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Direito Civil II Obrigações de Dar a Coisa Certa Artigo. 233 Obrigação de dar, de entregar uma prestação; Identificação e especificações; Abrange acessórios ( automóvel por exemplo: sua parte interna) Lembrete!! Negócio Jurídico: um contrato de compra e venda que gera a obrigação de dar, de entregar o bem descrito. Observação: No caso da venda de um automóvel, os acessórios internos, como por exemplo: o som, não será vendido, caso o vendedor especifique que não pretendia vender. Leitura do Artigo Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. Inadimplemento da Obrigação Artigo. 234 Resultará em Perdas e Danos; Culpa do Devedor; Não-cumprimento da obrigação. Observação: em caso de não-culpa do devedor : não cabe Perdas e Danos. Leitura do Artigo Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condiç1ão suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. Deteriorada a Coisa Artigo. 235 Resolver a obrigação: não querer mais. Sem culpa do devedor. O credor terá 2 opções: 1. Não querer mais. 2. Aceitar a coisa, abater o valor que se perdeu. Leitura do Artigo Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. Culpa do Devedor Artigo. 236 O credor terá 2 opções: 1. Exigir o equivalente da obrigação. 2. Aceitar a coisa e ter o direito de reclamar. Observação: nas duas opções ele poderá pedir a Perdas e Danos. Aceitar com prejuízo abatido. Leitura do Artigo Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. Se o Credor não Anuir Artigo. 237 Exemplo: 1. Ocorre a venda de uma fazenda. 2. A estrada onde está localizada é ruim 3. No entanto, ocorre a pavimentação, trazendo melhorias ao local. 4. O imóvel passa a ser mais valorizado. 5. Nesse caso, o devedor pode exigir aumento da prestação. 6. Melhoramentos e acrescidos. 7. Se o credor não anuir (aceitar). 8. O devedor poderá resolver a obrigação (desistir de vender). 9. A coisa até a tradição pertence ao devedor. Leitura do Artigo Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. Restituir Coisa Certa Artigo. 238 Exemplo: 1. O credor aluga o carro por 30 dias. 2. Valor diário do aluguel R$: 100,00. 3. O devedor passa por meio de confronto entre policiais e traficantes. 4. O carro é perfurado por balas. 5. No entanto, foi no 20º (vigésimo) dia do aluguel. 6. O credor tem direitos até o dia da perda. 7. Ele receberá o aluguel pelos 20 dias. 8. O devedor, nesse caso, não tem culpa. 9. O credor recebe até o dia da perda, o valor de R$:2.000,00 Leitura do Artigo Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. Perda por Culpa do Devedor Artigo. 239 Exemplo: 1. Alugou um carro. 2. Andou a 180km/h. 3. Bateu com o carro. 4. Tomou multa. 5. Ele responde, pois é o tomador do empréstimo. 6. Equivalente ao valor do automóvel, mais perdas e danos. 7. Restituição ao estado anterior que o carro estava. Leitura do Artigo Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. Deteriorar sem do Culpa do Devedor Artigo. 240 Observações: 1. O credor recebe no estado que se encontra a coisa. 2. Devedor sem culpa. Importante: Devedor com culpa art. 239 do código civil - responde por perdas e danos. Leitura do Artigo Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239. Melhoramento o acréscimo da coisa Artigo. 241 Exemplo: 1. Credor dono do apartamento (obrigação de dar). 2. Devedor quem alugou o apartamento (obrigação de pagamento). 3. Quem lucra com a melhoria é o dono (credor) 4. Quem alugou o apartamento não paga nada a mais pelas melhorias. 5. O credor desobrigado de indenização. Leitura do Artigo Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. É vedado enriquecimento sem causa Artigo. 242 Dispêndio: gasto, despesa ou consumo. Explicações: 1. Boa fé: cabe reembolso por parte do credor. Desde que esteja no contrato. 2. Má fé: o direito só cabe até a boa fé, ou seja, ao que era necessário. 3. Direito de retenção: se o possuidor fez benfeitorias úteis ou necessárias, poderá não restituir a não ser que seja reembolsado por elas. 4. Voluptuárias: ele terá direito a levanta-las, desde que esteja de boa fé (art.1219) 5. Obras: pisos, piscinas, torneiras, espelhos, portas, jardim, piscina, churrasqueira, garagem. 6. É vedado (proibido) o enriquecimento sem causa. 7. Benfeitorias: úteis e necessárias. A. Úteis: as que aumentam ou facilitam o uso do bem, com permissão do proprietário. B. Necessárias: as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore (urgência). Acerca das benfeitorias feitas na vigência de contrato de locação. Conclusão: é necessário observar quem fará o pagamento da indenização ou retenção, se é o credor ou o devedor, se o possuidor teve boa fé ou má fé ao realizar as benfeitorias, sejam elas úteis, necessárias ou desnecessárias. E qual tipo de indenização será feita, restituição, reembolsou, ressarcimento, indenização, retenção. É importante saber se ele se deteriorou ou foi valorizado, então, tudo depende. Analise com cuidado! Leitura do Artigo Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.
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