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Fundamento do Direito Publico

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Fundamentos de Direito Publico 
O Direito Público se refere ao conjunto de todas as normas jurídicas de natureza pública, isto compreende tanto o conjunto de normas jurídicas que regulam a relação entre o particular e o Estado, como o conjunto de todas as normas jurídicas que regulam as atividades, as funções e organizações de poderes do Estado e dos seus servidores.
Por se tratar de um conceito classificatório em relação ao conteúdo da norma jurídica, distingue-se das normas jurídicas de natureza privada.
1-) Surgimento da sociedade:
A população humana passa a se chamar HUMANIDADE a partir do momento em que deixa de enfrentar apenas a sobrevivência e se depara com outro problema crucial para sua espécie: a CONVIVÊNCIA.
Deste período inicial da história dos homens, além do desenvolvimento das mais diversas técnicas que transformam sua relação com a natureza, podemos destacar a atividade que os homines sapientes, servindo-se da capacidade cognitiva que os distingue, elevaram a uma condição de existência: A POLÍTICA.
“Nessa adversidade, a questão é saber como a História irrompe na vida de todo dia. Como, no tempo miúdo da vida cotidiana, travamos o embate, sem certeza nem clareza, pelas conquistas fundamentais do gênero humano; por aquilo que liberta o homem das múltiplas misérias que o fazem pobre de tudo: de condições adequadas de vida, de tempo para si e para os seus, de liberdade, de imaginação, de prazer no trabalho, de criatividade, de alegria e de festa, de compreensão ativa de seu lugar na construção social da realidade.”
Classificação das sociedades:
º Critério
º Finalidade 
º Sociedades de fins particulares- Objeto especifico 
º Sociedade de fins gerais - Sociedades politicas
O estado permite que o individuo particular se envolve em meios gerais como familiar por exemplo.
os elementos necessários para que um agrupamento humano possa ser reconhecido como uma sociedade?
Esses elementos, encontrados em todas as sociedades, por mais diversas que sejam suas características, são três:
a) uma finalidade ou valor social;
b) manifestações de conjunto ordenadas;
c) o poder social
Sociedade Politica:
os agrupamentos humanos caracterizam-se como sociedades quando têm um fim próprio
e, para sua consecução, promovem manifestações de conjunto ordenadas e se submetem a um poder, e no tocante à sociedade
humana, globalmente considerada, verificamos que o fim a atingir é o bem comum. Entretanto, se verificarmos o que ocorre em
qualquer parte do mundo, iremos notar logo a existência de uma incontável pluralidade de sociedades, todas apresentando aqueles três elementos essenciais.
FILIPPO CARLI indicou a existência de três categorias de grupos sociais, segundo as finalidades que os movem: 
a) sociedades que perseguem fins não-determinados e difusos (família,
cidade, Estado etc.); 
b) sociedades que perseguem fins determinados e são voluntárias, no sentido de que a participação nelas é
resultado de uma escolha consciente e livre; 
c) sociedades que perseguem fins determinados e são involuntárias, uma vez que seus
membros participam delas por compulsão (o exemplo mais típico é a participação numa Igreja).
"Sociedades particulares são grupos ou
agrupamentos considerados como sociedades para as finalidades sociológicas, embora possam ser apenas sociedades do ponto de
vista cultural, e não precisem estar organizadas e, ainda menos, reconhecidas ou estabelecidas por lei.
Em linguagem mais direta, e considerando as respectivas finalidades, podemos distinguir duas espécies de sociedades, que são:
 a) sociedades de fins particulares, quando têm finalidade definida, voluntariamente escolhida por seus membros. Suas atividades visam, direta e imediatamente, àquele objetivo que inspirou sua criação por um ato consciente e voluntário; 
b) sociedades de fins gerais, cujo objetivo, indefinido e genérico, é criar as condições necessárias para que os indivíduos e as demais sociedades que nela se integram consigam atingir seus fins particulares. A participação nestas sociedades quase sempre independe de um ato de vontade.
As sociedades de fins gerais são comumente denominadas sociedades políticas, exatamente porque não se prendem a um objetivo determinado e não se restringem a setores limitados da atividade humana, buscando, em lugar disso, integrar todas as atividades sociais que ocorrem no seu âmbito.
político é influenciado e condicionado pela totalidade do ser
humano e, por sua vez, influencia e condiciona essa totalidade, acrescentando que o objeto específico da política consiste sempre na organização de oposições de vontade, sobre a base de uma comunidade de vontade.
“A política (a observação é tirada da experiência) engloba a totalidade
dos fatores do homem: ideologias sociais, crenças religiosas, interesses de classe ou de grupo, ônus dos fatores pessoais...”.
Assim, pois, são sociedades políticas todas aquelas que, visando a criar condições para a consecução dos fins particulares de seus membros, ocupam-se da totalidade das ações humanas, coordenando-as em função de um fim comum. Isso não quer dizer, evidentemente, que a sociedade política determina as ações humanas, mas, tão-só, que ela considera todas aquelas ações. Entre as sociedades políticas, a que atinge um círculo mais restrito de pessoas é a família, que é um fenômeno universal. Além dela existem ou existiram muitas espécies de sociedades políticas, localizadas no tempo e no espaço, como as tribos e clãs.
Estado:
A denominação Estado (do latim status estar firme), significando situação permanente de convivência e ligada à sociedade política, aparece pela primeira vez em "O Príncipe" de MAQUIAVEL, escrito em 1513, passando a ser usada pelos italianos sempre ligada ao nome de uma cidade independente, como, por exemplo, stato di Firenze. Durante os séculos XVI e XVII a expressão foi sendo admitida em escritos franceses, ingleses e alemães. Na Espanha, até o século XVIII, aplicava-se também a denominação de estados a grandes propriedades rurais de domínio particular, cujos proprietários tinham poder jurisdicional.
Estado, indicando uma sociedade política, só aparece no século XVI, e este é um dos argumentos para alguns autores que não admitem a existência do Estado antes do século XVII. Para eles, entretanto, sua tese
não se reduz a uma questão de nome, sendo mais importante o argumento de que o nome Estado só pode ser aplicado com propriedade à sociedade política dotada de certas características bem definidas. A maioria dos autores, no entanto, admitindo que a sociedade ora denominada Estado é, na sua essência, igual à que existiu anteriormente, embora com nomes diversos, dá essa designação a todas as sociedades políticas que, com autoridade superior fixaram as regras de convivência de seus membros.
Três posições fundamentais:
A-) Estado, assim como a própria sociedade, existiu sempre, pois desde que o homem vive sobre a
Terra acha-se integrado numa organização social, dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo. O estado como o princípio organizador e unificador em toda organização social da Humanidade, considerando-o, por isso, onipresente na sociedade humana.
B-) Admite que a sociedade humana existiu sem o Estado durante um certo período. Depois,
por motivos diversos, que serão indicados quando tratarmos das causas que levaram à formação do Estado, este foi constituído para atender às necessidades ou às conveniências dos grupos sociais
C-) Só admitem como Estado a sociedade política dotada de certas características muito bem definidas. Justificando seu ponto de vista, um dos adeptos dessa tese, KARL SCHMIDT, diz que o conceito de Estado não é um conceito geral válido para todos os tempos, mas é um conceito histórico concreto, que surge quando nascem a idéia e a prática da soberania, o que só ocorreu no século XVII.
Justificativas do estado:
Encontrar justificativa para o estado a partir dos valores éticos humanos e se identifica com a Filosofia do Estado, outraque foca totalmente em fatos concretos e que aproxima-se da Sociologia do Estado, e, finalmente, uma terceira perspectiva que analisa seu objeto de acordo com um entendimento puramente normativo de Estado em seus aspectos técnicos e formais.
Para que a segurança jurídica se concretize no mundo do Direito, alguns princípios deverão ser respeitados, sendo esses de três gêneros: 
- Relativos à organização do Estado; 
- Relativos ao Direito, enquanto conjunto de normas; 
- Relativos à aplicação do Direito; 
• Relativos à organização do Estado: para que haja segurança jurídica é fundamental que o Estado tenha seus poderes divididos ( Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário), cada qual atuando dentro de suas funções, sem que um interfira nas funções dos outros. Igualmente importante, seria a estrita observância, pelo Poder Judiciário, de uma organização interna eficaz, capaz de não prejudicar a eficiência ao aplicar as normas. 
• Relativos ao Direito, enquanto conjunto de normas: pode-se citar quatro princípios que devem ser observados para que o Direito seja juridicamente seguro: 
- Positividade do Direito: pode ser explicado como a existência de um conjunto de normas 
- Segurança de Orientação: por esse princípio tem-se que o Direito deve conter regras claras, de forma que não haja dúvida quanto ao seu conteúdo, simples, para que qualquer pessoa do povo possa entender o que está regulado, inequívocas, ou seja, a norma não poderia apresentar contradições,
- Irretroatividade da Lei: esse é o princípio mais importante da Segurança Jurídica. Pode ser explicado pelo fato de leis futuras não atingirem os fatos presentes e passados
- Estabilidade Relativa do Direito: O Direito, enquanto criação humana voltada a estabelecer a coexistência pacífica entre os homens, deve estar atento à realidade social a que está inserido, e com ela evoluir, sob pena de se tornar inútil
a) Teorias que afirmam a formação natural ou espontânea do Estado, não havendo entre elas uma coincidência quanto à causa, mas tendo todas em comum a afirmação de que o Estado se formou naturalmente, não por um ato puramente voluntário.
b) Teorias que sustentam a formação contratual dos Estados, apresentando em comum, apesar de também divergirem entre si quanto às causas, a crença em que foi a vontade de alguns homens, ou então de todos os homens, que levou à criação do Estado. De maneira geral, os adeptos da formação contratual da sociedade é que defendem a tese da criação contratualista do Estado.
Às causas determinantes do aparecimento do Estado:
Origem familial ou patriarcal. Estas teorias situam o núcleo social fundamental na família.
Origem em atos de força, de violência ou de conquista. Com pequenas variantes, essas teorias sustentam, em síntese, que a superioridade de força de um grupo social permitiu-lhe submeter um grupo mais fraco, nascendo o Estado dessa conjunção de dominantes e dominados.
Origem em causas econômicas ou patrimoniais. PLATÃO, "Um Estado nasce das necessidades dos
homens; ninguém basta a si mesmo, mas todos nós precisamos de muitas coisas".
Finalidades do estado:
Bem comum:
É o conjunto de todas as condições de vida social, que assegurem e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana. Daí porque não se pode aceitar que a função do ESTADO seja só a de preservar a segurança dos indivíduos, proteger a liberdade individual e/ou fazer cumprir as leis. Mais que isso, o ESTADO tem o dever de intervir em assuntos sócio-econômicos para assegurar a prestação dos serviços fundamentais a todos os indivíduos, especialmente aos mais pobres e com menos possibilidade de exercitar os seus direitos. 
Conceito de estado e seus componentes:
o conceito de Estado não pode ser entendido como geral e válido para todos os tempos; é um conceito histórico concreto, tendo surgido quando nasceram a idéia e a prática da Soberania.
1ª - o Estado é divino, porque se origina do sobrenatural;
2ª - o Estado é humano, porque provém da Lei e, portanto, da razão;
3ª- o Estado é social, desde que deriva da História e, conseqüentemente, da evolução.
2-) Poder 
O grupo social pode ser definido, portanto, como a reunião de indivíduos sob determinadas regras.Para existirem tais regras, alguma força há de produzi-las; para permanecerem, alguma força deve aplicá-las, com a aceitação dos membros do grupo. A essa força, que faz as regras e exige o seu respeito, chama-se poder. Em todo grupo, um, ou alguns, dos membros exerce sobre os outros o poder: na família, os pais sobre os filhos; na empresa, o diretor sobre os gerentes, os gerentes sobre os chefes de seção, os chefes sobre os demais. 
Poder politico: 
O Estado brasileiro há um poder, que sujeita todos os habitantes do país. Damos a esse poder a designação de poder político. Qual a peculiaridade dele, a determinar sua distinção em relação aos de-mais tipos de poderes existentes A primeira característica do poder político é a possibilidade do uso da força física 
Estado-poder e Estado-sociedade:
o Estado não reconhece poder ex-terno superior ao seu. O Estado brasileiro não admite que o alemão exerça qualquer poder sobre as pessoas residentes no Brasil. A isso denominamos soberania. 
O grupo organizado de pessoas chamado Estado: 
a) mantém-se com o uso da força; 
b) reserva para si seu uso exclusivo; 
c) não reconhece poder interno superior ao seu; 
 d) não reconhece poder externo superior ao seu (é soberano). 
O detentor do poder político de Estado-poder e seu destinatário de Estado-sociedade. O Estado-poder é integrado por aqueles que definem as regras de convivência na sociedade e as aplicam, com o uso da força, se necessário: o presidente da repúbli-ca, os ministros, os deputados e senadores, os governadores, os de-putados estaduais, os prefeitos, os vereadores, os juizes, os servido-res públicos em geral. O Estado-sociedade é formado por todos os habitantes do país. O Estado-poder cria e faz cumprir as regras regendo as rela-ções das pessoas dentro do Estado-sociedade: as de relacionamento entre pais e filhos, patrão e empregado, credor e devedor, entre vi-zinhos. Quem não as cumpre espontaneamente, sujeita-se ao uso da força, pelo Estado-poder, para a obtenção da obediência. A essas regras, criadas pelo Estado-poder e impostas com o uso da força, chamamos de normas jurídicas.

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