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Farmacologia veterinária básica

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Farmacologia 
veterinária básica
Discente: Aline Biazotto
Introdução
• Farmacologia é a ciência que estuda as interações entre compostos
químicos (fármacos) e o organismo vivo.
• O que resulta essa interação é o efeito: Podendo ser um efeito
benéfico – fármacos, e maléfico – toxicologia/tóxicos.
• Isso depende da concentração: janela terapêutica
Janela terapêutica
Janela 
terapêutica
Por que estuda-la?
• Para compreender o mecanismo de um fármaco e como ele afeta o 
funcionamento do organismo
Propriedades da droga ideal
• Efetividade;
• Segurança;
• Seletividade;
• Reversibilidade;
• Fácil administração;
• Mínimas interações;
• Isenta de efeitos adversos (colaterais);
Divisão da farmacologia
• Farmacocinética: o que o organismo faz com o medicamento.
(absorção, distribuição, metabolização e excreção do fármaco.)
• Farmacodinâmica: o que o medicamento faz com o organismo.
(efeitos químicos, biológicos, fisiológicos e o mecanismo de ação
dos fármacos). O que o fármaco produz, deixa de produzir, e
quando se conecta a diferentes receptores, qual é o efeito adverso.
Conceitos básicos
• Droga: qualquer substância que interaja com o organismo
produzindo algum efeito. Qualquer coisa pode ser droga, como
alimento, vitaminas, etc.
• Fármaco: Possui substância química definida, se liga a um receptor
específico, faz algum efeito conhecido.
• Medicamento: Quando é adicionado ao fármaco alguns
componentes para que esse seja administrado terapeuticamente.
• Remédio: subst. animal, vegetal, mineral ou sintética que “cura
novamente” ou pode ser algo espiritual, ou massagens, ginástica.
Traz benefícios ao paciente.
Conceitos básicos
• Medicamento de referência: primeiro medicamento que surgiu,
sua fórmula, principio ativo, com aquela concentração. Serve de
referência para o genérico e o similar, após a patente expirar.
• Medicamento genérico: cópia do medicamento de referência, com
a biodisponibilidade e bioequivalência, faz o mesmo efeito do de
referência, sendo “mais baratos”.
• Medicamento similar: é autorizado a ser produzido após prazo de
patente, porem, não passou por testes de biodisponibilidade e de
bioequivalência.
Conceitos básicos
• Biodisponibilidade: é a medida de extensão da droga
terapeuticamente ativa na circulação sistêmica (e a capacidade dele
chegar na corrente sanguínea), e está disponível no local de ação.
• Bioequivalência: é a equivalência/efetividade de duas preparações
diferentes de medicamentos, que tem que possuir efeitos “iguais”.
• Posologia: modo em que o medicamento tem que ser administrado
(tempo, via, quantidade...)
• Meia vida: tempo necessário para que metade da substancia seja
metabolizada pelo organismo. Precisa-se atingir o pico máximo de
concentração.
Biodisponibilidade
Bioequivalência entre fármacos
Conceitos básicos
• Especificidade: capacidade do fármaco de reconhecer apenas o seu 
receptor.
• Afinidade: tendência do fármaco a se ligar a receptores 
• Eficácia: Quando o fármaco já ligado ao receptor, tem capacidade 
de ativá-lo; (capacidade de produzir efeito terapêutico).
• Potencia: Refere-se as diferentes doses de dois fármacos para 
produzir o mesmo efeito; 
• Quanto mais fármaco, menos potente ele é. Quanto menos fármaco, mais 
potencia. 
Relação entre a curva concentração-tempo e efeito
Conceitos básicos
• Agonista: substância que causa alteração na função celular,
produzindo diversos efeitos. Pode ligar a receptores, enzimas,
transportadores, causando algum efeito.
• Antagonistas: se ligam ao receptor mas não causam sua ativação.
Tentam impedir a ação do agonista. Não produzem efeito algum.
• Dessensibilização ou taquifilaxia: quando, após uso continuo de
um fármaco, eles perdem efeito/diminuem o efeito no organismo.
• Perda do receptor
• Aumento do metabolismo do fármaco
• Adaptação fisiológica
• Exaustão de mediadores
Taquifilaxia
Vida de um fármaco
• Descoberta da droga: “invenção” da droga, testes pré-clínicos,
testes em laboratórios com cobaias (in vivo e in vitro);
• Período de desenvolvimento do fármaco: testes clínicos no
indivíduo/população. Voluntários humanos fazem testes.
• Período de comercialização e marketing: lançamento do fármaco
para uso, novas dosagens, e novas indicações.
Interação entre fármacos
1. Aditivo:
• O efeito toxico final é igual a soma dos efeitos produzidos 
separadamente. (2+2=4);
2. Sinérgico:
• O efeito final acaba sendo maior que os efeitos individuais de cada 
fármaco. (2+4=8);
3. Antagonismo:
• Quando uma droga não causa nenhum efeito, inibindo o efeito de 
outra, ocupando seus receptores.
Interação entre fármacos
4. Potencialização:
Um agente toxico tem seu efeito aumentado por interagir com outro 
agente, que, originalmente, não produziria aquele efeito.
Indução enzimática
• Para seu metabolismo, boa parte dos fármacos, são
biotransformados com auxílio de enzimas, ocorre que alguns
fármacos podem competir pelo mesmo sistema enzimático, e com
isso, vem a interação farmacológica, que pode, anular, reduzir ou
aumentar o efeito dos agente envolvidos. Quando se falar em
metabolismo, duas interações são possíveis de ocorrer: a) Indução
enzimática e a b) Inibição enzimática.
• A indução enzimática provoca aumento no número de enzimas,
com este aumento ocorre um acréscimo na taxa de metabolismo,
que provoca, consequentemente, uma redução na duração ou
intensidade de ação de alguns fármacos.
Indução enzimática
• Como uma faca de dois gumes, a indução de enzimas pode levar a
uma diminuição da toxicidade através da aceleração de
desintoxicação, ou a um aumento da toxicidade devido ao aumento
da formação de metabólitos reativos. Dependendo do delicado
equilíbrio entre detoxificação e ativação, a indução pode ser uma
resposta benéfica ou maléfica.
Inibição enzimática
• A inibição enzimática leva a uma redução na taxa de metabolismo e
com isso o efeito terapêutico pode aumentar. Vários mecanismos
estão envolvidos na inibição de enzimas, incluindo a
concorrência para o sítio catalítico da enzima, interação
(alostérica) não competitiva, a destruição suicida da enzima, e
concorrência para cofatores.
• A inibição enzimática é geralmente considerada como
potencialmente perigosa, ou, pelo menos, indesejável.
pH e pKa
• As constantes de equilíbrio para reações de ionização são chamadas 
de constante de dissociação São geralmente designadas por Ka;
• Os valores de pKa são análogos ao pH e são definidos pela 
equação:
• Quanto mais fortemente um ácido se dissocia, menor é o seu pKa
Diferenças entre drágeas, cápsulas e comprimidos
Drágeas
Vias de administração de fármacos
Farmacocinética
Farmacocinética
Farmacocinética
Absorção
Absorção
Fatores que influenciam a absorção
• Ligados à administração: 
• Circulação no local de administração
• Área da superfície absortiva
• Ligados diretamente ao fármaco:
• pH
• Tamanho e forma das partículas
• Forma química do fármaco (se é sal ou acido)
• Forma terapêutica (comprimido, drágea, capsula...)
• Adjuvantes farmacotécnicos 
• Grau de ionização
• Concentração do fármaco no local
• Sua estabilidade química
Distribuição
Distribuição
Biotransformação
Biotransformação
Biotransformação
Excreção
Farmacodinâmica 
• É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos das drogas e seus 
mecanismos de ação. 
• “é o que o medicamento faz com o organismo”.
• Como as drogas atuam? São quaisquer substâncias que ocasionam 
uma alteração no funcionamento biológico por suas ações 
químicas.
• Objetivos da farmacodinâmica;
Objetivos da farmacodinâmica1. Identificar efeito primário, usando técnicas de “screening” ou 
triagem.
2. Delinear interações químicas e físicas entre a droga e a célula, 
através de técnicas de biologia molecular.
3. Caracterizar a sequencia proteica, campo de ação e efeitos 
completos.
“sitio de ligação esta no resíduo agr-pro-li-phe-ser- da sexta alça do 
receptor do glutamato e é antagonista do glutamato”.
Receptores
• São componentes macromoleculares de origem proteica, de
localização membranal, citoplasmática, organelar ou nuclear,
responsáveis pela ligação da droga a célula.
• Eles compreendem uma classe de proteínas especializadas no
reconhecimento de moléculas e na transdução de sinais celulares.
• Quando + receptivo, - efeitos colaterais apresentará e serão +
seguros
Classificação dos receptores
Sítios de ligação ou pseudorreceptores (não originais) - > receptores 
órfãos.
• Não possuem neurotransmissores endógenos
• Descobertos ao acaso
• Substancia exógena do organismo, mais restrita a cada ano
Classificação dos receptores
Receptores para neurotransmissores rápidos (ionotrópicos) 
• São grandes proteínas que ultrapassam os limites da membrana,
tanto extra como intracelularmente.
• São compostos geralmente por cinco subunidades: duas
subunidades α, as mais altas, de ligação do ligante; três
subunidades β γΔ, que são conformacionais ou alostérias.
• Na realidade, estes receptores são canais iônicos modificados que
uma vez ativados promovem um influxo iônico dezenas de vezes
superior ao basal, resultando numa resposta excitatória
(despolarização) ou uma resposta inibitória (hiperpolarização) na
membrana pós-sinaptica.
Classificação dos receptores
• Alguns exemplos:
• Receptor nicotínico da acetilcolina, responsável pela contração muscular e 
promove a despolarização do receptor devido ao influxo de sódio.
• Receptor GABAa do neurotransmissor GABA: inibidor do hipotálamo, 
responsável pelo sono. GABA é um canal iônico para cloreto e é 
hiperpolarizante, ou inibitório.
• Receptor NMDA do neurotransmissor glutamato: despolarizador de células, 
sendo importante para memoria/vigília. NMDA é um receptor biionico que 
permite o influxo de sódio e cálcio para o desenvolvimento da memoria. 
OBS: esses receptores estão associados com respostas fisiofarmacológicas muito 
rápidas, desde segundos até horas.
Classificação dos receptores
Receptores ligados a proteína G
Além de gerarem boa parte de medicamentos, fazem a transdução de 
sinal que envolve a síntese de segundos mensageiros intracelulares. 
Um dos segundos mensageiros são o AMPc. 
Componentes do sistema:
• Proteína G;
• Proteína efetora;
• Segundo mensageiro;
• Ativação das proteínas quinases pelo segundo mensageiro.
Proteína G
• São moléculas triméricas(GαGβGγ) que se ligam ao GTP e GDP.
São inativas na membrana, quando ligadas ao GDP e sendo
ativadas quando ligadas ao GTP.
• Possuem atividade GTPásica.
• Realiza a transmissão do sinal para o interior da célula.
• Obs1: é um trímeroinativo acentado na membrana celular. É
composta de uma subunidade catalítica Gα, que quando ativada,
recebe moléculas de GTP energético substituindo o GDP do estado
inativo. Ainda possui duas subunidades conformocionais
(alostéricas) Gβ e Gγ.
Proteína G
• É uma “telefonista celular”
• Transmissão do sinal “droga” para dentro da célula
• Ativa diversos eventos intracelulares o cascatas de segundos
mensageiros intracelulares de modo cíclico – liga- desliga- gastando
GTP.
Proteína G
• Proteína efetora/efetuadora: são enzimas de membranas que são
ativadas ou inibidas pela Proteína G, sendo um exemplo de enzima
o AdenilatoCiclase. São responsáveis pela síntese do segundo
mensageiro celular.
• Segundo mensageiro: responsável pela transmissão da mensagem
da Proteína G.
• Proteínas quinases: são ativadas pelo segundo mensageiro,
provocando a fosforilação de substratos proteicos.
Esses receptores são compostos por um rosário de aminoácidos que
serpenteiam a membrana formando 7 domínios intramembranais e
sete loopings/alças, geralmente, 4 extra celulares e 3 intracelulares,
que codificam o “sinal” droga. Existe uma porção extracelular amino-
terminal (NH2) responsável pela captação e ligação da droga à célula.
Há uma porção carboxi-terminal (COOH) na extremidade intracelular
que é responsável pela ativação das proteínas (enzimas) efetuadoras
da resposta. São denominadas também como receptor 7-α-hélice-
transmembrana.
Ciclo da proteína G
• É um importante alvo farmacológico para o desenvolvimento de 
fármacos.
1. O receptor não está ativado pela droga (agonista) e a proteína G 
encontra-se em seu estado defosforilado com as 3 subunidades α 
(catalítico)β e γ (conformacionais) agregadas e a membrana em 
repouso.
2. O agonista liga-se ao receptor e, após uma alosteria da alça COOH-
terminal, ocorre a ativação da sub-unidade αGTP, com a 
incorporação de moléculas de GTP que substituem o GDP.
Ciclo da proteína G
3. Ocorre uma dissociação da sub-unidade Gα das sub-unidades Beta e 
gama conformacionais (ribosilação). A sub-unidade G α desloca-se na 
membrana e ativa proteínas de membrana da face interna.
4. A subunidade Gα defosforilada volta a se agregar às subunidades Beta e 
gama e está pronta para receber de novo o “sinal droga” e os sistemas de 
segundo mensageiros seguem seu ritmo de transdução, mesmo sem haver 
moléculas de fármaco ligadas ao receptor.
• Existem algumas toxinas que são ativadoras do ciclo da Proteína G, promovendo a
ribosilação persistente do ciclo. Um exemplo é a toxina colérica, que é conhecida
como doença negligenciada pela indústria farmacêutica, ativando a Proteína G do
intestino.
• Essa toxina penetra na célula intestinal e ribosila o aminoácido arginina 179, ativando
irreversivelmente as subunidades αs
Formas da proteína G
• Até o momento, existem 5 formas:
• Família G1 (inibitória);
• Família Gq
• Proteína G11/12
• Proteína Golf: quem faz a sinalização celular com os odores, sem 
utilizar neurotransmissores, estimulo químico do cheiro
• Grod: rodopsina do olho: luminosidade das células do fundo dos 
olhos.
Mecanismo de transdução de sinais
• São processos pelos quais um sinal
extracelular altera eventos intracelulares
que participam em respostas
bioquímicas e fisiológicas.
• “amplificação do sinal”: pequeno
numero de moléculas que poderia ativar
uma célula, mas o sinal é aumentado.
QUESTION
• PARA QUE UMA DROGA UTILIZA A CASCATA DE 
SINALIZAÇÃO NO SINAL DE TRANSDUÇÃO? 
Porque ela não consegue se expressar muito, porque a célula é fraca.
• OBS: cada subtipo de receptor ativa um sinal de transdução 
diferente em tecidos também diferentes
Via da adenilato ciclase/AMPc
• É a primeira rota descoberta e pertence à fisiologia dos nucleotídeos
cíclicos a qual pertencem o AMPc e GMPc e controla importantes
respostas fisiológicas de vários neurotransmissores, tais como:
adrenalina, serotonina, histamina, insulina, glucagon, entre outros.
Após a ligação do fármaco com o receptor, a proteína G catalítica ativa a
enzima de membrana adenilato ciclase que, por sua vez, transforma um
pool de ATP não energético (substrato) que é convertido rapidamente no
segundo mensageiro , o AMPc. Rapidamente as moléculas de AMPc de
difundem pelo citoplasma e encontram em nível proteozomal (proteínas
soltas no citoplasma) moléculas inativas de proteína quinase A (PKA/
proteína quinase dependente de AMPc), essa enzima, altamente
fosforilante, passa a clivar diversos substratos proteicos inativos junto ao
reticulo endoplasmático liso, fosforilando assim, varias proteínas de
resposta, tais como: canais iônicos, transportadores, enzimas metabólicas,
conforme a necessidade do organismo.
Funções da adenilato ciclase/AMPc
• Regula enzimas queparticipam do metabolismo energético
• Interfere na divisão e diferenciação celular
• A expansão clonal de linfócitos e depende de AMPc (resposta imune)
• Controla transporte de ions através de carreadores
• Modula canais iônicos
• Altera proteínas contráteis; relaxa a maioria dos músculos lisos, por 
exemplo, das artérias ou fenômeno de ejeção do leite
Via da Guanilato ciclase/GMPc
• Muito semelhante à da adenilato ciclase/AMPc. 
• A transdução de sinal se dá através de receptores catalíticos do tipo
Guanilato Ciclase. Nesta via dois fenômenos poderão ocorrer: a guanilato
ciclase é ativada diretamente (mediador se ligando diretamente à enzima
de membrana) , ou através ou GPCR.
• A guanilato ciclase converte GTP não energético em GMPc (segundo
mensageiro). Este, por sua vez se espalha pelo citoplasma até encontrar
moléculas inativas de PKG que promovem as fosforilações dos substratos
proteicos, gerando assim as proteínas de resposta. O exemplo mais
clássico dessa via é a via de sinalização do óxido nítrico (NO) que possui
um sítio de ligação na guanilato ciclase e como é um gás, difunde-se na
membrana facilmente não necessitando um receptor. O encerramento
dessa via se dá através da ação da fosfodiesterase do GMPc, que quebram
o GMPc num metabólito inativo chamado 5´GMP .
Via da Guanilato ciclase/GMPc
• Existem 2 tipos de guanilato ciclase, a solúvel que esta dispersa
pelo citoplasma, ou, em alguns casos, a particulada , que esta
ancorada na membrana citoplasmática. Esta via é principalmente
representada pela transdução de sinal do oxido nítrico (NO).
• Nesta via, o NO é gerdo a partir do metabolismo de O2 (radicais
livres) e como ele tem capacidade de atravessar facilmente a
membrana, se adere facilmente a enzima Guanilato ciclase solúvel,
em seu sitio de ligação.
• O NO é um mensageiro celular que ativa diretamente a guanilato ciclase.
• A guanilato ciclase converte GTP no segundo mensageiro GMPc,
que, por sua vez, ativa moléculas de PKG, que a exemplo da sua
isoforma aparente PKA, é altamente catalítica sobre substratos
proteicos.
Funções da guanilato ciclase/GMPc
• Relaxa todo musculo liso e esquelético
• Previne a agregação plaquetária controlando fenômenos 
tromboembólicos
• Faz a mediação das ações tumoricidas e bactericidas dos macrófagos
• Modula fibroblastos (processo de cicatrização/reparo)
• Formação de memoria, aquisição de memoria a longo prazo
• Nos rins e intestino, leva a alterações no transporte de ions e a retenção de 
água
• Mensageiro de excitação da visão
Prestar atenção!
• Tanto a via do AMPc como a do GMPc possui evento finalizador
das ações desses segundos mensageiros, pois não podem ficar
eternamente ativando uma célula.
• Em ambos os casos, entra em ação um grupo de enzimas dos
nucleotídeos cíclicos chamadas de fosfodiesterases; As de AMPc e
GMPc, que clivam esses segundos mensageiros, neutralizando-os e
transformando-os nos metabólitos inativos: 5’AMP e 5’GMP.
• Essas enzimas fosfodiesterases (PDE) são importantes alvos
farmacológicos de diversos fármacos utilizados na terapêutica, tais
como: drogas para tratamento de disfunção erétil, cardiotônico,
hipotensores etc.
Via da fosfolipase C/ IP3/DAG
• Possui dois mensageiros: 
• DAG: diaglicerol
• IP3: inositol 3 fosfato
Esta é uma via bidirecional que envolve o metabolismo dos fosfolipideos da 
membrana, entre eles: fosfatidilcolina, fosfatidilserina, esfingomielina e 
colesterol. A membrana deixa de ser uma estrutura estática, inanimada, com 
ênfase na permeabilidade seletiva.
Os fosfolipídios estão em constantes reações de anabolismo/catabolismo 
(turnover) e tendem a gerar um lipídio tronco-comum: PIP2 (fosfodilinositol) -> 
indivíduos bipolares.
Após a ativação do receptor e da proteína G, é ativada a enzima fosfolipase C 
(PLC) e o PIP2 é clivado em 2 segundos mensageiros intracelulares, gerando 
duas rotas alternativas: ROTA DO IP3 e ROTA do DAG.
Rota do IP3
• O IP3 produzido ao difundir-se pelo citoplasma chega até o retículo
endoplasmático liso (REL : o maior armazém de cálcio da célula).
Na membrana reticular existem sítios de ligação para o IP³ (IP³R),
sensíveis à reanodina (bloqueador do IP³R), receptor este, acoplado
à uma bomba de extrusão de cálcio que libera este íon para o
citoplasma, aumentando a concentração de cálcio intracelular. Este
cálcio é destinado à ativar várias enzimas e carreadores cálcio-
dependentes (ex: óxidonítrico sintetase (NOS), calmodolina
(músculo liso), precursores das enzimas digestivas). Ao mesmo
tempo, o IP³ modula a abertura de canais de cálcio da membrana
citoplasmática no sentido de retificar os estoques de cálcio
organelar.
Função fisiológica da via IP3
• Contração do músculo liso (digestão, parto, defecação, micção,
respiração, vasoconstrição)
• Aumento da força de contração cardíaca (adrenalina pelo receptor
beta_1_adrenérgico)
• Secreção de glândulas exócrinas (todas as glândulas exócrinas),
liberação de neurotransmissores e hormônios e agregação
plaquetária ( o tromboxano (é um porostanóide) é liberado quando
há lesão e vai até o seu receptor TXA² na superfície da plaqueta que
ativa o IP³ que aumenta a concentração de cálcio dentro da
plaqueta, e ela sofre apoptose, e ativa a rede de fibrina, e outras
plaquetas vão morrendo e formando o início do processo de
trombo para coagular a lesão).
Rota do DAG 
• Rota do DAG : o segundo mensageiro lipídico, diacilglicerol
(DAG), tem uma grande afinidade por isoenzimas proteína-
quinase C (PKC). A PKC é uma enzima altamente fosforilante que
pode atuar de duas formas: cálcio-dependente (ativa proteína pré-
formadas funcionantes , ex: canal de cálcio) ou cálcio-independente
(gera novas proteínas através de fosforilações intracelulares, ex: na
multiplicação de linfócitos). Ela está normalmente inativa no
citoplasma e quando tem contato com o DAG passa a promover
intensas fosforilações de substratos proteicos.
Efeitos fisiológicos do DAG
Os efeitos fisiológicos atribuídos às PKCs são muito variados e são relacionados 
mais de 100 proteínas que são substrato. Incluem: 
• liberação de hormônios de várias glândulas endócrinas
• aumentos ou redução na liberação de neurotransmissores,
• interferem na excitabilidade neuronal, 
• efeitos sobre canais de cálcio e potássio, 
• contração ou relaxamento de musculatura lisa, 
• respostas inflamatórias, 
• promoção de tumor ( PKC tipo gama) e redução na
sensibilidade/dessensibilização do receptor ao agonista ( esta via é capaz de
promover down-regulation em outras vias de segundos mensageiros
intracelulares levando à um quadro de esgotamento inibitório de uma rota,
assim, clinicamente os efeitos somatizados são de redução do efeito ao agonista
com tratamentos prolongados , ex: descongestionantes nasais).

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