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Por meio da leitura dos textos propostos e de textos complementares identificamos que a presença da mulher no mercado de trabalho expandiu-se significativamente no mundo todo, porém, ainda com significativa discriminação. Apesar do avanço da participação feminina como indivíduo ativamente econômico, ainda há um longo caminho a ser trilhado até que se chegue a uma situação de paridade com o mercado de trabalho oferecido ao homem na sociedade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, em média, havia no Brasil, 10,6 milhões de mulheres na força de trabalho, sendo 9,6 milhões ocupadas e 1,1 milhão desocupadas. Das mulheres ocupadas a grande porcentagem tinha entre 24 e 49 anos de idades. Números como esses têm crescido ano após ano, desde a Revolução Industrial até os dias atuais. Frente ao aumento do desemprego e a queda do poder aquisitivo das famílias as mulheres têm, cada vez mais, deixado à exclusividade do trabalho doméstico para ingressarem no mercado de trabalho buscando não só a complementação da renda familiar como também a própria satisfação pessoal. Apesar desse crescimento, a mulher ainda luta para conquistar seu espaço nas organizações, sendo que a participação feminina ainda possui grande concentração na administração pública e serviços domésticos, tendo participação inferior nos demais seguimentos econômicos. O perfil educacional das trabalhadoras em 2009, segundo o IBGE, 61,2% apresentava 11 anos ou mais de estudos, para os homens este percentual era de 53,2%, porém a participação dos homens no mercado em atividades com menos anos de estudos era superior. Com a globalização e o aumento das exigências no mercado de trabalho, pessoas com maior escolaridade encontram mais facilidade para serem inseridas. Ainda há muitos pontos para melhoria das condições de trabalho das mulheres, a diferença salarial, por exemplo, ainda é discrepante, mesmo a mulher, estatisticamente, tendo escolaridade superior. Segundo o IBGE em 2003 a diferença entre os salários era de 70,8% já em 2009 as mulheres ganham aproximadamente 72,3% do rendimento dos homens. Além da questão salarial, a participação efetiva das mulheres em cargos de alta liderança é outro fator que está muito aquém do ideal. A evolução da carreira, quando existe, limita-se a cargos de média gerência, sendo os cargos de alta direção ainda dominados pelo sexo masculino. Barreiras como essas ainda são difíceis de serem transpostas, visto que, em muitos casos, a própria estrutura organizacional impõe critérios que excluem as mulheres da concorrência por cargos melhores remunerados. Em outros casos, conceitos pré-concebidos, atribuem habilidade específicas para um determinado gênero, e, por fim, as próprias mulheres, por necessidade de conciliar a atividade remunerada com o trabalho do lar, buscam áreas profissionais mais flexíveis. As mudanças culturais e fatores econômicos tornam a presença da mulher no mercado de trabalho cada vez mais presente, importante e forte. A diminuição das diferenças e a erradicação do preconceito são metas importantes que devem ser constantemente buscadas, além da inclusão de mulheres negras e de baixa escolaridade em outras áreas de atuação que proporcionem crescimento profissional e possibilidade de estudos, pois hoje estas são presentes em sua maioria apenas nos trabalhos domésticos. A paridade efetiva dos gêneros no mercado de trabalho só será alcançada quando quesitos como remuneração digna, reconhecimento e oportunidade forem vistos como direito de todo trabalhador e não exclusividade de poucos.
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