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PSICOLOGIA E DIREITO 03 2017 (II) 1A/1B/1C Imputabilidade, semi-imputabilidade e inimputabilidade IMPUTABILIDADE, SEMI-IMPUTABILIDADE E INIMPUTABILIDADE Prática dos atos da vida civil capacidade Código Civil: Art 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os menores de 16 anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; Incisos II e III comportam causas oriundas de distúrbios psíquicos ou orgânicos, que podem impedir o discernimento do indivíduo e a prática dos atos civis. Transtorno dissociativo é exemplo de enfermidade que pode levar à interdição do indivíduo para os atos da vida civil. Art 4º São incapazes relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV – os pródigos; Os relativamente incapazes necessitam de assistência, por ter sua capacidade de discernimento reduzida. Art. 1.767. Estão sujeitos à curatela: I – aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II – aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; III – os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; IV – os excepcionais sem completo desenvolvimento mental; V – os pródigos; Código Penal: Art 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único: A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. A principal função do psicólogo no âmbito da justiça é a perícia judicial, realizando diligências específicas para diagnosticar aspectos conflitivos da dinâmica familiar e consubstanciar seus resultados e conclusões em laudos, documentos que serão anexados ao processo, seguindo as regras processuais. Código de Processo Penal: Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. A imputabilidade penal implica que a pessoa entenda a ação praticada como algo ilícito, ou seja, contrário à ordem jurídica e que possa agir de acordo com esse entendimento, compreensão esta que pode estar prejudicada em função de psicopatologias ou, ainda, de deficiências cognitivas. Todo e qualquer tipo de sofrimento mental deve ter aquilatada a intensidade e a qualidade do transtorno, a fim de verificar a possibilidade ou não de responsabilizá-la. Aos portadores de sofrimento psíquico que praticaram ilícitos penais caberá, havendo constatação de distúrbio psíquico impeditivo de discernimento sobre o ato praticado, a determinação, em função deste entendimento, em lugar da pena, medida de segurança na modalidade internação ou tratamento.
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