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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PARTE GERAL 
 
JURISDIÇÃO E AÇÃO 
 
Pretensão – a exigência de uma parte de subordinação de um interesse alheio a um interesse 
próprio. 
 
1- Definição 
 A jurisdição é o poder e a função de aplicar o direito a um fato concreto, pelos 
órgãos públicos destinados a tal, obtendo-se a composição da lide. É vedada a 
justiça privada (autotutela/autodefesa), com as próprias mãos, tem que buscar o 
Estado. A jurisdição atua em todo o território nacional e veda a atuação de 
jurisdição estrangeira, principalmente quando se trata de partilha de bens. É a 
função do Estado de declarar e realizar, de forma prática, a vontade da lei diante 
de uma situação controvertida. 
2- Características 
A) Secundária: somente provoca a jurisdição quando não houver respeito às ordens 
acordadas, somente se houver descumprimento de contrato. Não há obrigação de 
acionar a jurisdição, pois é um direito disponível. Porque através da jurisdição o 
Estado realiza coativamente uma atividade que deveria ter sido primariamente 
exercida, de maneira pacífica e espontânea, pelos próprios sujeitos da relação 
jurídica submetida à decisão. 
B) Instrumental: o uso da jurisdição é instrumental. Não há outra forma para resolver 
o conflito, senão pelo instrumento que é a jurisdição. É um instrumento que o 
próprio direito dispõe para impor-se à obediência dos cidadãos. Sendo declarativo 
ou executivo, porque a jurisdição exerce vontades concretas de lei nascidas 
anteriormente ao pedido de tutela judicial estatal feita pela parte do processo. 
C) Desinteressada: o juiz tem que atuar de forma imparcial. O interesse do juiz pode 
ser somente na solução do conflito. O juiz mantém-se equidistante dos 
interessados e sua atividade é subordinada exclusivamente à lei, a cujo império se 
submete como penhor de imparcialidade na solução do conflito de interesses. A 
jurisdição põe em prática vontades concretas da lei. 
D) Provocada: a jurisdição não age de ofício, em regra geral. A jurisdição depende da 
provocação, de forma geral. Embora a jurisdição seja função ou atividade pública 
do Estado, versa, quase sempre, sobre interesses privados, donde não ter 
cabimentos a prestação jurisdicional, a não ser quando solicitada, nos casos 
controvertidos, pela parte interessada. Art. 2º, CPC. 
3- Espécies de jurisdição 
A) Jurisdição contenciosa: tem lide, partes, autor réu, sentença (coisa julgada 
material e formal), o poder jurisdicional atua como quem decide a lide. Cada parte 
precisa de um advogado... art. 1º, CPC. É a jurisdição propriamente dita, isto é, 
aquela função que o Estado desempenha na pacificação ou composição dos 
litígios. Pressupõe controvérsia entre partes (lide), a ser solucionada pelo juiz. 
B) Jurisdição voluntária: não tem lide, tem interessados, há homologação, a atuação 
do poder jurisdicional é somente para dar validade ao NJ, homologação – coisa 
julgada apenas formal, pode ter um único advogado. O juiz apenas realiza a gestão 
pública em torno de interesses privados, como se dá nas nomeações de tutores, 
dos bens de incapazes, etc. são atribuídas ao poder judiciário certas funções em 
que predomina o caráter administrativo e que são desempenhadas sem o 
pressuposto do litígio. Sem lide, sem processo, com procedimento, sem partes, 
com interessados. 
4- Princípios da jurisdição 
Art. 1º A jurisdição civil, 
contenciosa e voluntária, é 
exercida pelos juízes, em todo o 
território nacional, conforme as 
disposições que este Código 
estabelece. 
 
Art. 2º Nenhum juiz prestará a 
tutela jurisdicional senão quando 
a parte ou o interessado a 
requerer, nos casos e forma 
legais. 
 
A) Investidura: o juiz tem que ser investido no cargo. 
B) Juiz natural: três palavras chaves, investido, imparcial e competência (pré 
existência). Não pode criar um juiz determinado para determinada situação. Art. 
5º, XXVII, CF. não pode o legislador ordinário criar juízes ou tribunais de exceção, 
nem tampouco dar aos organismos judiciários estruturação diversa daquela 
prevista na lei magna. 
C) Inércia: art. 2º, CPC, como regra geral. Mas quando expresso “de ofício” exclui-se a 
inércia da jurisdição. Ex: art. 989, CPC e 1142, CPC 
D) Indelegabilidade: não pode delegar a função. O juiz não pode passar seu poder de 
decisão para o escrivão, por exemplo. Na prática ainda pode acontecer, mas o 
escrivão não pode assinar. Não pode delegar a outros órgãos seu exercício. 
E) Indeclinabilidade ou inafastabilidade: o juiz não pode se negar a julgar a ação 
nem por lacuna nem por obscuridade, tem que buscar outros meios (analogia...). o 
órgão constitualmente investido no poder de jurisdição tem a obrigação de prestar 
a tutela jurisdicional e não a simples faculdade. Não pode recusar-se a ela quando 
legitimamente provocado. 
F) Publicidade: começou na França. Todos os atos processuais são públicos, só há 
restrição para assunto de família (paternidade, alimentação, divórcio...) e as 
decisões do magistrado têm que ser fundamentadas, sob pena de nulidade. E 
também a exceção pode ser quando o juiz determinar. 
5- Ação 
 É direito público, abstrato e autônomo de invocar a prestação jurisdicional do 
Estado. : art. 3º, CPC. Quem vai entrar com a ação tem que ser legitimado e ter 
interesse de agir, mas não somente isso. Autônomo = porque independe do direito 
material. público = porque quem decide é o Estado e abstrato = porque independe 
de sentença favorável ou desfavorável da ação. Não proíbe nada, todos têm 
direito de ação. A parte, frente ao Estado-juiz, dispõe de um poder jurídico que 
consiste na faculdade de obter a tutela para os direitos próprios ou interesses, 
quando lesados ou ameaçados, ou para obter definição das situações jurídicas 
controvertidas. É o direito de ação, de natureza pública, para referir-se a uma 
atividade pública, oficial do Estado. 
6- Condições da ação: são as categorias lógico-jurídicas, existentes na doutrina e, muitas 
vezes na lei mediante as quais se admite que alguém chegue À obtenção da sentença 
final. Operam no plano da eficácia da relação processual. 
A) Possibilidade jurídica do pedido: exigência de que deve existir, abstratamente, 
dentro do ordenamento jurídico, um tipo de providencia como o que se pede 
através da ação. Deve ser localizada no pedido imediato, isto é, na permissão, ou 
não, do direito positivo a que se instaura a relação processual em torno da 
pretensão do autor. 
B) Interesse de agir: o interesse de agir surge da necessidade de obter, através do 
processo, a proteção ao interesse substancial. Localiza-se o interesse processual 
não só na utilidade, mas na necessidade do processo como remédio apto à 
aplicação do direito objetivo no caso concreto, pois a tutela jurisdicional não é 
jamais outorgada sem uma necessidade, exige necessidade de adequação. 
C) Legitimidade das partes: é a titularidade ativa e passiva da ação. É a pertinência 
subjetiva da ação. É preciso que os sujeitos sejam partes legítimas, por se tal não 
ocorrer, o processo se extinguirá sem resolução do mérito. Art. 267, VI, CPC. 
 
ANÁLISE DO ART. 6º, CPC. – legitimidade ordinária: direito próprio em nome próprio, 
primeira parte do artigo. Legitimidade extraordinária: somente quando permitido em lei, 
direito alheio em nome próprio. Ex: síndico de condomínio, segunda parte do artigo. 
 
Art. 3º Para propor ou contestar ação é 
necessário ter interesse e legitimidade. 
Art. 6º Ninguém poderá pleitear, 
em nome próprio, direito alheio, 
salvo quando autorizado por lei. 
 PARTES E PROCURADORES 
 
1- Partes: o processo só se estabelece plenamente com a participação de três sujeitos 
principais: autor, réu e juiz. 
 São aquelas que pedem ou contra quem se pedem a tutela jurisdicional. 
2- Sujeitos do processo 
A) Partes: autor e réu. Ambos são sujeitos parciais. 
B) Juiz: sujeitoimparcial, sem interesse na causa, representa o Estado. 
3- Capacidade de ser parte: quem pede é o autor, polo ativo, contra quem é o réu, polo 
passivo, e o juiz representa o Estado. Cada um tem um interesse na parte, por isso são 
parciais. Se uma das partes for o Estado, o juiz torna-se representante do poder 
judiciário. Tem que ser imparcial da mesma forma. Pode ser criança ou empresa, mas 
têm que ser representados ou assistidos para poder pleitear. Art. 7º, CPC 
 Todas as pessoas têm capacidade de ser parte, porque são titulares de direitos e 
obrigações na ordem civil. 
4- Capacidade processual. Capacidade = legitimidade. Por exemplo, um menino de 5 
anos tem capacidade de ser parte, mas não tem capacidade processual para pleitear a 
ação de alimentos, portanto é representada pela mãe. A capacidade processual 
consiste na aptidão de participar da relação processual, em nome próprio ou alheio. 
 Capacidade para estar me juízo pessoalmente. 
5- Representação e assistência: representação = absolutamente incapaz. Assistência = 
relativamente incapaz. 
 Art. 8º, CPC. 
6- Curador especial: diferente da curatela do CC. não pode confundir. É um curador 
específico para determinado processo, PODE ser representante, mas o juiz necessita 
nomear. Por exemplo, a criança menor que pede alimentos ao pai, e o mesmo é o seu 
representante, ele vai ter interesse diverso do da criança, o juiz designa um curador 
especial para esse processo. Em certos casos o juiz deve dar à parte um representante 
especial para atuar em seu nome apenas no curso do processo. A nomeação ocorre 
em alguns casos de incapacidade e de revelia (não comparecimento do réu na 
audiência ou comparecimento posterior). Será para atender as formalidades 
processuais, diferentemente do procurador que administra os bens. 
 Art. 9º, CPC 
7- Integração da capacidade processual das pessoas casadas: se for separação total de 
bens não precisa assinar, art. 1641, CC. apenas direitos reais imobiliários, não para 
direitos pessoais. 
 Art. 10, CPC 
8- Outorga uxória ou marital: antigamente era uxória para mulher e marital para 
homem, hoje é autorização para ambos, porque ambos são iguais perante a lei. 
Suprimento judicial = autorização do juiz de vender tal coisa. 
 Art. 11, CPC 
9- Representação da pessoa jurídica: cuida da representação das pessoas jurídicas 
públicas e privadas, bem como das pessoas formais, dispondo que serão 
representadas em juízo, ativa e passivamente. 
 Art. 12, CPC 
 
 DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
 
1- Deveres. Art. 14, CPC: 
2- Proibição do uso de expressões injuriosas. Art. 15, CPC: é uma impossibilidade. Se 
empregado nos escritos do processo é vedado às partes e seus advogados, cabendo ao 
Art. 7º Toda pessoa que 
se acha no exercício dos 
seus direitos tem 
capacidade para estar em 
juízo. 
 
Art. 8º Os incapazes serão 
representados ou 
assistidos por seus pais, 
tutores ou curadores, na 
forma da lei civil. 
 
Art. 9º O juiz dará curador 
especial: 
I - ao incapaz, se não tiver 
representante legal, ou se 
os interesses deste 
colidirem com os 
daquele; 
II - ao réu preso, bem 
como ao revel citado por 
edital ou com hora certa. 
Parágrafo único. Nas 
comarcas onde houver 
representante judicial de 
incapazes ou de ausentes, 
a este competirá a função 
de curador especial. 
Art. 10. O cônjuge 
somente 
necessitará do 
consentimento do 
outro para propor 
ações que versem 
sobre direitos reais 
imobiliários. 
§ 1º Ambos os 
cônjuges serão 
necessariamente 
citados para as 
ações: 
I - que versem 
sobre direitos reais 
imobiliários; 
II - resultantes de 
fatos que digam 
respeito a ambos os 
cônjuges ou de atos 
praticados por eles; 
III - fundadas em 
dívidas contraídas 
pelo marido a bem 
da família, mas cuja 
execução tenha de 
recair sobre o 
produto do trabalho 
da mulher ou os 
seus bens 
reservados; 
IV - que tenham por 
objeto o 
reconhecimento, a 
constituição ou a 
extinção de ônus 
sobre imóveis de 
um ou de ambos os 
cônjuges. 
§ 2º Nas ações 
possessórias, a 
participação do 
cônjuge do autor ou 
do réu somente é 
indispensável nos 
casos de composse 
ou de ato por 
ambos praticados. 
 
Art. 11. A 
autorização do 
marido e a outorga 
da mulher podem 
suprir-se 
judicialmente, 
quando um cônjuge 
a recuse ao outro 
sem justo motivo, 
ou lhe seja 
impossível dá-la. 
Parágrafo único. A 
falta, não suprida 
pelo juiz, da 
autorização ou da 
outorga, quando 
necessária, invalida 
o processo. 
 
Art. 12. Serão 
representados em juízo, 
ativa e passivamente: 
I - a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os 
Territórios, por seus 
procuradores; 
II - o Município, por seu 
Prefeito ou procurador; 
III - a massa falida, pelo 
síndico; 
IV - a herança jacente ou 
vacante, por seu curador; 
V - o espólio, pelo 
inventariante; 
VI - as pessoas jurídicas, 
por quem os respectivos 
estatutos designarem, ou, 
não os designando, por 
seus diretores; 
VII - as sociedades sem 
personalidade jurídica, 
pela pessoa a quem 
couber a administração 
dos seus bens; 
VIII - a pessoa jurídica 
estrangeira, pelo gerente, 
representante ou 
administrador de sua 
filial, agência ou sucursal 
aberta ou instalada no 
Brasil (art. 88, parágrafo 
único); 
IX - o condomínio, pelo 
administrador ou pelo 
síndico. 
§ 1º Quando o 
inventariante for dativo, 
todos os herdeiros e 
sucessores do falecido 
serão autores ou réus nas 
ações em que o espólio 
for parte. 
§ 2º - As sociedades sem 
personalidade jurídica, 
quando demandadas, não 
poderão opor a 
irregularidade de sua 
constituição. 
§ 3º O gerente da filial ou 
agência presume-se 
autorizado, pela pessoa 
jurídica estrangeira, a 
receber citação inicial 
para o processo de 
conhecimento, de 
execução, cautelar e 
especial. 
 
3- 
 
juiz mandar riscá-las, de ofício ou a requerimento do ofendido. Quando a injúria é feita 
verbalmente, em audiência, o juiz deverá advertir o advogado para não mais cometê-la, 
sob pena de lhe ser cessada a palavra. 
4- Responsabilidade das partes. Art. 16, CPC: o litigante de má-fé tem que indenizar por 
perdas e danos nas causas à parte prejudicada. 
5- Litigância de má-fé. Art. 17, CPC 
6- Sanções aplicadas ao litigante de ma fé. Art. 18, CPC: o conteúdo da indenização 
compreenderá o disposto no artigo. 
 
DESPESAS E MULTAS 
 
1- Sanções aplicadas ao litigante de má fé: a lei não tolera a má-fé e arma o juiz de 
poderes para atuar de ofício contra a fraude processual. O juiz deve agir com poderes 
inquisitoriais, deixando de lado o caráter dispositivo do processo civil. Revê o código os 
casso em que a parte incorre nas sanções da litigância de ma fé, afetando, ao juiz o 
dever de reprimi-la de oficio ou a requerimento do prejudicado. 
 Art. 18, CPC 
2- Antecipação das despesas: impõe o código a cada parte o ônus processual de pagar 
antecipadamente as despesas dos atos que realizarem ou requererem, em curso do 
processo. 
 Art. 19, CPC 
 Cabe às partes prover as despesas antecipadamente dos atos que realizam ou 
requerem no processo. 
3- Princípio da sucumbência: assenta-se na ideia fundamental de que o processo não 
deve redundar em prejuízo da parte que tenha razão. 
 Art. 20, CPC 
 Consiste em atribuir à parte vencida na causa a responsabilidade por todos os 
gastos do processo. 
4- Sucumbência recíproca: opera-se quando o autos sai vitorioso apenas em parte de sua 
pretensão, tanto ele quanto o réu serão, pois, vencidos e vencedores, a um só tempo. 
Para tanto, ter-se-á que calcular o total dos gastos do processo e rateá-lo entre os 
litigantes na proporção em que se sucumbiram. 
 Art. 21, CPC 
5- Punição do réu pelo retardo no desfecho do processo: ressalva ao efeito da 
sucumbência,que sofre, às vezes, influência do dolo ou culpa do vencedor. 
 Art. 22, CPC 
6- Condenação solidária e proporcionalmente: se vários forem os litigantes vencidos, o 
que ocorre nos casos de litisconsórcios, os vencidos responderão pelas despesas e 
honorários em proporção. Cada sucumbente será responsabilizado, assim, na medida 
do interesse que tiver no objeto da decisão. Mas se na relação jurídica material os 
litisconsortes vencidos eram solidários, também deverão ser na sujeição à 
responsabilidade pelos gastos processuais do vencedor. 
 Art. 23, CPC 
7- Despesas oriundas no procedimento da jurisdição voluntária: não tem o princípio da 
sucumbência 
 Art. 24, CPC 
8- Juízo divisório: nos juízes divisórios, não havendo litígio, os interessados pagarão as 
despesas proporcionalmente aos seus quinhões. 
 Art. 25, CPC 
Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade e boa-fé; 
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento; 
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito. 
V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. 
Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição, 
podendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte 
por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado. 
 
Art. 15. É defeso às 
partes e seus 
advogados 
empregar 
expressões 
injuriosas nos 
escritos 
apresentados no 
processo, cabendo 
ao juiz, de ofício ou 
a requerimento do 
ofendido, mandar 
riscá-las. 
Parágrafo único. 
Quando as 
expressões 
injuriosas forem 
proferidas em 
defesa oral, o juiz 
advertirá o 
advogado que não 
as use, sob pena de 
Ihe ser cassada a 
palavra. 
 
Art. 16. Responde por 
perdas e danos aquele 
que pleitear de má-fé 
como autor, réu ou 
interveniente. 
 
Art. 17. Reputa-se 
litigante de má-fé aquele 
que: 
I - deduzir pretensão ou 
defesa contra texto 
expresso de lei ou fato 
incontroverso; 
II - alterar a verdade dos 
fatos; 
III - usar do processo 
para conseguir objetivo 
ilegal; 
IV - opuser resistência 
injustificada ao 
andamento do processo; 
V - proceder de modo 
temerário em qualquer 
incidente ou ato do 
processo; 
Vl - provocar incidentes 
manifestamente 
infundados. 
VII - interpuser recurso 
com intuito 
manifestamente 
protelatório. 
 
Art. 18. O juiz ou 
tribunal, de ofício 
ou a requerimento, 
condenará o 
litigante de má-fé a 
pagar multa não 
excedente a um por 
cento sobre o valor 
da causa e a 
indenizar a parte 
contrária dos 
prejuízos que esta 
sofreu, mais os 
honorários 
advocatícios e todas 
as despesas que 
efetuou. 
§ 1º Quando forem 
dois ou mais os 
litigantes de má-fé, 
o juiz condenará 
cada um na 
proporção do seu 
respectivo interesse 
na causa, ou 
solidariamente 
aqueles que se 
coligaram para lesar 
a parte contrária. 
§ 2º O valor da 
indenização será 
desde logo fixado 
pelo juiz, em 
quantia não 
superior a 20% 
(vinte por cento) 
sobre o valor da 
causa, ou liquidado 
por arbitramento. 
Art. 19. Salvo as 
disposições concernentes 
à justiça gratuita, cabe às 
partes prover as 
despesas dos atos que 
realizam ou requerem no 
processo, antecipando-
lhes o pagamento desde 
o início até sentença 
final; e bem ainda, na 
execução, até a plena 
satisfação do direito 
declarado pela sentença. 
§ 1º O pagamento de que 
trata este artigo será 
feito por ocasião de cada 
ato processual. 
§ 2º Compete ao autor 
adiantar as despesas 
relativas a atos, cuja 
realização o juiz 
determinar de ofício ou a 
requerimento do 
Ministério Público. 
 
remuneração do assistente técnico. 
§ 3º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos: 
a) o grau de zelo do profissional; 
b) o lugar de prestação do serviço; 
c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão 
fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior. 
Art. 20. A sentença 
condenará o vencido a 
pagar ao vencedor as 
despesas que antecipou 
e os honorários 
advocatícios. Esta verba 
honorária será devida, 
também, nos casos em 
que o advogado 
funcionar em causa 
própria. 
§ 1º O juiz, ao decidir 
qualquer incidente ou 
recurso, condenará nas 
despesas o vencido. 
§ 2º As despesas 
abrangem não só as 
custas dos atos do 
processo, como também 
a indenização de viagem, 
diária de testemunha e 
Art. 21. Se cada 
litigante for em 
parte vencedor e 
vencido, serão 
recíproca e 
proporcionalmente 
distribuídos e 
compensados entre 
eles os honorários e 
as despesas. 
Parágrafo único. Se 
um litigante decair 
de parte mínima do 
pedido, o outro 
responderá, por 
inteiro, pelas 
despesas e 
honorários. 
 
9- Despesas de adiamento 
 Art. 29, CPC 
10- Obrigação de restituir: multas, acontece pouco. 
 Art. 30, CPC 
11- Responsabilidade pelas despesas dos atos protelatórios: tem a intenção de adiar a 
sentença, retardar. 
 Art. 31, CPC 
12- Remuneração do assistente técnico e do perito: o assistente tem o mesmo 
conhecimento do perito -> engenheiro. Perito é imparcial, vai entregar o laudo. É um 
auxiliar permanente. O assistente técnico é contratado por uma parte, para 
acompanhar os trabalhos do perito, ele é parcial, a favor de quem o contratar. Regra 
geral = quem paga o perito é o autor. 
 Art. 33, CPC 
13- Condenação do vencido ao pagamento das custas e dos honorários em ações 
incidentes: reconvenção – modalidade do réu de contra-atacar o autor da ação. 
 Art. 34, CPC 
 
 
 
Em regra quem perde tem que pagar. Mas nem sempre há um único vencedor e um único 
vencido, pois há a possibilidade do litigante ganhar parcialmente, portanto, o mesmo paga, 
parcialmente também. Assistente do art. 32 é diferente do assistente do art. 33. 
 
PROCURADORES 
 
1- Capacidade postulatória: não se confunde com a capacidade processual. É a aptidão 
para realizar os atos do processo de maneira eficaz. Compete exclusivamente aos 
advogados, de modo que é obrigatória a representação da parte em juízo por 
advogado legalmente habilitado. Nas causa com até 20 salários mínimos não precisa 
de advogado. Caso algum município que não tenha advogado a própria pessoa pode 
apresentar a sua defesa. Cabe ao próprio advogado. 
 Trata-se da representação técnica. Art. 36, CPC 
2- Mandato judicial – ad judicia: para o advogado representar a parte no processo, há de 
estar investido de poderes adequados, que devem ser outorgados por mandato 
escrito, público ou particular. Regra = advogado não pode ir à justiça/juízo sem uma 
mandato. Exceção: se o cliente estiver viajando e o ato for urgente, o advogado tem 
que ingressar, quando estiver perto da decadência ou prescrição, tendo o prazo de 15 
dias para anexar o mandato ao processo, prorrogáveis por mais 15 dias. No artigo 38 oadvogado não precisa de mandato para exercer o que está escrito. 
 Arts. 37 e 38, CPC 
3- Direitos e deveres do advogado: descrito nos artigos e seus incisos. 
A) Arts. 39 e 40, CPC: art. 155, segredo de justiça. 
B) Lei nº 8906/94 (OAB) 
4- Substituição das partes: não pode confundir com substituição processual. Ocorre uma 
alteração nos polos subjetivos do processo. Uma outra pessoa passa a ocupar o lugar 
do primitivo sujeito da relação processual. Ex: o herdeiro que passa a ser o novo autor 
ou o novo réu, na ação em que ocorreu o falecimento do litigante originário. 
 Arts. 41 a 43, CPC 
5- Substituição dos procuradores:pode ser provocada pela parte ou pelo próprio 
causídico, e pode ainda, decorrer de caso de força maior que o impeça de continuar no 
patrocínio da causa. 
§ 5
o
 Nas ações de indenização por ato ilícito contra pessoa, o 
valor da condenação será a soma das prestações vencidas 
com o capital necessário a produzir a renda correspondente 
às prestações vincendas (art. 602), podendo estas ser pagas, 
também mensalmente, na forma do § 2
o
 do referido art. 602, 
inclusive em consignação na folha de pagamentos do 
devedor. 
 
Art. 22. O réu que, por não argüir na sua resposta fato impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do autor, dilatar o julgamento da lide, será condenado nas custas a partir do saneamento 
do processo e perderá, ainda que vencedor na causa, o direito a haver do vencido honorários 
advocatícios. Art. 23. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem 
pelas despesas e honorários em proporção. 
 
Art. 24. Nos 
procedimentos de 
jurisdição 
voluntária, as 
despesas serão 
adiantadas pelo 
requerente, mas 
rateadas entre os 
interessados. 
 
Art. 25. Nos juízos 
divisórios, não 
havendo litígio, os 
interessados 
pagarão as despesas 
proporcionalmente 
aos seus quinhões. 
 
Art. 29. As despesas dos 
atos, que forem adiados 
ou tiverem de repetir-se, 
ficarão a cargo da parte, 
do serventuário, do órgão 
do Ministério Público ou 
do juiz que, sem justo 
motivo, houver dado 
causa ao adiamento ou à 
repetição. 
 
Art. 30. Quem receber 
custas indevidas ou 
excessivas é obrigado a 
restituí-las, incorrendo em 
multa equivalente ao 
dobro de seu valor. 
 
Art. 31. As despesas dos 
atos manifestamente 
protelatórios, 
impertinentes ou 
supérfluos serão pagas 
pela parte que os tiver 
promovido ou praticado, 
quando impugnados pela 
outra. 
 
Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito será paga pela parte que 
houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz. 
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo 
o valor correspondente a essa remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção 
monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo, facultada a sua liberação parcial, quando necessária. 
Art. 34. Aplicam-se à 
reconvenção, à 
oposição, à ação 
declaratória 
incidental e aos 
procedimentos de 
jurisdição 
voluntária, no que 
couber, as 
disposições 
constantes desta 
seção. 
 
Art. 36. A parte será 
representada em juízo por 
advogado legalmente 
habilitado. Ser-lhe-á lícito, 
no entanto, postular em 
causa própria, quando 
tiver habilitação legal ou, 
não a tendo, no caso de 
falta de advogado no lugar 
ou recusa ou 
impedimento dos que 
houver. 
 
Art. 37. Sem 
instrumento de 
mandato, o 
advogado não será 
admitido a procurar 
em juízo. Poderá, 
todavia, em nome 
da parte, intentar 
ação, a fim de evitar 
decadência ou 
prescrição, bem 
como intervir, no 
processo, para 
praticar atos 
reputados urgentes. 
Nestes casos, o 
advogado se 
obrigará, 
independentemente 
de caução, a exibir o 
instrumento de 
mandato no prazo 
de 15 (quinze) dias, 
prorrogável até 
outros 15 (quinze), 
por despacho do 
juiz. 
Parágrafo único. Os 
atos, não ratificados 
no prazo, serão 
havidos por 
inexistentes, 
respondendo o 
advogado por 
despesas e perdas e 
danos. 
 
Art. 38. A procuração geral 
para o foro, conferida por 
instrumento público, ou 
particular assinado pela 
parte, habilita o advogado 
a praticar todos os atos do 
processo, salvo para 
receber citação inicial, 
confessar, reconhecer a 
procedência do pedido, 
transigir, desistir, 
renunciar ao direito sobre 
que se funda a ação, 
receber, dar quitação e 
firmar compromisso. 
Parágrafo único. A 
procuração pode ser 
assinada digitalmente com 
base em certificado 
emitido por Autoridade 
Certificadora credenciada, 
na forma da lei específica 
Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria: 
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação; 
II - comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço. 
Parágrafo único. Se o advogado não cumprir o disposto no no I deste artigo, o juiz, antes de 
determinar a citação do réu, mandará que se supra a omissão no prazo de 48 (quarenta e 
oito) horas, sob pena de indeferimento da petição; se infringir o previsto no no II, reputar-se-
ão válidas as intimações enviadas, em carta registrada, para o endereço constante dos autos. 
 
Art. 41. Só é 
permitida, no curso 
do processo, a 
substituição 
voluntária das 
partes nos casos 
expressos em lei. 
 
Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato entre vivos, não 
altera a legitimidade das partes. 
§ 1o O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante, 
ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária. 
§ 2o O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo, assistindo o 
alienante ou o cedente. 
§ 3o A sentença, proferida entre as partes originárias, estende os seus efeitos ao adquirente 
ou ao cessionário. 
 
6- 
 Arts. 44 e 45, CPC 
 
LITISCONSÓRCIO 
 
1- Litisconsórcio 
 Reunião de duas ou mais pessoas assumindo, simultaneamente, a posição de 
autor e/ou réu.: uma das partes do processo se compõe de várias pessoas, os 
litisconsortes. Pluralidade das partes. Princípio da economia processual 
2- Classificação 
A) Quanto ao momento de formação 
a) Inicial: diz-se litisconsórcio inicial o que já nasce com a propositura da ação, 
quando vários são os autores que a intentam, ou quando vários são os réus 
convocados pela citação inicial. 
b) Posterior/ulterior: é o litisconsórcio que surge no curso do processo em razão 
de um fato ulterior à propositura da ação, em que a coisa litigiosa é transferida 
a várias pessoas que vêm a assumir a posição da parte primitiva. É também 
litisconsórcio posterior/ulterior/incidental o que decorre de ordem do juiz na 
fase de saneamento, para que sejam citados os litisconsortes necessários não 
arrolados pelo autor na inicial. E, ainda, o que surge quando, na denunciação 
da lide, o terceiro denunciado comparece em juízo e se integra na relação 
processual ao lado do denunciante. 
B) Quanto à posição de litisconsorte: conforme se estabelece entre vários autores ou 
entre diversos réus. 
a) Ativo: vários autores 
b) Passivo: diversos réus 
c) Misto: vários autores e diversos réus 
C) Quanto à obrigatoriedade de sua formação: quanto às consequências do 
litisconsórcio sobre o processo, há a possibilidade de classificação sob dois ângulos 
diferentes, conforme possam ou não as partes dispensar ou recusar a formação da 
relação processual. 
a) Facultativo: abaixo 
b) Necessário: abaixo 
D) Quanto aos efeitos da sentença: do ponto de vista da uniformidade. 
a) Simples: que se dá quando a decisão, embora proferida no mesmo processo, 
pode ser diferente para Ca umdos litisconsortes. 
b) Unitário/uniforme: que ocorre quando a decisão da causa deva ser uniforme 
em relação a todos os litisconsortes. 
3- Espécies 
A) Facultativo, art. 46, CPC: o que se estabelece por vontade das partes, se subdivide 
em: 
a) Irrecusável: requerido pelos autores, não pode ser recusado pelos réus. 
b) Recusável: admite rejeição dos demandados. 
B) Necessário, art. 47, CPC: o que não pode ser dispensado, mesmo com o acordo 
geral dos litigantes. 
 
ASSISTÊNCIA E OPOSIÇÃO 
 
1- Assistência: quando alguém ingressa, como parte ou coadjuvante da parte, em 
processo pendente entre outras partes. É sempre voluntário. Também chamado de 
intervenção de terceiro. Só pode ocorrer naquelas hipóteses especialmente previstas 
pela lei processual. 
Art. 40. O advogado tem direito de: 
I - examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de qualquer processo, salvo o 
disposto no art. 155; 
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo de 5 (cinco) dias; 
III - retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que Ihe competir falar 
neles por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. 
§ 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente. 
§ 2º Sendo comum às partes o prazo, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por petição nos 
autos, poderão os seus procuradores retirar os autos, ressalvada a obtenção de cópias para a qual 
cada procurador poderá retirá-los pelo prazo de 1 (uma) hora independentemente de ajuste. 
 
Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seu espólio 
ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 265. 
Art. 44. A parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato 
constituirá outro que assuma o patrocínio da causa. 
Art. 45. O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando 
que cientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante os 10 
(dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que 
necessário para Ihe evitar prejuízo. 
 
Art. 46. Duas ou mais pessoas 
podem litigar, no mesmo 
processo, em conjunto, ativa ou 
passivamente, quando: 
I - entre elas houver comunhão 
de direitos ou de obrigações 
relativamente à lide; 
II - os direitos ou as obrigações 
derivarem do mesmo 
fundamento de fato ou de 
direito; 
III - entre as causas houver 
conexão pelo objeto ou pela 
causa de pedir; 
IV - ocorrer afinidade de 
questões por um ponto comum 
de fato ou de direito. 
Parágrafo único. O juiz poderá 
limitar o litisconsórcio 
facultativo quanto ao número 
de litigantes, quando este 
comprometer a rápida solução 
do litígio ou dificultar a defesa. 
O pedido de limitação 
interrompe o prazo para 
resposta, que recomeça da 
intimação da decisão, 
 
Art. 47. Há 
litisconsórcio 
necessário, quando, 
por disposição de lei 
ou pela natureza da 
relação jurídica, o juiz 
tiver de decidir a lide 
de modo uniforme 
para todas as partes; 
caso em que a 
eficácia da sentença 
dependerá da citação 
de todos os 
litisconsortes no 
processo. 
Parágrafo único. O 
juiz ordenará ao autor 
que promova a 
citação de todos os 
litisconsortes 
necessários, dentro 
do prazo que assinar, 
sob pena de declarar 
extinto o processo. 
 
 Instituto pelo qual um terceiro (assistente) ingressa na ação para auxiliar uma 
das partes. 
 CPC, arts. 50-55. 
2- Oposição: alçai de terceiro para excluir tanto o autor como o réu, o terceiro visa com 
essa intervenção defender o que é seu e está sendo disputado em juízo por outrem. É 
medida de livre iniciativa do terceiro. A oposição pode ser total ou parcial. Por outro 
lado é uma verdadeira e nova ação, com pretensão e partes diferentes di que 
inicialmente se ajuizou entre os opostos. Artigos 56 – 61, CPC. É um tipo de 
modalidade de intervenção de terceiros, também. Ex: A e B estão disputando a 
titularidade de um bem (de caráter espontâneo chega e fala que o bem é dele). É um 
pouco difícil de acontecer, art. 57 – é uma ação incidental, que terá os requisitos de 
uma ação normal. Art. 58 – se um dos opostos sair da ação a mesma seguirá contra o 
outro opoente. Existem duas modalidades de oposição: do art. 59 – ocorrer antes da 
audiência – ocorrerá simultaneamente. E art. 60 – ocorrer após a audiência – 
procedimento ordinário. 
 Forma de intervenção espontânea de terceiros em demanda alheia com o 
objetivo de haver para si o bem jurídico disputado. 
 Autor = opoente: quer excluir da relação jurídica as partes. Ninguém o provoca. 
 Réu = opostos 
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO 
 
1- Nomeação à autoria – arts. 62 a 69, CPC 
 Consiste em pedido formulado pelo réu que se declara parte ilegítima, para ser 
substituído no polo passivo pelo verdadeiro legitimado.: consiste a nomeação à 
autoria no incidente pelo qual o mero detentor, quando demandando, indica 
aquele que é o proprietário ou o possuidor de coisa litigiosa, visando transferir-lhe 
a posição de réu. No código não é uma faculdade, mas sim um dever do mandado, 
de cuja inobservância resulta a responsabilidade por perdas e danos. 
2- Cabe ao autor: o demandado deve fazer a nomeação no prazo de defesa. Em nenhum 
caso o autor está obrigado a acolher a nomeação feita pelo réu. 
A) Aceitação: art. 66 ab initio 
B) Recusar a nomeação: art. 66 in fine 
C) Abster-se de manifestar: caso em que se presume a aceitação. Art. 68, I. 
3- Denunciação da lide. Arts. 70 a 76, CPC 
 Forma pelo qual o autor ou réu chamam a juízo a terceira pessoa, que garante ao 
seu direito o fim de resguarda-lo no caso de ser vencido na demanda em que se 
encontra: é medida obrigatória, que leva a uma sentença sobre responsabilidade 
do terceiro em face do denunciante, de par com a solução normal do litígio de 
início deduzido em juízo, entre autor e réu. Consiste em chamar o terceiro 
(denunciado), que mantém um vínculo direito com a parte (denunciante), para vir 
responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante saia vendido no 
processo. 
4- Chamamento ao processo. CPC, arts. 77 ao 80. 
 Forma pelo qual o devedor demandado chama aqueles que devem tanto quanto 
ele, para responderem conjuntamente a ação.: é o incidente pelo qual o devedor 
demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de 
movo a fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito. A finalidade do 
instituto é, portanto, “favorecer o devedor que está sendo acionado, porque 
amplia a demanda, para permitir a condenação também dos demais devedores, 
além de lhe fornecer, no mesmo processo, título executivo judicial para cobrar 
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, 
que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma 
delas, poderá intervir no processo para assisti-la. 
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de 
procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente 
recebe o processo no estado em que se encontra. 
 
Art. 51. Não havendo impugnação dentro de 5 (cinco) dias, o pedido do assistente será deferido. Se qualquer das 
partes alegar, no entanto, que falece ao assistente interesse jurídico para intervir a bem do assistido, o juiz: 
I - determinará, sem suspensão do processo, o desentranhamento da petição e da impugnação, a fim de serem 
autuadas em apenso; 
II - autorizará a produção de provas; 
III - decidirá, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente. 
 
Art. 52. O assistente 
atuará como auxiliar da 
parte principal, exercerá 
os mesmos poderes e 
sujeitar-se-á aos mesmos 
ônus processuais que o 
assistido. 
Parágrafo único. Sendo 
revel o assistido, o 
assistente será 
considerado seu gestor de 
negócios. 
 
Art. 53. A assistência não obsta 
a que a parte principal 
reconheça a procedência do 
pedido, desistada ação ou 
transija sobre direitos 
controvertidos; casos em que, 
terminando o processo, cessa a 
intervenção do assistente. 
 
Art. 54. Considera-
se litisconsorte da 
parte principal o 
assistente, toda vez 
que a sentença 
houver de influir na 
relação jurídica 
entre ele e o 
adversário do 
assistido. 
Parágrafo único. 
Aplica-se ao 
assistente 
litisconsorcial, 
quanto ao pedido 
de intervenção, sua 
impugnação e 
julgamento do 
incidente, o 
disposto no art. 51. 
 
Art. 55. Transitada 
em julgado a 
sentença, na causa 
em que interveio o 
assistente, este não 
poderá, em 
processo posterior, 
discutir a justiça da 
decisão, salvo se 
alegar e provar 
que: 
I - pelo estado em 
que recebera o 
processo, ou pelas 
declarações e atos 
do assistido, fora 
impedido de 
produzir provas 
suscetíveis de 
influir na sentença; 
II - desconhecia a 
existência de 
alegações ou de 
provas, de que o 
assistido, por dolo 
ou culpa, não se 
valeu. 
 
Art. 56. Quem pretender, no 
todo ou em parte, a coisa ou o 
direito sobre que controvertem 
autor e réu, poderá, até ser 
proferida a sentença, oferecer 
oposição contra ambos. 
 
Art. 57. O opoente deduzirá 
o seu pedido, observando 
os requisitos exigidos para 
a propositura da ação (arts. 
282 e 283). Distribuída a 
oposição por dependência, 
serão os opostos citados, 
na pessoa dos seus 
respectivos advogados, 
para contestar o pedido no 
prazo comum de 15 
(quinze) dias. 
 
Art. 58. Se um dos opostos 
reconhecer a procedência 
do pedido, contra o outro 
prosseguirá o opoente. 
Art. 59. A oposição, 
oferecida antes da 
audiência, será apensada 
aos autos principais e 
correrá simultaneamente 
com a ação, sendo ambas 
julgadas pela mesma 
sentença. 
 
Art. 60. Oferecida depois de 
iniciada a audiência, seguirá 
a oposição o procedimento 
ordinário, sendo julgada 
sem prejuízo da causa 
principal. Poderá o juiz, 
todavia, sobrestar no 
andamento do processo, 
por prazo nunca superior a 
90 (noventa) dias, a fim de 
julgá-la conjuntamente com 
a oposição. 
 
Art. 61. Cabendo ao juiz decidir 
simultaneamente a ação e a oposição, 
desta conhecerá em primeiro lugar. 
Art. 62. Aquele que 
detiver a coisa em 
nome alheio, 
sendo-lhe 
demandada em 
nome próprio, 
deverá nomear à 
autoria o 
proprietário ou o 
possuidor. 
 
Art. 63. Aplica-se 
também o disposto 
no artigo 
antecedente à ação 
de indenização, 
intentada pelo 
proprietário ou 
pelo titular de um 
direito sobre a 
coisa, toda vez que 
o responsável pelos 
prejuízos alegar 
que praticou o ato 
por ordem, ou em 
cumprimento de 
instruções de 
terceiro. 
 
Art. 64. Em ambos os casos, o réu 
requererá a nomeação no prazo para 
a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, 
suspenderá o processo e mandará 
ouvir o autor no prazo de 5 (cinco) 
dias. 
 
Art. 65. Aceitando o nomeado, ao 
autor incumbirá promover-lhe a 
citação; recusando-o, ficará sem 
efeito a nomeação. 
 
Art. 66. Se o nomeado reconhecer a qualidade que 
Ihe é atribuída, contra ele correrá o processo; se a 
negar, o processo continuará contra o nomeante. 
 
Art. 67. Quando o autor recusar o nomeado, ou 
quando este negar a qualidade que Ihe é atribuída, 
assinar-se-á ao nomeante novo prazo para 
contestar. 
 
Art. 68. Presume-se aceita a nomeação se: 
I - o autor nada requereu, no prazo em que, a seu respeito, Ihe competia 
manifestar-se; 
II - o nomeado não comparecer, ou, comparecendo, nada alegar. 
 
Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação: 
I - deixando de nomear à autoria, quando Ihe competir; 
II - nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada. 
 
deles aquilo que paga”. É uma faculdade e não uma obrigação do devedor 
demandado. Só o réu pode promover o chamamento ao processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO E COMPETÊNCIA: a competência é justamente o critério de distribuir 
entre os vários órgãos judiciários as atribuições relativas ao desempenho da jurisdição. Houve 
época em que se confundiam os conceitos de jurisdição e competência. Em nossos dias, 
porém, isto não mais ocorre entre os processualistas, que ensinam de maneira muito clara que 
a competência é apenas a medida da jurisdição, isto é, a determinação da esfera de 
atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional. Se todos os juízes têm jurisdição, 
nem todos, porém, se apresentam com competência para conhecer e julgar determinado 
litígio. 
 
1- MP como parte. Art. 81, CPC: sua posição jurídica é a de substituto processual (art. 60) 
em razão da própria natureza e fins da instituição do MP ou em decorrência da 
vontade da lei. Age em nome próprio, embora defendendo interesse alheio. Como 
parte, o MP, quase sempre, tem legitimidade apenas ativa, isto é, só pode propor 
ações, visto que nunca pode ser demandado como sujeito passivo ou réu. Pode, no 
entanto, eventualmente assumir a defesa de terceiros, como na interdição e na 
curatela especial de réus citados por edital ou com hora certa. Outorgado o direito de 
ação ao MP, atribui-lhe o CPC os mesmos poderes e ônus que tocam às partes. 
2- MP como fiscal da lei, “custos legis”. Art. 82, CPC: não tem compromisso nem com a 
parte ativa nem com a passiva da relação processual, e só defende a prevalência da 
ordem jurídica e do bem comum. A distribuição do MP como parte ou fiscal da lei é 
meramente nominal, pois, na prática, os poderes que lhe são atribuídos, na última 
hipótese, são todos tão vastos como os dos próprios litigantes. 
3- Poderes. Art. 83, CPC: poderes do MP quando age como fiscal da lei, segundo, 
literalmente, o artigo. 
4- Intervenção obrigatória. Art. 84, CPC: sempre que a parte for civilmente incapaz, 
embora regularmente representada ou assistida, haverá necessidade de intervenção 
do MP no processo, sob pena de nulidade. 
5- Responsabilidade pessoal do MP. Art. 85, CPC 
6- Competência interna: divide a função jurisdicional entre os vários órgãos da Justiça 
Nacional, levando em conta alguns pontos fundamentais de nossa estrutura judiciária. 
A) Absoluta: é a competência insuscetível de sofrer modificação, seja pela vontade 
das partes, seja pelos motivos legais da prorrogação (conexão ou continência de 
causas). Também chamada de competência real ou de atribuições. 
Art. 70. A denunciação da lide é 
obrigatória: 
I - ao alienante, na ação em que 
terceiro reivindica a coisa, cujo 
domínio foi transferido à parte, a fim 
de que esta possa exercer o direito 
que da evicção Ihe resulta; 
II - ao proprietário ou ao possuidor 
indireto quando, por força de 
obrigação ou direito, em casos como o 
do usufrutuário, do credor 
pignoratício, do locatário, o réu, 
citado em nome próprio, exerça a 
posse direta da coisa demandada; 
III - àquele que estiver obrigado, pela 
lei ou pelo contrato, a indenizar, em 
ação regressiva, o prejuízo do que 
perder a demanda. 
 
Art. 71. A citação do 
denunciado será requerida, 
juntamente com a do réu, se o 
denunciante for o autor; e, no 
prazo para contestar, se o 
denunciante for o réu. 
 
Art. 72. Ordenada a citação, ficará suspenso o processo. 
§ 1º - A citação do alienante, do proprietário, do possuidor indireto ou do responsável pela indenização far-se-á: 
a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 (dez) dias; 
b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 (trinta) dias. 
§ 2º Não se procedendo à citação no prazo marcado, a ação prosseguirá unicamente em relação ao 
denunciante. 
 
Art. 73. Para os fins do disposto no art. 70, o denunciado, por sua vez, intimará do litígio o alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o 
responsável pela indenização e, assim, sucessivamente, observando-se, quanto aos prazos, o disposto no artigo antecedente. 
 
Art. 74. Feitaa denunciação pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumirá a posição de litisconsorte do denunciante e poderá aditar a petição 
inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. 
 
Art. 75. Feita a denunciação pelo réu: 
I - se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o 
denunciado; 
II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que Ihe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até 
final; 
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante prosseguir na defesa. 
 
Art. 76. A sentença, que julgar procedente a ação, declarará, conforme o caso, o direito do evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo 
como título executivo. 
 
Art. 77. É admissível o chamamento 
ao processo: 
I - do devedor, na ação em que o 
fiador for réu; 
II - dos outros fiadores, quando para a 
ação for citado apenas um deles; 
parcial ou totalmente, a dívida 
comum. 
 
Art. 78. Para que o juiz declare, na mesma sentença, as responsabilidades dos obrigados, a que se refere o artigo antecedente, o réu requererá, no prazo para contestar, a citação do chamado. 
 
Art. 79. O juiz suspenderá o processo, mandando observar, quanto à citação e aos prazos, o disposto nos arts. 72 e 74. 
 
Art. 80. A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores, valerá como título executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou de 
cada um dos co-devedores a sua quota, na proporção que Ihes tocar. 
 
Art. 81. O Ministério 
Público exercerá o 
direito de ação nos 
casos previstos em 
lei, cabendo-lhe, no 
processo, os mesmos 
poderes e ônus que 
às partes. 
 
Art. 82. Compete ao 
Ministério Público intervir: 
I - nas causas em que há 
interesses de incapazes; 
II - nas causas concernentes 
ao estado da pessoa, pátrio 
poder, tutela, curatela, 
interdição, casamento, 
declaração de ausência e 
disposições de última 
vontade; 
III - nas ações que 
envolvam litígios coletivos 
pela posse da terra rural e 
nas demais causas em que 
há interesse público 
evidenciado pela natureza 
da lide ou qualidade da 
parte. 
 
Art. 83. Intervindo 
como fiscal da lei, o 
Ministério Público: 
I - terá vista dos 
autos depois das 
partes, sendo 
intimado de todos os 
atos do processo; 
II - poderá juntar 
documentos e 
certidões, produzir 
prova em audiência 
e requerer medidas 
ou diligências 
necessárias ao 
descobrimento da 
verdade. 
 
Art. 84. Quando a lei 
considerar 
obrigatória a 
intervenção do 
Ministério Público, a 
parte promover-lhe-
á a intimação sob 
pena de nulidade do 
processo. 
 
Art. 85. O órgão do 
Ministério Público 
será civilmente 
responsável quando, 
no exercício de suas 
funções, proceder 
com dolo ou fraude. 
 
a) Matéria: art. 91, CPC. Em nosso sistema judiciário, a matéria em litígio (isto é, 
a natureza do direito material controvertido) pode servir, inicialmente, para 
determinar a competência civil na esfera constitucional, atribuindo à causa ou 
à justiça federal ou à justiça local.dentro do foto, é ainda possível a subdivisão 
do mesmo entre varas especializadas (por exemplo: varas de família, de 
falência, de acidentes de trânsito, etc.). 
b) Função: art. 93, CPC. Refere-se a competência funcional à repartição das 
atividades jurisdicionais entre os diversos órgãos que devem atuar dentro de 
um mesmo processo. Uma vez estabelecido a juízo competente para 
processamento e julgamento de uma determinada causa, surge o problema de 
fixar quais serão os órgãos jurisdicionais que haverão de funcionas nas 
diversas fases do respectivo procedimento, visto que, nem sempre um só 
órgão terá condições de esgotar a prestação jurisdicional. 
B) Relativa:ao contrário da absoluta, é a competência passível de modificação por 
vontade das partes ou por prorrogação oriunda de conexão ou continência de 
causas. São as competências que decorrem do: 
a) Valor: art. 91, CPC. Com base no valor dado à causa podem, as normas de 
Organização Judiciária, atribuí-la à competência de um ou outro órgão 
judicante. Isto, porém, é matéria pertinente à organização local da justiça, e 
que, por isso mesmo, não vem regulado do CPC. As causas atribuídas à 
competência dos juizados especiais, segundo a lei 9099/95, sujeitam-se, 
dentro outros, ao critério do valor de até 40 salários mínimos. 
b) Território: arts. 94 – 100, CPC. Denomina-se competência territorial a que é 
atribuída aos diversos órgãos jurisdicionais levando em conta a divisão do 
território nacional em circunscrições judiciárias. Também é chamada de 
competência de foro. 
7- Competência internacional: os artigos 88 e 89 traçam objetivamente, no espaço, os 
limites da jurisdição dos tribunais brasileiros diante da jurisdição dos órgãos judiciários 
de outras nações. Essa delimitação decorre do entendimento de que só deve haver 
jurisdição até onde o Estado efetivamente consiga executar soberanamente suas 
sentenças. Não interessa a nenhuma Estado avançar indefinidamente sua área de 
jurisdição sem que possa tornar efetivo o julgamento de seus tribunais. Limita-se, 
assim, especialmente a jurisdição pelo princípio da efetividade. Há duas espécies de 
competência internacional da justiça brasileira, em face dos tribunais estrangeiros: 
A) Concorrente. Art. 88, CPC: também chamada de cumulativa. Esse artigo enumera 
casso em que a ação tanto pode ser ajuizada aqui como em outros países. 
B) Exclusiva. Art. 89, CPC: já este artigo, os casos se submetem com absoluta 
exclusividade, à competência da Justiça Nacional, isto é, se alguma ação sobre eles 
vier a ser ajuizada e julgada no exterior nenhum efeito produzirá em nosso 
território, o que não ocorre nas hipóteses de competência concorrente. 
 
COMPETÊNCIA 
 
1- Modificações da competência. Art. 102, CPC: absoluta é insuscetível de modificação 
tanto pela vontade das partes, quanto por motivos legais de prorrogação. A relativa é 
passível de modificação pela vontade das partes ou por conexão ou continência de 
causas. 
A) Conexão. Art. 103, CPC: motivo legal de prorrogação. É a forma mais comum de 
modificação ou prorrogação legal de competência relativa. O que caracteriza a 
conexão entre várias causas é a identidade parcial dos elementos da lide deduzida 
nos diversos processos. Pode verificar-se perante feitos ajuizados até entre partes 
diferentes. 
Art. 91. Regem a competência 
em razão do valor e da matéria 
as normas de organização 
judiciária, ressalvados os casos 
expressos neste Código. 
Art. 93. Regem a competência dos 
tribunais as normas da Constituição 
da República e de organização 
judiciária. A competência funcional 
dos juízes de primeiro grau é 
disciplinada neste Código. 
Art. 93. Regem a competência dos 
tribunais as normas da Constituição 
da República e de organização 
judiciária. A competência funcional 
dos juízes de primeiro grau é 
disciplinada neste Código. 
Art. 94. A ação fundada em direito 
pessoal e a ação fundada em direito 
real sobre bens móveis serão 
propostas, em regra, no foro do 
domicílio do réu. 
§ 1
o
 Tendo mais de um domicílio, o réu 
será demandado no foro de qualquer 
deles. 
§ 2
o
 Sendo incerto ou desconhecido o 
domicílio do réu, ele será demandado 
onde for encontrado ou no foro do 
domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio 
nem residência no Brasil, a ação será 
proposta no foro do domicílio do autor. 
Se este também residir fora do Brasil, a 
ação será proposta em qualquer foro. 
§ 4o Havendo dois ou mais réus, com 
diferentes domicílios, serão 
demandados no foro de qualquer 
deles, à escolha do autor. 
 
Art. 88. É competente a 
autoridade judiciária brasileira 
quando:I - o réu, qualquer que seja a sua 
nacionalidade, estiver 
domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser 
cumprida a obrigação; 
III - a ação se originar de fato 
ocorrido ou de ato praticado no 
Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do 
disposto no n
o
 I, reputa-se 
domiciliada no Brasil a pessoa 
jurídica estrangeira que aqui 
tiver agência, filial ou sucursal. 
 
Art. 89. Compete à 
autoridade judiciária 
brasileira, com 
exclusão de qualquer 
outra: 
I - conhecer de ações 
relativas a imóveis 
situados no Brasil; 
II - proceder a 
inventário e partilha 
de bens, situados no 
Brasil, ainda que o 
autor da herança 
seja estrangeiro e 
tenha residido fora 
do território 
nacional. 
 
Art. 102. A competência, em 
razão do valor e do território, 
poderá modificar-se pela 
conexão ou continência, 
observado o disposto nos 
artigos seguintes. 
 
Art. 103. Reputam-se conexas 
duas ou mais ações, quando 
Ihes for comum o objeto ou a 
causa de pedir. 
 
B) Continência. Art. 104, CPC: motivo legal de prorrogação. É a forma mais comum 
de modificação ou prorrogação legal de competência relativa. É, portanto, maior 
do que a conexão, dado que uma das causas se contém por inteiro dentro da 
outra, e não apenas no tocante a alguns elementos da lide, como se passa entre as 
ações conexas. Envolve, a continência, todos os três elementos da lide: sujeitos, 
objeto e causa. Essa identidade de elementos faz a continência aproximar-se da 
figura da litispendência, mas não são iguais, já que a continência maior o pedido é 
parcialmente igual ao da menor, enquanto na litispendência há a igualdade nas 
duas causas. Só pode se dar entre os mesmos litigantes. 
C) Foro de eleição: acordo das partes. 
2- Prevenção. Art. 106, CPC: só pode haver prorrogação por conexão ou continência, nos 
termos deste artigo, quando se tratar de competência em razão do valor e do 
território (competências relativas). A conexão e a continência não são critérios de 
determinação, mas de modificação da competência, que, em concreto, tocaria a outro 
órgão que não aquele que se tornou provento. O juízo que primeiro conheceu de uma 
das causas conexas, tem, por isso, ampliada, por prevenção, sua competência para 
todas as ações interligadas que se lhe seguirem. Prevenção, em tal hipótese, vem a ser 
a prefixação de competência, para todo o conjunto das diversas causas, do juiz que 
primeiro tomou conhecimento de uma das lides coligadas por conexão ou continência. 
3- Competência concorrente. Art. 107, CPC: entre os juízos das diversas varas de uma 
mesma comarca ou seção judiciária, não importa o momento em que se deu a citação 
do réu; com a simples distribuição estará ajuizada a ação e com o despacho da inicial, 
estará preventa a sua competência para as ações conexas ou continentes. Se, porém, 
os juízes concorrentes forem de diversas competências territoriais, isto é, juízes de 
comarcas diferentes, a regra a observar é do ad. 219, que determina, como efeito 
obrigatório da citação válida, tornar prevendo o juízo que a promoveu. 
Art. 104. Dá-se a continência entre 
duas ou mais ações sempre que há 
identidade quanto às partes e à 
causa de pedir, mas o objeto de 
uma, por ser mais amplo, abrange 
o das outras. 
Art. 106. Correndo em separado 
ações conexas perante juízes que 
têm a mesma competência 
territorial, considera-se prevento 
aquele que despachou em 
primeiro lugar. 
Art. 107. Se o 
imóvel se achar 
situado em mais de 
um Estado ou 
comarca, 
determinar-se-á o 
foro pela 
prevenção, 
estendendo-se a 
competência sobre 
a totalidade do 
imóvel.

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