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Educação - 
Jogos e Brincadeiras
O brincar e a criança com deficiência
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profª. Ms. Silvana Silva Buchini Bomtorin
Revisão Textual:
Profª. Dra. Maria Isabel Andrade Sousa Moniz
5
• O brincar e a criança com deficiência
• Jogando, brincando e incluindo: a adaptação da prática 
pedagógica para o ensino do aluno com deficiência
• Brincando e aprendendo pelos sentidos
Nesta unidade, iremos refletir sobre as condições para a criança brincar e as adaptações 
necessárias de local, brincadeiras e brinquedos. Iremos discutir sobre a formação do professor 
e legislação, no que se refere à inclusão.
Então, bom estudo e lembre-se de que em caso de dúvidas, estarei em contato com você 
através do ambiente virtual.
Nesta unidade, iremos refletir sobre as condições para a criança 
brincar e as adaptações necessárias de local, brincadeiras e 
brinquedos. Iremos discutir sobre a formação do professor e 
legislação, no que se refere à inclusão.
A ideia é fazermos a correlação entre jogos, brinquedos e 
brincadeiras e a aprendizagem da criança com deficiência, por 
meio de materiais adaptados, se necessário. 
Após apontarmos a legislação referente à inclusão, faremos 
uma investigação do processo do brincar da criança, com ou 
sem deficiência, e a elaboração de materiais.
O brincar e a criança com deficiência
• Brinquedos e brincadeiras eficientes e não para “deficientes”
6
Unidade: O brincar e a criança com deficiência
Contextualização
 
 Explore
Para o momento de contextualização, sugerimos que leia o livro MENINA BONITA DO LAÇO DE 
FITA. Coleção: BARQUINHO DE PAPEL. Autor: ANA MARIA MACHADO.
Observe o desenvolvimento das habilidades imaginativas e a importância da diversidade para a or-
ganização social contemporânea. Faça uma reflexão crítica.
Menina Bonita do Laço de Fita
Coleção: BARQUINHO DE PAPEL
Autor: MACHADO, ANA MARIA
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: ÁTICA
Assunto: INFANTO-JUVENIS - LITERATURA INFANTIL
7
O brincar e a criança com deficiência
Nesta unidade, iremos refletir sobre as condições para a criança brincar e as adaptações 
necessárias de local, brincadeiras e brinquedos. Iremos discutir sobre a formação do professor e 
legislação, no que se refere à inclusão.
Nas unidades anteriores, discutimos a relação entre o jogo, brinquedo e a brincadeira, porém não 
podemos deixar de analisar essas questões no espaço escolar, já que estamos discutindo Educação.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n.º 9.394/96 – garante aos indivíduos 
o acesso e permanência no ensino regular, tendo como obrigação assegurar currículos, métodos, 
técnicas e recursos educativos que garantam as necessidades dos alunos, sejam eles ditos 
normais ou com deficiência. 
Art. 37 “(...) oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as 
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, 
mediante cursos e exames”
Art. 59 – I “Os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículos, 
métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para 
atender às suas necessidades”
Dessa forma, a necessidade de uma escola inclusiva tornou-se o grande desafio da 
contemporaneidade, tendo em vista o atendimento à diversidade humana, condição reafirmada 
pela Declaração de Salamanca, promulgada na Conferência Mundial sobre Necessidades 
Educativas Especiais: Acesso e Qualidade – Espanha – Junho de 1994 – UNESCO, que 
reafirmou o direito de todos à Educação, independentemente de suas diferenças, enfatizando 
que a educação de pessoas portadoras de deficiências é parte integrante do sistema educativo.
Também o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - Lei N.º 8069/90 no Art. 54, 
inciso II – estabelece o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino. O mesmo estatuto, no Art. 55, obriga os pais ou 
responsáveis a matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. 
No que se refere à formação de professores, a legislação aponta a Resolução CNE/CP 
(Conselho nacional de Educação / Conselho Pleno), nº 1/2002, que define que as instituições 
de ensino superior devem prever, em sua organização curricular, formação docente voltada para 
a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos 
com necessidades educacionais especiais.
Trocando Ideias
Porém, mesmo com a legislação buscando a efetivação da inclusão, a realidade aponta uma escola 
separativista. Segundo Mantoan (2003), os sistemas escolares estão sistematizados a partir de um 
pensamento que permite dividir os alunos em normais e deficientes, no que se refere às modalidades 
de ensino, em regular e especial e os professores, em especialistas das diferenças. 
8
Unidade: O brincar e a criança com deficiência
A mesma autora ainda afirma que a organização da escola está marcada por uma visão determinista 
(rígidas relações), mecanicista (obedecendo às relações), formalista (obedece às normas de 
comportamento) e reducionista (redução sistemática). (MANTOAN, 2003).
A partir da perspectiva de inclusão, surgiram diversas discussões, no campo da educação, 
com o objetivo de cumprir as propostas de ensino de qualidade para todos, independentemente 
das necessidades do aluno.
Jogando, brincando e incluindo: a adaptação da prática 
pedagógica para o ensino do aluno com deficiência
Ao estudarmos as unidades anteriores, pudemos perceber a importância do lúdico na formação 
da personalidade e identidade da criança. Para o aluno com deficiência não é diferente.
Um dos fatores de maior complexidade que encontramos em relação à formação do 
professor é a dificuldade que os alunos encontram em relação à experimentação com novos 
conhecimentos e vivências.
No Brasil, a influência de um pensamento predominantemente religioso e regido pelos 
conceitos morais, muitas vezes dificulta a aprendizagem pelo lúdico e pelas brincadeiras 
do futuro professor. 
Trocando Ideias
Ao analisarmos que um dos fatores mais importantes para a inclusão no espaço escolar é a 
adaptação do aluno com os amigos de sala e professor, para que assim a prática pedagógica venha 
favorecer a independência e autonomia dentro da escola e da sala de aula, precisamos investigar 
como essas relações se estabelecem.
Revisitando a história da educação especial, podemos encontrar fatores significativos para a 
permanência dos estigmas em relação à dificuldade dos alunos e professores ao ter que lidar com a 
inclusão. Uma delas se deve ao fato da deficiência, desde o século XV, estar ligada ao misticismo e 
ocultismo (MAZZOTA, 2001), resultando na marginalização das pessoas com deficiência e indivíduos 
com qualquer tipo de comportamento que se diferencie da maioria do grupo social.
As crianças aprendem, antes de estar no espaço escolar, a excluir e discriminar as diferenças, 
por meio de um reforço muitas vezes nem percebido pelos pais, quando são ensinados a não se 
misturarem ou falarem com qualquer pessoa desconhecida ou diferente.
9
Nesse contexto, afirmamos a necessidade de reflexões no que se refere às questões da formação 
do professor, pautada na necessidade de que ele próprio revisite a história da humanidade e 
seu percurso pessoal, para entender o processo de apropriação do brincar na efetivação da 
construção da aprendizagem.
No que se refere às estratégias de ensino utilizadas na prática pedagógica para o ensino do 
aluno com deficiência, Reganhan e Braccialli (2007), apontam a necessidade de observar a 
escolha de estratégias mais adequadas, que possibilitem o sucesso da aprendizagem e, assim, 
ampliem suas experiências, criatividade e flexibilidade.
Segundo os mesmos autores, é importante eliminar atividades que não beneficiam o aluno 
ou que impossibilitema execução das mesmas. No entanto, é necessário introduzir atividades 
complementares específicas para o aluno, de forma individual ou em grupo.
Os recursos utilizados pelos professores para o ensino do aluno com deficiência é fundamental 
para o ensino e para o aprendizado, pois contribuem na estruturação, compreensão e interpretação 
dos conceitos estudados.
A princípio, a inserção do aluno com deficiência sem a necessidade de adaptação de 
procedimentos de ensino é fundamental, partindo para a observação das necessidades 
educacionais especiais dos mesmos para realizar a adaptação quando necessário.
Ideias Chave
É importante o professor refletir sobre sua prática de ensino, a fim de conhecer e entender seus métodos 
e o aluno a ser trabalhado, tentando quebrar o estigma social, que reforça a forte desaprovação de 
características ou crenças pessoais que vão contra normas culturais. Uma delas, a de seleção natural 
na busca da perfeição de habilidades e competências universais e o afastamento das diferenças. 
Na unidade II, discutimos que brincar traz para a criança uma nova noção do que é realidade, 
no sentido que ela tem, para transformá-la. O mundo dos adultos é complexo e pode ser muitas 
vezes imutável. Diferente o mundo da criança, em que tudo é fantasia e fácil de ser modificado 
sem imposição a sua maneira de pensar, reafirmando nossa reflexão da necessidade da escola 
se efetivar como espaço inclusivo. 
Ao desenvolvermos procedimentos, métodos e teorias que atinjam as especificidades das 
deficiências, estaremos criando experiências de extrema importância para qualquer criança, 
independente de sua condição. Já que os mesmos procedimentos e métodos possibilitam a 
aquisição de conhecimento da criança com deficiência, estimulará ainda mais as habilidades e 
competências das crianças ditas normais, sendo que aprimorará as que já possuem.
Ainda na unidade III, discutimos que os primeiros anos de vida da criança são os mais 
significativos para vivenciar as experiências. Para que resultem em uma memória corporal 
significativa, as experiências vividas anteriormente, entretanto, podem ser estimuladas 
pela atuação do adulto no que se refere à educação, tanto nos aspectos da instrumentação, 
como na afetividade. 
10
Unidade: O brincar e a criança com deficiência
Portanto, trabalhar a criança de forma global resulta o estímulo da plasticidade cerebral, 
relacionada com as possibilidades de adaptação motora frente a novas situações, independente 
de sua condição.
Para Le Boulch (2001), o jogo simbólico caracteriza-se por recriar a realidade, utiliza 
sistemas simbólicos, estimula a imaginação e a fantasia da criança e favorece a interpretação e 
ressignificação do mundo real. Promove ainda a interação com o outro e possibilita a expressão 
das emoções e percepções vivenciadas na relação que a criança estabelece com o mundo real. 
Essa atividade estimula o desenvolvimento psicomotor, cognitivo, emocional, social e cultural 
das crianças. Le Boulch afirma:
A emergência da função de interiorização, que é paralela ao rápido 
desenvolvimento da função simbólica, vai passar além do funcional ao jogo 
simbólico, verdadeira atividade projetiva própria para criar um universo 
mágico onde o real e o imaginário se misturam. (2001, p.97)
Assim, a aprendizagem por meio dos jogos, brinquedos e brincadeiras se efetiva como 
necessária para crianças com deficiência, tendo em vista a exploração sensório-motora e as 
várias experiências. Por meio da relação entre a aprendizagem com os jogos, brinquedos e 
brincadeiras, segundo Brougère (2008), estamos explorando diferentes aspectos e conceitos, 
como a imaginação, que varia de acordo com a idade, a situação e o sexo da criança. Apoiando-
se em histórias reais e irreais, o toque, a criança desenvolve sentimentos e a sua atividade 
lúdica, permitindo assim manipular os códigos culturais e sociais. A falta de referência dos pais 
na vida da criança pode ser muito significativa. A socialização da criança através do objeto e 
do brinquedo, além de ser um objeto de fonte cultural, traz à criança suporte de ação, conduta 
lúdica, formas, imagens, símbolos, para serem manipulados. 
 
 Explore
Para se aprofundar nos conceitos acima citados, ASSISTA: 
Radio (br: Meu nome é Rádio / pt: Rádio) é um filme (drama) americano, lançado em 2003, 
dirigido por Michael Tollin, baseado em uma história verídica.
 
Brincando e aprendendo pelos sentidos
Como pudemos perceber na unidade II, o jogo, o brinquedo e a brincadeira para a criança 
muito dependerá da sociedade em que vive, portanto ao ethos a que pertence. Segundo Geertz:
Os símbolos sagrados funcionam para sintetizar o ethos de um povo, as formas, o caráter e a 
qualidade de sua vida, seu estilo e disposições morais e estéticos, sua visão de mundo, o quadro 
que fazem do que são, suas ideias mais abrangentes sobre a ordem. (GEERTZ, p.1989).
11
A necessidade de refletir sobre cultura, já que estamos buscando nos aprofundar no processo 
pedagógico, é também criar o hábito de investigar o ambiente e o público com que iremos 
trabalhar. Assim como os conceitos que cada brincadeira ou brinquedo têm em cada cultura, 
assim recebem diferentes nomes e formatos, mas mantêm os mesmos fundamentos básicos. 
Para que a criança possa desenvolver-se integralmente na área do conhecimento, independente 
de sua condição, os professores precisam ter um pensamento interdisciplinar, ou seja, explorar 
sua inteligência, a linguagem, o sensorial, o sócio-motor, o perceptivo e a coordenação motora. 
(LEGARDA e MIKETTA, 2012, p. 101). 
Para as crianças com deficiência, a mediação com o brincar permite a ação física e mental, 
pois possibilita a experiência da ordem, desordem e reordenação. Estimula a formação do 
laço social através da história contida nos jogos e brincadeiras e expressa pelos companheiros 
de jogo e por ter como premissa a atividade simbólica, estimula a função representativa e o 
deslocamento, a simbolização dos impulsos, em detrimento da atuação. 
 
 Explore
As cores das flores (dirigido por Miguel Bemfica – Espanha)
www.youtube.com/watch?v=s6NNOeiQpPM
O objeto artístico é desafiante na educação de pessoas com deficiência, assim como a 
educação pela arte. As linguagens artísticas possibilitam a interação com o mundo por meio dos 
contatos sinestésicos. 
Nesse sentido, devemos ressaltar a importância da aquisição de conhecimento, pelas crianças 
com ou sem deficiência, através da Arte, no sentido de uma compreensão do mundo na qual a 
dimensão poética esteja presente. 
A Pinacoteca do Estado de São Paulo, assim como outras instituições, promove pesquisas 
para todos os públicos, inclusive com deficiência (Programa Educativo para Públicos Especiais 
– PEPE). Pesquise mais sobre o assunto.
 
Pinacoteca do Estado de São Paulo - Como chegar
Endereço: Praça da Luz, 2 - Luz, São Paulo, 01120-010 
Telefone:(11) 3324-1000 / Horário:10:00–17:30 
 
Outra opção, quando houver a necessidade de adaptar jogos e brinquedos, é a 
construção dos mesmos com materiais reaproveitados. Para saber mais, pesquise 
nos sites a seguir: 
http://www.youtube.com/watch?v=GFRw5voD8lk
http://somentecoisaslegais.com.br/geral/brinquedos-reciclados
12
Unidade: O brincar e a criança com deficiência
 
http://somentecoisaslegais.com.br/geral/brinquedos-reciclados_ acesso 19-05-2013
Brinquedos e brincadeiras eficientes e não para “deficientes”
Como vimos, os jogos, brincadeiras e brinquedos são tão importantes para a criança dita 
normal como para a criança com deficiência e que o processo da apropriação desses conceitos, 
como processo pedagógico, inicia-se na formação para educadores, no momento em que o 
aluno-professor passa pelas experiências e pelo processo deinteriorização das vivências vividas.
Assim, o aluno-professor poderá avaliar a eficiência do material, elaborar estratégias de 
trabalho e posteriormente colher e analisar dados do processo de aprendizagem da criança 
por meio dos brinquedos, jogos e brincadeiras. A adaptação dos mesmos pelo aluno-professor 
e futuro professor terá, além da fundamentação teórica, a experimentação, nas mais diversas 
áreas do conhecimento, do qual a disciplina que estamos estudando propõe. 
 
Brincando de casinha
Curso Pedagogia- 2013 – Universidade Cruzeiro do Sul- Disciplina Jogos e Brinquedos
 
A interação do professor na condução da brincadeira e seu envolvimento é um dos passos 
da exploração lúdica
A elaboração dos brinquedos e jogos, assim como o conhecimento da história dos mesmos, 
é fundamental no processo criativo.
13
A elaboração de materiais com objetivos específicos 
proporciona ao futuro professor uma reflexão sobre a 
articulação das diferentes linguagens, para produção de 
materiais que serão utilizados para qualquer público.
Os jogos e brinquedos podem ser desenvolvidos a 
partir de disciplinas distintas, ampliando a exploração 
das metodologias de ensino. Acima, a proposta surgiu do 
conceito de Cartografia, na disciplina de Fundamentos 
Metodológicos de Geografia e História, na qual os alunos da 
graduação em Pedagogia fizeram todo o percurso teórico e 
a seguir o material, com foco na Educação Infantil. Além de 
trabalhar com diferentes linguagens, há a preocupação de 
trabalhar com a deficiência visual, auditiva e síndrome Down. 
O material foi elaborado com materiais que possibilitam 
sentir diferentes texturas e sons, que se relacionam entre si. 
 Outra preocupação foi explorar e ampliar o repertório da 
criança na elaboração do material.
A exploração dos elementos da sintaxe visual na elaboração 
de jogos e brinquedos é também importante, tanto para o 
professor-aluno, quanto para as crianças. A alfabetização 
visual para as crianças com deficiência cria a possibilidade da 
comunicação e expressão além da verbal. 
A elaboração de materiais com os conceitos de Artes, 
produzidos com os mais variados materiais, cria a possibilidade 
de trabalho pela sinestesia. O material pode ser explorado com 
crianças autistas e com superdotação. 
 A construção de jogos concretos amplia a apropriação 
do conhecimento, estabelecendo uma relação dialética. 
Crianças com discalculia, embora não tenham uma 
deficiência, podem ser beneficiadas para regredir no que se 
refere ao distúrbio que possuem.
A elaboração de jogos não se restringe à Educação 
Infantil e ao Ensino Fundamental. No Ensino Superior, 
tem sido um recurso pedagógico muito explorado, visando 
resgatar as dificuldades de aprendizagem, nas mais variadas 
áreas do conhecimento. 
Releitura de obras de arte elaboradas com materiais 
diversos e tamanhos ampliados, apropriadas para trabalhar 
com crianças da Educação Infantil e com crianças com 
deficiência motora.
Curso Pedagogia 2013 – Universidade 
Cruzeiro do Sul - Disciplina Jogos e 
Brinquedos
Curso Pedagogia- 2012 – Universidade 
Cruzeiro do Sul- Disciplina Fundamentos 
Metodológicos de Artes e Música – Obra O 
Beijo, de Romero Brito. 
Curso Pedagogia- 2011 – Universidade 
Cruzeiro do Sul - Disciplina Fundamentos 
Metodológicos de Artes e Música. 
Curso Pedagogia - 2009 – Universidade 
Cruzeiro do Sul - Disciplina Fundamentos 
Metodológicos de Artes e Música e Matemática. 
14
Unidade: O brincar e a criança com deficiência
Material adequado para que essas crianças montem suas 
cenas na Contação de História. 
Linha do tempo explorada por meio de jogos com miniaturas, 
a interação do mundo da criança com a experiência lúdica. 
Possibilidade de narrativa para alunos com problemas de 
verbalização.
Para a aprendizagem da criança, independente de sua 
condição, a linguagem musical é um dos mais completos 
recursos a serem explorados. 
Na unidade IV, tratamos dos brinquedos e jogos mais 
conhecidos que também devem ser trabalhados com as 
crianças com deficiência, como pudemos observar. 
A boneca, a bola, a pipa, as miniaturas, são objetos que fazem 
parte da nossa cultura e do nosso imaginário, porém, devem 
ser adequados a cada criança ou situação, independentemente 
de sua condição econômica, social ou cognitiva.
Curso Pedagogia - 2006 – Universidade 
Cruzeiro do Sul - Disciplina Fundamentos 
Metodológicos de Artes e Música. 
15
Material Complementar
 
 O Oitavo Dia
Le Huitième Jour é um filme belga de 1996, dirigido por Jaco van Dormael. 1997 (Es-
tados Unidos), Direção: Jaco Van Dormael, Duração: 118 minutos.
Georges, com sua síndrome de Down, vive em um mundo distante e ilusório, visto apenas por 
seus olhos, sempre em pensamentos positivos, menos quando alguém rejeita o seu amor. Nesse 
momento, ele entra em crise e fica triste. Sua busca pelo amor é incansável e sua dor pela rejeição 
é tremenda. Essa busca é pelo amor de sua mãe e de várias mulheres que ele encontra no decorrer 
da narrativa, uma em especial, sua colega também com síndrome Down.
O filme retrata muito bem como se podem tirar conclusões precipitadas no decorrer de uma cena 
e a reviravolta que a cena seguinte causa, mostrando o contrário. Um momento de reflexão para o 
público perceber os erros e preconceitos cometidos por essas conclusões. Mostra também como a 
vida pode ser simples e porque nunca se deve desistir.
Depois de assistir ao filme, quais as conexões que você consegue fazer com a Unidade que 
estamos estudando?
Após assistir ao filme e elaborar suas reflexões, participe do fórum de discussões. Discutir com os 
amigos é sempre muito produtivo.
Participe do fórum. Sua opinião é muito importante para nós!
16
Unidade: O brincar e a criança com deficiência
Referências
BOULCH, J. Le. O Desenvolvimento Psicomotor. Do nascimento até os 6 anos. A psicocinética 
na idade pré-escolar. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. 
Parâmetros curriculares Nacionais: Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1997. V.1.
______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. 
Parâmetros curriculares Nacionais – Temas Transversais. Brasília: MEC/SEF, 1997. V. 6.
BROUGERE, G. Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cortez, 2004.
FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 
2010.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 2005.
KISHIMOTO, T. M. O Brincar e suas Teorias. São Paulo: Pioneira, 2002.
LEGARDA, María Del Carmen Ordóñez e MIKETTA, Alfredo Tinajero. Estimulação Precoce. 
Inteligência Emocional e Cognitiva. São Paulo: Grupo Cultural, 2012.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São 
Paulo: Moderna , 2003.
MAZZOTA, M. J. S. Atendimento Educacional aos Portadores de Deficiência; História 
da educação especial no Brasil. In: Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. 
São Paulo: Cortez, 2001.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na Pré-Escola. Coleção: Questões da Nossa Época. São Paulo: 
Cortez, 1995.
REGANHAN, W.G. BRACCIALLI, L.M.P. Percepção dos professores sobre a modificação 
da prática pedagógica para o ensino do aluno deficiente inserido no ensino regular. 
In: MANZINI, E. J. Inclusão do aluno com deficiência na escola: os desafios continuam. Marília: 
Abpee, 2007.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm, acesso em 12/03/13.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2697726/art-59-da-lei-de-diretrizes-e-bases-
lei-9394-96, acesso em 12/03/13. 
17
Anotações
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