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Dieta mediterrânea - Aspecos poitivos e negativos

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
FACULDADE DE GASTRONOMIA
GABRIELA FARIA PROCÓPIO
MARIANA BARBOSA MARTINS MOTA
PEDRO HADDAD ELIAN LIMA
RAFAEL AUGUSTO MIRANDA MILAGRES
DIETA MEDITERÂNEA:
ASPÉCTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
BELO HORIZONTE
2017
Gabriela Faria Procópio
Mariana Barbosa Martins Mota
Pedro Haddad E. Lima
Rafael Augusto Miranda Milagres
DIETA MEDITERRÂNEA:
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Trabalho Avaliativo sobre conhecimentos de Cozinha Italiana ao curso de Gastronomia, da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial à aprovação da disciplina.
BELO HORIZONTE
2017
Resumo
Rica em complexidade, a dieta do mediterrâneo vem sido estudada ao longo dos vários anos devido à grande quantidade de benefícios que ela traz para saúde. Em função destes benefícios, esta dieta tem sido adotada ao longo do globo, como uma dieta “ideal” para toda a população. 
Entretanto a dieta do mediterrâneo não pode ser analisada tão superficialmente, apenas pelo seu valor nutricional. Ela é muito mais que um mero número em uma tabela. Ela é um grande emaranhado de manifestações culturais adquiridas ao longo de vários anos pelos vários povos que ali viveu, é um estilo de vida, de regionalidade, de respeito pelo mar e pelas terras que o rodeiam. São tantas variáveis que estruturam a dieta do mediterrâneo que fica claro perceber o porquê ela só traz tantos benefícios para aqueles que ali vivem.
Palavras-chave: dieta mediterrânea, sazonalidade, cultura mediterrânea, estilo de vida, regionalidade.
Abstract
	Full of complexity, the Mediterranean diet has been studied for years due to the numbers of benefits that it brings to human health. Because of these benefits, this diet is used for all over the world as an “ideal” diet for all its population.
	Although the Mediterranean diet cannot be analyzed superficially, just by its nutritional value. It is more than numbers in a nutritional facts chart. The diet is a big entanglement of cultural manifestations brought along the years by the people that lived in that region; it is a lifestyle, of regionalism, it’s a form of respect to the sea and land surrounding it. There are many variables that support this diet, what makes it clear the why it brings all these benefits for those living in there.
Keywords: Mediterranean diet, seasonality Mediterranean culture, lifestyle, regionalism.
Introdução
	
	O objetivo desse trabalho é esclarecer de forma breve e sucinta o que é a dieta mediterrânea, suas origens, o porquê dessa dieta existir e como ela é aplicada, além de observarmos os aspectos positivos e negativos da dieta. Buscamos em diversas fontes acadêmicas, tais como artigos, teses, monografias revistas e sites, as nossas referencias para suportar os nossos argumentos e dar andamento ao trabalho. 
	Para melhor desenvolvimento separamos em partes que se explicam numa forma evolutiva do pensamento dos autores. Pensamos em esclarecer sobre a região do mediterrâneo, sobre a dieta e mostrar os aspectos positivos e negativos da mesma, que pode ser aplicada dentro ou fora da região mediterrânea. Veremos o porquê da utilização dessa dieta fora da região de origem e quais as implicações da exportação da teoria dessa dieta para fora de seu ponto de origem.
	
	
O Mediterrâneo
O Mediterrâneo é uma região que compreende parte da África, Europa e Pequena parte da Ásia, que são banhadas pelos cinco mares que compõem o mar mediterrâneo: o Egeu, o Adriático, o Jônico, o Ligúrico e o Tirreno. Com invernos frios e úmidos e verões quente e secos, obriga uma rotatividade de plantações (Chef Profissional, 4ª ed. rev.).
A região Mediterrânea é frequentemente referida como o berço da civilização da Europa. Pensa-se que a pecuária, a produção de cereais, o cultivo de legumes e fruta terão tido origem aqui há milhares de anos. Grande parte dos produtos agrícolas que existem atualmente em todo o mundo terá também tido origem na região Mediterrânea.
A cevada, o trigo, a aveia, as azeitonas, as uvas, as amêndoas, as tâmaras, as ervilhas e muitos outros frutos, legumes, ervas medicinais e aromáticas são derivados de plantas selvagens existentes nesta região. De acordo com a FAO, a zona do Mediterrâneo é um dos mais importantes centros de origem de plantas de cultivo de importância mundial. 
A bacia do Mediterrâneo estende-se cerca de 3 800 km de leste para oeste, desde o extremo de Portugal até à costa do Líbano, e cerca de 1 000 km de norte a sul, desde a Itália até Marrocos e à Líbia. Na União Europeia, a região Mediterrânea abrange sete Estados-Membros, quer parcial (Franca, Portugal, Itália, Espanha) quer integralmente (Grécia, Malta, Chipre).
O clima é caracterizado por verões quentes e secos e invernos úmidos e frios, mas também pode ser particularmente caprichoso, com chuvas torrenciais repentinas ou ocorrência de ventos fortes (por exemplo, o circo e o mistral) que surgem em diferentes épocas do ano. Estas condições climatéricas exercem uma influência profunda na vegetação e na vida selvagem da região.
Durante toda a história foi um mar de extrema importância. Na Antiguidade foi usado como rota marítima de comércio pelos fenícios, gregos e romano. Estes últimos dominaram suas águas por séculos e passaram a chama-lo de “Maré Nostrum”, que em latim significa “Nosso Mar”. Com o domínio árabe na Península Ibérica e norte da África, durante os séculos VIII e XIV, o Mar Mediterrâneo foi pouco usado para fins comerciais. Nos séculos XV e XVI, genoveses e venezianos voltaram a dar destaque para o mar, pois o utilizaram como rota marítima de comercio, principalmente, de especiarias (cravo, canela, noz moscada, açafrão, pimenta, gengibre) vindas da Ásia.
Dieta mediterrânea
O conceito da Dieta Mediterrânea é polemico. Os autores, sobretudo os da área da saúde, transformaram-na em um grupo de alimentos, enfatizando muito mais os aspectos nutricionais e valores energéticos de cada alimento procurando simplificá-la. Entretanto, se a dieta for vista de uma maneira mais ampla, observando-se aspectos relacionados à sua estrutura culinária, envolvendo combinações de alimentos, modos de preparação, temperos, regionalidade entre outros, sua conceituação torna-se um pouco mais complexa.
Baseada nas práticas e costumes alimentícios de um povo unido pela geografia de 3 continentes, a dieta mediterrânea é rica em cores e sabores unidas pela leveza e praticidade dos seus pratos. Além desses atributos sensoriais, podemos comprovar indiretamente, por meio de inúmeras pesquisas já feitas, que essa dieta está ligada à saúde e longevidade da população da região (MONTANINI ALVES REZENDE, Ana Beatriz, 2003).
A presença de alimentos vegetais minimamente processados que oferecem alto teor de nutrientes protetores da saúde, fibras que ativam o funcionamento intestinal e ajudam no controle do colesterol, vitaminas, minerais e antioxidantes que são substâncias que bloqueiam reações químicas que desencadeiam tanto doenças como o envelhecimento, são fatores diferenciais presentes nesta dieta quando comparada às demais existentes (TABAK et al., 1998).
Grande-Covián (1996) caracteriza a dieta mediterrânea pelo elevado consumo de frutas e hortaliças, pescado, uso do azeite de oliva como principal fonte de gordura e processo culinário baseado em fritura em banho de azeite. Fiol (1996) simplifica a dieta mediterrânea afirmando que suas vantagens nutricionais se devem às hortaliças, frutas, azeite e pescado. Medina (1996) refere como sendo a marca principal da alimentação do mediterrâneo a trilogia trigo, videira e a oliveira, além dos alimentos que caracterizam as mesclas culturais desta área, quais sejam abobrinha, aspargos, pimentão, tomate, cogumelos, alcachofra, berinjela, entre outros.
Outro hábito praticado pela população que vive às margens do mediterrâneo é o de tomar vinho às refeições, favorecendo o combate aosradicais livres – moléculas relacionadas ao envelhecimento do sistema imunológico. Quando o organismo metaboliza os alimentos, tira deles os nutrientes, mas aumenta a produção de radicais livres. O vinho tinto oferece os polifenóis, substâncias que combatem os radicais livres. O vinho é um dos componentes considerado importante por reduzir o risco de doença cardiovascular na dieta mediterrânea. Vários são os mecanismos que parecem participar do efeito protetor do vinho na coronariopatia, motivo pelo qual é indicado o consumo de até́ duas taças por dia (BURCKHARDT; FARIA 2004).
Como dito por Jorge Queiroz, sociólogo e Diretor do Departamento de Cultura de Portugal, a dieta evidencia e exprime culturas de partilha e proximidade, de cooperação nas atividades comunitárias, de celebração e festa. A mesa nas culturas mediterrânicas possui grande centralidade social, quer em espaço privado como no público. (QUEIROZ, Jorge, 2014.)
Os ingredientes mais usados na dieta mediterrânea são ingredientes naturais e com o mínimo de industrialização possível. Podemos dar exemplos desses ingredientes tais como:
Azeite;
Pão;
Vinho;
Frutas secas ou frescas;
Hortaliças;
Legumes;
Peixes;
Nozes e castanhas;
Benefícios da dieta mediterrânea
A Dieta Mediterrânea está fortemente associada a uma menor prevalência de excesso de peso e obesidade e à manutenção de um peso saudável.
A dieta mediterrânea é mais do que uma dieta e do que simples orientações dietéticas, é um modelo cultural, um estilo de vida e um padrão alimentar com características próprias, que privilegia o aumento do consumo de produtos de origem vegetal, o consumo de produtos frescos, pouco processados, sazonais e locais.
Na cozinha, a dieta mediterrânea contempla a utilização de métodos de confecção simples que preservam o valor nutricional dos alimentos e que respeitam e promovem as receitas tradicionais, os costumes e os hábitos, nomeadamente as sopas, os cozidos, as caldeiradas, as jardineiras e os ensopados.
Além de promover a saúde e o bem-estar, outros dos benefícios da Dieta Mediterrânea estão relacionados com o fato deste padrão alimentar proteger e respeitar a biodiversidade, ter um baixo impacto sobre o meio ambiente, promover a sustentabilidade, otimizar os recursos naturais e humanos e contribuir para a segurança alimentar e nutricional.
Podemos observar o porquê de a dieta mediterrânea ser tão utilizada com finalidade de melhoria da saúde. Uma dieta rica em fibras, vitaminas, gorduras insaturadas como azeite e gordura vinda de peixes, como o ômega-3.
A raridade do uso da carne vermelha é um ponto positivo pela quantidade de gorduras saturadas contidas nesse tipo de carne, que comprovadamente está ligada a doenças cardiovasculares.
O pouco consumo de açúcar processado e o grande consumo de fibras está diretamente ligado ao índice glicêmico baixo.
O consumo do vinho, que tem substancias que dilatam e fortalecem os vasos sanguíneos o que aumenta a circulação do sangue no corpo, consequentemente a oxigenação dos órgãos e do cérebro o que pode ajudar a retardar os efeitos da senilidade.
O tomate ingrediente versátil e extremamente saboroso, podendo ser usado tanto cru como cozido, possui uma substancia chamada licopeno que tem propriedades antioxidantes (SHAMI, Najua; MOREIRA, Emília; 2004).
Pirâmide da Dieta Mediterrânea
Mínimo consumo de doces (menor que duas vezes por semana);
Carnes vermelhas e carnes processadas consumidas no máximo por duas vezes semanalmente;
Proteínas leves, tais como carnes brancas, peixes, ovos e leguminosas secas podem ser consumidas mais que duas vezes por semana;
Laticínios de preferência magros, como iogurte e queijos frescos, e consumidos diariamente;
Uma a duas porções diárias de sementes, azeitonas ou nozes;
Ervas aromáticas, especiarias, alho, cebola, elementos de saborização são consumidos diariamente;
Frutas e vegetais consumidos pouco cozidos ou crus diariamente, a cada refeição principal;
Azeite também consumido em toda refeição principal;
Pães, massas, arroz, couscous e outros grãos (de preferência integrais) também entram nas mais importantes refeições diárias;
O vinho entra quase como remédio, uma vez por dia tomado um cálice;
Muita agua e infusões como chás;
Atividade física regular, descanso, convivência, sazonalidade e uso de produtos locais são a base dessa dieta que é patrimônio imaterial da região mediterrânea.
Aspectos negativos
O que pode ser negativo é que o consumo exagerado de alguns componentes da dieta tais como pães ou vinho, podem ocasionar o ganho do peso devido ao nível de carboidratos presentes nesses elementos. Ou o mal equilíbrio de ingredientes pode levar a deficiência de certas vitaminas e minerais encontradas em algumas leguminosas que não estão em outras. O preço de alguns ingredientes pode ficar caro se comprado em grande quantidade, no caso de compra para restaurantes. O vinho por ter a propriedade de vasodilatador pode estar ligado também a alguns casos de disfunção erétil. 
Podemos considerar também como um aspecto não positivo, a implementação dessa dieta fora da região do mediterrâneo, onde a dieta foi formada por milênios e é culturalmente seguida pelos moradores da região. A exportação da dieta para outros países fica meramente com fins nutricionais, não levando em conta o aspecto cultural da dieta, o uso de produtos da terra de onde essa dieta é feita (DIEZ GARCIA, Rosa Wanda. Dieta Mediterrânea: inconsistências ao se preconizar modelos de dieta. Vol. VIII / 2001 da Revista Cadernos de Debate. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da UNICAMP. Campinas. v. VIII. p. 28-36. 2001).
Conclusão
Segundo os estudos pesquisados podemos concluir que a dieta mediterrânea é um fator que tem contribuído para a longevidade da população mediterrânea. O aspecto cultural milenar, hoje é exportado para o mundo todo como alimentação saudável e bem equilibrada ligada à pratica de exercícios, que pode ajudar a perda de peso se não houver nenhum exagero. E o aspecto econômico também pode ser levado em conta uma vez que os produtos consumidos são sempre sazonais e aqueles que o clima permite a população consumir.
Desta forma, torna-se essencial conhecer o estilo de vida e o padrão alimentar mediterrânico, de forma a fazer escolhas mais equilibradas levando à criação de hábitos saudáveis e de um estilo de vida que promove a saúde e o bem-estar de forma sustentável e sem esquecer as tradições, o meio ambiente, a agricultura e a economia local.
Referências Bibliográficas
INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA, Chef Profissional, 4ª ed. rev. São Paulo: Senac Editoras 2011.
MONTANINI ALVES REZENDE, Ana Beatriz. Dieta Mediterrânea: Características e aspectos gastronômicos. 2006. 67f. Monografia (Pós-graduação lato sensu em Gastronomia e Segurança alimentar) - Universidade de Brasília, Brasília, agosto,2003.
QUEIROZ, Jorge. Dieta: Um modelo cultural. Factores de risco. Sociedade portuguesa de cardiologia. Braga-Portugal, n. 31, p. 14-16. Jan-Mar 2014.
DIEZ GARCIA, Rosa Wanda. Dieta Mediterrânea: inconsistências ao se preconizar modelos de dieta. Vol. VIII / 2001 da Revista Cadernos de Debate. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da UNICAMP. Campinas. v. VIII. p. 28-36. 2001.
SHAMI, Najua. MOREIRA, Emília. Revista Nutrição. vol.17 no.2 Campinas Abril-Junho 2004.
Natura2.000 disponível em: http://ec.europa.eu/environment/nature/info/pubs/docs/biogeos/Mediterranean/KH7809610PTC_002.pdf

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