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Seminário Violencia contra a mulher

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Violência contra a mulher: brasil uma sociedade patriarcal
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Departamento de Ciências Biológicas
Aspectos Filosóficos e Sócio-Antropológicos
Dia Internacional da Mulher
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 Trágico Episódio
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 Por quê 8 de Março?
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Durante a segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada na Dinamarca, a famosa ativista dos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher.
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Movimento feminista
MOVIMENTOS FEMINISTAS
 São sobretudo, movimentos políticos e filosóficos, cuja meta é conquistar a igualdade de direitos entre homens e mulheres
http://rioclaroonline.com.br/759
Lutam pela:
 Igualdade Jurídica (leis)
 Igualdade Intelectual (instrução)
 Igualdade Econômica (profissão)
 Igualdade Política (direito de voto)
 Igualdade Social (família, sociedade)
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Fatos Importantes
 Chamada de primeira onda do feminismo, tendo inicio nas ultimas décadas do século XIX, dando origem as sufragetes
Segunda onda do feminismo teve inicio na década de 1960 e durado até o fim de1980, teria sido uma continuação das primeiras manifestações
A terceira onda começou no inicio da década de 1990, neste mulheres negras começaram a se destacar no movimento 
No Brasil, os primeiros movimentos feministas se deu pela manifestação da luta pelo voto, divórcio, educação, lideradas por Bertha Lutz e Nísia Floresta 
O segundo no fim da década de 1960, foi marcado pela liberação sexual
Já o terceiro começou a ser construído no fim dos anos 70, com a luta de caráter sindical
Em 1964 período da ditadura, o movimento perde forças, só retornando na década de 70
Direito de voto (conquista de voto universal)
Acesso a profissões de nível superior 
Acesso ao mundo dos serviços
Maior intervenção dentro da família
Maior liberdade sexual.
 PRINCIPAIS CONQUISTAS OBTIDAS COM OS MOVIMENTOS FEMINISTAS:
Inserção da mulher no mercado de trabalho 
1ª e 2º GM.(contexto histórico)
Globalização. 
Tendência do mercado (Brasil).
+ produtividade + qualificação.
Inserção da mulher no mercado de trabalho 
Assédio
Dupla jornada
Segregação ocupacional
Diferença de renda por sexo
 DESAFIOS
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Voto
Direitos trabalhistas
Reconhecimento no mercado de trabalho
Ocupação de cargos importantes
Inclusão política
 CONQUISTAS
"Apesar de todos os avanços, atualmente persiste a discriminação na hora de contratar entre uma candidata negra e outra branca, porque ainda existe aquele mito da boa aparência. Então a beleza branca, europeia, predomina, principalmente nessa questão de emprego e renda." Segundo; Lindacy Assis.
Ao longo do tempo o trabalho feminino, tornou-se uma forte referência social, vem impactando diretamente uma forte mudança cultural que está diretamente atrelado aos casamentos tardios, à diminuição da natalidade e do desejo pela maternidade.
Contudo, fica a reflexão: - A inserção da mulher no mercado de trabalho: conquista ou imposição social?
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Religião e cultura
“O machismo religioso de cada Dia”
ISLAMISMO
Alcorão, IV/34 - “Alá criou as mulheres para o prazer dos homens, puna qualquer ‘rebelde’ que for contra os seus desejos” 
BUDISMO
Se um homem leva uma vida maligna sua punição é reencarnar como uma mulher
JAINISMO
Se uma mulher é muito obediente ao seu marido ela pode ter a sorte de reencarnar como homem
CRISTIANISMO
Êxodo 22:16-17  - “Você pode estuprar uma virgem, mas tem que casar com ela e pagar uma taxa ao pai dela” 
HINDUÍSMO
A mulher terá o seu direito de humano válido, após conceber um filho.
O que é ser Mulher do outro lado do mundo?
Culturas Ocidentais
Bela Recatada e do Lar;
Diga me sua roupa, que eu falo quem tu és;
Posições trabalhistas inferiores;
Mulher Solteira= Imoralidade;
Culturas Orientais
Moça, Queremos o seu útero;
Só levou um tapinha?
Vítimas de Estupro podem ser acusadas de adultério
Ou é para casar ou é para ser, aquela mulher para ser usada”
Violência doméstica e familiar 
Violência psicológica e violência física 
Estupro de parceiros e cárcere privado 
LEI MARIA DA PENA
Histórico;
Violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, conforme definido no artigo 5oda Lei Maria da Penha, a Lei nº 11.340/2006.
http://www.jornalhoraagha.com.br/wp-content/uploads/2015/08/maria-da-penha.jpg
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Os papéis associados ao gênero feminino e o lugar privilegiado do gênero masculino nas relações geram vulnerabilidades para as mulheres;
A Lei Maria da Penha define cinco formas de violência doméstica e familiar;
http://ichef.bbci.co.uk/news/ws/660/amz/worldservice/live/assets/images/violencia_mulher.jpg
Violência física 
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Violência Psicológica
3. Violência sexual
						
4. Violência patrimonial
5. Violência Moral
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Na maior parte dos casos, as diferentes formas de violência acontecem de modo combinado.
Além de ação, a omissão diante da violência também é responsabilizada pela Lei
Gráfico 1
 DADOS NACIONAIS
Duas em cada três pessoas atendidas no SUS em razão de violência doméstica ou sexual são mulheres; e em 51,6% dos atendimentos foi registrada reincidência no exercício da violência contra a mulher.
Em mais de 80% dos casos de violência reportados, a agressão foi cometida por homens com quem as vítimas têm ou tiveram algum vínculo afetivo, aponta o Balanço 2014 do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher (SPM-PR)  
Gráfico 2
 O QUE PRECISA SER FEITO?
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 Estupro de parceiros e cárcere privado 
“Fico retraída e me esquivo, mas, no fim, acabo cedendo. Boa parte das vezes machuca, e isso acontece com mais frequência quando ele bebe. Para evitar discussões, fico imóvel. Só tenho vontade de que acabe logo.”
A violência por parceiro íntimo é definida como comportamento dentro de uma relação íntima que provoque dano físico, sexual ou psicológico.
Estudo realizado pela a Organização Mundial de Saúde (OMS) em diversos países revelou que entre 15 a 71% das mulheres em todo o mundo já sofreram algum tipo de violência física ou sexual provocada por parceiro íntimo.
No Brasil, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 41,2 mil casos de abuso sexual foram denunciados em 2010.
 
168% a mais do que em 2005.
Cárcere privado é quando alguém é privado da liberdade mediante violência ou grave ameaça.
Pena – reclusão, de um a três anos.
Violência sexual
cultura do estupro
 Consequências físicas imediatas:
Gravidez
 Infecções do aparelho reprodutivo
Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
 Consequências mentais:
Distúrbios na sexualidade 
Depressão
 
Pânico
Tentativa de suicídio
Abuso e dependência
de substancias psicoativas.
De acordo com o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, promulgado no Brasil, a agressão sexual, escravidão sexual, prostituição, gravidez e esterilização forçadas ou qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável constituem crimes contra a humanidade.
“qualquer ato sexual ou tentativa de obter ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção”
De acordo com a OMS, violência sexual é:
 Maioria dos estupros não deixa marcas de violência física
“Não dá para encontrar danos físicos na maioria dos casos, os estupros são praticados sob grave ameaça. Nesses casos, marcas de violência física simplesmente não existem. De 10 mil mulheres e adolescentes atendidas pelo serviço do Pérola Byington, apenas 11% apresentavam traumas físicos. Em 90% dos casos, elas não tinham nenhuma marca no corpo e, em 95%, nem sequer marcas nos genitais.”
Jefferson Drezett, médico e especialista em Ginecologia e Obstetrícia, coordenador do Serviço de Atenção a Vítimas de Violência Sexual do Hospital Pérola Byington (SP).
Mais de 500 mil pessoas são estupradas no Brasil a cada ano, estima o Ministério da Saúde.
De acordo com a Nota Técnica Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde (Ipea, 2014), a partir de informações coletadas em 2011 pelo Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), estima-se que no mínimo 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil e que, destes casos, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia.
 Por que a maioria dos estupros não é denunciada?
Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros.
Fonte: http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/dossie/violencias/violencia-sexual/
 O que é a cultura do estupro?
"Vivemos em uma sociedade patriarcal que considera que nós mulheres somos ou sujeitos de segunda categoria, ou em alguns casos, que não somos sujeitos e podemos ser utilizadas ou destruídas”
Izabel Solyszko, que é professora, assistente social e doutoranda em Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A cultura do estupro começa no nascimento
Relativização da violência contra a mulher
Objetificação da mulher
Desrespeito ao “não”
A vítima como a culpada
 O que é a cultura do estupro?
Violência na internet
Pornografia de vingança
 O que é?
Ato de veicular fotografias e vídeos íntimos de pessoas próximas ou conhecidas na internet, sem consentimento da vitima
Primeiro caso de pornografia da vingança
Ocorreu em
O casal americano LaJuan e Billy Wood tirou fotos nuas um do outro
Revelaram o material através de modo que terceiros não tivessem acesso, deixando-o em uma gaveta do quarto
Um vizinho e amigo do casal Wood, invadiu o apartamento e, após achar fotos de LaJuan nua, decidiu enviá-las para a Revista Americana
1980
2000
Primeiro caso de pornografia da vingança
Era preciso preencher uma ficha, na qual Simpson colocou informações falsas sobre a vida e até mesmo sobre preferências sexuais de LaJuan
Ao informar o telefone da vítima, indicou o número verdadeiro, com isso, ela fosse alvo de inúmeras ligações de cunho assediador
Primeiro caso de pornografia da vingança
Neste caso, vale a ressalva de que o responsável pela divulgação das fotos não precisa ser, necessariamente o parceiro da mulher, mas alguém que tenha com ela um vínculo afetivo, o que também caracteriza pornografia de revanche
A culpa é sempre da mulher!
Um dos casos de culpabilização da vítima que teve repercussão inclusive internacional foi o do radialista Fabiano Gomes em seu programa Correio Debate
Ao noticiar que uma jovem de 15 anos teve fotos íntimas expostas nas redes sociais, Fabiano declarou no ar para seus ouvintes frases como
A culpa é sempre da mulher!
Fala do radialista:
“Meus amigos, meus irmãos, tem tanto assassinato pra polícia investigar. Tem tanto assalto, tanto sequestro. E nós termos que ocupar a polícia porque as cocotinhas tão tirando fotos dos ‘pinguelos” e mandando para os namorados pelo WhatsApp.” (Áudio)
” Não, porque a fulana de tal suicidou-se, entrou em depressão. O problema é dela! Porque foram para o espelho mostrar o ‘xibiu” e mandar pra o namorado. Que coceira danada é essa!” Sem vergonha é quem manda foto nua para o namorado”.( Áudio)
http://valencaagora.com/pornografia-de-vinganca-uma-das-faces-da-violencia-contra-a-mulher/
Feminicídio 
Feminicídio, tradução de femicide (femicídio), significa a perseguição e morte intencional de pessoas do sexo feminino. Ele se configura quando é comprovada as causas do assassinato, devendo este ser exclusivamente por questões de gênero, ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente por ser mulher.
 O QUE É?
 O FEMINICÍDIO PODE SER CLASSIFICADO EM TRÊS SITUAÇÕES:
Feminicídio íntimo
Feminicídio não íntimo
Feminicídio por conexão
 Feminicidio no Brasil
Com uma taxa de 4,8 assassinatos em 100 mil mulheres, o Brasil está entre os países com maior índice de homicídios femininos: ocupa a quinta posição em um ranking de 83 nações, segundo dados do Mapa da Violência 2015 (Cebela/Flacso).
https://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-contra-mulher/ 
https://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-contra-mulher/ 
https://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-contra-mulher/ 
https://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-contra-mulher/ 
https://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-contra-mulher/
No livro, a juíza apresenta os principais conceitos sobre o tema, como características e formas de tipificação do delito. A juíza aborda casos concretos de assassinatos de mulheres à luz do feminicídio, lançando indagações sobre o contexto das mortes de mulheres no Rio de Janeiro, entre 2000 a 2010.
http://www.poderesemrevista.com.br/noticias/7/3/2016/juza-adriana-de-mello-lana-livro-sobre-feminicdio-no-dia-internacional-da-mulher
 Impactos e importância da Lei de Feminicídio
LEI Nº 13.104, DE 9 DE MARÇO DE 2015.
 
Altera o art. 121 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos.
“O primeiro passo para enfrentar o feminicídio é falar sobre ele”
Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil.
 TRÊS IMPACTOS IMPORTANTES ESPERADOS COM A TIPIFICAÇÃO PENAL:
Trazer visibilidade
 Identificar entraves na aplicação da Lei Maria da Penha
Ser instrumento para coibir a impunidade
 Uma violência extrema que pode ser evitada
Tolerância à violência
Negligência
Impunidade
Culpabilização da vítima
 
 Lei Maria da Penha pode impedir ‘mortes anunciadas’
“São muitas mortes anunciadas. Na maioria das vezes as mulheres sofrem por muito tempo antes de fazer a denúncia. E, além disso, nem sempre, ao fazer a denúncia, o atendimento é imediato. Em algumas situações, nos diversos Estados onde a CPMI passou, percebemos que muitas vezes a mulher faz a queixa, mas demora a receber proteção e, em um número significativo de casos, nesse período ela acaba sendo assassinada.”
Ana Rita, ex-senadora (PT-ES), que esteve à frente dos trabalhos da CPMI que avaliou a situação das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil.
 Mulheres assassinadas com medida protetiva em mãos
Importância de mapear onde estão as falhas
 “Essas falhas vão desde a insuficiência de serviços de atendimento diante do amplo território nacional, passando pela falta de recursos humanos e financeiros nos serviços existentes e até pelo forte impacto negativo da incompreensão das desigualdades de gênero pelos profissionais que atuam nesses serviços.’’
Reconhecimento
do feminicídio é importante também para auxiliar na composição de um diagnóstico acurado da violência contra as mulheres no Brasil
 “É preciso enxergar que nos arranjos familiares há desigualdades de valor e de poder e reconhecer que, se isso não for observado e trabalhado, a violência continuará acontecendo.”
 O não reconhecimento da gravidade da violência psicológica
Subestimar a ameaça e outras formas de violência psicológica
Muitas vezes a medida protetiva não é pedida nos casos em que a mulher não sofreu violência física
E às vezes a mulher não pede porque acha que não é necessário. Essa mulher pode ter desenvolvido uma relação de dependência do agressor, se culpar pela violência e até pensar que o agressor vai mudar
“Nunca se pode minimizar a ameaça porque nunca se sabe o que vai acontecer. O que percebo é que, quando se trata de violência doméstica e intrafamiliar, há casos de pessoas que ameaçam e acabam matando, como também há casos de quem nunca ameaçou e comete o crime. Acho que sempre temos que dar importância e, na dúvida, aplicar a medida de proteção.”
Teresa Cristina Cabral dos Santos, juíza do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Santo André/SP.
Além disso, a naturalização de outros tipos de violência psicológica estimula uma espiral de violências.
“As agressões psicológicas também denunciam uma desigualdade na relação que pode evoluir para violência física ou sexual ou homicídio. Então, ter um diagnóstico precoce é bastante importante para evitar dano, morte ou outros crimes posteriores.”
Ana Flávia D’Oliveira, médica e pesquisadora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
 mecanismos de prevenção
Políticas de prevenção e reeducação
Implementação dos serviços que a Lei Maria da Penha propõe
Rede intersetorial de atendimento em Saúde, Assistência Social, Segurança Pública e Justiça
Defensorias das Mulheres, as Varas de Enfrentamento à Violência Intrafamiliar e contra as Mulheres, casas abrigo e serviços de atenção psicossocial
 teses jurídicas que são comumente usadas para culpabilização da vítima nos crimes contra a vida
1) Legítima defesa da honra: “Desse modo, a “legítima defesa da honra” consiste em tese jurídica que visa tornar impune a prática de maridos, irmãos, pais ou ex-companheiros e namorados que matam ou agridem suas esposas, irmãs, filhas, ex-mulheres e namoradas fundada ou “justificada” na defesa da honra da família ou da honra conjugal.”
Obs: A figura da “legítima defesa da honra” nunca existiu no marco legal brasileiro – pelo contrário, fere tanto leis nacionais como tratados e normas internacionais das quais o Brasil é signatário.
2) Crime passional e violenta emoção: ‘matou por amor’, ‘por ciúme’, ou ‘inconformado com o término do namoro’
Atualmente, nos crimes dolosos contra a vida, o Código Penal prevê uma redução de pena “se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima” (§ 1º do art. 121).
Em muitos casos de feminicídio, a defesa alega justamente o “homicídio privilegiado” – quando se afirma que foi a vítima quem causou uma violenta emoção e, por conta disso, houve o crime.
 
A inversão da culpa e a responsabilização da mulher pela violência sofrida são dois grandes obstáculos não apenas à devida responsabilização do autor da agressão, como também à garantia de que a mulher irá receber o devido apoio e proteção para superar o episódio e, muitas vezes, romper com o ciclo da violência. São, portanto, práticas e mentalidades a serem superadas pelo Estado e pela sociedade.
 A superação da violência contra as mulheres é um dever de todos. A violência, qualquer que seja ela, enfraquece o ideal de igualdade entre sexos e favorece e impulsiona a discriminação. Leis como a “Lei Maria da Penha” é apenas um ganho para a antiga luta das mulheres por uma sociedade mais justa e que zele pelos direitos de todos.
Referências:
http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/dossie/violencias/feminicidio/ 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/lei/L13104.htm 
http://feminicidionobrasil.com.br/#abertura 
https://nacoesunidas.org/onu-feminicidio-brasil-quinto-maior-mundo-diretrizes-nacionais-buscam-solucao/ 
https://aurineybrito.jusbrasil.com.br/artigos/172479028/lei-do-feminicidio-entenda-o-que-mudou 
http://institutoavantebrasil.com.br/levantamento-sobre-a-violencia-contra-a-mulher-em-2013/ 
https://www.significados.com.br/feminicidio/ 
http://www.poderesemrevista.com.br/noticias/7/3/2016/juza-adriana-de-mello-lana-livro-sobre-feminicdio-no-dia-internacional-da-mulher 
https://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-contra-mulher/ 
http://www.mapadaviolencia.org.br/mapa2012.php#mulheres
“AS GENIS DO SÉCULO XXI”: ANÁLISE DE CASOS DE PORNOGRAFIA DE VINGANÇA ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS http://www.egov.ufsc.br:8080/portal/sites/default/files/as_genis_do_seculo_xxi.pdf
A Pornografia de Vingança e a culpabilização das vítimas pela mídia¹ Kamila Katrine Nascimento de FREITAS² Universidade Federal da Paraíba, PB
http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2015/resumos/R47-2316-1.pdf
Audio: 
https://www.youtube.com/watch?v=fCyLW-4bwDE
http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/09/12/noticias-saude,193880/mulheres-estupradas-pelo-parceiro-costumam-nao-denunciar-a-violencia-s.shtml
http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2013/v41n2/a3793.pdf
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2012/02/brasileiras-lutam-pela-igualdade-de-direitos
http://movfeministas.blogspot.com.br/
http://www.overmundo.com.br/overblog/surgimento-do-pos-feminismo
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