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As Psicoterapias Fenomenológica

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As Psicoterapias Fenomenológica-Existencial
Antecedentes e influencias
Fenomenologia de Husserl: 
disciplina da filosofia que estuda os objetos e as estruturas da consciência purificada conhecer a realidade;as coisas e o homem; mas nada como sistemas acabados e fechados; é um observar puro sem redução de uma experiencia em outra.
estuda a formação da consciência cognitivaestuda pensar e o modo de conhecer. 
visa a investigação sobre a consciência em geral: o que é comum a todos os sujeitos cognitivos plenos, independentemente das idiossincrasias psicológicas de cada um.
Filosofia da Existencia de Kierkegaard.
estuda os complexos sentimentais profundos. 
busca encontrar uma explicação para a sua existência. 
analisa o conteúdo da consciência para encontrar aí uma filosofia da existência. 
ve nas idéiaso estabelecimento de uma dialéticaque ele percebe como os estágios da existência: estágio estético(marcado pelos desejos), estágio moral (marcada pelas regras/casamento) e estágio religioso (estagio consequente dos anteriores:devocional).
Ontologia Existencial de Sartre.
a “existência precede a essência”.
Existir no sentido etimológico, é "sair de” com tomada de consciência, por exemplo, do desgosto é me ver como um objeto a distância de mim. 
 o Eu que diz 'estou triste' não é mais, de modo algum, o eu que está triste. 
Assim o homem está por sua consciência está sempre além de si mesmo o sentido do 'ex-istencialismo'." 
Ontologia de Heidegger: 
ôntico é o que se relaciona aos objetos do mundo, que se refere ao ente e o que lhe é imanente.
. O ente estabelece relações de contato, conhecimento, e domínio do mundo ele se ocupa.
Estrutura-se sobre conceitos como Dasein (o ser-aí ou o ser-no-mundo); a Morte, a Angústia e a Decisão. 
O elemento central de toda a sua fenomenologia encontra-se o conceito de : ser-a-cada-momento ou de-cada-vez. 
O horizonte de toda a sua investigação é o do sentido de Ser: 
Ele visa os modos e as maneiras de enunciação e expressão de ser questão pelo sentido de ser. 
Ele põe a claro a compreensão ôntica no estudo do ser. Afirma que há modos distintos de ser: ser em sí; ser no outro, ser no mundo, 
Abordar o ente deve ser de modo adequado o que deve ser esclarecido a partir do modo de ser próprio do ente que em cada caso está em estudo.
O Dasein é o ente que em cada caso propriamente questiona e investiga. 
O Dasein é o que detém a possibilidade de enunciar o ser porque tem o poder da afirmação em geral. 
A questão acerca do sentido de ser é fundamental: 
Porque começa por abordar o ser deste ente em particular. 
Porque o próprio Dasein- sentido de ser tem de se fazer, 
tem que ser ele próprio a mostrá-lo, a partir de uma análise fenomenológica esclarecida (hermenêutica).
Principais Conceitos
Existênciaafirmar uma forma de vida é negar outros modos de viver; “estar fora de”; natureza humana, o ser do homem é a razão humana.
Liberdade é o fundamento de toda a essência; o homem é livre para decidir sua vida e arcar com a responsabilidade de sua escolha. O homem não é livre para deixar de ser livre. Ser livre é a busca pela própria condição de vida.
Solidão é inerente à condição humana porque decidir a própria vida é um ato solitário.
Essencia natureza íntima das coisas, ou melhor, o que faz de um objeto ser algo.
Ser no mundoser da totalidade: aparência, essência, valores, corpóreo, relações.
Morteé o testemunho de nossa totalidade; mas também testemunha nossa descontinuidade e o absurdo da existência.
Sentido da vida dá-se pelas realizações feitas pelo indivíduo.
Transcedencia possibilidade de antecipar a existência pela imaginação. É se liberar dos limites do ego; ir além do vir- a –ser; do ainda-não; poder-ser.
Autenticidadeestar em coerência exata com a condição humana: a partir da conversão feita pela angústia e assume sua liberdade.
Angustia defrontar-se com o vazio da existência, ou o existir sem sentido; com o reconhecimento do aspecto transitório e esporádico do viver.
Amor surge com a identificação e empatia junto a uma emoção forte.
Tédio existencial dor sentida por ver o tempo passar e não estar realizando suas possibilidades.
Culpa resultado da renuncia por ter desistido da própria vida. É um sentimento de ter ficado a dever.
Felicidade é a ausência do desprazer.
Principais Idéias.
1)a afetividade: as coisas do passado chegam ao homem como valores, afetando-lhe os sentimentos, que podem ser públicos, compartilhados, e transmissíveis.
2) a fala: no presente, as coisas se traduzem em palavras da linguagem na articulação dos seus significados
3) o entendimento: as coisas do futuro, onde o projeto que define o homem encontrará a morte, são as coisas não garantidas, que lhe são devolvidas para gerar nele o sentimento de que não está em casa neste mundo, mesmo estando entre as coisas que lhe são mais familiares.
4)-O homemé um ser que está relacionado ao tempo dado do seu existir.
5)A alienação a)O homem está fora das coisas,
 b)nunca sendo completamente absorvido por elas, 
c)mas não obstante não sendo nada, à parte delas. 
d)-O homem vive, até o fim, em um mundo no qual ele foi jogado: Da-sein 
Sendo algo jogado em meio às coisas o homem constitui algo à parte, mas está no ponto de ser submergido nas coisas. 
Alienação
O Homem é continuamente um projeto; 
O homem pode ser submergido nas coisas;
 O homem pode ser absorvido nelas temporariamente. 
O homem encobre seus condicionantes existenciaisaquilo que ele é de fato.
O homem entrega-se a uma rotina de superficialidades "públicas" na vida cotidiana. 
Logo, o homem é ninguém em particular correspondente a estrutura de Heidegger chamada de das Man ("o eles “) fator de alienação de si mesmo. 
O homem se conhece apenas através da comparação que faz de si mesmo com os outros indivíduos. 
A característica do das Man é a conversa inócua e a curiosidade. 
Inócuo: O que fala e o ouvinte não estão em nenhuma relação pessoal genuína ou em qualquer relação intima com aquilo sobre o que falam, o que, portanto, conduz a superficialidade. 
A curiosidade: é uma forma de distração, uma necessidade para o "novo," uma necessidade para algo "diferente," sem interesse ou capacidade de se maravilhar. 
A angústia: é oque liberta porque desperta o homem dessa alienação.
Ideias Importantes
Toda afirmativa de que “algo é” esconde uma questão anterior “o que quer dizer essa palavrinha é”.
Busca pelo sentido do que se é.
A condição humana de estar entre objetos e de ter de realizar projetos traz já uma intencionalidade.
Logo precisa-se compreender aquele que interrogao homem e sua existência: ser aí, ou Dasein pq é quem faz, sustenta a questão do e de ser. 
O modo desta compreensão esta na visão deste homem em seu cotidiano local do acontecimento dos fatos.
O estar no mundo significa um todo de significação a totalidade das relações significativas.
Todo conhecer é uma atuação e, portanto,um modo de estar no mundo deste homem.
Tornar-se Responsável
Tornar-se responsável é tornar-se livre para escolher, inclusive, que é possível o desapego das velhas lembranças a que sente desconforto e dor.
Considera-se ainda que a fala na 1ª pessoa é um passo importante a caminho da autenticidade. Isto refere-se a falar de conceitos, desejos e sensações na voz ativa e não à atribuição da responsabilidade ao outro ou às circunstâncias.
 
Ao assumir a responsabilidade por seus pensamentos e ações a pessoa estaria mais preparada para sentir, o que o levaria a existir de forma autêntica, uma vez que a vivência baseada na satisfação de conceitos tende a levar a pessoa à perda do sentido.
Intervenções em TEH
Simone de Beauvoir (1948): “ não há nada mais arbitrário do que intervir num destino que não e nosso”
São dirigidas muito mais ao ser do que ao fazer em psicoterapia.
É fundamental ao psicoterapeuta que este não traga para a sessão questões pré-determinadas que possam atrapalhar o acolhimento do cliente/paciente.
As técnicas fundamentam-se na relação= ENCONTROque ocorre entre cliente e psicoterapeuta no processo psicoterápico.
Para conhecer a existência humana questiona-se sobre quem é a pessoa? Qual seu projeto de vida? O que ela faz de suas lembranças? Quais as defesas, proteções ou desculpas(má fé), utilizadas por ela na manutenção de sua vivência inautêntica?
A Prática na TEXH
Neste sentido busca-se a compreensão dos pontos que sinalizam expectativas irracionais, conceituais da pessoa e que são por estas utilizadas como forma de adaptar-se à vida de forma não autêntica e, portanto, com pouco crescimento pessoal e sensação de vazio existencial.
Ao perceber isso, ao tornar-se conhecedor de si mesmo, a pessoa elimina ou diminui, as expectativas não autênticas de si e assim poderá envolver-se muito mais energicamente em suas experiências.
O processo terapêutico é mais importante que o resultado.

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