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Artigo A Volta do Lúdico

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A VOLTA DO LÚDICO A EDUCAÇÃO INFANTIL.
RESUMO
A importância das brincadeiras, o lúdico, no desenvolvimento emocional, social e afetivo da criança tem sido anunciada por diversos autores, que atestam a sua relevância, já que estimula a criança a aprender de forma motivada e significativa, pois é através dos jogos e brincadeiras, que buscaremos recursos didáticos que fazem falta as aulas de hoje. Crianças são alvoroçadas e não conseguem se concentrar, sentem necessidade de gastar energia, pode ser correndo, brincando, jogando, etecetera. É uma obrigação da escola ceder a oportunidade para que a criança desfrute da oportunidade de desenvolver essas habilidades, quando uma criança se movimenta com prazer, ela estará instigando o seu desenvolvimento, em todos os aspectos, coordenação motora, acuidade mental, integração social e afetividade, além do mais, a inclusão de jogos e brincadeiras aos conteúdos executados em sala de aula, tornará o processo educacional mais agradável, podendo resgatar a Cultura e tradição Folclórica. A criança caracteriza-se essencialmente por sua curiosidade e criatividade, pela atração as descobertas, detêm um grande interesse pelo novo, pelo tangível e pelo intangível. Sendo assim, o processo de aprendizagem na alfabetização e letramento torna-se prazeroso, fácil e dinâmico.�
Palavras-chaves: Lúdico. Alfabetização. Desenvolvimento. Educação Infantil. Brincar
INTRODUÇÃO
Na escola, é primordial, que a criança encontre um ambiente agradável às suas necessidades, sejam elas aprender, socializar ou brincar. Quando elas brincam, elas estão combatendo seus medos, experimentando novas sensações, elas assumem vários papéis, faze, descobertas sobre si mesmas e sobre os outros. 
Observando-se as Fases Iniciais, pôde-se constatar que as atividades desenvolvidas com as crianças, baseiam-se na utilização das cartilhas, leitura de textos, separação silábica e exercícios de memorização, não desenvolvem a parte social nos conteúdos trabalhados, desconsiderando a relevância das atividades lúdicas no processo de aprendizagem. Notou-se, então, que toda essa situação acabava interferindo nas atividades apresentadas às crianças e consequentemente em seu desenvolvimento no processo de alfabetização e letramento.
Sendo assim, é fundamental compreender a importância da inserção e utilização de jogos e brincadeiras na prática pedagógica. Nessa compreensão, destaco que brincar é intrínseco ao ser humano e estabelecer uma relação entre brincar e aprender pode tornar o processo de aprendizagem prazeroso e ao mesmo tempo enriquecedor para uma criança. Por meio da participação em jogos e brincadeiras, o aluno interage e socializa, integrando-se com os outros. 
É através das brincadeiras que as crianças desvendam o seu mundo, sozinhas ou em grupos, elas fazem descobertas, elas vivenciam as experiências. A base das brincadeiras é o movimento, o ritmo. A presença de objetos nas brincadeiras, vai aumentando a medida em que elas envelhecem, analisando bem, constatamos que, para as crianças, os dois recursos são importantes; O Brincar e o Brinquedo. Cabe ao professor criar um ambiente que reúna elementos motivadores em que a criança sinta prazer na realização das atividades. Através da mediação pautada numa acolhedora relação professor-aluno, de um planejamento adequado na organização do trabalho pedagógico, teremos uma aprendizagem significativa para os alunos.
A alfabetização tem sido o centro de muitos debates no mundo, isto porque apesar do reconhecimento desse direito cidadão e das muitas medidas que vêm sendo tomadas para garanti-lo, ainda existem elevados índices de evasão e repetência escolar. A aprendizagem lúdica vem batalhando seu espaço. Os jogos e as brincadeiras são a essência da criança, e utilizá-los como ferramentas no cotidiano escolar possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento da criança. Portanto, temos a necessidade de perceber a escola como um espaço para os alunos vivenciarem a ludicidade como meio para evoluírem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa.
Grandes teóricos como: Bettellheim, Froebel, Kishimoto, OLIVEIRA, Piaget e Vygotsky, confirmam a importância do lúdico para a educação da criança. Os jogos, que por muito tempo, integraram a didática de grandes educadores, hoje, surgem como obrigatoriedade absoluta e indispensável no processo educativo. Não será abordado o brincar por brincar e sim o brincar sob uma perspectiva pedagógica. Almeida (1978) afirma que “os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo”. Também, será analisado de que forma o professor deve planejar uma prática pedagógica, que intensifique e facilite a inclusão do jogo e a brincadeira na escola, levando em consideração o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, os quais estão fortemente interligados.
As práticas pedagógicas são culturais, históricas e florescem em função das necessidades sociais emergentes e do acervo de conhecimento disponível, acervo esse que permite a elaboração de uma nova teoria, capaz de justificar a nova prática necessária. Assim também aconteceu e acontecerá com a alfabetização. Seu entendimento sofreu transformações significativas ao longo do tempo, implicando em novas pesquisas, metodologias e redimensionamentos. Destacamos que, para o profissional da área de educação, a percepção sobre os jogos e as brincadeiras é de suma importância, pois implica uma ponderação sobre o real valor dessas ferramentas como mediadoras da aprendizagem lúdica. Além disso, os jogos e as brincadeiras contribuem em muito para a formação do eu crítico, pensante, solidário, cooperativo, com iniciativa, participativo e responsável pela iniciativa pessoal e grupal. Examinando a temática por esse prisma, é notório que precisamos entender a relevância da utilização dos jogos e brincadeiras na prática pedagógica, perceber que a escola precisa abrir um espaço para que alunos vivenciem a ludicidade como meio para desenvolverem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa na alfabetização.
OS PENSADORES
Fundamentando-se em estudos realizados, entendo que as brincadeiras pode ser uma formula transformadora que auxiliará a ação Lúdica nas Escolas. Se acreditarmos que as crianças são criativas, imaginativos, podemos tornar possível em impossível, utilizando uma linguagem universal, as Brincadeiras.
Lev Vygotsky
Segundo Aranha (2002), para Vygotsky, a brincadeira, o jogo, são atividades especificas da infância, nas quais as crianças recriam a realidade. É uma atividade social. Ele fala, também, sobre ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal, que é a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver um problema independentemente, e o nível Potencial, resolução do problema sob orientação. O professor é quem tem a noção desta Zona Proximal, pois está interligada a capacidade da criança, e as brincadeiras oferecidas devem respeitar a ZDP e estimular.
	Vygotsky classifica o brincar em 3 fases:
Primeira Fase: Começa a falar, andar e a movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio de um adulto.
Segunda Fase: Se caracteriza pela imitação, a criança copia o Adulto.
Terceira Fase: Se caracteriza pelas convenções que surgem através das regras e normas a elas associadas.
	Vygotsky (1991) afirma que, é enorme a influência do Brinquedo no desenvolvimento da Criança. É no brinquedo e no jogo que a criança aprende a agir. 
Para ele, a aprendizagem é um processo social e, por isso, deve ser mediada. Nessa concepção, o papel da escola é orientar o trabalho educativo para estágios de desenvolvimento ainda não alcançados pelo aluno, impulsionando novos conhecimentos e novas conquistas a partir do que já sabe, constituindo uma ação colaborativa entre oeducador e o aluno. Vygotsky sempre buscou compreender a origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos ao longo da história da espécie humana, levando sempre em conta a individualidade de cada sujeito, o qual está imerso no meio cultural que o define. Para ele, o homem constitui-se enquanto ser social e necessita do outro para desenvolver-se. Vygotsky, ao longo de sua obra, discute aspectos da infância, destacando-se suas contribuições acerca do papel que o brinquedo desempenha, fazendo referência a sua capacidade de estruturar o funcionamento psíquico da criança.
Henry Wallon
Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Graduou-se em Medicina e Psicologia. Também cursou Filosofia. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), atuou como médico, ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos.
Em 1925, criou um Laboratório de Psicologia Biológica da criança. Quatro anos mais tarde, tornou-se Professor da Universidade Sorbonne e Vice-Presidente do Grupo Francês de Educação Nova - instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele País e da qual foi presidente de 1946 até morrer, também em Paris, em 1962. Durante toda a sua vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças.
Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém, essa ideia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon. Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Militante apaixonado, o médico, psicólogo e filósofo francês mostrou que as crianças têm também corpo e emoções (e não apenas cabeça) na sala de aula. Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças.
Em sua concepção, o termo infantil significa lúdico, pois toda a atividade da criança é lúdica quando exercida por ela mesma. O Brincar é uma forma livre e pessoal. Ele destaca o caráter emocional em que os jogos se desenvolvem, interessando-se pelas reações Sociais infantis. Há um grande valor educacional nas Brincadeiras e jogos em grupos. Em contrapartida, ele afirma que a família e muitos educadores não permitem que a criança evolua sozinha, não deixando que ela faça sozinha coisas que é capaz como: comer, vestir-se, escovar os dentes, etc. A Liberdade, a ficção e fantasias mantêm grandes afinidades nas brincadeiras.
Jean Paiget
.
Jean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança. Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética - isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
“ O jogo é, portanto, sob suas duas formas essências de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a está seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que forneça às crianças um material conveniente, a fim de que jogando, elas cheguem a assimilar às realidades intelectuais, que, sem isso, permanecem exteriores a inteligência infantil” 
Piaget, 1973 p. 160
Para ele, tanto a brincadeira como o jogo são essenciais ao processo de aprendizagem, se tornando indispensáveis à pratica educativa, pois contribuem para o desenvolvimento intelectual. Dessa forma, ao se lançar uma nova atividade desconhecida, a criança entrará em conflito, mas logo tomará conhecimento e compreenderá melhor as ideias. 	Ele acredita que a atividade lúdica é essencial na Vida da Criança, pois constitui em expressão e condição para o desenvolvimento infantil. As ideias de Piaget estão presentes em diversos colégios do mundo todo. Suas teorias buscam implantar nos espaços de aprendizagem uma metodologia inovadora que busca formar cidadãos criativos e críticos. De acordo com suas teorias, o professor não deve apenas ensinar, mas sim e antes de tudo, orientar os educandos no caminho da aprendizagem autônoma.
BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO.
Esses três são essências para o desenvolvimento da Criança, sabendo disso, vamos ver os conceitos de cada um:
Brinquedo:
Portanto, o brinquedo pode ser estruturado ou não, depende da imaginação das crianças. De acordo com a autora KISHIMOTO (1994) o brinquedo é representado como um "objeto suporte da brincadeira", ou seja, brinquedo aqui estará concebido por objetos como piões, bonecas, carrinhos etc. Os brinquedos podem ser considerados: estruturados e não estruturados. São designados de brinquedos estruturados aqueles que já são adquiridos prontos, é o caso dos exemplos acima. 
Os brinquedos não estruturados não são provenientes de indústrias, assim são simples objetos como paus ou pedras, que nas mãos das crianças adquirem novo significado, podendo transformar-se em um brinquedo. A pedra se transforma em comidinha e o pau se transforma em cavalinho. Desse modo, os brinquedos podem ser estruturados ou não estruturados dependendo de sua origem ou da alteração criativa da criança sobre o objeto. 
O brinquedo é um convite à brincadeira. Mais: ele é responsável por torná-la mais rica, proveitosa e prazerosa. "O brinquedo funciona como uma ponte entre aquilo que é desconhecido para o que é conhecido", explica a terapeuta ocupacional Teresa Ruas. Com pecinhas de encaixar, por exemplo, um bebê descobre que é capaz de empilhar objetos, um verdadeiro feito para quem tem só alguns meses de vida. Ao participar de um jogo, cuidar de uma boneca ou levar o carro ao postinho de gasolina, os pequenos tornam-se protagonistas daquilo que os espera na vida madura. Ou seja, o brinquedo é muito mais do que um entretenimento, é uma oportunidade de desenvolvimento.
BRINCADEIRA
A criança é um ser em desenvolvimento e sua brincadeira vai se estruturando com base no que é capaz de fazer em cada momento, ou seja, ela aos seis meses e aos três anos de idade tem possibilidades diferentes de expressão, comunicação e relacionamento com o ambiente sociocultural no qual se encontra inserida.
Ao longo do desenvolvimento as crianças vão construindo novas e diferentes habilidades, no contexto das práticas sociais, que irão lhes permitir compreender e atuar de forma mais ampla no mundo. A brincadeira das crianças evolui mais nos seis primeiros anos de vida do que em qualquer outra fase do desenvolvimento humano.
A partir da brincadeira, a criança constrói sua experiência de se relacionar com o mundo de maneira ativa, vivencia experiências de tomadas de decisões. Em um jogo qualquer, ela pode optar por brincar ou não, o que é característica importante da brincadeira, pois oportuniza o desenvolvimento da autonomia, criatividade e responsabilidade quanto a suas próprias ações. A brincadeira já se descreve por alguma organização e também pela utilização de regras, exemplo; brincar de casinha, de ladrão e polícia. Na brincadeira, pode tanto brincar coletivamente como sozinho. As existências de regras nas Brincadeiras não são limitadoras, pois as crianças podem modifica-las a qualquer hora, pois existe maior liberdade deação.
A brincadeira já se descreve por alguma organização e também pela utilização de regras, exemplo; brincar de casinha, de ladrão e polícia. Na brincadeira, pode tanto brincar coletivamente como sozinho. As existências de regras nas Brincadeiras não são limitadoras, pois as crianças podem modifica-las a qualquer hora, pois existe maior liberdade de ação.
	A criança aprende muito quando está brincando, e través das brincadeiras, de seus movimentos, da sua interação com os objetos e com outras crianças. É através dos jogos, brincadeiras e atividades lúdicas que as crianças desenvolvem os conceitos básicos do dia-a-dia. Ela aprende a se socializar, a se conhecer, a ter uma autonomia e identidade. Enquanto joga ou brinca, a criança compreende, encena e reinventa a sua realidade. Utilizando regras de comportamentos sociais construídos e transmitidos. Resgatando o aspecto lúdico, a Escola está contribuindo com a liberdade expressão e criação, estas tão fundamentais para a formação de um cidadão crítico.
Através do brincar a criança interage com o meio, conhecendo-o e manifestando sua criatividade, inteligência, habilidade e imaginação. Esses aspectos manifestos pela criança durante a brincadeira, além de serem necessários para um bom desenvolvimento, a conduz durante toda a vida. Sendo assim, a brincadeira deve ser vivenciada da melhor forma possível. O brincar é uma experiência que possibilita à criança demonstrar sua personalidade, uma vez que são manifestas ação e imaginação, é despertada também para conseguir seus objetivos.
O JOGO
O Jogo é uma atividade física ou mental baseada em um sistema de regras que definem a perda ou o ganho. A caraterística principal são as regras, neste caso, o caráter livre da brincadeira se destoa. No entanto, apesar das regras o jogo é uma atividade prazerosa.
A compreensão de jogo está associada tanto ao objeto, que é o brinquedo quanto a brincadeira. É uma atividade mais estruturada e organizada, há regras explicitas. Exemplo: Jogos de Tabuleiros, de Faz de Conta, de Construção, etc. Outra característica muito importante do jogo, é que este pode ser utilizado tanto por crianças quanto por adultos, enquanto que o brinquedo é associado ao mundo infantil. 
A compreensão de jogo está associada tanto ao objeto, que é o brinquedo quanto a brincadeira. É uma atividade mais estruturada e organizada, há regras explicitas. Exemplo: Jogos de Tabuleiros, de Faz de Conta, de Construção, etc. Outra característica muito importante do jogo, é que este pode ser utilizado tanto por crianças quanto por adultos, enquanto que o brinquedo é associado ao mundo infantil. 
O jogo é uma atividade recreativa que os seres humanos utilizam com o objetivo de distração e desfrute para a mente e o corpo, ainda que, nos últimos tempos, os jogos também têm sido utilizados como uma das principais ferramentas a serviço da educação. Para muitos o jogo pode ser algo sem importância ou até mesmo algo trivial, como uma atividade que uma criança pratica para pássaro tempo e consumir algumas energias. No entanto, através de muitas investigações a respeito, pode-se dizer que o jogo é algo de destacada importância. O jogo é algo que ensina e o jogo contribui para o desenvolvimento eclético das pessoas.
O jogo é uma espécie de atividade que é exercida com liberdade entre os seus praticantes, é de caráter incerto e quase sempre improdutivo, somente sendo produtivo nos casos em que os que praticam o jogo são beneficiados com algum tipo de recompensa, ou seja, quando ganham mais do que investem. 
O jogo é o mais competente meio desenvolvedor das inteligências, permitindo que a criança execute tudo o que quiser. O jogo permite que a criança, ou até mesmo um adulto, se transforme em qualquer personagem. Nas dramatizações, ela pode viver papeis diferentes. Socialmente, o jogo impõe o controle dos impulsos, aceitação das regras, sem alienação. Brincando, a criança se envolve com a Fantasia e constrói atalhos entre o Real e o Imaginário. O jogo absorve a criança, estabelece limites próprios de tempo e de espaço, criando ordem e equilibrando o ritmo e harmonia. 
A essência da Brincadeira é a possibilidade que a criança tem de evidenciar maneiras simbólicas, as motivações, as intenções, criando novas relações entre situações, preenchendo suas necessidades. Através do brincar, a criança tem capacidade de criar, imaginar, cooperar, a ter autoestima, e assim acreditar mais em si mesma, se transformando numa pessoa plena. O desenvolvimento da inteligência Humana não termina com o crescimento da criança, ela se expande por toda a Vida. Ela pode ser acentuada com estímulos.
O VALOR DAS BRINCADEIRAS
Brincar não significa perder tempo, como também, não é uma forma de passar o tempo, é uma maneira de interagir a criança e um objeto, o brinquedo, com o meio que ela se encontra, apesar que muitas brincadeiras não necessita de um objeto. A brincadeira faz parte do mundo da criança, é nesse momento que ela vivência, organiza-se, elabora regras para si e para o grupo. Com as brincadeiras, ela interage com o mundo a sua volta.
	É muito errado ver os brinquedos, brincadeiras ou jogos só como recreação e não como ensinamento. Precisa-se entender que esses conceitos estão ultrapassados, sem fundamento, pois é através de ações do fazer, pensar, brincar que o ser humano constrói seu conhecimento, desenvolvendo seu emocional. A medida que a criança cresce fisicamente, as brincadeiras também evoluem, tornando-se mais desafiadoras, fazendo com que a criança se socialize com outras, numa coexistência mutua de aprendizado. Elas aprendem a compartilhar, a respeitar, a dividir tarefas para chegarem a um objetivo. Ela descobre o Mundo. Brincadeiras abordam o desenvolvimento, a Socialização e a aprendizagem. 	Assim, o brinquedo traduz o real para a realidade infantil, logo, com a brincadeira, a inteligência e sua sensibilidade estão se desenvolvendo. A presença de atividades lúdicas na prática educativa vincula-se de forma espontânea e controlada, em que ambas são educativas. O caráter educativo do brincar deve ser visto como uma atividade formativa, que possibilite o desenvolvimento integral da criança, quer seja, na sua capacidade física, intelectual e moral, como também a constituição da individualidade, a formação do caráter e da personalidade de cada um.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:
“Quando utilizam a linguagem do faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens. Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência, assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos, das emoções e das construções humanas. Isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre individual e depende dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações de interação social. Por meio da repetição de determinadas ações imaginadas que se baseiam nas polaridades presença/ausência, bom/mau, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora, grande/pequeno, feio/bonito etc., as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e sentimentos, desenvolvendo um sentido próprio de moral e de justiça. (1998, vol.2, p.23) ”
Com o Brincar, a criança aprende o que mais ninguém lhe pode ensinar. É dessa forma que ela se estrutura e conhece a realidade. Além de conhecer o mundo, ela também está se conhecendo. Ela descobre, compreende o papel dos adultos, aprende a comportar-se e a sentir-se como eles.
É através da atividade lúdica que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se nele, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser social
METODOLOGIA
A pesquisa apresentou o quantoé importante e relevante à aplicação de métodos lúdicos em sala de aula, porém os métodos devem contar com metas bem definidas e delimitadas. Através dos jogos e das brincadeiras a criança faz do mundo da fantasia um palco, no qual a mesma encena fatos e atitudes que fazem parte da sua realidade diariamente, sendo assim consegue transformar problemas encontrados em sua vida em momentos de alegria e diversão. Nas pesquisas realizadas, observou-se que um dos principais motivos do lúdico não fazer parte do cotidiano das crianças no material analisado foi a falta de formação e capacitação dos professores.
As crianças de hoje não sabem brincar de pula-corda, elástico, pega-pega. Isso ficou no passado, hoje elas têm televisões, computadores, vídeo games e mais. Tudo bem que isso depende muito do lugar em que ela vive, pois, o mundo de hoje não contribui para que as crianças possam expor suas ideias. Antigamente, todas as crianças podiam brincar na rua, nos quintais das casas, subir em árvores. Hoje em dia as crianças ficam presas em apartamentos, casas, escolas integrais. Elas não têm liberdade.
O MEC (Ministério de Educação e Cultura) propõe uma mudança no currículo que norteia o trabalho dos professores, na nova proposta, os conteúdos serão aplicados de forma mais lúdica, valorizando as características de cada criança. O Ministério de Educação recomenda ainda jogos, danças, contos e brincadeiras espontâneas que sejam usados como instrumentos pedagógicos, respeitando o desenvolvimento cognitivo da criança (BRASIL, 2007). Pasqualini (2006, p.34) aponta como problema a falta de clareza de uma proposta pedagógica: 
“Não há ainda clareza acerca do conteúdo pedagógico pertinente a esta nova série do Ensino Fundamental. Ela passa a compor os “Anos Iniciais” ou o primeiro ciclo do segmento; no entanto, parece despontar a tendência de constituição de uma espécie de „pré-ciclo‟: em Curitiba, por exemplo, a nova série vem sendo chamada de „Etapa Inicial‟; em outros municípios, de „Classe de Alfabetização‟ ou mesmo de „Sala de 6 anos‟. Se já não havia suficiente entendimento da natureza do trabalho a ser realizado na Educação Infantil, tal medida vem certamente confundir ainda mais o professor”.
Através deste estudo, posso concluir que, para as crianças em todos os momentos, o brincar fica presente, elas aprendem assimilar emoções e sensações, controlar impulso, dominar o medo e as angustias conhecer o seu eu, compreender o meio e estabelecer contatos sociais, satisfazer desejos, desenvolver a criatividade, habilidades e conhecimentos. Enquanto brinca, ela está exercitando sua capacidade de se concentrar, de criar, organizar e permanecer sempre em atividade.
Toda a criança precisa brincar. Brincar é essencial para o seu desenvolvimento, pode ser brincando sozinha, com outras crianças ou com seus familiares, todas as brincadeiras são validas. Brincar é aprender. É viver! 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A criança aprende enquanto brinca, de alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas.  Assim, a criança cria, com os jogos e as brincadeiras, uma relação natural e consegue demonstrar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é através da brincadeira que a criança se envolve no jogo e aprende a partilhar com o outro, se conhece e conhece o outro. Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam, são indispensáveis como mecanismo para fortalecer a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor aprendizagem.
Brincando e jogando a criança terá chance de desenvolver capacidades relevantes a sua atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de concentrar-se, dentre outras habilidades. Nessa perspectiva, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir significamente para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas do aluno. Portanto, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.
Conclui-se que o aspecto lúdico voltado para as crianças facilita a aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, desenvolve o indivíduo como um todo, sendo assim, a educação infantil deve considerar o lúdico como parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança.
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, C. Inteligências e competências. São Paulo: Ciranda Cultural, 2008. 
ARANÃO, I. D. A Matemática Através de Brincadeiras e Jogos. 5. ed. Campinas: Papirus, 2004 
ARIÉS, P. História social da criança e da família. Tradução de Dora Flaksman. 2. ed. Rio De Janeiro: Ltc, 2011. 196 p. 
BARBOSA, R. L. L, Froebel e a concepção de jogo infantil, Revista da Faculdade de Educação, nº1, 1996, p.145-68. 
BERGAMO, Giuliana; Qual a importância dos Brinquedos?; http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/importancia-brinquedos-745329.shtml, acessado em 20/09/2016. 
BRAGADA, José (s/d) Jogos Tradicionais e o Desenvolvimento. Editora: Formação
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: documento introdutório. Brasília, 1998.
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DEWEY, J. Como pensamos, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1952.
DUTRA, Lenice Ramos; A Utilização do Lúdico como ferramenta Pedagógica para a Alfabetização e Letramento; http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/utilizacao-ludico-como-ferramenta-pedagogica-para-alfabetizacao-letramento.htm acessado em 15/09/2016.
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GHIRALDELLI JR, Paulo (2000) História da Educação. 2ª Edição. Editora: Cortez. 
KAMII, Constance (2003) Teoria de Piaget e a Educação Pré-Escolar. Coleções Horizontes Pedagógicos. Editora: Piaget
KISHIMOTO, T. M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis: RJ:Vozes, 1993. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
LEAL, T. F.; ALBUQUERQUE, E. B; LEITE, T. M. R. Jogos: alternativas didáticas para brincar alfabetizando (ou alfabetizar brincando?). In: MORAIS, A. G. et al.(Orgs.) Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
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Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.
SANTOS, Fernando Tadeu; Henry Wallon; http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/henri-wallon-307886.shtml Acessado em 25/09/2016.
VYGOTSKY. L. S. A formação social a mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ANEXOS
Segue algumas brincadeiras retiradas do site http://jogos-regras-movimentos.blogspot.com.br/2014/06/brincadeiras-de-ate-d.html.
Essas brincadeiras podem ser usadas tanto como apoio como com exemplo.
Adoleta: Várias pessoas formam umaroda. Juntam-se as mãos e vão batendo na mão de cada membro conforme vai passando a música. Bate na mão de sílaba em sílaba, fala uma sílaba e bate na mão do companheiro do lado, fala outra sílaba e o companheiro bate na mão da outra pessoa. Assim por diante. A música vai terminar no “eu”. Quando terminar, a pessoa que recebeu o tapa na mão por último terá que pisar no pé de alguém (cada pessoa do jogo só poderá dar um passo na hora que terminar a música). Se ela conseguir, a pessoa em quem ela pisou é eliminada. Se não conseguir, sai. A música é assim:
Adoleta
le peti petecolá,
les café com chocolá.
Adoleta
Puxa o rabo do tatu,
quem saiu foi tu,
puxa o rabo da panela,
quem saiu foi ela,
puxa o rabo do pneu,
quem saiu fui eu
 
Amarelinha: Essa brincadeira tão tradicional entre as crianças brasileiras também é chamada de maré, sapata, avião, academia, macaca etc. A amarelinha tradicional é desenhada no chão com giz e tem o formato de uma cruz, com um semicírculo em uma das pontas, onde está a palavra céu, lua ou cabeça. Depois vem a casa do inferno (ou pescoço) e a área de descanso, chamada de braços (ou asas), onde é permitido equilibrar-se sobre os dois pés. Por último, a área do corpo (ou quadrado).
Alerta: O jogador pega a bola, joga ela para cima e grita o nome de uma pessoa. A pessoa que teve seu nome citado deve pegar a bola e gritar “Alerta!”. Imediatamente, todos devem ficar estátuas. O jogador dá 3 passos e, parado, deverá tentar acertar com a bola na pessoa que tiver mais próxima. Se acertar, a pessoa atingida sai da brincadeira. Se errar, ele é quem sai. É uma espécie de queimada parada.
Arranca-Rabo: O grupo é dividido em dois, os integrantes de um dos times penduram um pedaço de fita na parte de trás da calça ou bermuda, eles serão fugitivos. Ao sinal do mestre, os fugitivos correm tentando impedir que as crianças do time adversário peguem suas fitas, quando todos os rabos forem arrancados, as equipes trocam os papéis, quem era pegador vira fugitivo.
Arremesso de Bambolê: Tipo arremesso de argolas, mas com bambolê. Uma pessoa será a vítima e ficará a 5 metros dos jogadores. Faz 1 ponto quem conseguir encaixar o bambolê na pessoa primeiro. Ganha quem tiver mais pontos.
Balança: Dois mestres pegam alguém pelas pernas e braços e começam a balançar seu corpo para lá e para cá. Uma variação é fazer isso com mais pessoas, ou seja, os balançados seguram um no braço do outro. É divertidíssimo!
Bambá: Jogo próprio de campo, executado com quatro metades de caroços de pêssegos, (ou algumas rodelas de casca de laranja). Sabugos inteiros e cortados servem de parelheiros. Traçam na terra riscos em forma de escada com os primeiros elementos jogados sobre os riscos. Tiram os pontos conforme estes avançam os parelheiros. O parelheiro de quem fizer mais pontos é ganhador.
Bambolê de Guerra: Jogam uma dupla de cada equipe. As duplas entrarão em um bambolê e ficarão de costas para a outra, pois correrão de frente. Serão feitos dois riscos, cada um a exatos 2 metros de cada lado do bambolê. O Objetivo é correr e fazer força para ultrapassar a linha, mas será difícil, pois a outra dupla irá fazer o mesmo. A dupla que conseguir ultrapassar o risco, vence.
Bandeirinha arreou: Jogam dois grupos, cada um com seu campo e sua bandeirinha. No fundo de cada campo, coloque a “bandeira” do time, que pode ser qualquer objeto. O jogo começa quando alguém diz “bandeirinha arreou”. O Objetivo é roubar a bandeira do time adversário e trazer para o seu campo. Mas o jogador que entrar no campo do time adversário e for tocado por alguém fica preso no lugar. Só pode sair se for “salvo” por alguém do seu próprio time. Ganha o time que capturar a bandeira adversária mais vezes.
Batatinha: Em fileira, uma criança, o batatinha, coloca-se de costas para a fileira e atrás da raia, à distância de três metros mais ou menos. O batatinha, atrás da raia, grita: Batatinha frita com arroz ou Batatinha, um dois, três. É o momento em que os da fileira aproveitam a oportunidade para avançar rumo à raia, através de pulos. Após dizer a frase, o batatinha volta-se para o grupo. O que for apanhado em movimento deve retornar a ponto de partida, ou passar para o lado da raia e esperar que termine a brincadeira. Ganha o que conseguir atingir a raia, através de pulos, sem ser percebido pelo batatinha.
Bate e corre: Os participantes formam uma roda e um jogador iniciará a brincadeira. Ao sinal de início, o jogador separado põe-se a correr em volta da roda, devendo bater inesperadamente no ombro de um colega. Este sai no seu encalço, enquanto o outro continua a correr em torno da roda para tentar ocupar o lugar, agora vago no círculo, antes de ser apanhado. Se conseguir, o corredor desafiado reinicia a brincadeira indo tocar outro. No caso contrário, o alcançado vai para o centro da roda. Lá fica até outro cometer erro semelhante ao seu, trocando de lugar com ele.
Bate figurinha: Os meninos reúnem as figurinhas dos álbuns que são repetidas, fazem um montinho e batem a mão sobre elas, as que virarem ao contrário é ganha por quem bateu a mão. O jogo é feito de comum acordo entre todos, e só vale bater figurinhas repetidas para que ninguém saia no prejuízo.
Bilboquê / Bibloqué / Bibloqué: Este jogo consiste na habilidade de enfiar a carapuça do bilboquê no fuso (bastonete). Consta de duas partes: na primeira, cada criança vai jogando o bilboquê, contando até dez ou vinte, conforme combinação do grupo. Cada vez que um jogador acerta, marca ponto. Na segunda parte, iniciam as provas, selecionadas entre os participantes. Cada prova é também contada, de acordo com o número de vezes que o jogador acerta. Quem erra cede o lugar a outro participante, e fica aguardando sua vez para a próxima rodada. Provas: Bilboquê com floreiro: consiste em lançar a carapuça para um outro lado, fazendo evoluções, com um desenho no ar, e, depois, impulsionar a carapuça para o meio, procurando enfiá-la no bastonete. Carambola ou regalito: consiste em partido de carambola enfiada no fuso, impulsioná-la para cima com a mão direita, enquanto o barbante é seguro pela mão esquerda, auxiliando a evolução. Em seguida, o jogador procura aparar a carapuça com o fuso. Floreiro com carambola: consiste na mesma habilidade descrita anteriormente, porém a carapuça deve fazer um giro no ar, antes de ser, enfiada no fuso. Floreiro com fuso: consiste em segurar a carapuça e movimentar a linha, para que o fuso entre no orifício. É semelhante ao floreiro com carambola, mas ao revés.
Bobinho: É uma brincadeira de bola. Os jogadores vão jogando a bola um para o outro, e o objetivo do bobinho é roubar a bola. Se conseguir, quem chutou a bola pela última vez será o novo bobinho. Pode ser brincado com os pés ou com as mãos. 
Boca de Forno: Brincam um mestre e os demais participantes. O diálogo é assim:
MESTRE: Boca de forno
DEMAIS: Forno é
MESTRE: Vão fazer tudo que o mestre mandar?
DEMAIS: Vamos!
MESTRE: E se não fizer?
DEMAIS: Leva bolo
Aí, o mestre manda os participantes buscarem algo. Quem trouxer primeiro, será o novo mestre, os demais, levarão palmadas. E assim por diante.
Boco: Traça-se uma raia e três ou quatro passos de distância escava-se, no chão, um pequeno buraco, em forma de pocinho, que, em muitos grupos, denomina-se imba ou boco . O objetivo do jogo é colocar a bolinha de gude no boco . A saída dos jogadores é feita da raia em sua direção (os jogadores colocam-se atrás da raia). Ao iniciar o jogo, todos atiram a bolinha de gude para o boco. Aquele que chegar mais próximo será o primeiro a boca. Quem jogar e não boca deixará a bolinha de gude na altura em que está parou. O próximo jogador terá direito a azular a bolinha de gude, tantas vezes quantas forem necessárias para aproximá-la do boco. Se tentar azular e errar, ele deverá aguardar outra oportunidade. Quem consegue bocar da raia, tem boco e faz ponto. Como dizem as crianças: Bocô, ganhô. Variante: Em alguns grupos Lúdicos, a bolinha de gude que não consegue ir ao bocôfica à mercê das nicadas dos outros jogadores. A joga através de nica pode aproximar-se do imba, sem sofrer nica.
Bola na parede: Jogo de duplas. De cada vez, um participante joga a bola contra a parede. Nisso, o adversário tem que pegar a bola e fazer o mesmo até que alguém não consiga pegar. Esse alguém é eliminado e quem ficou no jogo escolhe um novo rival. Ganha o vencedor da última dupla.
Boliche Cego: Jogam um participante de cada equipe. É um boliche comum, mas os participantes jogam de olhos vendados. O objetivo do jogo é derrubar o último pino, não importando quantos lançamentos foram, uma vez que quando um erra, é a vez do outro. Quem conseguir, vence.
Bolinha de gude: Bolinhas coloridas e feitas de vidro, são jogadas num círculo feito no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do adversário e tirá-la de dentro do círculo para ganhar pontos ou a própria bola do colega.
Bolinhas de sabão: É muito fácil fazer a alegria da criançada comprando os kits de bolha de sabão. Mas aqui via uma dica para se fazer essa brincadeira de forma bem tradicional. Adquire-se um talo de mamoeiro e corta-se tirando a folha e a parte mais grossa. Faz-se em um copo espuma de sabão, mergulha-se o canudo e me seguida sopra-se bem de leve fazendo-se as bolas que serão soltas no ar.
Botão: Jogo que consiste em uma tábua (onde são desenhadas linhas de futebol de campo); fichas (representado os jogadores); um botão pequeno (bola); uma palheta (pequena ficha). Os jogadores são representados pelas fichas. A impulsão destes, sob a bola, é feita pelos competidores com auxílio da palheta. As regras do jogo assemelham-se ao futebol de campo. Quando o competidor, imprimindo a palheta sobre o botão-jogador, não conseguir atingir a goleira, a jogada passará ao seu adversário. Apenas dois elementos podem jogar. Um terceiro faz papel de juiz. Estabelece-se um tempo de jogo, ao término do qual será vencedor quem obtiver maior número de gols. Este jogo pode ser obtido em lojas de brinquedos que já possuem os kits com as fichas com logomarcas de times, as goleiras, a bola e a palheta.
Carica: Jogo de duplas. Em um espaço amplo, são desenhados no chão vários círculos, distanciados um do outro em, pelo menos, 2 metros. Cada jogador terá um pedaço de papel amassado e achatado (carica) e, um de cada vez, deverá acertar a carica dentro do círculo. Se acertar, o jogador pode ultrapassar um círculo, ou seja, a distância é sempre igual (2 metros). Se errar, ou se a carica sair do círculo, ele volta para o início e fará tudo de novo. Ganha quem atingir o último círculo primeiro.
Carneirinho / Carneirão: Brincadeira de roda, onde as crianças cantam em ciranda
Carneirinho, carneirão, neirão, neirão,
Olhai pro chão, pro chão, pro chão. 
(Toda a roda obedecendo olha para o céu e para o chão)
Manda ao rei de Portugal Para nós nos sentarmos. 
(Todos se levantam, e, sempre de mãos dadas, girando cantam o estribilho)
Para nós nos ajoelharmos (Todos ajoelham e ajoelhados cantam o estribilho) ou
Para nós nos deitarmos (Todos se deitam e deitados, bem espichados de costas no chão, com os pés para o centro da roda, cantam o estribilho)
Para nós nos levantarmos (Na palavra levantarmos, do último verso, duas crianças, levantam-se, e, com ambos os braços bem estendidos, dão as mãos aos que estão deitados e vão se erguendo, um a um. Os que, ao serem erguidos, se conservam, são valentes; os que se dobram, são os mais fracos. A este a vaia dos valentes, e nessa, a conclusão do brinquedo)
Carrinho de mão: Trace duas linhas no chão, uma de largada e outra de chegada. Os participantes dividem-se em pares e se colocam atrás da linha de largada. Todos contam até três e um corredor de cada dupla se abaixa, estica as pernas para trás e apoia as mãos no chão. O outro corredor levanta as pernas do parceiro e as duplas começam a correr, um com os pés e o outro com as mãos. Quem cair volta à posição de largada. Vence quem chegar à linha de chegada primeiro.
Cata-vento: Imitação dos aparelhos meteorológicos destinados a determinar a velocidade e direção dos vetos. Geralmente feito de papelão ou cartolina e presos por um alfinete ou pequeno prego à ponta de uma vara que lhe serve de cabo.
Cama-de-gato: A cama-de-gato é uma brincadeira com barbante. Consiste em trançar um cordão entre os dedos das duas mãos e ir alterando as figuras formadas. Provavelmente de origem asiática, a brincadeira é praticada em diversas partes do mundo. Uma versão mais moderna é trançar um elástico com as pernas.
Chefe Comanda: As crianças colocam-se em fileira; em posição oposta, fica o chefe ou mestre. Inicia-se o diálogo entre o chefe e as crianças: 
Chefe: Boca de forno.
Crianças: Forno.
Chefe: Tirar um bolo.
Crianças: Bolo.
Chefe: Fareis tudo o que o mestre mandar?
Crianças: Faremos todos.
Seguem-se as ordens do mestre. Geralmente, elas consistem em coisas simples como: andar x passos, bater palmas, dar pulos, etc. A escolha do mestre ou chefe é feita através de sorteio.
Chinelinho: Traça-se no chão duas linhas paralelas e distantes entre si aproximadamente 15 metros. Dois grupos de crianças são formados. Cada um dos grupos é disposto em fileira, um de frente para o outro, atrás de uma linha. Num ponto equidistante das linhas (aproximadamente a 7,5 m de cada uma), risca-se um círculo onde deverá ser colocado um chinelinho ou outro objeto semelhante. As crianças dos dois grupos são numeradas de 1 até o número total de crianças que existir em cada grupo. Quando um dos grupos tiver uma criança a mais, um componente do grupo contrário pode receber dois números. Uma criança ou um adulto deve comandar o jogo, gritando um número que corresponda a uma criança de cada um dos grupos. As duas devem correr, pegar o chinelinho e retornar ao seu grupo, cruzando sua linha sem ser tocada. Cada vez que isso ocorrer, seu grupo conquista um ponto. Se ao fugir com o ocorrer, seu grupo conquista um ponto. Se ao fugir com o chinelo o jogador for tocado pelo adversário, ninguém marca ponto. Após cada disputa dos dois jogadores, o chinelo volta para o círculo. Vencerá quem atingir primeiro o total de pontos estipulados pelos grupos, em comum acordo.
Ciranda: A famosa dança infantil, de roda, conhecida em todo o Brasil, teve origem em Portugal, onde era um bailado de adultos. O Semelhante a ela é o fandango, baile rural praticado até meados do século XX no interior do Rio de Janeiro (Parati) e São Paulo, em que homens e mulheres formavam rodas concêntricas, homens por dentro e mulheres por fora. Os versos que abrem a ciranda infantil são conhecidíssimos ainda hoje:
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
De resto, há variações regionais que os complementam como
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.
Cobrinha: Dois participantes seguram nas extremidades da corda e começam a fazer movimentos com ela. Enquanto isso, os demais participantes deverão ultrapassar a corda sem tocar nela. Se não conseguir, é eliminado. Quando todos já tiverem passado, deverão passar para o outro lado. E por aí vai até chegarmos a um campeão.

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