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Aula 3. – Concordância Concordância ( É a adequação da língua. Podemos dizer que uma oração é direta quando temos: Sujeito + Verbo + Complemento. Quando ocorre a inversão, podem ocorrer erros de concordância, para evitarmos isso, o ideal é fazer sentenças diretas. Ex.: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante.”, a ordem direta seria: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.”. O uso que fazemos da língua marca-nos socialmente. Quando empregamos a língua corretamente em contextos formais, de acordo com a norma culta, também somos marcados da mesma forma. Para evitar equívocos de concordância verbal existe uma regra que deve sempre ser considerada: O verbo concorda com o núcleo do sujeito a que se refere em número, singular ou plural, e em pessoa, 1ª, 2ª ou 3ª. Palavra principal que compõe o sujeito da oração, aquela que rege a concordância. Geralmente esse vocábulo é um substantivo, mas também pode ser um pronome: Sujeito colocado depois do verbo ( Quando o sujeito aparece depois do verbo, costuma-se cometer erros. Ex.: “Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.”. Devemos substituir o sujeito por um pronome para acertar a concordância, neste caso é o pronome “elas”, então o correto seria: “Parece que não existem mais pessoas interessadas neste assunto.”. Quando o sujeito é muito extenso ou em que esta distante do verbo ( Às vezes o sujeito é tão longo que nos perdemos quanto a gramatica. Ex.: ”O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades grandes um assaltante podem nos intimidar.”. Temos que nos perguntar qual o sujeito, neste caso o que pode nos intimidar? A resposta é “ele”, então o correto é: “O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades grandes um assaltante pode nos intimidar.”. Contaminação do Verbo com a palavra mais próxima, sem concordar com o núcleo do sujeito ( Quando o verbo é contaminado pela palavra mais próxima e deixa de concordar com o núcleo do sujeito, esse engano é comum quando a expressão antes do verbo esta no plural e o núcleo do sujeito esta no singular ou vice-versa. Ex.: ”Será que a incompetência por parte de diversos profissionais não poderiam ser evitados?”. Perguntamos novamente o que poderia ser evitado, tendo como resposta “a incompetência” e o correto seria: “Será que a incompetência por parte de diversos profissionais não poderia ser evitada?” Muito cuidado quando envolve O, OS, A, AS ( Ex.: “Todas aquelas promessas a fez esquecer a traição.”. Temos que achar o sujeito que no caso é: “Todas aquelas promessas” e o correto seria: “Todas aquelas promessas a fizeram esquecer a traição.”. Núcleos ligados pela conjunção OU ( Temos que considerar duas situações: Quando há ideia de exclusão ou retificação ( Nesse caso a ação ou o fato só pode ser atribuído a um dos núcleos. O verbo fica no singular e concorda com o sujeito mais próximo. Ex.: Felipe Massa ou Lewis Hamilton será o piloto vencedor. Quando não há idéia de exclusão ( Nesse caso a ação ou o fato podem ser atribuídos a ambos os núcleos. O verbo então vai para o plural. Ex.: “O álcool ou o cigarro são prejudiciais à saúde.”. Uso de Expressões Específicas: Um dos que e Uma das que ( Usando umas das duas expressões, o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Ex.: “O segurança foi um dos que pediu/pediram demissão.”. A maioria de, Grande parte de, Parte de e A maior parte de ( Usando umas das duas expressões, o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Ex.: “A maioria da revistas não comentou/comentaram o caso.”. Mais de um ( Usando esta expressão o verbo ficará no singular, a não ser que ela esteja repetida ou indique reciprocidade. Ex.: ”Mais de um funcionário foi demitido.”. Já nesta expressão: “Mais de uma escolha, mais de uma ação teriam de ser feitas.”. Que ( Nesse caso o verbo concorda em número e pessoa com o antecedente do pronome. Ex.: “Fui eu que liguei o aparelho.”. “Foram eles que ligaram o aparelho.”. Quem ( Nesse caso o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular. Ex.: “Não sou eu quem paga o serviço.”. “Fui eu quem pagou o serviço.”. Verbos Impessoais ( São aqueles verbos que não podem ser flexionados em outras pessoas, mas sempre permanecem na 3ª pessoa do singular, pois não possuem sujeito, são eles: Haver ( Pode significar tempo decorrido: “Não nos vemos há muito tempo.” Ou Existir: “Havia dez alunos na sala.”. Fazer ( Não varia quando indica tempo. Ex.: “Faz muitos anos que não nos vemos.”. Chover, Gear, etc ( Verbos que indicam fenômenos da natureza não variam e formam orações sem sujeito. Ex.: “Chove muito lá fora.”. Quando é utilizado no sentido figurado, deixa de ser impessoal. Ex.: “Choviam lágrimas de seus olhos.”. Se ( Temos alguns exemplos do Se: No caso de SE + Verbo Transitivo Direto, o verbo normalmente concorda com o sujeito, porque a partícula SE torna a frase passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do verbo. Ex.: “Vende-se casa nova.” E “Vendem-se casas novas.”. Quando temos o SE + Verbo Intransitivo, SE + Verbo Transitivo Indireto ou Verbo de Ligação (indicando o estado do sujeito e não a ação) o verbo SEMPRE fica na terceira pessoa do singular. Ex.: “Vive-se feliz naquela cidade.”, “Precisa-se de ajudantes.” E “Permanece-se feliz naquela casa.”. Ser ( O mais comum é o verbo concordar com o sujeito. Mas temos algumas exceções: Quando o predicativo é o pronome “o”, o verbo fica no singular. Ex.: “Problemas é o que não lhe falta.”. Nas expressões É muito, É pouco ou É bastante, o verbo ser fica no singular quando indica quantidade, medida ou distancia. Ex.: “Quatro reais é pouco para irmos ao cinema.”. Um texto sem concordância nominal pode impressionar, de forma negativa o leitor ou ouvinte. Em geral, os determinantes e modificadores concordam com o substantivo a que se referem. Porém temos algumas regras: Anexo, Apenso, Incluso, Junto, Separado ( Todas estas palavras são adjetivos e concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se referem. Ex.: “Seguem anexas às cartas as contas de telefone.”, “Está incluso ao processo seu pedido.” O(s) mais possível(eis) e O(s) menos possível(eis) ( Basta ficarmos de olho no artigo, se ele estiver no singular, o adjetivo possível também ficará, se estiver no plural usaremos possíveis. Ex.: “Deixou o filho o mais pobre possível.” E “Deixou os parentes os mais pobres possíveis.”. Mesmo: Depois de um pronome reto ( A palavra concorda com o pronome ou com a pessoa a quem se refere. Ex.: “Ela mesma disse isso.” E “Eles mesmos fizeram a pesquisa.”. = De Fato ou Realmente ( Neste caso a palavra não varia. Ex.: “Ela disse isso mesmo? Ela disse isso de fato?”. O(s) mesmo(s) ou A(s) mesma(s) ( Não usar estas expressões para substituir pronomes ou substantivos. Ex.: ”O professor preparou a prova, e “o mesmo” vai aplicá-la” está errada, o certo seria: “O professor preparou a prova, e ele mesmo vai aplicá-la.”. É bom, É necessário, É proibido ( Estas expressões concordarão, obrigatoriamente, com o substantivo a que se referem quando este for precedido de artigo. Caso contrário, elas serão invariáveis. Ex.: “É necessário ter paciência.” E “A paciência é necessária ao homem.”.
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