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DIREITOS REAIS DE GARANTIA. Seminário de Direito Civil- Das Coisas Docente - Yuri Santana 6° semestre de direito noturno A. Penhor Define-se o penhor como a efetiva transmissão da posse direta, ou a transferência de um bem móvel das mãos ou do poder do devedor, ou de terceiro anuente, os quais têm o poder dominial sobre os mesmos, para o poder e a guarda do credor, ou da pessoa que o representa, com a finalidade de garantir a satisfação do débito." Rizzardo (2011,p1031) Art. 1.431. Parágrafo único Código Civil. “No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar.” Características do Penhor Indivisibilidade, ou seja, o pagamento de uma ou mais prestações não importa exoneração da garantia, conforme art. 1.421/CC: “o pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens, salvo disposição expressa no título ou na quitação;” Publicidade, que no penhor se dá com a entrega do bem ou com o registro, se tratando de penhor especial como o agrícola; Especialização, que vem a ser um detalhamento dos elementos que caracterizam a obrigação e o bem dado em garantia; Acessoriedade, já que a existência da garantia real só se compreende se houver relação jurídica obrigacional cujo resgate pretende assegurar. Características do Penhor: Direito de sequela, ou seja, o direito real persegue a coisa independentemente de com quem essa se encontre; Contrato real, pois apenas se consuma com a tradição do bem que será dado em penhor, mas a esta regra existe exceções, pois no penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas continuam em poder do devedor que deve guarda-las e conservá-las, conforme reza o art. 1.431/CC; Sinalagmático, pois produz obrigações recíprocas; Não admite pacto comissório real, pois este pacto permitiria ao credor pignoratício, credor anticrético ou hipotecário ficar com o objeto da garantia se a dívida não for paga no vencimento, mas se ainda sim for convencionado, será considerado nula a cláusula, conforme art. 1.428/CC. Direitos do Credor Pignoratício: Posse da coisa empenhada; Retenção por despesas justificadas; Ressarcimento do prejuízo por vício da coisa empenhada; À execução judicial ou venda amigável Apropriação dos frutos da coisa empenhada sob seu poder; À venda antecipada mediante autorização judicial. Deveres do Credor Pignoratício: Custódia da coisa sob sua guarda; Ressarcimento ao dono por danos causadas à coisa empenhada; A defesa da posse e ciência ao dono; Deduzir o valor dos frutos de que se apropriou para abatimento em favor do devedor; Restituir a coisa empenhada com os frutos e acessões; Entregar ao devedor o saldo do pagamento da dívida Extinção do Penhor: Art. 1.436. Extingue-se o penhor: Extinção da Obrigação; Renúncia do Credor; Perecimento do objeto; Confusão; Adjudicação; Venda extrajudicial (autorizada); Remição. Penhor Especial Penhor Rural Penhor Industrial e Mercantil Penhor de Veículos Penhor Especial Penhor de Direitos e Títulos de Crédito Penhor Legal Hipoteca Objeto Jurídico Pluralidade de Hipoteca Remição de bens Efeitos da Hipoteca Hipoteca Espécies de Hipoteca Hipoteca Convencional Hipoteca Legal ( Artigo 1489 CC) Hipoteca Judicial (Artigo 466 CPC) Hipoteca Registro da Hipoteca Extinção da Hipoteca (Artigo 1499 CC) Anticrese É o que dispõe o artigo 1506 do Código Civil Efeitos da Anticrese: Os efeitos da anticrese estão previstos no ordenamento jurídico no art. 1.508. Hipótese de Cumulação da Hipoteca e Anticrese: A legislação civil prevê no art. 1.506, § 2º. Direitos e Deveres: São direitos do credor anticrético: Exercer a posse do bem dado em garantia; Administrar os bens objetos da anticrese, e fruir frutos e utilidades (art. 1.507); Reter o imóvel em seu poder, até efetuar-se o pagamento da divida. (art. 1.423); Arrendar os bens à terceiro, se não o impedir cláusula contratual, o que não afasta a retenção, segundo o parágrafo segundo do art. 1.507; Reclamar seus direitos contra o terceiro que adquira o imóvel. Conhecido como direito de sequela, este garantido no art. 1.509. Direitos e Deveres: De outra banda, são obrigações do credor: Guardar ou manter a coisa como se sua fosse; Apresentar anualmente balanço, exato e fiel, de sua administração, com a discriminação dos frutos e utilidades usufruídos, o correspondente ao pagamento da dívida, o saldo remanescente, nos termos do art. 1.507; Responder pelas deteriorações que o imóvel sofre por culpa sua, e pelos frutos e rendimentos não percebidos por negligencia, conforme art. 1.508; Prestar contas dos frutos ou rendimentos havidos, com o consequente abatimento da divida que for sendo satisfeita; Um vez cumprida a obrigação, devolver a coisa. Direitos e Deveres: Por sua vez, cabem ao devedor as seguintes obrigações: Entregar a coisa ao credor, que com ela deverá permanecer até a extinção do débito; Pagar a dívida se não cumprir o uso do imóvel com esta finalidade; Impor a conservação do imóvel, mantendo-se no estado em que foi recebido, sem modificações que sejam prejudiciais; Reclamar a devolução e acessórios quando vencido o prazo, ou satisfeita a divida; Pedir contas do imóvel, de frutos e rendimentos, sempre que entender necessário; Postular a indenização dos frutos perdidos ou deteriorados por culpa do credor; Alienar o imóvel, porém a garantia perdurará com o adquirente. Extinção da Anticrese: A principal forma de extinção da anticrese é através da satisfação do pagamento, portanto, ao desaparecer a obrigação principal, não há mais suporte para o encargo ser cobrado. Componentes Andressa Serqueira; Daniel Dantas; Elizeu Macedo; Jaqueline Ferreira; José Evangivaldo dos Santos; Marcelo Ferreira; Yasmin Dantas.
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