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EXMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CRICIÚMA/SC.
 PEDRO DA SILVA, brasileiro, casado, desempregado, inscrito sob o CPF: xxxxxxxxxx, e no RG: xxxxxxx, residente e domiciliado na rua: xxx, n°xx, bairro: xxxx, CEP: xxxxxxx, na cidade de xxxxxx/xx, (sem endereço eletrônico), neste ato representada por sua advogada constituída, ut mandato procuração em anexo; vêm à presença de Vossa Excelência, com fundamentação no artigo 396, caput do cpp, apresentar:
 RESPOSTA Á ACUSAÇÃO conforme as razoes que seguem:
 I - BREVE RESUMO DA EXORDIAL:
 Trata – se de um fato ocorrido no dia 10/11/2016, por volta das 15 hs 11 min, quando o denunciado dirigiu – se até o supermercado compra – compra na cidade de Criciúma/SC, e de lá subtraiu 2kg de carne, 1 kg de arroz e 1 kg de feijão, coisas essas avaliada em R$34,00 (trinta e quatro reais) conforme autos de fls.08. 
 O denunciado nem chegou a sair do supermercado com os produtos e foi surpreendido por um funcionário de local. Assim levado até uma sala reservado e chamado a polícia para que tomasse as providencias cabíveis. Levado a apreensão e prisão do mesmo. Já na delegacia narrou que só fez o furto pois está desempregado e sua família está com fome. Finalizado o interrogatório delegado arbitra a fiança de um salário mínimo, sendo que o mesmo não pagou pois não tem nenhum dinheiro.
 
 II – DA PRELIMINAR:
 Verifica – se que o denunciado agiu em estado de necessidade, devido ver o desespero por estar
 Desempregado e sua família com fome. 
 Assim temos o artigo 24 cp que traz: considera – se em estado de necessidade quem prática o fato para salvar de perigo atual que não provocou por sua vontade.
 O acusado não praticou por sua vontade, e sim por não ter outro modo para trazer o sustento para família.
 Furto este que foi inferior a um salário mínimo, assim ele recai no princípio da insignificância, sendo o valor total de R$34,00 (trinta e quatro reais).
Neste passo fecunda é a jurisprudência recolhida juntos aos tribunais pátrios:
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp 1377789 MG 2013/0127099-0 (STJ) 
Data de publicação: 21/10/2014 
Ementa: PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TENTATIVA DE FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DIMINUTO VALOR. RESTITUIÇÃO À VÍTIMA. PREPONDERÂNCIA SOBRE A REITERAÇÃO DELITIVA. AGRAVO PROVIDO. 1. Sedimentou-se a orientação jurisprudencial no sentido de que a incidência do princípio da insignificância pressupõe a concomitância de quatro vetores: a) mínima ofensividade da conduta do agente; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. 2. A reiteração delitiva tem sido compreendida como obstáculo inicial à tese da insignificância, ressalvada excepcional peculiaridade do caso penal. 3. Em razão da coisa que se tentou furtar (dois cosméticos), seu diminuto valor (R$ 8,38 - oito reais e trinta e oito centavos), com restituição à vítima, estabelecimento comercial, admite-se a insignificância, excepcionando-se a condição de reiteração delitiva do agente. 4. Agravo regimental provido. Recurso especial a que se nega provimento. 
Encontrado em: /10/2014 - 21/10/2014 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - FURTO STJ - HC 237720-SP
Pacifico na doutrina e na jurisprudência, que o furto de pequeno valor (impropriamente classificado como "crime de bagatela", pois, na rea1idade, sequer apresentam-se como ilícito penal) não autoriza a incriminação e muito menos qualquer reprimenda Nesse sentido:
"Principio da insignificância - Furto - Pequeno Valor da coisa furtada - Atipicidade do fato ante a ausência da lesividade ou danosidade social - 'A lei penal jamais deve ser invocada para atuar em casos menores, de pouca ou escassa gravidade. E o princípio da insignificância surge justamente para evitar situações dessa espécie, atuando como instrumento de interpretação restritiva do tipo penal, com o significado sistemático e político-criminal de expressão da regra constitucional do nullum crimen sine lege, que nada mais faz do que revelar a natureza subsidiária e fragmentária do direito penal' (TA CRIM-SP - AC - Rel. Márcio Bártoli - RT 733/579)"
Posto isto, tendo em vista a situação descrita na denúncia e o pequeno valor dos objetos furtados, requer-se a atipicidade da conduta face o reconhecimento do princípio da insignificância, nos termos supramencionados, absolvendo-se sumariamente o réu os termos do artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal.
 III – DO MÉRITO:
 Trata – se de um furto onde não chegou a ser consumado, devido não ter saído do supermercado e já ter sido surpreendido, assim cabe a diminuição de uma 2/3, desclassificando do crime de furto consumado do art. 155, caput do Código Penal, para o furto tentado, art. 155, caput c/c art. 14, II do Código Penal.
IV – DA JUSTIÇA GRATUITA:
Pede – se justiça gratuita conforme o artigo 98 CPC, onde o denunciado não tem nenhuma renda, não possui bens móvel e imóveis.
 III - DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer: 
a) Absolvição sumária do autor face a atipicidade da conduta decorrente do princípio da bagatela.
b) Requer-se a desclassificação do delito de furto consumado para o de furto tentado;
c) Absolvição de todas as provas;
 d) Requer – se ainda a produção de todas as provas adquirida, em especial testemunhal.
 e) Concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/2015
 f) Por fim a ação seja extinta.
 Nestes termos,
 Pede deferimento.
Criciúma, 31 de março de 2017.
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 OAB/xx xxxxx
ROL DE TESTEMUNHAS:
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