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1 UNIVERSIDADE PAULISTA SEPI – SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO PATRICK LUCIANI RIBEIRO CAPISTRANO – PA1620134 Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM I e II Centro de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Pará Belém do Pará 2016 PATRICK LUCIANI RIBEIRO CAPISTRANO - PA1620134 Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM I e II Centro de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Pará Belém do Pará 2016 RESUMO O Projeto Integrado Multidisciplinar I e II do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas propõe sincronizar os conteúdos adquiridos no primeiro semestre com a análise das informações levantadas sobre o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Pará – FUNDAÇÃO HEMOPA, aplicando, assim, conhecimentos de Estatística e Comunicação Aplicada, bem como Princípios de Sistemas de Informação, Organização de Computadores, Desenvolvimento Sustentável e Fundamentos de Sistemas Operacionais para o desenvolvimento deste projeto e relacionando-os com os dados relevantes sobre sua fundação, constituição, história, ramo de atividade, características administrativas, tecnologias utilizadas, formas de comunicação e administração de recursos humanos, materiais e patrimoniais, assim como a qualificação tecnológica adequada na gestão dos meios para o alcance satisfatório dos fins. Acredita-se, com isto, fundamentalmente, que a importância na qualidade do manuseio dos recursos de TI é indispensável para que a empresa esteja sempre próxima aos seus objetivos e metas, que nesse caso é o de prestar auxílio às pessoas que sofrem de patologias sanguíneas e de ser um centro de excelência no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias com hemocomponentes para o trato das hemopatologias. PALAVRAS CHAVE: Administração, recursos, gestão e tecnologia da informação. SUMÁRIO Introdução................................................................................................................................01 1 Fundamentos de Administração – Descrição da Organização........................................02 1.1 Denominação e forma de constituição................................................................................02 1.2 Dados e fatos relevantes da origem da organização............................................................02 1.3 Natureza e ramo de atuação................................................................................................02 1.4 Informações sobre o porte da empresa................................................................................03 1.5 Relação das filiais, caso haja...............................................................................................03 1.6 Número de funcionários......................................................................................................03 1.7 Principais produtos..............................................................................................................03 1.8 Principais fornecedores, principais insumos, matérias primas e serviços por eles fornecidos..................................................................................................................................03 1.1.9 - Principais mercados e principais segmentos desses mercados onde se encontram o cliente-alvo................................................................................................................................04 1.10 - Principais concorrentes da organização e aspectos relevantes de cada um....................05 1.11 - Organograma: quem faz parte da alta direção e os diferentes elementos da estrutura organizacional...........................................................................................................................06 2 Estatística..............................................................................................................................06 2.1 Medidas de tendência eventual...........................................................................................07 2.2 Medidas de dispersão..........................................................................................................08 2.2.1 Desvio médio simples......................................................................................................08 2.2.2Variância e desvio padrão.................................................................................................09 2.2.3 Interpretação do desvio padrão........................................................................................09 2.2.4 Amostragem.....................................................................................................................09 2.2.5 Estimadores......................................................................................................................10 3 Comunicação Aplicada........................................................................................................11 3.1 Estrutura da função comunicação na empresa. Ela existe formalmente? Existem atribuições específicas, como por exemplo: porta-voz, relações públicas, ombudsman etc.?..11 3.2 Qual a importância que a alta gerência dá a função comunicação?....................................13 3.3 A empresa desenvolve algum tipo de planejamento de sua comunicação?........................14 3.4 Descrição geral dos sistemas de comunicação existentes e utilizados pela empresa para a comunicação com seus diversos públicos;................................................................................15 3.5 Quais os instrumentos, ferramentas, veículos de comunicação utilizados;........................15 3.6 Comunicação interdepartamental;.......................................................................................15 3.7 Participação e preocupação institucional;..........................................................................15 3.8 Fluxo da comunicação (ascendente, descendente, horizontal e centralizada)...................16 4 Princípios de Sistemas de Informação...............................................................................16 Analisar a situação atual da empresa estudada e verificar a necessidade de uma estruturação ou reestruturação (se for o caso) e organização do sistema de informação para atender os resultados planejados pela empresa. 5. Organização de Computadores.........................................................................................16 Identificar os componentes básicos de um computador para aplicação de suas atividades. Caracterizar os fundamentos para operação de editores de texto, planilhas eletrônicas, geradores de apresentações, apresentarem os objetivos e conceitos de sistemas de informações e seu papel dentro das organizações. 6. Fundamentos de sistemas operacionais............................................................................18 Identificar a importância dos conhecimentos sobre sistemas operacionais na organização observando os seguintes itens: Gerenciamento de Processos Gerenciamento de memória Sistemas de Arquivo Gerenciamento de Entrada e Saída 7. Desenvolvimento Sustentável............................................................................................22 Indicar e apresentar se há na empresa visão fundamentada quanto à possibilidade de estabelecer relações entre desenvolvimento econômicoe desenvolvimento sustentado. Conclusão.................................................................................................................................24 Bibliografia 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho buscou analisar a estrutura administrativa do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Pará – Fundação HEMOPA – dentro das perspectivas da tecnologia da informação, uma vez que este Banco de Sangue é referência no Estado do Pará quando o assunto é o tratamento e pesquisa das patologias do trato sanguíneo, um trabalho de fundamental importância realizado junto à sociedade. Tal fato é significativamente relevante para ser ignorado, sendo que atualmente realizar pesquisas sem o amparo e domínio das tecnologias adequadas torna praticamente inviável seus resultados, comprometendo por fim definitivamente as conclusões. Tomando por base as disciplinas aplicadas durante o primeiro semestre do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas para demonstração do grau de aproveitamento dos conteúdos aplicados e, ao mesmo tempo, ampliar os conhecimentos através da pesquisa, buscou-se nesta associar nesta avaliação o uso das Tecnologias da Informação com o trabalho realizado pela fundação pesquisada, para com isso identificar os pontos chaves da pesquisa e se fazem parte da cultura organizacional da instituição, tais como: descrição da organização pesquisada para avaliar os conhecimentos adquiridos; qual a importância de um sistema de informação para a organização pesquisada; quais os tipos de sistemas de sistemas operacionais e computadores são utilizados pela organização; identificar se a empresa se preocupa com desenvolvimento sustentável etc. Portanto, utilizando-se destas informações será aplicada a argumentação que culminará com as conclusões deste estudo, fundamentado na observação teórica indispensável, tornando a avaliação do órgão público escolhido confiável quando o assunto for gestão dos recursos na pesquisa científica. 2 1 Fundamentos de Administração – Descrição da Organização 1.1 Denominação e forma de constituição. A definição de fundação pública pode ser esclarecida em uma das fontes do Direito Administrativo, ou seja, a Doutrina, assim, para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 2015: “As fundações [...] são definidas como a personificação de um patrimônio ao qual é atribuída uma finalidade específica não lucrativa, de cunho social. [...] o objeto das fundações públicas deve ser uma atividade de interesse social, evidentemente exercida sem intuito de lucro, tal como educação, saúde, assistência social, pesquisa científica, proteção do meio ambiente”. [...] “De nossa parte, conceituamos fundação pública como a entidade da administração indireta instituída pelo poder público mediante a personificação de um patrimônio que, dependendo da forma de criação, adquire personalidade jurídica de direito público ou personalidade jurídica de direito privado, à qual a lei atribui competências administrativas específicas, observadas as áreas de atuação a serem definidas em lei complementar (a vocação teórica das fundações públicas são atividades de interesse social)”. (ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. 2015 pg. 58, 59). Desta forma, a partir de 1982, foi instituída a denominação de Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará – HEMOPA – e em 1994, através da Lei nº 5.840 de 23 de março, foi transformada em fundação de direito público, atualmente situada na Avenida Serzedelo Corrêa 2109, bairro da Batista Campos, Belém, Pará. 1.2 Dados e fatos relevantes da origem da organização. A instituição pesquisada outrora denominada Centro de Hemoterapia e Hematologia do estado do Pará, Fundação HEMOPA, foi criada inicialmente sob a denominação de Fundação Centro Regional de Hemoterapia do Pará, FUNEPA, em 2 de agosto de 1978, através do Decreto nº 10.741, em virtude da autorização contida na Lei nº 4.772, de 11 de maio de 1978, com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, sendo pioneira como Banco de Sangue no estado do Pará. 1.3 Natureza e ramo de atuação. De natureza pública estadual, sendo uma fundação de direito público, mantida pelo poder público e com patrimônio público, com competências administrativas especificadas em lei, é responsável pela coordenação e execução da Política Estadual do Sangue no Pará. Atualmente, após ter se tornado fundação de direito público com a promulgação da lei que a instituiu, exerce sua atividade primária em consonância com a Política Nacional do Sangue – ANVISA / CGSH / MS, atuando como referência para as demais unidades integrantes da 3 HEMORREDE, trabalhando junto às instituições hospitalares públicas e privadas dando suporte no fornecimento e pesquisa dos hemoderivados e hemocomponentes, tais como: Captação de doadores sanguíneos convencionais e especiais, inclusive por aférese; Medidas de proteção à saúde do doador e receptor; Coleta de sangue interna e externa; Fracionamento e processamento do sangue em componentes; Estocagem e distribuição e/ ou disponibilização de sangue, componentes e derivados; Procedimentos transfusionais comuns e especiais, inclusive com sangue irradiado; Diagnóstico, prevenção e aconselhamento das alo-imunizações e autoimunizações; Exames laboratoriais imunohematológicos e sorológicos no sangue coletado e exames pré-tranfusionais; Diagnóstico laboratorial confirmatório, para doenças passíveis de transmissão pelo sangue; Exames imunológicos do sistema HLA; Exames de marcadores imunológicos das células do sangue; Exames de citogenética; Controle de qualidade interno e externo em todo o ciclo do sangue; etc. 1.4 Informações sobre o porte da empresa. O Hemocentro Coordenador, sediado em Belém, conta com uma estrutura mediana, porém, com a crescente demanda por seus serviços prestados, contém vários ramos de sua atividade nos diversos municípios do estado do Pará, através das agências transfusionais e Hemocentros Regionais. 1.5 Relações das filiais. O Hemocentro Sede ou Coordenador, sediado na Capital do estado do Pará, tem suas atividades estendidas e exercidas através dos Hemocentros Regionais e as agências transfusionais nos mais diversos municípios do interior do estado, sendo estas subordinadas ao órgão coordenador, administrativamente. 1.6 Números de funcionário. Atualmente, o Hemopa em todos os municípios em que atua conta com mais de 800 pessoas em seu quadro de servidores públicos, entre concursados em e temporariamente contratados. 1.7 Principais produtos. A Fundação Hemopa fornece matéria prima para indústria de hemoderivados através da captação de doadores sanguíneos, mantendo em seu banco de dados a manutenção de 4 registros atualizados de todas as etapas de suas atividades, permitindo, assim, avaliar a qualidade do todo o processo, além de fornecer prestação de serviços de ensino e pesquisa, formação e educação continuada de recursos humanos e de suporte técnico, incluindo a divulgação das normas técnicas vigentes, bem como coordena e desenvolve a Política Estadual do Sangue, coordenando e desenvolvendo programas de avaliação e controle. E por fim, mantém o Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEPES) da Fundação HEMOPA, destinando-se a receber, analisar, dar parecer técnico e arquivar os cadastros de todas as pesquisas desenvolvidas ou a serem realizadas na Fundação HEMOPA, acompanhando o desenvolvimento das pesquisas no âmbito desta Fundação,divulgando, assim, a produção científica da Fundação HEMOPA, coordenando e desenvolvendo pesquisas em parceria com outras Instituições de pesquisa em nível regional, nacional e internacional, formando recursos humanos com orientação de estudantes de graduação e pós-graduação vinculados a Instituições de Ensino Superior do Estado, além de outras atividades correlacionadas ao ENSINO e a PESQUISA. 1.8 Principais fornecedores, principais insumos (pesquisar), matérias primas e serviços por eles fornecidos. Os principais fornecedores de matéria prima para o HEMOPA são os doadores voluntários de sangue, onde o próprio sangue coletado deles com seus derivados fornecem a matéria prima fundamental para o tratamento de hemopatologias. Em consequência disso, há um consumo considerável com kits para realização de exames compulsórios na matéria prima, conforme legislação vigente, além de todo aparato tecnológico necessário para que estes possam ser realizados dentro das recomendações do Ministério da Saúde. Os serviços oferecidos pelo HEMOPA vão desde a captação hemodoadores convencionais e especiais, incluindo por aférese, até a tomada medidas de proteção à saúde do doador e receptor para a coleta de sangue interna e externa, bem como o fracionamento e processamento do sangue e seus componentes, estocando, distribuindo e/ou disponibilizando- o em derivados para utilização nos diversos setores da sociedade carentes de hemoterapia, elaborando procedimentos transfusionais comuns e especiais, inclusive com sangue irradiado. Os critérios básicos para doação de sangue são: possuir boas condições físicas no ato da doação, estar bem alimentado, peso igual ou superior a 50kg, idade entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos necessitam de autorização dos pais ou responsáveis), intervalo entre as doações de 60 dias para homens e 90 para mulheres, não ter tido hepatite após 10 anos de idade, não ter doença de Chagas ou contato com o inseto “barbeiro”, não ser portador de epilepsia, não ter feito tratamento dentário nas últimas 72 horas, não ter diabetes, outras 5 condições podem impedir a doação e deverão ser analisadas individualmente por ocasião da entrevista de triagem. 1.9 Principais mercados e principais segmentos desses mercados onde se encontram o cliente-alvo. São realizadas Campanhas Estratégicas para despertar nos diversos segmentos da sociedade a reflexão para a importância da doação voluntária, espontânea e habitual de sangue, estabelecendo uma relação de compromisso e partilha de responsabilidade com a comunidade, garantindo a qualidade e a quantidade de sangue adequada à demanda do Estado. As ações são direcionadas a um público alvo específico ou em períodos com redução no comparecimento de doadores, ou ainda, de longos feriados. São realizadas em parceria com diversas instituições. Parcerias com instituições e formação de multiplicadores - a Fundação Hemopa não trabalha sozinha. Estabelece-se uma relação de parceria com a população não só para a doação voluntária, bem como através da formação de multiplicadores de informações sobre o ato de doar e o estabelecimento de parcerias para a programação de campanhas de doação voluntária de sangue ou participação em eventos de sua instituição. Incentivo de doação de sangue entre jovens - este programa é uma continuação do Programa Doador de Sangue do Futuro, que envolve a faixa etária de 18 a 29 anos. As ações de coleta ocorrem com jovens universitários, com destaca ao “Trote Solidário” e mobilização em parceria com os centros acadêmicos. O programa atinge também jovens desportistas e os que completam 18 anos e tiram a Carteira de Habilitação de Trânsito, ingressam na carreira militar ou obtém o título de eleitor. A atividade conta com parceria de instituições públicas e privadas. A ação tem grande retorno entre os jovens, que passam a encarar a doação de sangue como uma responsabilidade social natural ao ingresso no mundo adulto. A Captação Hospitalar é um trabalho realizado com familiares e/ou amigos de pacientes internados na rede hospitalar do Estado do Pará. O ideal é que todas as pessoas doem sangue, independente da necessidade de parentes e conhecidos. Campanhas Externas é como a Fundação Hemopa facilita o acesso da população realizando campanhas de doação voluntária de sangue estratégicas nos bairros, por meios de solicitação de instituições parceiras públicas e privadas. Para saber como o programar uma coleta em sua comunidade basta procurar a Gerência de Captação de Doadores do Hemopa. 1.10 Principais concorrentes da organização e aspectos relevantes de cada um. 6 A única empresa que exerce um serviço semelhante ao da Fundação Hemopa no município de Belém, estado do Pará, é o IHEBE - Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Belém. Segundo o site da empresa, a instituição presta um serviço de hemoterapia privado que atende a diversos hospitais da cidade de Belém, através da busca contínua por novas tecnologias e qualificação para realizar seus serviços com excelência, oferecendo serviço ágil e seguro, refletindo na satisfação dos clientes e na realização dos colaboradores. (Disponível em http://www.ihebe.com.br/quem-somos. Acessado em 03/10/2016, às 14:07hs). 1.11 Organograma: quem faz parte da alta direção e os diferentes elementos da estrutura organizacional. A Fundação Hemopa é composta pela Diretoria: Presidente do HEMOPA: Dra. Ana Suely Leite Saraiva - Farmacêutica habilitada em bioquímica, especializada em Gestão de Hemocentros e Epidemiologia. Diretoria Técnica: Dra. Ana Luiza Meireles - Médica Hematologista. Diretor Administrativo-Financeiro: Dr. Jorge Luiz Rêgo – Administrador. Abaixo destes estão as Gerências dos departamentos. 2 ESTATÍSTICA De acordo com Martins (2005): “O mundo que nos rodeia será mais facilmente compreendido se puder ser quantificado. Em todas as áreas do conhecimento é necessário saber “o que medir” e “como medir”. A Estatística é a ciência que ensina a recolher dados válidos, assim como a interpretá-los” (MARTINS, 2005, pg. 01). Utilizando-se da sondagem, que é o “estudo estatístico de uma população, feito através de uma amostra, destinado a estudar uma ou mais características tal como elas se Diretoria: Alta administração Presidente da Fundação HEMOPA Diretor Administrativo-Financeiro Diretoria Técnica Gerências departamentais 7 apresentam nessa população” (MARTINS, 2005, pg. 02). Desta forma, “a informação pretendida será obtida à custa de uma parte do conjunto - amostra, mas com o objetivo de tirar conclusões para o conjunto todo - população” (MARTINS, 2005, pg. 02). Ainda conforme Martins, 2005, “população é o conjunto de objetos, indivíduos ou resultados experimentais acerca do qual se pretende estudar alguma característica comum”. Os elementos formadores da população são chamados unidades estatísticas. Por fim, “amostra é uma parte da população que é observada com o objetivo de obter informação para estudar a característica pretendida” (MARTINS, 2005, pg. 03). Através de métodos estatísticos serão observadas as aplicações de tecnologia da informação no ambiente da instituição pesquisada, considerando a informação como fator imprescindível ao exercício de sua atividade fim. Para isso, foram levados em consideração os dados obtidos em seu âmbito, tais como investimentos presentes e futuros em tecnologia, bem como os principais recursos tecnológicos utilizados. 2.1 Medidas de tendência central ou eventual Quando há um conjunto de dados, seja ele pequeno ou grande, buscar-se-á, em geral, medidas que possam ser usadas pararesumir valores tendentes a representar melhor aquele determinado conjunto de informações ou números. E as medidas mais usadas neste sentido são as chamadas medidas de tendência eventual ou central, as quais se denominam: a média, a mediana e a moda (CRESPO, 1994; MARTINS, 2005). É preciso ter em mente que estes valores serão medidos de forma distinta, conforme o volume de dados disponibilizado e a distribuição destes. Também o cálculo destes valores será afetado caso as variáveis sejam discretas ou contínuas. (DOWNING, 2002; MORETTIN, 2000). Neste sentido, para facilitar o tratamento dos cálculos estatísticos baseados nas informações pesquisadas sobre a instituição estudada, os dados foram organizados de forma mais simples para pequenos conjuntos de informações que envolvam apenas o tratamento dos dados em um rol, dando ênfase nos sistemas operacionais instalados nos computadores. 2.1.1 Média aritmética simples e ponderada A entidade estudada conta com 160 computadores administrados por sistemas operacionais diferentes existentes na Fundação Hemopa, tais quais Windows XP, Windows Seven, Windows 8/8.1, Windows 10 e Linux Mint 18 Sarah, tendo sido assim distribuídos: S1 = 10, S2 = 20; S3 = 20, S4 = 40; S5 = 70; ocorrendo uma média de 32 computadores para cada sistema. Sistema Operacional (xi) Computadores (fi) xi.fi 8 S1 10 1.10 = 10 S2 20 2.20 = 40 S3 20 3.20 = 60 S4 40 4.40 = 80 S5 70 5.70 = 350 Total ∑ fi = 160 ∑ xi.fi = 540 Média 3,4 2.1.2 Mediana De acordo com Martins, 2005: A mediana é uma medida de localização do centro da distribuição dos dados, definida do seguinte modo: ordenados os elementos da amostra, a mediana é o valor que a divide ao meio, isto é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros 50% são maiores ou iguais à mediana. Para a determinação da mediana utiliza-se a seguinte regra, depois de ordenada a amostra de n elementos: Se n é ímpar, a mediana é o elemento central; se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois elementos centrais. (MARTINS, 2005, 86). Desta forma, levando-se em consideração os dados acima, podemos afirmar que a mediana dos dados da variação entre sistemas Windows XP, Windows Seven, Windows 8/8.1, Windows 10 e distribuições GNU Linux instalados nos computadores, ficando assim distribuídos: 10, 20, 20, 40, 70: Mediana é igual a 20. 2.1.3 Moda Ainda considerando as informações acima estudadas, podemos afirmar que “para um conjunto de dados, define-se moda como sendo o valor que surge com mais frequência, se os dados são discretos, ou o intervalo de classe com maior frequência, se os dados são contínuos” (MARTINS, 2005, pg. 90). Assim, observando os dados obtidos acima: 10, 20, 20, 40, 70, a moda deste grupamento é 20. 2.2 Medidas de dispersão Medidas de dispersão ou variação para Falco (2008): São medidas utilizadas para medir o grau de variabilidade, ou dispersão dos valores observados em torno da média aritmética. Servem para medir a representatividade da média e proporcionam conhecer o nível de homogeneidade ou heterogeneidade dentro de cada grupo analisado (FALCO, 2008, pg. 64). 2.2.1 Desvio médio simples Vamos verificar o desvio do valor que representa o número de computadores utilizados por sistema em relação: a média = 32. O desvio médio é calculado pela média aritmética dos valores dos valores absolutos dos desvios, portanto: S1 = 10 – 32 = – 22; S2 = 9 20 – 32 = – 12; S3 = 20 – 32 = – 12; S4 = 40 – 32 = 8; S5 = 70 – 32 = 38. Dm = 22+12+12+8+38 = 92:32 = 2,87. 2.2.2Variância e desvio padrão O cálculo da variância e desvio padrão será realizado levando-se em consideração os resultados obtidos com o calculado da média realizado mais acima, nesse caso, média = 5. Assim, a variância é: Resumindo: 2280/31 73,54 O desvio padrão é 𝑆 = √𝑠2 (Raíz quadrada da variância), assim: √73,54 8,57. 2.2.3 Interpretação do desvio padrão O desvio padrão, como já citado anteriormente, possui propriedades que o torna uma medida de dispersão útil para se descrever a variação observada nos valores de um conjunto e informar a homogeneidade deste. Assim, quando o desvio padrão da série é pequeno a amostra é homogênea, quando o valor é alto a amostra é heterogênea. O desvio padrão da amostra em questão indica o afastamento dos valores observados em relação a média aritmética. “Quanto menor o desvio padrão, mais os valores da variável se aproximam de sua média. Quanto maior o desvio padrão, mais significativo à heterogeneidade entre os elementos de um conjunto” (FALCO, 2008, pg. 66). 2.2.4 Amostragem Amostragem é o processo de escolha de amostra, assim, “é uma técnica e/ou conjunto de procedimentos necessários para descrever e selecionar as amostras, de maneira aleatória ou não, e quando bem utilizado é um fator responsável pela determinação da representatividade da amostra” (LEONE, Rodrigo. ET AL, 2009). Quando se deseja colher informações sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente impossível fazer um levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar apenas uma parte da população ou universo, considerando que as amostras que garantam, tanto quanto possível, o acaso na escolha, coletando uma parte (ou amostra), de tal forma que ela seja a mais representativa possível do todo e, a partir dos resultados obtidos, relativos a essa parte, pode inferir, o mais legitimamente possível, os resultados da população total, se esta fosse verificada (pesquisa censitária) (CRESPO, 2004; FALCO, 2008; MARTINS, 2005). 10 Para Crespo (2004) e Martins (2005) os tipos de amostragem, tais como probabilística, onde todos os elementos da população têm probabilidade conhecida e diferente de zero de participar da amostra, fornecendo amostras representativas da população, e não-probabilística, onde não se conhece a probabilidade de cada elemento da população participar da amostra, devendo ser utilizada na impossibilidade de uso de amostragem probabilística, serão melhor trabalhadas com técnicas adequadas. Para isso, se faz necessário abrir mão de técnicas fundamentais, tais como: “amostragem casual ou aleatória simples; amostragem proporcional estratificada e amostragem sistemática”, existindo, em cada caso, processos particulares para coletar dados que garantam, tanto quanto possível, o acaso na escolha. Assim, cada elemento da população passa a ter a mesma oportunidade em ser selecionado, dando à amostra o caráter de representatividade (CRESPO, 2004). Com a coleta dos dados necessários através da amostra, será possível trabalhar de forma mais simplificada, submetendo as informações obtidas ao tratamento estatístico, que permitirá compensar erros amostrais e outros aspectos relevantes para a representatividade e significância da amostra (MARCONI e LAKATOS, 2002). 2.2.5 Estimadores A maioria dos trabalhos em estatística é realizada com o uso de amostras aleatórias extraídas de uma população, na qual se deseja fazer um determinado estudo. A parte da estatística que procura deduzir informações relativas a uma população, mediante a utilização de amostras dela extraídas, é denominada Inferência Estatística. “Um estimador é uma característica da amostra” (CRESPO, 2004). Como a amostra é aleatória um estimador é uma variável aleatória. Assim tudo o que foi visto em probabilidade sobre variáveis aleatórias, aplica-se aos estimadores. A distribuição de probabilidade de um estimador é denominada de distribuição amostral (CRESPO, 2004; MARCONI e LAKATOS,2002; MORETTIN, 2000). O valor numérico da estatística ou estimador de um parâmetro, calculado para uma amostra observada, é chamado de estimativa desse parâmetro. A diferença entre estatística e estimativa é que a estatística é uma variável aleatória, e a estimativa é um particular valor dessa variável aleatória ou um valor particular de um estimador (CRESPO, 2004; MARTINS, 2005; MORETTIN, 2000). 11 3 COMUNICAÇÃO APLICADA Com os avanços tecnológicos e a exposição constante dos atos governamentais desastrosos na mídia, a comunicação tem exercido papel fundamental na hora de requerer das autoridades prestação de contas e transparência nos serviços públicos, cobrando do governo e instituições públicas maior responsabilidade com a aplicação dos recursos. Como resultado dessas mudanças de paradigmas na sociedade, o esforço na comunicação tem sido o de coordenar as relações públicas estrategicamente, fazendo marketing e estratégias de publicidade em operações de comunicação para amenizar o descrédito da sociedade no governo. 3.1 Estrutura da função comunicação na empresa. Ela existe formalmente? Existem atribuições específicas, como por exemplo: porta-voz, relações públicas, ombudsman etc.? No que tange a comunicação nos órgãos públicos, dada finalidade de atuação de cada estrutura, há uma forma distinta, padrão que se segue na elaboração dos documentos oficiais de comunicação interna e externa, cabendo ao agente público observar preceitos fundamentais nesse processo, desta forma: O sistema de comunicação de uma organização é a forma pela qual as informações necessárias ao funcionamento da estrutura organizacional são transmitidas a todos os interessados, e que permite a integração de todos em torno de objetivos comuns. O que comunicar, quem deve comunicar, qual o momento adequado e qual o meio a ser utilizado para comunicar são questões que precisam ser definidas previamente, a fim de que a comunicação possa ser eficaz (PALUDO, 2013, pg. 145). Assim, para que a comunicação na esfera pública venha atingir seus propósitos é fundamental a observação do Manual de Redação Oficial para adequação a linguagem ao tipo de documento, adequando o formato do texto ao gênero. Desta forma, segundo o Manual de Redação da Presidência da República, redação oficial é “a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações [...]; caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.” (BRASIL, 2002). Corroborando Paludo (2013): “a comunicação administrativa é responsável pela circulação das informações em uma organização. É um instrumento de coerência e coesão organizacional, que se encontra presente tanto nas instituições públicas quanto nas empresas privadas” (PALUDO, 2013, pg. 145). Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos 12 Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais (BRASIL, 2002. Pg. 4). O emissor dos expedientes oficiais é sempre o serviço público. E a quem se dirigem os documentos oficiais? a) ao próprio Poder Público; Exemplo: órgãos públicos. b) aos particulares: Exemplo: conjunto de cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea, ou seja, o público. A comunicação pode dar-se de modo verbal ou não verbal. A comunicação verbal faz uso da palavra para a transmissão das mensagens. Já a comunicação não verbal utiliza aspectos como: o tom de voz, a postura do corpo, o olhar, os gestos, entre outros (RENNÓ, 2013, pg. 197). A comunicação oficial pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Em ambos os casos, sempre haverá um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal. Entretanto, a comunicação na esfera pública não se resume a atos ou comunicações oficiais, podendo ser formal ou informal, dependendo do contexto. A comunicação pode ser formal ou informal. A formal segue uma hierarquia dentro da empresa, respeitando a administração, os valores existentes e os objetivos estabelecidos (é utilizada para tornar a organização conhecida). A informal não possui regra alguma, passando até mesmo por cima das autoridades constituídas (“rádio corredor”) (PALUDO, 2013, pg. 145). Para que a comunicação de fato ocorra formalmente e oficialmente, os instrumentos mais utilizados na comunicação dentro das repartições públicas serão relatórios, atas, cartas comerciais, memorandos, ofícios, requerimentos e comunicações internas, sendo a impessoalidade aspecto fundamental de quem recebe a comunicação. A comunicação externa é a que torna a empresa conhecida perante o mercado, as instituições e a sociedade. A comunicação institucional (interna ou externa) é a responsável pela formação da imagem pública da instituição e ocorre mediante a divulgação de sua missão, visão, valores e crenças, e filosofias (PALUDO, 2013, pg. 145). A comunicação interna (ou administrativa) percorre todas as áreas e ajuda a construir a própria cultura e a identidade organizacional, além de facilitar o relacionamento, a interação e a flexibilidade. Contribui para que haja um clima propício e favorável no ambiente de trabalho, reforça a confiança, fortalece o 13 comprometimento das pessoas, e informa os programas e ações a serem executados (PALUDO, 2013, pg. 145). A instituição alvo da pesquisa possui algumas gerências que trabalham fundamentalmente com a comunicação, como a gerência de imprensa, que seus trabalha através de seus assessores de comunicação e é a responsável pela difusão de informações de interesse público nos ambientes internos e externos à repartição. Todavia, cada gerência, individualmente, cumpre funções de comunicar internamente seus atos administrativos conforme a necessidade do serviço público de dar publicidade e transparência a estes, assim como medidas que visem o melhoramento do ambiente interpessoal, a estrutura formada em prol da comunicação adequasse satisfatoriamente às necessidades da instituição em todos seus aspectos. A comunicação pode ser vista como um processo composto por várias etapas, aqui apresentadas em maior número, com a finalidade de facilitar a compreensão desse processo: • Emissor/Fonte: é a pessoa que, desejando se comunicar, emite a mensagem para a outra parte. • Mensagem: é o conjunto de símbolos, é a ideia que o emissor quer transmitir. • Codificador: é o meio ou equipamento utilizado para converter a mensagem em código passível de ser transmitido. • Transmissor: é o meio ou aparelho utilizado para transportar a mensagem do emissor/fonte ao canal. • Canal: é o meio de transmissão da mensagem entre a fonte e o destino. • Decodificador: é o meio ou aparelho que decodifica a mensagem e a torna compreensível. • Receptor/Destino: é a pessoa para quem a mensagem foi enviada. É o destinatário da mensagem, que deve recebê-la e compreendê-la. • Feedback: é a parte da resposta do receptor que retorna ao emissor, e permite confirmar se a mensagem foi corretamente compreendida. • Ruído: é toda interferência estranha à mensagem que torna a comunicação menos eficaz: pode ser barulho, informação ambígua, canal inadequado, aparelho com defeito etc. (PALUDO, 2013, págs.147, 148). 3.2 Qual a importância que a alta gerência dá a função comunicação? Sem um processo adequado de comunicação no interior da repartição pública, possivelmente haveria difusão de informações ambíguas, inverídicas, distorcidas, indo de contra ao que busca a administração pública, logo, para que esse tipo de situação possa ser evitada, o ato de comunicar tem sua explícita importância por parte da alta administração, não permitindo jamais que ela seja negligenciada, podendo acarretar, caso isso ocorra, depreciação do interesse público. O interesse público permeia toda a comunicação pública, que utiliza os mais variados canais para informar, ser informada, debater e tomar decisões de interesse 14 público. No aspecto social, busca aproximar setores diferentes da sociedade, conscientizar e educar a população sobre seus direitos e deveres, e sobre a importância de sua participação no meio público (Paludo, 2013, pg. 148). Desta forma, comunicar informações de interesse público assume proporções relevantes, uma vez que a comunicação acaba fazendo parte do próprio patrimônio público, sendo instrumento fundamental e indispensável, uma ferramenta obrigatoriamente presente nos atos administrativos. A comunicação pública pode ser vista como “um bem público”, assim, a informação e o conhecimento devem ser acessíveis a toda a sociedade. A comunicação pública acontece no “espaço público” onde a cidadania se fortalece. A sociedade civil influencia a atuação e a comunicação pública ao apresentar suas necessidades, lutar contra injustiças e exigir direitos e respeito aos valores sociais (Paludo, 2013, pg. 148, 149). Portanto, a importância da comunicação se mostra através da perseguição dos objetivos dentro da instituição, fundamentais nesse processo. O objetivo principal da comunicação pública é informar, mas também são seus objetivos educar, sensibilizar, orientar, mobilizar, interagir: informar a sociedade em geral sobre a atuação do Governo; informar sobre a utilização dos recursos públicos; educar a sociedade sobre as questões de interesse geral; criar um canal que permita estabelecer uma relação de diálogo com os cidadãos e a sociedade (Paludo, 2013, pg. 149). 3.3 A empresa desenvolve algum tipo de planejamento de sua comunicação? Sendo indispensável nos órgãos públicos, as informações precisam ser mensuradas e bem estruturadas, pois o planejamento de sua comunicação irá determinar o sucesso da instituição quando esta atua em parceria com os meios de comunicação em massa, tais como rádio, televisão e internet para atingir seus objetivos e metas. A gestão da comunicação governamental deve contemplar e priorizar tanto as informações de qualidade quanto a facilidade de acesso a essas informações. O dilema na gestão da comunicação governamental é decidir o que comunicar (não se comunica tudo), fato que, por si só, já confronta com o direito que a sociedade tem de ser informada. Nesse sentido, registram-se queixas de falta de informação sobre a atuação dos governantes (Paludo, 2013, pg. 149). Entretanto, divulgando informações importantes para o desenvolvimento social, uma vez que o HEMOPA depende fundamentalmente dos seus doadores voluntários para que o atendimento ao público possa ser adequado, suprindo as necessidades dos que recorrem aos 15 seus serviços, o governo desempenha um papel vital na sociedade, atuando de forma transparente, causando satisfação e confiança na coletividade. A comunicação governamental contempla todas as ações e atividades desempenhadas pelos governos, seus órgãos e entidades, com a finalidade de apresentar para a opinião pública as informações de seu interesse, e a prestação de contas de sua atuação (Paludo, 2013, pg. 149). 3.4 Descrições gerais dos sistemas de comunicação existentes e utilizados pela empresa para a comunicação com seus diversos públicos. Quais os instrumentos, ferramentas, veículos de comunicação utilizados? Para que a Fundação Hemopa pudesse alcançar seus objetivos e manter suas metas, procurou acompanhar no decorrer do tempo a evolução tecnológica, abrindo mão de tecnologias e recursos que se tornariam indispensáveis para a fomentação dos interesses da instituição, tais como internet, intranet, redes sociais, rádio, televisão, sites na web, eventos sociais e campanhas educativas em instituições públicas e privadas, etc., tornado a difusão das informações de seu interesse bastante diversificadas. O interesse público permeia toda a comunicação pública, que utiliza os mais variados canais para informar, ser informada, debater e tomar decisões de interesse público. No aspecto social, busca aproximar setores diferentes da sociedade, conscientizar e educar a população sobre seus direitos e deveres, e sobre a importância de sua participação no meio público (PALUDO, 2013, pg. 148). Para Castells (1999), apud Paludo (2013), “o surgimento de um novo sistema eletrônico de comunicação, caracterizado pelo seu alcance global, e integração de todos os meios de comunicação e interatividade potencial está mudando e mudará para sempre nossa cultura”, assim: Com as novas tecnologias e o advento da era da informação, há uma grande produção e recepção de informações em tempo real; há uma constante troca de informações com atores mais participativos, mais críticos e mais bem informados. As tecnologias da informação facilitaram e intensificaram a comunicação institucional e pessoal, ao proporcionarem uma variada gama de opções como: aplicativos de texto, editoração eletrônica, bancos de dados, transmissão de documentos via fax, mensagens e arquivos via e-mail, consultas diversas através da internet, TV digital e TV a cabo com telejornais 24h por dia (PALUDO, 2013, pg. 146). 3.5 Comunicação interdepartamental, participação e preocupação institucional. A comunicação interdepartamental, além do contato humano e social, ocorre através de instrumentos digitais e analógicos, mediante redes de computadores conectados através da 16 internet ou intranet, wlans, redes sociais etc., bem como, através dos meios convencionais, tais como ramais telefônicos, fax modem, painéis informativos etc., diversificando, assim, os meios de propagar as informações, tornando efetiva sua participação nesse processo e mantendo sempre a preocupação com a qualidade do que é divulgado. A gestão da comunicação organizacional vai além da informação, incentivando engajamentos múltiplos e mútuos. Numa sociedade em que a cidadania ganha força, a comunicação tem um papel social para cumprir: “o de envolver emissor e receptor em um diálogo aberto e democrático, em que a estratégia de gestão da empresa seja construída com base em princípios sociais e éticos” (Onésimo Cardoso, 2006; apud Paludo (2013). 3.6 Fluxo da comunicação (ascendente, descendente, horizontal e centralizada). Portanto, objetivando recepcionar características distintas nas comunicações dentro das instituições públicas, estas sempre seguirão um padrão na forma como acontecem, assim: A comunicação apresenta diversos fluxos: horizontal – realizada entre unidades organizacionais diferentes, mas de mesmo nível hierárquico; vertical – realizada entre níveis diferentes dentro da mesma organização, ou em unidades organizacionais em que uma seja superior à outra (matriz x filial); diagonal/transversal – realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes; lateral ocorre entre funcionários/equipes/departamentos distintos; ascendente – ocorre de baixo para cima; descendente – ocorre de cima para baixo (PALUDO, 2013, pg. 145). 4 PRINCÍPIOSDE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Recentemente, a instituição pesquisada passou por uma renovação nos sistemas de informação utilizados para o registro das atividades relacionadas às doações de sangue, visando proporcionar agilidade no atendimento e segurança no uso de novas tecnologias quando usadas em pesquisas, garantindo mais qualidade nos serviços prestados pela instituição, adequando sua estrutura informatizada às exigências internacionais. Embora, inicialmente, a implantação de um novo sistema informatizado para o registro eletrônico da Fundação Hemopa tenha acarretado certos transtornos aos usuários deste por ainda estarem acostumados com o antigo sistema, a Fundação explica que passou adotar um padrão internacional de identificação dos componentes sanguíneos, exigindo, com isso, a necessidade de implantação de um novo sistema informatizado para o registro eletrônico de todas as atividades executadas no ciclo do sangue. Disponível em http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/07/ajuste-em-sistema-do-hemopa-altera- atendimento-ao-publico-em-julho.html. Acessado em: 18/10/2016, às 15:47hs. 5 ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES 17 Os computadores atuais são máquinas eletrônico-digitais capazes de realizar coisas fantásticas, tais como operações lógicas e matemáticas, reproduzindo áudio, vídeo, imagens, documentos, animações, simulações da realidade virtual, etc., tudo isso e muito mais, fundamentalmente, mediante a ação humana, assim “um computador digital consiste em um sistema interconectado de processadores, memórias e dispositivos de entrada/saída” (TARBENAUM, 2007). Desta forma, um computador é composto por diversos circuitos integrados, interligado a diversos componentes que possibilitam a execução de uma variedade de sequências lógicas e/ou rotinas de instruções indicadas pelo utilizador. Estas sequências são sistematizadas em função de uma grande variedade de aplicações práticas, lógicas e matemáticas, determinadas num processo que se denomina programação. O termo “arquitetura de um computador” refere-se aos atributos de um sistema que são visíveis para o programador ou, em outras palavras, aos atributos que têm impacto direto sobre a execução lógica de um programa. O termo “organização de um computador” refere-se às unidades operacionais e suas interconexões que implementam as especificações da sua arquitetura. Exemplos de atributos de arquitetura incluem o conjunto de instruções, o número de bits usados para representar os vários tipos de dados (por exemplo, números, caracteres), os mecanismos de E/S e as técnicas de endereçamento à memória. Atributos de organização incluem detalhes de Hardware transparentes ao programador, tais como os sinais de controle, as interfaces entre computador e os periféricos e a tecnologia de memória utilizada (TANENBAUM, 2003, pg. 5). A organização determina aspectos relacionados à qualidade, desempenho e aplicações para os quais o computador vai ser usado, considerando as habilidades do usuário em manusear a máquina e seu sistema, necessitando, para isso, de softwares de sistemas, que são programas que gerenciam as tarefas que a máquina (hardware) deve executar, tais como Windows, Linux, Mac OS, bem como de softwares aplicativos, que são programas que executam funções específicas, proporcionando aplicações utilitárias ao usuário, tais como Word, Excel, Internet Explore, Mozila Firefox, etc. Para que um sistema possa operar satisfatoriamente, dentro do que se espera, é necessário que os componentes que formam o computador atendam aos seus requisitos mínimos, integrando hardwares e softwares compatíveis entre si e suas tecnologias, proporcionando, assim, utilidade no uso dos recursos requerentes do sistema/máquina. Antes que a renovação dos sistemas de informação do HEMOPA fosse posta em prática, uma vez que as máquinas mais antigas não suportariam o novo sistema, houve a necessidade de renovação de muitos hardwares e microcomputadores obsoletos para máquinas mais atuais que comportariam adequadamente o novo sistema a ser operado, 18 diminuindo custos com energia uma vez que os micros atuais consomem menos, havendo aumento no poder de armazenamento e processamento das informações. Após os trâmites licitatórios, foram adquiridos mais de 80 computadores de pequeno porte, contendo o que se exigia na configuração de cada máquina no ato da licitação, para que as atividades da instituição pudessem ser conduzidas com segurança nos novos componentes básicos requeridos de um computador na aplicação de suas atividades. Embora as configurações de alguns dos principais componentes de hardwares e softwares do HEMOPA após a aquisição, se comparando com as atuais tecnologias existentes no mercado, já estejam relativamente obsoletas, porém, se comparadas com as utilizadas anteriormente, dão um salto significativo, uma vez que muitas máquinas antigas ainda usavam Pentium 4 e Intel Celeron com apenas um núcleo, quando as atuais estão municiadas com a 4ª geração de processadores Intel. Assim, as novas máquinas ficaram padronizadas desta forma: Hardwares: Processadores Intel® Core™ i3-4160T Processor (3M Cache, 3.10 GHz); HDs (Disco Rígido) WD SATA 2,5´ Blue 500GB 7200RPM 16MB Cache SATA 6.0Gb/s; Memória Kingston (RAM) 4GB 1333Mhz DDR3; Placa-Mãe ASUS p/ Intel LGA 1150 mATX, H81M-CS/BR, 2xDDR3, VGA, USB3.0, SATA6GB/s; Drive ASUS Gravador de DVD 24x Black; Gabinete C3 Tech Micro-ATX MT-21BK PS-200V2 U2HA; Monitor LED AOC 18.5´ HD Widescreen Ultra High DCR OSD VGA; Teclado Padrão Maxprint USB Preto; Mouse Óptico Multilaser Classic Box USB Preto. Tais componentes, após todos os drivers instalados e devidamente atualizados, incluindo o sistema operacional, que neste caso poderá ser qualquer um dos anteriormente mostrados na pesquisa, com operadores treinados, constituirão um sistema de informação capaz de satisfazer as necessidades institucionais da Fundação. Nesse aspecto, facilmente observa-se o sistema de informação como um conjunto composto por várias componentes eletrônicos e manuais, envolvendo computadores, pessoas, processos, etc., e que permite organizar, produzir, recolher, armazenar e distribuir dados para quem usa o sistema envolvido. Esses dados são fundamentais principalmente para os que gerem um órgão público, pois neles estão acessíveis de forma rápida e com um mínimo de risco possível todas as 19 informações essenciais para maioria das tomadas de decisões por parte dos gestores nos diversos níveis administrativos, sendo visíveis suas vantagens e objetivos. A organização deve ter um papel imprescindível, devendo ser considerada como uma componente do sistema de informação, pois representa a maneira como são organizados os processos e as pessoas para o recolhimento, o tratamento e o armazenamento da informação. Estando diretamente ligada ao output, a informação deve ser organizada de forma lógica, podendo ser facilmente acessada pelo peopleware, elemento fundamental para o correto funcionamento do sistema de informação. O objetivo primordial do sistema de informação para a instituição, além de armazenar e fornecer dados organizados de forma precisa e segura, deve ser o de auxiliar a instituição a reduzir custos, aumentar a oferta de bens e serviços, qualificar o atendimento aos usuários, melhorar a satisfação da sociedade em relação aos serviços ofertados pela instituição, bem como manter a qualidade do serviço público prestado à população. 6 FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS De acordo com (Silberschatz et. al., 2005; Tanenbaum, 2010), existem dois modos distintos de conceituar um sistema operacional: pela perspectivado usuário ou programador (visão top-down): é uma abstração do hardware, fazendo o papel de intermediário entre o aplicativo (programa) e os componentes físicos do computador (hardware). Na visão bottom- up, de baixo para cima: é um gerenciador de recursos, controla quais aplicações (processos) podem ser executadas, quando, que recursos (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados. A sigla usual para designar esta classe de programas é SO (em português) ou OS (do inglês Operating System). Um sistema operacional pode ser visto como um programa de grande complexidade que é responsável por todo o funcionamento de uma máquina desde o software a todo hardware instalado na máquina. Assim, segundo a definição de Sillberschatz (2005): Um sistema operacional é um programa que atua como intermediário entre o usuário e o hardware de um computador. O propósito de um sistema operacional c fornecer um ambiente no qual o usuário possa executar programas. O principal objetivo de um sistema operacional é, portanto, tornar o uso do sistema de computação conveniente. Uma meta secundária é usar o hardware do computador de forma eficiente (SILLBERRSCHATZ, 2005, pg. 03). É possível compreender que todos os processos de um computador estão por trás de uma programação complexa que comanda todas as funções que um usuário específico impõe 20 à máquina. Para isso, vários sistemas operacionais são utilizados diariamente em computadores domésticos e de diversas instituições públicas ou privadas, tais como o Windows, Linux e Mac OS X. O sistema operacional é a peça mais básica de software e opera em modo núcleo (também chamado modo supervisor). Nesse modo ele tem acesso completo a todo o hardware e pode executar qualquer instrução que a máquina seja capaz de executar. O resto do software opera em modo usuário, no qual apenas um subconjunto de instruções da máquina está disponível (TANENBAUM, 2010, pg. 01). O sistema operacional dá partida com a iniciação de processos que este irá precisar para funcionar corretamente. Esses processos poderão ser arquivos que necessitam, frequentemente, serem atualizados, ou diretórios que processam dados úteis para o sistema. Desta forma é possível ter acesso a vários processos do sistema operacional a partir do gerenciador de tarefas, onde se encontram todos os processos que estão em funcionamento desde o arranque do sistema até a sua utilização atual. Um sistema operacional possui pelo menos quatro funções básicas: gerenciamento de processos; gerenciamento de memória; sistema de arquivos e entrada e saída de dados. A função de cada uma delas será especificada a seguir. Gerenciamento de processos: Parafraseando Tanenbaum (2010) e Sillberschatz (2005), o sistema operacional multitarefa é preparado para dar ao usuário a ilusão que o número de processos em execução simultânea no computador é maior que o número de processadores instalados. Cada processo é realizado dentro de um lapso de tempo, havendo alternância entre vários processos, estes são tão rápidos que o usuário acredita que sua execução é simultânea. Gerenciamento de memória: Pode-se também visualizar a utilização da memória por cada processo, no caso do sistema operacional começar mostrar erros ou falhas de acesso a programas tornando-se lento, podendo-se verificar no gerenciador de tarefas qual dos processos estar impossibilitado ou com elevado número de processamento a ponto de afetar o funcionamento normal da memória (TANENBAUM, 2010; SILLBERSCHATZ, 2005). Como um sistema operacional está intimamente ligado aos mecanismos de entrada e saída (I/O) de um computador, [...] o sistema operacional precisa garantir a operação correta do sistema de computação. Para que os programas de usuário não interfiram na operação adequada do sistema, o hardware deve fornecer os mecanismos apropriados para garantir o comportamento correio. [...]. Um sistema de computação de uso geral moderno consiste em uma CPU e em uma série de controladoras de dispositivos que são conectadas através de um barramento comum que fornece 21 acesso à memória compartilhada. Cada controladora de dispositivo está encarregada de um tipo específico de dispositivo (por exemplo, unidades de disco, dispositivos de áudio e monitores de vídeo). A CPU e as controladoras de dispositivo podem executar de modo concorrente, competindo pelos ciclos de memória. Para garantir o acesso correto ã memória compartilhada, uma controladora de memória é fornecida e sua função é sincronizar o acesso à memória (SILLBERSCHATZ, 2005, pg 16). Desta forma, o sistema operacional tem acesso completo à memória do sistema, devendo permitir que os processos dos usuários tenham acesso seguro à memória quando o requisitam. Diversos sistemas operacionais usam memória virtual, possuindo três funções básicas: assegurar que cada processo tenha seu próprio espaço de endereçamento, começando em zero, para evitar ou resolver o problema de relocação; prover proteção da memória para impedir que um processo utilize um endereço de memória que não lhe pertença; possibilitar que uma aplicação utilize mais memória do que a fisicamente existente (TANENBAUM, 2010; SILLBERSCHATZ, 2005). Sistema de arquivos: A memória principal do computador é volátil, e seu tamanho é limitado pelo custo do hardware. Assim, os usuários necessitam de algum método para armazenar e recuperar informações de modo permanente. Um arquivo é um conjunto de bytes, normalmente armazenado em um dispositivo periférico não volátil (p.ex., disco), que pode ser lido e gravado por um ou mais processos. Fazendo analogias, tal organização assemelha-se a uma biblioteca escolar (TANENBAUM, 2010; SILLBERSCHATZ, 2005). O bibliotecário organiza os livros conforme os seus próprios padrões lógicos, procurando facilitar o acesso às informações sem ocupar espaços desnecessários, assegurando a integridade dos arquivos. Organiza os livros segundo suas características (tema, formato, etc.) e após ou durante a organização, cria uma lista com todos os livros da biblioteca, com seus assuntos, localizações e códigos respectivos (TANENBAUM, 2010; SILLBERSCHATZ, 2005). Entrada e saída de dados: Sistemas operacionais controlam e gerenciam a entrada e saída (E/S) de dispositivos por três razões: Primeiro, porque a maioria do hardware do dispositivo utiliza uma interface de baixo nível, a interface do software é complexa. Em segundo lugar, porque um dispositivo é um recurso compartilhado, um sistema operacional fornece acesso de acordo com as políticas que tornam a partilha justa e segura. Em terceiro lugar, um sistema operacional 22 define uma interface de alto nível que esconde detalhes e permite que um programador possa usar um conjunto coerente e uniforme das operações ao interagir com os dispositivos. [...]. Computadores modernos são constituídos de processadores, memórias, temporizadores, discos, dispositivos apontadores tipo mouse, interfaces de rede, impressoras e uma ampla variedade de outros dispositivos. Segundo essa visão, o trabalho do sistema operacional é fornecer uma alocação ordenada e controlada de processadores, memórias e dispositivos de E/S entre vários programas que competem por eles (TANENBAUM, 2010, pg. 04). O subsistema de E/S pode ser divididos em três peças conceituais: uma interface abstrata que consiste funções de E/S de alto nível que os processos possam usar para executar I/O; um conjunto de dispositivos físicos; e software de driver de dispositivo que conecta os dois. Assim, “quando um computador (ou uma rede) tem múltiplos usuários, a necessidade de gerenciare proteger a memória, dispositivos de E/S e outros recursos é muito maior, já que, de outra maneira, os usuários poderiam interferir uns nos outros” (TANENBAUM, 2010, pg. 04). 7 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Desenvolvimento sustentável e sustentabilidade tornaram-se temas recorrentes nos diversos setores da sociedade, pois a modificação do meio ambiente causada pelo avanço tecnológico e industrial tem acarretado considerável desequilíbrio ecológico, atingindo, também, uma parcela considerável da população através dos autos índices de ocorrência de cânceres, problemas respiratórios, síndromes desconhecidas nos ambientes hospitalares. Apesar de uma das principais causas do desequilíbrio ambiental ser o aumento significativo da população, esse não pode ser considerado o único motivo do dilema ambiental. Outros eventos contribuíram, como as transições: tecnológica, industrial, cultural, demográfica e a globalização. O século XX foi considerado pelo historiador Eric Hobsbawn “A era dos Extremos”, desafios e conflitos se tornaram mais evidentes nesse século (HOBSBAWN, 1994, apud HOGAN; MARANDOLA JR; OJIMA, 2010). A ONU compartilha com esta ideia quando afirma que a partir de meados do século XX o homem modificou de forma rápida e intensa os ecossistemas em um nível jamais visto em outros períodos da humanidade, decerto para atender as demandas crescentes como água doce, energia, etc. (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011). Naturalmente esta demanda crescente não foi somente para atender as necessidades básicas, mas também em razão de um novo estilo de vida da população que se sente atraída pela oferta de produtos, equipamentos, aparelhos cada vez mais sofisticados e as novas 23 tecnologias que diariamente emergem. Os desejos da sociedade são ininterruptos e ilimitados, gerando uma extração de recursos e/ou geração de dejetos maior que a capacidade do ecossistema de reproduzi-los ou reciclá-los. Entretanto, os órgãos públicos que, naturalmente, representam a atuação do Estado diante da população, devem ir em sentido contrario ao da sociedade, não querendo dizer que se deva deixar de lado o do uso de novas tecnologias em detrimento da sustentabilidade, pelo contrário, a administração pública deve ser a primeira a dar exemplo no sentido de utilizar-se de recursos tecnológicos, porém com considerável preocupação com o desenvolvimento sustentável. Desta forma, a Constituição Federal em seu art. 225, expressa: “art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 2015). Assim, o desenvolvimento sustentável é condição sine qua non para que se tenha um meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, garantida a todos como um direito fundamental pela nossa Constituição de 1988. Nesse sentido, a instituição pesquisada demonstra preocupação, cada dia maior, quando o assunto é o desenvolvimento sustentável, pois foi possível verificar que no interior da Fundação há a coleta seletiva de lixo, doação de papel inutilizado para reciclagem, há um trabalho de controle e eliminação do desperdício de energia e, por fim, a substituição de equipamentos antigos que consumiam muito mais energia por equipamentos mais atuais, demonstra que o investimento num ambiente ecologicamente correto, a médio e longo prazo proporcionará retorno do recurso público gasto na produção de bens e serviços que atendam critérios de sustentabilidade. Com isso, os sistemas de gestão podem receber certificações, para fazê-lo devem submeter esse sistema a um Organismo externo, no caso da NBR 16001 é denominado de Organismo de Certificação de Sistema de Gestão da Responsabilidade Social (OCR), que por sua vez é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012). Portanto, a administração pública, no caso da repartição pesquisada, tem estabelecido mecanismos legais para aquisição de produtos que estejam dentro das especificações ambientais palpáveis, contrapondo critérios de sustentabilidade na aquisição de bens e serviços, estipulando metas para se evitar o desperdício e com isso reduzir gastos com energia diminuindo o consumo quando desnecessário. 24 CONCLUSÃO O presente projeto buscou associar os conhecimentos adquiridos em sala de aula e materiais didáticos disponíveis na plataforma online com as atividades exercidas pela instituição pesquisada, a fim de potencializar os conhecimentos adquiridos através da vivência, ponto em prática as primeiras impressões profissionais advindas do curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Unip. Nesse processo, a Estatística teve papel fundamental ao fornecer informações importantes quanto ao objeto foco da pesquisa, nesse casso, os sistemas computacionais e seus componentes utilizados pela instituição, dando ao projeto suporte para que a pesquisa pudesse ser analisada de forma mais abrangente. No decorrer do projeto abordou-se sobre a comunicação aplicada dentro da instituição pública, observando a importância que deve ser dada a ela para que documentos oficiais, bem como relações interdepartamentais e interpessoais possam fluir alcançando objetivos claros no momento que em a informação é propagada. A arquitetura e organização de computadores tem ligação estreita com os princípios de sistemas de informação e sistemas operacionais, pois nos computadores modernos os hardwares necessitam ser compatíveis com os requisitos mínimos de sistema ou vice-versa, para que ocorra um desempenho satisfatório de máquina e sistema, assim, muitos conceitos foram revistos e contextualizados dentro do projeto. Por fim, a literatura exerceu os fundamentos indispensáveis para a análise do projeto, enriqueceu sobremaneira o conhecimento do autor, aprofundando temas e conceitos vitais que serão relevantes no decorrer do curso, servindo de suporte para outras disciplinas. Desta forma, pretendeu-se construir uma base sólida de conhecimentos para uma estrutura profissional que atenda aos anseios mercadológicos para o analista de TI. 1 BIBLIOGRAFIA BARBIERI, J.C.; CAJAZEIRA, J.E.R. Responsabilidade social em empresarial e empresa sustentável – da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2012. BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. 2ª Ed. Revista e atualizada. Brasília: Presidência da República, 2002. CRESPO A. A. Estatística Fácil. 18ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2004. DOWNING, D. Estatística Aplicada. 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2002. FALCO, Javert Guimarães. Estatística aplicada. Cuiabá: EdUFMT; Curitiba: UFPR, 2008. HOGAN D.J.; MARANDOLA JR E.; OJIMA R. População e Ambiente: Desafios e Sustentabilidade. São Paulo: Blucher, 2010. MARCONI, Marina de A; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas Editora, 2002. MORETTIN, L.G. Estatística Básica. 7ª Ed. São Paulo: Pearson, 2000. PALUDO, Augustinho. Administração Pública. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2013. PEREIRA, A.C.; SILVA, G.Z. CARBONARI, M.E.E. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011. RENNÓ, Rodrigo. Administração para Concursos. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2013. STALLINGS, William. Arquitetura e Organização de Computadores. 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