINAS 2 10% 1,5 15% 
FERRAMENTAS 2 20% 1,5 30% 
MÁQUINAS 3 10% 2,0 20% 
FERRAMENTAS 3 20% 2,0 40% 
 
DEBITAR = DESPESAS COM DEPRECIAÇÃO (DRE) 
CREDITAR = DEPRECIAÇÃO ACUMULADA (ATIVO) 
 
Valor ou custo contábil do bem: 
Considera-se custo ou valor contábil do bem o seu valor de aquisição, diminuído da 
depreciação acumulada correspondente. 
Exemplo: 
Máquinas R$ 5.700.000,00 
(-) Depreciação acumulada R$ (700.000,00) 
(=) Custo ou valor contábil do bem R$ 5.000.000,00 
 
Caso a empresa resolva alienar o bem por valor superior ao seu custo contábil, a 
contabilidade registrará um lucro não operacional, caso contrário (venda por valor inferior ao 
custo) registrará um prejuízo não operacional. Tais operações são consideradas, também, 
como ganhos ou perdas de capital. 
 
Depreciação Acelerada Incentivada 
Diferentemente da depreciação acelerada em função do uso intensivo do equipamento, que 
é registrada na contabilidade da empresa, a depreciação acelerada incentivada, como o 
próprio nome indica, constitui um incentivo fiscal registrado e controlado exclusivamente no 
Livro Apuração do Lucro Real (LALUR). 
O objetivo do governo, ao conceder este tipo de benefício, é incentivar as empresas e 
ampliar e modernizar seus equipamentos industriais, tornando-os mais eficientes do ponto 
de vista tecnológico. Consiste na adoção de uma taxa adicional de depreciação, além 
daquela registrada na contabilidade, que constituirá, nos primeiros períodos, uma exclusão 
no LALUR reduzindo o Lucro Real e favorecendo a empresa com um imposto de renda 
menor. O valor da Depreciação Incentivada será controlado na parte B do LALUR. 
O total de depreciação acumulada, incluindo a normal e a acelerada não poderá ultrapassar 
o custo de aquisição do bem. A partir do mês ou ano em que esse valor for atingido, o valor 
equivalente à depreciação normal registrada na contabilidade deverá ser baixada na parte B 
e adicionada ao Lucro Líquido do período de apuração na parte A do LALUR, para efeito de 
determinar o lucro real correspondente. 
Existem quatro tipos de Depreciação Acelerada Incentivada, todos eles beneficiadores de 
implantação de equipamentos novos. 
1 – Coeficiente 1,00 x taxa usual 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 7 Prof. EDSON DEGRAF 
 
2 – Coeficiente 2,00 x taxa usual 
3 – Depreciação em 24 quotas mensais 
4 – Depreciação integral do bem, exceto a terra nua, no próprio ano da aquisição, para a 
atividade rural. 
As pessoas jurídicas que explorarem atividade comercial de vendas de produtos e serviços, 
poderão promover depreciação acelerada dos equipamento Emissores de Cupom Fiscal – 
ECP, que foram adquiridos no período compreendido entre 01/01/95 a 31/12/95. A 
depreciação acelerada será calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente 
admitida sem prejuízo da depreciação normal. 
 
Bens intrinsecamente relacionadoscom a produção ou comercialização de bens e 
serviços: 
a) os bens móveis ou imóveis utilizados no desempenho das atividades de 
contabilidade; 
b) os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração; 
c) os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em 
estabelecimentos da empresa; 
d) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados 
no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, produtos 
intermediários e de embalagens aplicados na produção; 
e) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as 
bicicletas e motocicletas utilizados pelos cobradores, compradores e vendedores. 
f) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as 
bicicletas e motocicletas utilizadas nas entregas de mercadorias e produtos vendidos; 
g) os veículos utilizados no transporte coletivo de empregado; 
h) os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou 
processos; 
i) os bens móveis e imóveis próprios, locados pela empresa jurídica que tenha a 
locação como objeto de sua atividade; 
j) os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos termos da lei 6099, 
de 1974, pela pessoa jurídica arrendadora; 
k) os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa 
jurídica que tenha por objeto essa espécie de atividade. 
 
Bens Cedidos em Comodato 
A despesa de depreciação correspondente será dedutível na apuração do lucro real da 
empresa cedente, desde que a cessão não seja proveniente de mera liberalidade da pessoa 
jurídica. 
Como exemplo de empréstimo gratuito de bens necessários à atividade da empresa, 
podemos citar as cessões efetuadas pelos fabricantes de sorvetes, bebidas, cartões 
comemorativos e distribuidores de combustíveis aos revendedores de seus produtos. 
 
Mês de início da depreciação 
A despesa pode ser deduzida a partir do mês em que se iniciou a utilização do bem. 
 
Compra de Bem Usado 
Nessa hipótese, o prazo de depreciação será o maior dentre os seguintes: 
a) metade do prazo de vida útil que o bem teria caso houvesse sido adquirido novo; 
b) restante do prazo de vida útil do bem, considerado este em relação à primeira 
instalação ou utilização deste bem. 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 8 Prof. EDSON DEGRAF 
 
Exemplo: 
Máquina usada 
- adquirida em......................... 28/06/X3 
- primeira instalação................ 02/06/X1 
 
Prazos: 
a) metade do prazo de vida útil:............................. 5 anos (metade de dez anos) 
b) restante do prazo de vida útil:............................ 8 anos 
Prazo para ser utilizado: 8 anos 
 
Taxa: = 100 = 12,5% a.a. 
 8 anos 
 
Obs.: Observar que o prazo, sendo o maior entre as opções elencadas, implicará a adoção 
da menor taxa de depreciação. 
 
Taxas inferiores as admitidas 
Caso a pessoa jurídica adote taxa inferior à permitida, o valor não contabilizado em um 
período não poderá ser recuperado posteriormente através da utilização de taxas superiores 
às máximas permitidas para cada período. Nesse caso, haverá uma dilatação no prazo 
durante o qual se poderia depreciar o respectivo bem. 
Assim, se uma pessoa jurídica, ao depreciar uma máquina de sua propriedade (taxa máxima 
= 10%) num determinado ano, utilizar o percentual de 5%, não poderá, no ano seguinte, 
usar 15%, pois este valor é superior ao máximo de 10% permitido. Como consequência, 
nesse caso, a empresa levará 11 anos em vez de 10 para depreciar totalmente o bem. 
 
Valor Residual 
Há casos em que, mesmo ao término de sua vida útil para a empresa, o bem depreciado 
apresenta um determinado valor de revenda no mercado. 
Esse valor é denominado valor residual. Se a pessoa jurídica o desejar e for possível 
estimar o valor residual do bem, a quota de depreciação pode ser ajustada para levá-lo em 
consideração: 
 
Quota de depreciação = Custo do bem (-) valor residual 
 Vida útil do bem 
 Exemplo: 
Custo de aquisição do bem R$ 300.000,00 
Vida útil esperada 10 anos 
Valor residual estimado R$ 20.000,00 
 
Quota de depreciação = R$ 300.000,00 – R$ 20.000,00 
 10 
Quota de depreciação = R$ 28.000,00 
 
Métodos Alternativos de Depreciação 
Além do método de depreciação normal, denominado de método da linha reta por supor que 
o desgaste do bem se opera de forma linear no tempo, existem outros métodos alternativos: 
- Métodos da soma dos dígitos; 
- Métodos das unidades produzidas; 
- Método do saldo decrescente. 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 9 Prof. EDSON DEGRAF 
 
Métodos da soma dos dígitos 
Nesse método, a quota de depreciação é obtida pela multiplicação de uma fração, variável a 
cada período, sobre o custo de aquisição do bem (ou sobre o custo de aquisição menos o 
valor residual do bem, se este último for positivo). 
O numerador da fração é o número de períodos que restam da vida útil do bem no início do 
período de depreciação. O denominador, a soma dos dígitos dos períodos correspondentes 
à vida útil do bem. 
Exemplo: 
Custo de aquisição do bem R$ 300.000,00 
Vida útil 5 anos 
Base de Depreciação R$ 300.000,00 
Soma dos dígitos dos períodos de vida útil: 1+2+3+4+5 = 15 
 
ANO 
VIDA ÚTIL 
RESTANTE FRAÇÃO 
DEPRECIAÇÃO = 3 x R$ 
300.000,00 
(1) (EM ANOS) (2) (3) (4) 
1 5 5/15 100.000,00 
2 4 4/15 80.000,00 
3 3 3/15 60.000,00 
4 2 2/15 40.000,00 
5 1 1/15 20.000,00 
 T O T A L 300.000,00 
 
Este método promove uma depreciação maior nos primeiros anos de vida útil que o método 
da linha reta (neste, a quota de depreciação seria constante e igual a R$ 60.000,00). 
Embora este método seja considerado melhor que o da linha reta, porque em muitos casos, 
a depreciação do bem (principalmente veículos) é maior nos primeiros anos, a legislação 
fiscal brasileira não o aceita. Se a empresa resolver utilizá-lo, a menos que tenha laudo de 
instituição técnica oficial que comprove estes valores de depreciação, ele deve adicionar a 
diferença de valor nos primeiros anos na parte A do LALUR e controlá-la na parte B, para 
deduzi-la da parte A nos últimos anos. 
 
Método da soma dos dígitos – quotas decrescentes 
Uma outra versão desse método é quando, na fração aplicada à base da depreciação, o 
numerador é o número de períodos utilizados ou a utilizar do equipamento. 
 
Exemplo: 
- Base da depreciação: R$ 90.000,00 
- Vida útil: 5 anos 
 
ANO FRAÇÃO DEPRECIAÇÃO (em R$) 
1 1/15 6.000,00 
2 2/15 12.000,00 
3 3/15 18.000,00 
4 4/15 24.000,00 
5 5/15 30.000,00 
 TOTAL 90.000,00 
 
 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 10 Prof. EDSON DEGRAF 
 
Método das unidades produzidas 
Esse é uma variante do método da linha reta em que, em vez de ser suposto que a 
depreciação do equipamento se opera em intensidade igual em todos os períodos da vida 
útil, o valor da quota respectiva é determinado proporcionalmente ao número de unidades 
produzidas no período em relação à produção total do equipamento ao longo da vida útil. 
Exemplo: 
- Base da depreciação R$ 200.000,00 
- Vida útil 5 anos 
- Produção total estimada 800.000 unidades 
- Depreciação por unidadeproduzida R$ 200.000,00 = R$ 0,25 
 800.000 unidades 
 
ANO PRODUÇÃO QUOTA DE DEPRECIAÇÃO 
(1) EM UNIDADES (2) (2) X R$ 0,25 
1 300.000 75.000,00 
2 100.000 25.000,00 
3 150.000 37.500,00 
4 125.000 31.250,00 
5 125.000 31.250,00 
 800.000 200.000,00 
 
A legislação fiscal também não aceita este método. 
 
Método do saldo decrescente 
Neste método, a base da depreciação é o saldo da conta a depreciar (valor contábil do 
bem), ao invés do custo de aquisição. Somente é aplicável a bens que tenham valor 
residual. A taxa de depreciação é obtida pela seguinte fórmula: 
 
 
 
 n 
Taxa Anual = 1 - Valor residual 
 Custo dos bens 
 
 
Exemplo: 
- Custos dos bens R$ 50.000,00 
- Valor residual R$ 6.480,00 
- Vida útil 4 anos 
- Valor total a ser depreciado (50.000 – 6.480,00) 43.520,00 
 
 
 
 4 
 
 4 
X % = 1 - 6.480,00 
 = 1 
- 0,1296 
 50.000,00 
 
 
X % = 1 – 0,60 = 0,40 ou 40% a.a. 
 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
 11 Prof. EDSON DEGRAF 
 
ANO TAXA SALDO DA CONTA DEPRECIAÇÃO 
1 40 50.000,00 20.000,00 
2 40 30.000,00 12.000,00 
3 40 18.000,00 7.200,00 
4 40 10.800,00 4.320,00 
 43.520,00 
 
Despesa de Depreciação: o que fazer quando um bem não está sendo utilizado 
Tal questão é especialmente importante no caso de indústrias que possuem grande parte de 
seu ativo imobilizado representado por máquinas e equipamentos, de valores expressivos, e 
que, por alguma razão, deixaram de utilizar determinado bem ou conjunto de bens. É o 
caso, por exemplo, da desativação, temporária ou definitiva, de uma determinada linha de 
produção. 
Inicialmente, há de se observar que, ao contrário da decisão que muitos profissionais têm 
tomado no sentido de deixar de reconhecer a despesa de depreciação, o fato de não se 
utilizar o bem não representa condição única para se deixar de depreciar, uma vez que a 
depreciação de um bem não se dá apenas pelo resultado do desgaste de seu uso, mas 
também pela ação da natureza e obsolescência normal. Entretanto, para melhor 
entendimento, é necessário focar tal questão sob dois aspectos: não utilização temporária e 
não utilização definitiva. 
No caso da não utilização temporária, pela Lei no 6.404/76, Lei das Sociedades Anônimas, 
entende-se que os bens que não são temporariamente utilizados devem continuar sendo 
depreciados, em razão de, não obstante não estarem sofrendo desgaste pelo uso, estão 
predispostos à ação da natureza. Tal entendimento é, inclusive, corroborado pelo item 
19.5.4.8 da NBC T 19, aprovado pela Resolução CFC no 1.027/05, que menciona: "A 
Depreciação, amortização ou exaustão não cessa quando o ativo torna-se obsoleto ou é 
retirado temporariamente de operação a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado, 
amortizado, ou exaurido...". Entretanto, ao invés de se reconhecer a depreciação como um 
custo do produto, esta deverá ser classificada como uma despesa operacional. No que 
tange aos aspectos tributários, nesse caso o Fisco entende que, por não ser um bem que 
esteja sendo utilizado pela empresa na produção de receitas, a despesa de depreciação não 
será dedutível para fins de apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social. 
Já com relação ao segundo aspecto, não utilização definitiva, apesar de prevalecerem as 
premissas apontadas no parágrafo anterior, o diferencial está em se determinar que a não 
utilização deu-se em virtude da obsolescência do bem, e, aí sim, ao se efetuar a baixa do 
bem por obsolescência, esta será considerada como dedutível pelo Fisco, desde que 
devidamente comprovada por laudo técnico expedido por órgão oficial competente. 
De qualquer forma, deve-se sempre buscar o inter-relacionamento entre os aspectos 
societários e tributários. 
 
Encargos de depreciação – Periodicidade de registro 
Nas empresas industriais, a manutenção do sistema de contabilidade de custos integrado e 
coordenado com o restante da escrituração exige que os encargos de depreciação dos bens 
empregados na produção sejam contabilizados mensalmente. 
As pessoas jurídicas não enquadradas nessa hipótese: 
I - caso submetidas à apuração trimestral do lucro real, poderão contabilizar o encargo 
mensalmente ou no encerramento de cada trimestre de apuração do lucro real; 
II - caso tenham optado pelo pagamento mensal do Imposto de Renda por estimativa, 
poderão contabilizar o encargo: 
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a) mensalmente; 
b) no encerramento do período de apuração do lucro real, em 31 de dezembro ou por 
ocasião de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades; ou 
c) por ocasião do levantamento de balanços ou balancetes de suspensão ou redução do 
pagamento do imposto mensal. 
 
Benfeitorias em Bens de Terceiros: imobilizado ou diferido? 
Inúmeras dúvidas surgem quando se fala de benfeitorias em bens de terceiros, quer quanto 
à sua classificação, avaliação e sua transferência para o resultado do exercício. 
Quanto à classificação costuma-se discutir se devem ficar no Ativo Imobilizado ou no 
Diferido, surgindo dúvidas, no momento em que são ativadas, quanto ao critério para a sua 
transformação em despesa, ou, então, se já não são despesas diretas do exercício em que 
são realizadas. 
No que diz respeito à avaliação, é comum aumentarem os problemas quando pelo menos 
parte dos valores gastos com tais benfeitorias é ressarcível ou dedutível das parcelas dos 
aluguéis. 
Assim, Benfeitorias em bens de terceiros, são todas as reformas, modificações, 
melhoramentos, etc..., executadas em bens arrendados, por prazo determinado ou 
indeterminado, de pessoas físicas ou jurídicas, não vinculadas a empresa, as quais podem 
ou não reverter-se ao proprietário daqueles bens. 
Por isso, é necessário analisar a origem, natureza, finalidade e estimativa de uso daqueles 
Bens de Terceiros, para uma correta classificação, depreciação ou amortização e registro no 
Ativo Imobilizado. 
De acordo com os conceitos societários, fiscais e em consonância com os pronunciamentos 
e as decisões fiscais administrativas, as Benfeitorias em Bens de Terceiros devem ser 
classificadas no Ativo Imobilizado. 
Resumindo destacamos as informações que o profissional precisa ter para determinar a 
classificação, avaliação e apropriação nos resultados corretamente: 
Prazo do Contrato Previsão de Indenização dos Gastos 
no Contrato 
Tratamento dos Gastos 
(Deprec. / Amort.) Classificação no Balanço 
Determinado Com cláusula que estipule que não 
haverá indenização 
Amortização, durante o prazo de 
vigência do contrato Ativo Imobilizado 
Determinado Sem cláusula impeditiva Depreciação (de acordo com 
legislação societária ou fiscal) Ativo Imobilizado 
Indeterminado Com ou sem cláusula impeditiva Depreciação (de acordo com 
legislação societária ou fiscal) Ativo Imobilizado 
Determinado ou 
Indeterminado 
Com cláusula que estipule que haverá 
indenização N/A 
Ativo Circulante ou Realizável a Longo 
Prazo 
 
 
 
 
 
 
 
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2 - AMORTIZAÇÃO 
Compreende a importância correspondente à recuperação do capital aplicado em bens 
intangíveis, ou dos recursos aplicados em despesas que contribuampara a formação do 
resultado de mais de um exercício social, a ser lançada como custo ou encargo, em cada 
exercício. 
 
Bens Intangíveis Sujeitos a Amortização 
Ativo Imobilizado 
- marcas e patentes 
- fórmulas ou processos de fabricação, direitos autorais, autorizações ou concessões 
- ponto comercial, fundo de comércio 
- benfeitorias em prédios de terceiros 
- custos de projetos técnicos 
 
Contabilização 
D – Despesa de amortização (custo ou despesa) 
C – Amortização acumulada (AP) 
 
Ou 
D – Despesa de amortização 
C – Custo dos bens a amortizar 
 
Valor total da amortização 
O montante acumulado da amortização não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem 
ou direito. 
 
Prazos de amortização 
- De acordo com a Lei das Sociedades por Ações 6404/76 
Os recursos aplicados no Ativo Diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não 
superior a 10 anos, a partir do início de operação normal ou do exercício em que passem a 
ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital 
aplicado, quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou 
comprovado que estas atividades não poderão produzir resultados suficientes para 
amortizá-los. Modificado pela lei 11638/2007 
 
- De acordo com a Lei Fiscal (Regulamento do Imposto de Renda) 
A taxa anual de amortização será fixada tendo em vista: 
a) o número de anos restantes de existência do direito; 
b) o número de períodos de apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios 
decorrentes das despesas registradas no ativo diferido; Modificado coma lei 11638/2007. 
c) o prazo de amortização não poderá ser inferior a 5 (cinco) anos (mas não pode ser 
superior a 10 anos). 
 
Exemplo 
Marcas e patentes 
Saldo da conta: R$ 120.000,00 
Início da amortização: 10/04/20x1 
Prazo de amortização: 5 anos 
 
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20x1= 20 % x 9 meses = 15% x R$ 120.000,00 = R$ 18.000,00 
 12 meses 
 
20x2 = 20 % x R$ 120.000,00 = R$ 24.000,00 
20x3 = 20 % x R$ 120.000,00 = R$ 24.000,00 
20x4 = 20 % x R$ 120.000,00 = R$ 24.000,00 
20x5 = 20 % x R$ 120.000,00 = R$ 24.000,00 
20x6 = 5 % x R$ 120.000,00 = R$ 6.000,00 
Total = 100% = R$ 120.000,00 
 
Obs.: Se a existência ou exercício do direito, ou a utilização do bem, terminar antes da 
amortização integral do seu custo, o saldo não amortizado constituirá encargo do período de 
apuração em que se extinguir o direito ou terminar a utilização do bem. 
 
Direitos de exploração de florestas de propriedade de terceiros 
A quota anual de amortização do valor dos direitos contratuais de exploração de florestas de 
propriedade de terceiros terá como base de cálculo o valor do contrato e será calculada em 
função do prazo de sua duração. 
Opcionalmente, poderá ser considerada como data de início do prazo contratual o dia do 
início da efetiva exploração dos recursos. 
Ocorrendo a extinção dos recursos florestais antes do término do prazo contratual, o saldo 
não amortizado poderá ser computado como custo ou encargo do período de apuração em 
que ocorrer a extinção. 
 
Alguns questionamentos referente amortização com base no Regulamento do 
Imposto de Renda. 
1) Em que consiste a amortização de direitos, bens, custos e despesas? 
Consiste na "recuperação contábil" do capital aplicado na aquisição de direitos, cuja 
existência ou exercício tenha duração limitada, ou de bens, cuja utilização pelo contribuinte 
tenha o prazo limitado por lei ou contrato, e dos custos, encargos ou despesas, registrados 
no ativo diferido, que contribuirão para a formação do resultado de mais de um período de 
apuração. 
 
2) Como é efetuada essa "recuperação contábil" do capital empregado? 
Mediante o uso da faculdade, estabelecida pela legislação, de se computar em cada período 
de apuração, como custo ou despesa operacional, o encargo de amortização com a 
utilização de percentual que traduza a recuperação do capital aplicado, ou dos recursos 
aplicados em despesas que contribuam para a formação do resultado de mais de um 
período de apuração (RIR/1999, art. 324). 
 
3) Como será fixada a quota de amortização? 
Período de apuração anual: a quota de amortização dedutível em cada período de apuração 
será determinada pela aplicação da taxa anual de amortização sobre o valor original do 
capital aplicado ou das despesas registradas no ativo diferido (RIR/1999, art. 326). 
Período de apuração inferior a 12 meses: se a amortização tiver início ou terminar no curso 
do período de apuração anual, ou se este tiver duração inferior a doze meses, a taxa anual 
será ajustada proporcionalmente ao período de amortização, quando for o caso (RIR/1999, 
art. 326, § 1º). 
NOTA: 
A taxa anual de amortização será fixada tendo em vista o número de anos restantes de 
existência do direito (Lei no 4.506, de 1964, art. 58, § 1o) e o número de períodos de 
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apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes das despesas 
registradas no ativo diferido (RIR/1999, art. 327). 
 
4) Quais direitos ou bens poderão ser objeto de amortização? 
Poderão ser amortizados o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou 
exercício tenha duração limitada, ou de bens, cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo 
legal ou contratualmente limitado, tais como (RIR/1999, art. 325, inciso I): 
a) patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos autorais, licenças, 
autorizações ou concessões; 
b) investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de 
serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo da concessão, sem 
indenização; 
c) custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer 
natureza, inclusive de exploração de fundo de comércio; 
d) custo das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em bens de 
terceiros, quando não houver direito ao recebimento de seu valor; 
e) o valor dos direitos contratuais de exploração de florestas por prazo determinado, na 
forma do art. 328 do RIR/1999. 
 
5) Quais custos e despesas poderão ser objeto de amortização? 
Os custos, encargos ou despesas registrados no ativo diferido que contribuirão para a 
formação do resultado de mais de um período de apuração (RIR/1999, arts. 324 e 325, 
inciso II), tais como: 
a) a partir do início das operações, as despesas de organização pré-operacionais ou pré-
industriais; 
b) as despesas com prospecção e cubagem de jazidas ou depósitos, realizadas por 
concessionárias de pesquisa ou lavra de minérios, sob a orientação técnica de engenheiro 
de minas, se o contribuinte optar pela sua capitalização; 
c) a partir da exploração da jazida ou mina, ou do início das atividades das novas 
instalações, os custos e as despesas de desenvolvimento de jazidas e minas ou de 
expansão de atividades industriais, classificados como ativo diferido até o término da 
construção ou da preparação para exploração; 
d) a partir do momento em que for iniciada a operação ou atingida a plena utilização das 
instalações, a parte dos custos, encargos e despesas operacionais registrados como ativo 
diferido durante o período em que a empresa, na fase inicial da operação, utilizou apenas 
parcialmente o seu equipamento ou as suas instalações; 
e) os juros durante o período de construção e pré-operação registrados no ativo diferido(inclusive o de empréstimos contraídos para financiar a aquisição ou construção de bens do 
ativo imobilizado, incorridos durante as fases de construção e pré-operacional); 
f) os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das 
operações sociais, ou de implantação do empreendimento inicial, registrados no ativo 
diferido; 
g) os custos, despesas e outros encargos com a reestruturação, reorganização ou 
modernização da empresa. 
NOTAS: 
O prazo de amortização dos valores relativos aos itens de "a" até "e" não poderá ser inferior 
a 5 (cinco) anos (RIR/1999, art. 327). 
A partir de 1o/01/1996, somente será considerada como dedutível a amortização de bens e 
direitos intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e 
serviços (Lei no 9.249, de 1995, art. 13, inciso III; e RIR/1999, art. 324, § 4o). 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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As despesas operacionais relativas aos dispêndios com pesquisa tecnológica e 
desenvolvimento de inovação tecnológica de produtos podem ser deduzidas contabilmente 
no período de apuração da realização dos dispêndios, isto é não serão mais objeto de 
amortização, conforme exposto nesta pergunta (Decreto nº 4.928, de 2003, art. 1º) 
 
6) Há limites para a amortização? 
Sim, pois, em qualquer hipótese, o montante acumulado das quotas de amortização não 
poderá ultrapassar o custo de aquisição do direito ou bem ou o total da despesa efetuada, 
registrado contabilmente (RIR/1999, art. 324, § 1º). 
 
7) Como proceder se o bem ou direito terminar antes da amortização integral? 
Se a existência ou o exercício do direito, ou a utilização do bem, terminar antes da 
amortização integral de seu custo, o saldo não amortizado constituirá encargo, no período 
de apuração em que se extinguir o direito ou terminar a utilização do bem (RIR/1999, art. 
324, § 3º). 
 
8) Qual a diferença entre depreciação e amortização? 
A principal distinção entre esses dois encargos é que, enquanto a depreciação incide sobre 
os bens físicos de propriedade do próprio contribuinte, a amortização se relaciona com a 
diminuição de valor de bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de 
serviço público, devem reverter ao poder concedente ao fim do prazo da concessão, sem 
indenização; ou que, locados ou arrendados, ou em bens de terceiros, quando não houver 
direito ao recebimento de seu valor; ou dos direitos (ou despesas diferidas) com prazo 
limitado (legal ou contratualmente). 
 
 
 
3) EXAUSTÃO 
Compreende a importância correspondente à diminuição do valor dos recursos naturais não 
renováveis (minerais e outros), resultante da sua exploração, a ser lançada como custo ou 
encargo, em cada período de apuração, nas mesmas condições dos cálculos dos encargos 
de depreciação e amortização, considerando o custo de aquisição ou prospecção, dos 
recursos explorados. A quota anual será determinada pelo volume da produção no período e 
sua relação com a possança conhecida da mina, ou em função do prazo de concessão dado 
pela autoridade governamental. 
 
Exemplo: 
1) Dados: 
a) Valor da conta - Custo de obtenção dos direitos de Lavra: R$ 300.000,00 
b) Reserva potencial de exploração (possança) conhecida: 10.000.000 ton 
c) Minérios extraídos: 
Primeiro ano 600.000 toneladas 
Segundo ano 1.000.000 toneladas 
Terceiro ano 1.200.000 toneladas 
 
2) Cálculos da quota anual de exaustão 
Primeiro ano Taxa = 600.000 x 100 = 6% 
 10.000.000 
6% x R$ 300.000,00 = R$ 18.000,00 
 
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Segundo ano Taxa = 1.000.000 x 100 = 10% 
 10.000.000 
10% x R$ 300.000,00 = R$ 30.000,00 
 
Terceiro ano Taxa = 1.200.000 x 100 = 12% 
 10.000.000 
12% x R$ 300.000,00 = R$ 36.000,00 
 
Contabilização 
D – Encargos de exaustão (custo ou despesa) 
C – Exaustão acumulada 
 
Obs.: 
1 – No caso de exploração de jazidas minerais inesgotáveis ou de exaurimento 
indeterminável (como as de água mineral), os encargos de exaustão não podem ser 
computados na determinação do lucro real; 
2 – O valor da Conta Exaustão Acumulada não poderá ultrapassar o custo de aquisição do 
bem. 
3 – Somente podem ser exauridas os bens intrinsecamente relacionados à produção e a 
comercialização de bens e serviços. 
 
Recursos florestais próprios 
Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de apuração, a 
importância correspondente à diminuição do valor de recursos florestais, resultante de sua 
exploração. 
A quota de exaustão dos recursos florestais destinados a corte terá como base de cálculo o 
valor das florestas. 
Para o cálculo do valor da quota de exaustão será observado o seguinte critério: 
1) apurar-se-á, inicialmente, o percentual que o volume dos recursos florestais utilizados 
ou a quantidade árvores extraídas durante o período de apuração representa em 
relação ao volume ou à quantidade de árvores que no início do período de apuração 
compunham a floresta; 
2) o percentual encontrado será aplicado sobre o valor contábil da floresta, registrado no 
ativo, e o resultado será considerado como custo dos recursos florestais extraídos. 
O acima, disposto aplica-se também às florestas objeto de direitos contratuais de exploração 
por prazo indeterminado, devendo as quotas de exaustão ser contabilizadas pelo adquirente 
desses direitos, que tomará como valor da floresta o valor especificado no contrato. 
 
Exemplos: 
Dados: 
Quantidade de árvores: 
a) existentes no início do período de apuração 10.000.000 unidades 
b) extraídas durante o período de apuração 500.000 unidades 
Valor contábil da floresta registrado no AP R$ 23.000.000,00 
 
Cálculos: 
Percentual de exaustão = 500.000 x 100 = 5% 
 10.000.000 
Custo dos recursos florestais extraídos 
R$ 1.150.000,00 = (5% x R$ 23.000.000,00) 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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Alguns questionamentos referente exaustão com base no Regulamento do Imposto de 
Renda. 
1) Em que consiste a exaustão, em termos contábeis? 
Exaurir significa esgotar completamente. Em termos contábeis, a exaustão se relaciona com 
a perda de valor dos bens ou direitos do ativo, ao longo do tempo, decorrentes de sua 
exploração (extração ou aproveitamento). 
 
2) Como serão apresentados no balanço os direitos sujeitos à exaustão? 
No balanço, os direitos serão classificados no ativo imobilizado e deverão ser avaliados pelo 
custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de exaustão acumulada (Lei nº 
6.404, de 1976, art. 183, V). 
 
3) Quando cabe o registro nas contas de exaustão? 
A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente 
nas contas de exaustão, quando corresponder à perda do valor decorrente da sua 
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados 
nessa exploração (Lei nº 6.404, de 1976, art. 183, § 2º, "c"). 
NOTA: 
Sobre os procedimentos a serem observados no cálculo da quota anual de exaustão, 
consultar os arts 330 e 334 do RIR/1999. 
 
4) Quais os elementos do ativo sujeitosà quota de exaustão? 
Registra-se a quota de exaustão somente sobre o custo dos direitos à exploração 
(aproveitamento) mineral ou florestal registrados no ativo. 
NOTA: 
O valor dos direitos contratuais de exploração de florestas por prazo determinado, na forma 
do art. 328 do RIR/1999, são objetos de amortização, e não de exaustão. 
 
5) Quais modalidades de exaustão podem ser utilizadas pelas empresas de mineração? 
As empresas de mineração, relativamente às jazidas ou minas manifestadas ou concedidas, 
poderão, em cada período de apuração, deduzir como custo ou encargo quota de exaustão 
normal ou real, e/ou excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real, quota de 
exaustão incentivada nos termos da legislação específica, RIR/1999, arts. 330 e 331; e PN 
CST nº 44, de 1977. 
NOTAS: 
A dedução da quota de exaustão incentivada não será aplicada em relação às jazidas cuja 
exploração tenha tido início a partir de 22/12/1987. O benefício é assegurado (RIR/1999, art. 
331, § 4º) às empresas que em 24/03/1970 eram detentoras, a qualquer título, de direitos de 
decreto de lavra e àquelas cujas jazidas tenham tido início de exploração a partir de 
1o/01/1980, em relação à receita bruta auferida nos dez primeiros anos de exploração de 
cada jazida. 
A exclusão poderá ser realizada em períodos de apuração subseqüentes ao encerrado em 
31/12/1988, desde que observado o mesmo limite global de 20% (vinte por cento) da receita 
bruta auferida até o período de apuração encerrado em 31/12/1988. 
É facultado à empresa de mineração excluir, em cada período de apuração, quota de 
exaustão superior ou inferior a 20% (vinte por cento) da receita bruta do período, desde que 
a soma das deduções realizadas, até o período de apuração em causa, não ultrapasse 20% 
(vinte por cento) da receita bruta auferida desde o início da exploração, a partir do período 
de apuração relativo ao exercício financeiro de 1971. 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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A exclusão poderá ser realizada em períodos de apuração subseqüentes ao período inicial 
de 10 (dez) anos, desde que observado o mesmo limite global de 20% (vinte por cento) da 
receita bruta auferida nos 10 (dez) primeiros anos de exploração. 
Não poderá ser objeto de exaustão a exploração de jazidas minerais inesgotáveis ou de 
exaurimento indeterminável, como as de água mineral (RIR/1999, art. 330, § 3o). 
 
6) Como serão fixadas as quotas de exaustão de recursos minerais? 
Serão fixadas: 
a) a quota normal de exaustão, tendo em vista o volume de produção no período e sua 
relação com a possança conhecida da mina ou em função do prazo de concessão 
(RIR/1999, art. 330, § 2º); 
b) a quota de exaustão incentivada, pela diferença entre o valor resultante da aplicação do 
percentual de 20% (vinte por cento) sobre a receita bruta e o valor da quota normal de 
exaustão, encontrada na forma do item "a" anterior (RIR/1999, art. 332). 
 
7) Como se obtém o valor da receita bruta para efeitos de cálculo da quota de exaustão 
incentivada de recursos minerais? 
A receita bruta que servirá de base de cálculo da quota de exaustão incentivada 
corresponderá ao valor de faturamento dos minerais (RIR/1999, art. 331, § 1º). 
 
8) As empresas de mineração, em relação às atividades exercidas mediante licenciamento, 
ou como arrendatárias, fazem jus às quotas de exaustão? 
Não. As atividades extrativas sob licenciamento (minerais destinados ao aproveitamento 
imediato e in natura), ou sob arrendamento, não comportam nenhuma das formas de 
exaustão, em face de não haver custo ativável de direitos minerais. Caberá, quando muito, a 
apropriação normal de quotas de amortização ou das despesas operacionais, conforme o 
caso. 
 
9) Quais controles deverão ser mantidos pelas empresas de mineração, com relação às 
quotas de exaustão dos recursos minerais explorados? 
As empresas de mineração deverão manter em sua escrituração contábil, sob intitulação 
própria, subcontas distintas (separadas), referentes a cada jazida ou mina. Este controle 
individualizado também será estendido à quota de exaustão mineral com base no custo de 
aquisição (exaustão normal ou real). 
A quota anual de exaustão incentivada poderá ser registrada e controlada na parte B do 
Lalur, onde deverão ser discriminados os valores que serviram de base para apuração da 
mesma, a saber: inicialmente, calcular 20% (vinte por cento) da receita bruta; a seguir, como 
parcela redutora, indicar o valor da exaustão apropriada contabilmente (exaustão normal ou 
real) encontrando, assim, a diferença que representa o incentivo propriamente dito 
(RIR/1999, art. 332). 
 
10) Como será contabilizada a quota normal de exaustão? 
A empresa de mineração apropriará como custo ou encargo, a débito do resultado do 
período de apuração e a crédito da conta de exaustão acumulada, o valor da quota de 
exaustão com base no custo de obtenção ou aquisição dos direitos ao aproveitamento dos 
recursos minerais, proporcionalmente à redução da possança da mina. 
 
11) Como proceder para o aproveitamento da quota de exaustão incentivada? 
O incentivo utilizável será, na apuração do lucro real, registrado como exclusão do lucro 
líquido do período de apuração, na parte A do Lalur (RIR/1999, art. 331, § 6º). 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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As empresas que optarem por manter controle de exaustão incentivada na parte B do Lalur 
deverão baixar do saldo dessa conta a parcela excluída na parte A. 
 
12) Como deverá ser registrado, na contabilidade, o aproveitamento da exaustão 
incentivada? 
A quota anual de exaustão incentivada, na parte em que exceder à quota de exaustão 
normal será creditada à conta especial de reserva de lucros, que somente poderá ser 
utilizada para absorção de prejuízos ou incorporação ao capital social (RIR/1999, art. 333). 
 
13) Qual o limite anual de aproveitamento da exaustão incentivada? 
Sabendo-se que o valor do incentivo deve ser registrado na escrituração contábil a crédito 
da conta especial de reserva de lucros, tendo como contrapartida o lucro líquido, a exclusão 
a título de exaustão incentivada não poderá ter um valor maior que o lucro líquido do 
período de apuração respectivo. 
 
14) Como recuperar a quota de exaustão incentivada quando esta não puder ser utilizada no 
período de apuração? 
Por ser uma exaustão incentivada, a legislação faculta à empresa de mineração, 
relativamente às jazidas ou minas objeto de manifesto ou concessão, excluir do lucro líquido 
para obtenção do lucro real, em cada período de apuração, quota de exaustão incentivada 
superior ou inferior a 20% (vinte por cento) da receita bruta do período de apuração 
(diminuída do valor da quota de exaustão normal ou real apropriada contabilmente), desde 
que a soma das deduções realizadas até o período em causa não ultrapasse a 20% (vinte 
por cento) da receita auferida desde o início da exploração, sempre condicionada à 
existência de lucro líquido no período de apuração. Permite, ainda, que a dedução seja 
realizada em períodos-base subseqüentes ao período inicial (10 anos), observado o mesmo 
limite global de 20% (vinte por cento) da receita nos 10 (dez) primeiros anos de exploração 
(RIR/1999, art. 332). 
 
15) A utilização da exaustão incentivada não poderá ter como limite o lucro real ao invés do 
lucro líquido do período-base? 
Não, já que a quota de exaustão incentivada utilizável deverá ser registrada, na 
contabilidade, a crédito de conta especial de reserva de lucros, e isto só será possível 
quando existir lucro líquidono período de apuração, e até o limite deste. A exaustão 
incentivada não poderá ser aproveitada no caso de prejuízo contábil, mesmo que subsista 
lucro real nesse período de apuração, por maior que este seja. 
 
16) Como proceder para cálculo da exaustão incentivada no caso de existirem 
simultaneamente várias jazidas ou minas? 
Se várias forem as jazidas ou minas que tenham contribuído com parcelas maiores ou 
menores na formação da receita bruta, o valor do incentivo corresponderá a 20% (vinte por 
cento) da soma dessas receitas, menos a soma das quotas de exaustão real contabilizadas. 
Atentar que, em qualquer caso, o limite da exaustão incentivada de cada jazida, 
individualmente considerada, não poderá ser ultrapassado. 
 
 
Limite anual de aproveitamento - Recuperação da quota de exaustão incentivada - 
Utilização da exaustão incentivada 
 
Qual o limite anual de aproveitamento da exaustão incentivada? 
Sabendo-se que o valor do incentivo deve ser registrado na escrituração contábil a crédito 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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da conta especial de reserva de lucros, tendo como contrapartida o lucro líquido, a exclusão 
a título de exaustão incentivada não poderá ter um valor maior que o lucro líquido do 
período de apuração respectivo. 
 
Como recuperar a quota de exaustão incentivada quando esta não puder ser utilizada no 
período de apuração? 
Por ser uma exaustão incentivada, a legislação faculta à empresa de mineração, 
relativamente às jazidas ou minas objeto de manifesto ou concessão, excluir do lucro líquido 
para obtenção do lucro real, em cada período de apuração, quota de exaustão incentivada 
superior ou inferior a 20% (vinte por cento) da receita bruta do período de apuração 
(diminuída do valor da quota de exaustão normal ou real apropriada contabilmente), desde 
que a soma das deduções realizadas até o período em causa não ultrapasse a 20% (vinte 
por cento) da receita auferida desde o início da exploração, sempre condicionada à 
existência de lucro líquido no período de apuração. 
Permite, ainda, que a dedução seja realizada em períodos-base subseqüentes ao período 
inicial (10 anos), observado o mesmo limite global de 20% (vinte por cento) da receita nos 
10 (dez) primeiros anos de exploração. 
A utilização da exaustão incentivada não poderá ter como limite o lucro real ao invés do 
lucro líquido do período-base ? 
Não, já que a quota de exaustão incentivada utilizável deverá ser registrada, na 
contabilidade, a crédito de conta especial de reserva de lucros, e isto só será possível 
quando existir lucro líquido no período de apuração, e até o limite deste. 
A exaustão incentivada não poderá ser aproveitada no caso de prejuízo contábil, mesmo 
que subsista lucro real nesse período de apuração, por maior que este seja. 
 
Como proceder para cálculo da exaustão incentivada no caso de existirem simultaneamente 
várias jazidas ou minas? 
Se várias forem as jazidas ou minas que tenham contribuído com parcelas maiores ou 
menores na formação da receita bruta, o valor do incentivo corresponderá a 20% (vinte por 
cento) da soma dessas receitas, menos a soma das quotas de exaustão real contabilizadas. 
Atentar que, em qualquer caso, o limite da exaustão incentivada de cada jazida, 
individualmente considerada, não poderá ser ultrapassado. 
 
Base legal 
RIR/1999, art. 332. 
 
 
Apropriação das Quotas de Depreciação, Amortização e Exaustão 
 
1) A partir de que momento o encargo de depreciação, amortização ou exaustão 
poderá ser imputado no resultado da pessoa jurídica? 
a. a depreciação, somente a partir do mês em que o bem for instalado, posto em serviço 
ou em condições de produzir; 
b. a amortização, a partir da utilização do bem ou direito ou do início da atividade para a 
qual contribuam despesas pré-operacionais a ela relativas, passíveis de amortização; 
c. a exaustão, a partir do mês em que se iniciar o esgotamento dos direitos de 
exploração mineral ou florestal registrados no ativo. 
NOTA: 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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Observar que esses encargos deverão ser calculados sempre em razão de duodécimos, ou 
seja, número de meses restantes até o final do período de apuração respectivo, 
2) A quota anual de depreciação será sempre a mesma durante todo o período de 
duração do bem? 
Regra geral, sim. Entretanto, considerando-se que a taxa anual de depreciação tem como 
base o período de 12 meses consecutivos, a quota de depreciação deverá ser ajustada 
proporcionalmente no caso de período de apuração inferior a 12 meses, como no caso de 
apuração do lucro real trimestral, bem assim no período em que tiver início ou se completar 
(atingir 100%) a depreciação dos bens. 
3)Por que a legislação permite que os encargos de depreciação, amortização e 
exaustão possam ser registrados como custo ou despesa operacional, a critério do 
contribuinte? 
Porque não se pode determinar a priori se o encargo a ser suportado pelo contribuinte a 
este título estará vinculado a custo ou a despesas operacionais. 
Exemplo: a depreciação de um caminhão comporá o custo de uma empresa de transporte 
se o mesmo for empregado nessa atividade, mas poderá ser computada como despesa 
operacional se utilizado numa empresa comercial para entrega de mercadoria vendida. A 
depreciação de máquinas de escrever, normalmente considerada como despesa 
operacional para a maioria dos contribuintes, será custo para uma escola de datilografia. 
Assim sendo, caberá ao contribuinte, em cada caso, atendendo à sua atividade específica, 
computar esse encargo, adequadamente, como custo ou despesa operacional, arcando, por 
outro lado, com as possíveis conseqüências de uma classificação inadequada. 
4) Em relação aos recursos florestais quando ocorre a depreciação, a amortização ou 
a exaustão? 
Os ativos da pessoa jurídica representados por recursos florestais podem ser depreciados, 
amortizados ou exauridos, de acordo com as seguintes regras: 
a. a depreciação é calculada sobre ativo representado por empreendimento próprio da 
pessoa jurídica, do qual serão extraídos apenas os frutos. Nesta hipótese, o custo de 
aquisição ou formação (excluído o solo) é depreciado em tantos anos quantos forem 
os de produção dos frutos; 
b. a amortização é calculada sobre ativo representado por aquisição de direitos de 
exploração, por prazo determinado, sobre empreendimento de propriedade de 
terceiros. Neste caso, o custo de aquisição desses direitos é amortizado ao longo do 
período de duração do contrato; 
c. a exaustão é calculada sobre ativo representado por floresta própria. Neste caso o 
custo de aquisição ou formação (excluído o solo) será objeto de exaustão na medida 
e na proporção em que os recursos forem sendo exauridos. No caso da floresta ou o 
vegetal plantado proporcionar à pessoa jurídica a possibilidade de um 2º, ou mesmo 
um 3º corte, o custo de aquisição ou de formação deverá ser recuperado através da 
exaustão calculada em função do volume extraído em cada período, confrontado com 
a produção total esperada, englobando os diversos cortes. 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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Custos que devem ser considerados para Imobilização dos Ativos 
O custo de um bem do imobilizado é o preço pago ou equivalente na data da aquisição. Os 
encargos financeirosde empréstimos e financiamentos de terceiros para a construção ou 
montagem de bens do imobilizado devem ser capitalizados até o momento em que o bem 
estiver em condições de operação. 
A Resolução n° 1025/2005, do Conselho Federal de Contabilidade, publicada em 9 de maio 
de 2005, com validade a partir de 1º de janeiro de 2006, aprova a Norma Brasileira de 
Contabilidade NBC T 19.1, disponível no site www.cfc.org.br, estabelecendo os critérios e 
procedimentos para registro contábil de ativo imobilizado tangível (não se aplicando a 
intangíveis). 
O ativo imobilizado, objeto desta norma, compreende os ativos tangíveis, quais sejam: 
a) Os mantidos por uma entidade para uso na produção ou na comercialização de 
mercadorias ou serviços, para locação, ou para finalidades administrativas; 
b) Têm a expectativa de serem utilizados por mais de 12 meses; 
c) Haja a expectativa de auferir benefícios econômicos em decorrência da sua utilização; 
d) Possa o custo do ativo ser mensurado com segurança. 
O custo de um bem do imobilizado compreende: 
• O preço de compra, inclusive impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a 
compra, deduzidos de descontos comerciais e abatimentos; 
• Os custos diretamente atribuíveis para instalar e colocar o ativo em condições operacionais 
para o uso pretendido (a resolução cita exemplos desses custos); 
• O custo estimado para desmontar e remover o ativo e restaurar o local no qual está 
localizado, quando existir a obrigação futura para a entidade. Segundo a resolução ora 
tratada, são exemplos de custos que não devem ser classificados como imobilizado o custo 
para abrir novas instalações, o custo para introduzir novo produto ou serviço (inclusive de 
propaganda e promoção), o custo para a realização de negócios em nova localidade ou para 
nova classe de consumidores, inclusive custo de treinamento de empregados, e o custo de 
administração e outros custos gerais indiretos. 
O reconhecimento de custo no valor contábil de bem do imobilizado cessa quando o bem é 
instalado e está em condições de operação. Por isso, a resolução ora tratada elenca os 
custos que não devem ser incluídos no valor contábil de bem do imobilizado. O custo de um 
ativo de construção própria é determinado usando os mesmos princípios aplicáveis a um 
ativo adquirido. 
A NBC T 19.1 apresenta ainda aspectos sobre a Permuta de Ativos; sobre Perda de Valor 
Recuperável; e Baixas ou Transferências. 
Eduardo Negrão. Departamento de Auditoria - CRC/PR 042423/O-6 (Escritório Curitiba). 
 
Bens totalmente depreciados – Permanência nos registros contábeis 
O simples fato de a depreciação acumulada de um bem do Ativo Imobilizado haver atingido 
100% do custo do bem, corrigido monetariamente até 31.12.1995 (caso o bem tenha sido 
adquirido até essa data), não autoriza a sua baixa contábil, ainda que o bem tenha se 
tornado imprestável para a finalidade a que se destinava. 
 
A baixa contábil só poderá ser efetuada quando o bem for baixado fisicamente, isto é, sair 
em definitivo do patrimônio da empresa. Enquanto isso não ocorrer, devem permanecer 
registrados na escrituração o custo de aquisição e a respectiva depreciação acumulada do 
bem, embora o seu valor contábil (custo corrigido menos depreciação acumulada) seja zero. 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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Lembra-se, ainda, que apesar de permanecerem registrados no Ativo Imobilizado, os bens 
cuja depreciação acumulada já tenha atingido 100% do seu custo de aquisição não devem 
mais ser objeto de cálculo de quotas de depreciação. 
 
Normalmente, a baixa física de um bem do Ativo Imobilizado decorre da sua venda, ainda 
que como sucata, hipótese em que a nota fiscal de venda será o documento hábil para 
comprovar a baixa física e lastrear a baixa contábil. Estando o bem totalmente depreciado, 
todo o valor obtido na sua venda constitui ganho de capital tributável. 
(Art. 305, § 3º, do RIR/1999 e PN CST nº 146/1975) 
 
Contabilidade - Ativo Imobilizado - Reparos, conservação e substituição de partes e 
peças - Tratamento 
A manutenção de rotina e os pequenos reparos eventuais não contribuem para o aumento 
da vida útil do bem e devem ser registrados em conta de “Manutenção e Conservação”, 
como custo de produção (se referentes a bens utilizados na produção de bens ou serviços), 
ou como despesa operacional (se referentes a bens utilizados nos setores comercial e 
administrativo). 
 Por sua vez, os gastos incorridos em reformas e/ou grandes reparos que aumentem o prazo 
de vida útil do bem devem ser contabilizados parte como Ativo Imobilizado e parte como 
despesa operacional ou custo de produção, conforme mostrado nos itens seguintes. O valor 
a ser ativado e a parcela a ser registrada como despesa ou custo, segundo são obtidos 
mediante os seguintes procedimentos (art. 346, § 2º, do RIR/1999): 
 a) aplica-se sobre os custos de substituição das partes e peças o percentual de 
depreciação correspondente à parte não depreciada do bem e escriturar o valor apurado a 
débito de conta de resultado; 
b) apura-se a diferença entre o total dos custos e substituição e o valor determinado no 
cálculo descrito na letra “a” e escriturar o valor dessa diferença a débito da conta do Ativo 
Imobilizado que registra o bem, o qual terá seu novo valor contábil depreciado no novo 
prazo de vida útil previsto. 
 
É oportuno lembrar que a parte não depreciada do bem corresponde ao valor residual - ou 
valor contábil (custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31.12.1995, se adquirido 
anteriormente a essa data, menos a depreciação acumulada). 
Esse procedimento também atende à aplicação da boa técnica contábil, porque, ao ser 
registrado no Ativo Imobilizado o valor proporcional à depreciação sofrida pelo bem, está-se 
considerando a baixa de peça ou partes substituídas por estimativa, o que se torna uma 
alternativa bastante útil diante das dificuldades e até da impossibilidade de atribuir-lhes 
valores específicos. 
Observe-se que, na hipótese de o bem estar totalmente depreciado, o valor total da reforma 
deve ser registrado no Ativo Imobilizado. 
 
4) GANHOS OU PERDAS DE CAPITAL 
Conceito: A classificação dos valores a este título compreende os resultados na alienação, 
inclusive por desapropriação, na baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência 
ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo imobilizado. 
Os ganhos ou perdas de capital correspondem à diferença entre o valor da alienação dos 
bens e o seu valor contábil, na data da baixa. Se a diferença for positiva, ocorre o ganho; se 
for negativa, a perda. 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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O valor contábil dos bens na data da baixa corresponde ao seu custo, registrado na 
escrituração contábil, ajustado retificadoras (depreciação, amortização, exaustão, 
provisões), respectivamente. 
 
Custo do bem registrado na escrituração 
Revogada a sistemática da correção monetária das demonstrações financeiras (art. 4º da 
Lei nº 9249/95), os procedimentos a serem observados para determinação do valor do bem 
para fins de apuração do ganho ou da perda de capital, são: 
a) tratando-se de bens e direitos cuja aquisição tenha ocorrido até o final de 1995, o 
custo de aquisição poderá ser corrigido monetariamente até 31 de dezembro desse 
ano, tomando-se por base o valor da UFIR vigente em 1º de janeiro de 1996, ou seja, 
R$ 0,8287, não se lhe aplicando qualquer correção monetária a partir desta data; 
b) tratando-se de bens e direitos adquiridos a partir de 01º dejaneiro de 1996, ao custo 
de aquisição de bens e direitos não será atribuída qualquer atualização monetária. 
O ganho de capital de residentes ou domiciliados no exterior será apurado e tributado de 
acordo com as regras aplicáveis aos residentes no País. 
 
Prejuízos não-operacionais 
No caso da pessoa jurídica apurar prejuízos não operacionais a partir de 01/01/1996, estes 
somente poderão ser compensados com lucros da mesma natureza, devendo ser observado 
o limite de trinta por cento do lucro real existente antes da sua compensação. 
 
Quotas de depreciação acelerada incentivadas 
O saldo das quotas de depreciação acelerada incentivada registradas no LALUR, será 
adicionada, na parte A do LALUR, ao lucro líquido do período de apuração em que ocorrer a 
baixa. 
 
Alienação de bem do ativo imobilizado 
A apuração do ganho de capital deve ser feita conforme o esquema abaixo/; 
Elementos Valores 
Máquina R$ 140.000,00 
(-) Depreciação acumulada (R$ 98.000,00) 
(=) Custo ou valor contábil do bem R$ 42.000,00 
 
Valor da Alienação R$ 80.000,00 
(-) Custo contábil do bem (R$ 42.000,00) 
(=) Ganho de capital R$ 38.000,00 (lucro não operacional) 
 
Obs.: Caso haja a incidência de ICMS na alienação do bem, o valor do imposto será 
deduzido do ganho de capital. No exemplo acima, se houvesse ICMS no valor de R$ 
8.000,00, o ganho de capital seria apenas de R$ 30.000,00 (R$ 38.000,00 – R$ 8.000,00). 
 
Exemplo de baixa a partir de 01/01/1996. 
Dados: 
Conta: veículos 
Data de aquisição: 01/07/2000 
Valor de aquisição: R$ 40.000,00 
Taxa de depreciação: 20% ao ano 
Venda à vista em 28/02/2001 
Pede-se: Apuração do ganho ou perda de capital na data da alienação 
 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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I – Posição contábil na data da venda: 
Valor do bem, registrado na escrituração contábil R$ 40.000,00 
 
II – Depreciação contabilizada no ano calendário de 2001: 
Valor do bem R$ 40.000,00 
(x) taxa anual de depreciação 20% 
(=) Quota anual de depreciação R$ 8.000,00 
(/) número de meses 8 
(=) Quota mensal de depreciação R$ 666,66 
 
A quota mensal de R$ 666,66, corresponde ‘a parcela a ser apropriada mensalmente, no 
ano calendário de 2001. 
 
Apuração do resultado da venda 
1) Valor da venda à vista em 28/02/2001 R$ 30.000,00 
2) (-) Custo ou valor contábil: 
Veículo R$ 40.000,00 
(-) Depreciação acumulada: 
Saldo em 31/12/2000 R$ 4.000,00 
Depreciação em 01/2001 R$ 666,66 
Depreciação em 02/2001 R$ 666,66 (R$ 5.333,32) (R$ 34.666,68) 
3) (=) Prejuízo não-operacional (perda de capital) R$ 4.666,68 
 
Venda a Longo Prazo 
Na venda de bens do ativo imobilizado, para recebimento no preço, no todo ou em parte, 
após o término do exercício social seguinte ao da contratação, o contribuinte poderá, para 
efeito da determinação do lucro real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço 
recebida em cada período de apuração. 
Exemplo: 
Dados: 
Data da alienação: agosto de 20x0 
Valor contábil do bem na data da baixa: R$ 110.000,00 
Valor da alienação do bem: R$ 200.000,00 
Ganho de capital na alienação: R$ 90.000,00 
Recebimento em 25 parcelas de R$ 8.000,00, vencíveis a partir de agosto de 20x0. 
Contabilização da Alienação (agosto de 20x0): 
D – Despesas não operacionais 110.000,00 
C – Bem do Ativo Imobilizado 110.000,00 
D – Créditos a receber 200.000,00 
C – Receitas não operacionais 200.000,00 
 
A proporção do recebimento da venda à prazo será: 
1º ano: 5 parcelas de R$ 8.000,00 = R$ 40.000,00  20% 
2º ano: 12 parcelas de R$ 8.000,00 = R$ 96.000,00  48% 
3º ano: 8 parcelas de R$ 8.000,00 = R$ 64.000,00  32% 
 
O lucro de R$ 90.000,00 será reconhecido na mesma proporção: 
1º ano: 20% R$ 90.000,00 = R$ 18.000,00 
2º ano: 48% R$ 90.000,00 = R$ 43.200,00 
3º ano: 32% R$ 90.000,00 = R$ 28.800,00 
 100% R$ 90.000,00 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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A escrituração do LALUR ficará assim: 
 
Ano 
 
Parte “A” 
Exclusão = (-) 
Adição = (+) 
Parte “B” 
Saldo a 
Tributar 
20x0 (-) R$ 72.000,00 R$ 72.000,00 
20x1 (+) R$ 43.200,00 R$ 28.800,00 
20x2 (+) R$ 28.800,00 0 
 
No 1º ano, houve um reconhecimento contábil do ganho de capital em sua totalidade (R$ 
90.000,00). Em termos fiscais, a empresa reconhecerá apenas R$ 18.000,00, fazendo uma 
exclusão de R$ 72.000,00 (43.200,00 + 28.800,00) na parte “A” e controlando esse valor na 
parte “B” do LALUR. Nos anos seguintes reconhecerá, como adição na parte “A”, 
respectivamente, R$ 43.200,00 e R$ 28.800,00, exclusivamente para fins fiscais, fazendo a 
respectiva baixa na parte “B”. 
Uma outra forma de calcular o lucro a ser reconhecido em cada ano, para fins fiscais, é a 
seguinte: 
a) Ganho de capital na alienação R$ 90.000,00 
b) Valor da venda R$ 200.000,00 
c) Porcentagem do ganho sobre a venda (a / b x 100) 45% 
d) Lucro em cada prestação 45% x R$ 8.000,00 R$ 3.600,00 
 
 
Ano 
 
Ganho 
Reconhecido 
20x0 5 meses x R$ 3.600,00 = R$ 18.000,00 
20x1 12 meses x R$ 3.600,00 = R$ 43.200,00 
20x2 8 meses x R$ 3.600,00 = R$ 28.800,00 
total R$ 90.000,00 
 
Esta forma é útil quando existir atualização monetária da prestação, bastando aplicar o 
percentual de lucro sobre o valor reajustado da mesma. 
 
Alienação de investimentos avaliados pela equivalência: 
A alienação de participação societária relevante e influente em sociedades coligadas ou 
controladas deve ser precedida por sua avaliação pelo valor do patrimônio líquido, com base 
em balanço ou balancete de verificação da investida, levantado na data da alienação ou até 
trinta dias, no máximo, antes dessa data. 
O custo ou valor contábil dos investimentos pode ser demonstrado da seguinte forma: 
 
Participações societárias R$ 
1 – Valor total do investimento ajustado pela 
 Equivalência patrimonial 120.000,00 
2 - + Ágio ainda não amortizado 30.000,00 
3 – (-) Deságio ainda não amortizado 0 
4 – (-) Provisão para perdas prováveis na 
 Realização de investimento (50.000,00) 
5 – (=) Valor contábil do investimento baixado 100.000.00 
 
O resultado não operacional será 
 TÓPICOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE APLICADA I 
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Valor da venda em 30/05/2002 R$ 70.000,00 
(-) Valor contábil R$ (100.000,00) 
(=) Perda de capital R$ (30.000,00) prejuízo não operacional 
 
Exemplo: 
A Cia. Santa Cruz adquiriu, em 02/01/20x0, 30% (trinta por cento) das ações da Cia Inove, 
que tornou-se sua coligada em virtude do evento. O investimento foi considerado relevante 
pois representou, isoladamente, um custo equivalente as mais de 10% do PL da Cia Santa 
Cruz. 
Dados da aquisição/; 
Valor = 300.000 ações x R$ 1,40 = R$ 420.000,00 
(-) Valor patrimonial das ações = (R$ 360.000,00) 
(=) Ágio pago na aquisição = R$ 60.000,00 
 
O fundamento do pagamento do ágio foi a expectativa de rentabilidade futura da Cia. Inove. 
Nos exercícios de 20x0 a 20x5, a investidora registrou o aumento do valor de investimentos 
pelo Método de Equivalência Patrimonial e amortizou o ágio em 70% do seu valor. 
No Balanço Patrimonial de 31/12/x5, estava registrado no subgrupo Investimentos do Ativo 
Imobilizado da investidora: 
Participação societária – Cia. Inove R$ 600.000,00 
(+) Ágio a