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REVISÃO TSP IV

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Quando as coisas quebram, não é a quebra real que os impede de voltar a ficar juntos novamente. É porque um pequeno pedaço se perde - as duas extremidades restantes não poderiam caber em conjunto, mesmo se quisessem. A forma inteira mudou.
(Will e Will - Um Nome, Um Destino)
John Green
REVISÃO TSP IV – AV1
Introdução à Psicologia Cognitiva
Como podemos conceituar a cognição?
A psicologia cognitiva está preocupada em estudar como as pessoas percebem, aprendem, lembram-se e pensam.
Visa compreender as alterações nesses fatores e as relações entre pensamento e comportamento. 
A Psicologia Cognitiva hoje está fundamentada em pressupostos teóricos que fundamental uma abordagem de atuação em vários contextos da psicologia. 
O estudo da Psicologia Cognitiva está relacionada com a história da psicologia e o desenvolvimento do Behaviorismo. 
Deve-se estudar a psicologia cognitiva enquanto uma possibilidade de compreensão das abordagens como um todo, fundamentando uma formação generalista.
Deve-se ainda se ater ao estudo da psicologia cognitiva para compreender os processos de aprendizagem e pensamento dos seres humanos e as patologias que podem estar envolvidas nos processos.
Duas abordagens da compreensão humana são fundamentais na construção da Psicologia Cognitiva:
1 . Filosofia preocupa-se em entender a natureza em geral utilizando o método da Introspecção. 
2 . Fisiologia busca a compreensão científica de funções vitais da matéria viva, utiliza o método empírico.
Método empírico está voltado para a realização de experiências com o objeto de estudo. 
Para Platão a forma de se compreender o mundo deveria ser através do RACIONALISMO 
Aristóteles por sua vez compreendia que só podemos obter conhecimento através das experiências e da observação, utilizando uma visão EMPIRISTA.
Esta polaridade teórica determinou o surgimento de várias escolas em psicologia. 
Locke ajudou a fundamentar algumas teorias sobre a forma como aprendemos no mundo e defendia que o ser humano é uma “tabula rasa” uma folha em branco. 
Influenciada pelas escolas de pensamento da filosofia a psicologia se constitui enquanto ciência.
A primeira grande escola de pensamento da psicologia surge com o nome de Estruturalismo. 
Estruturalismo visa compreender a estrutura da mente e suas percepções a partir dos seus componentes construtivos.Identificava não a caneta mas as cores e formas que constitui a caneta ou seja a sua estrutura. 
Wilhelm Wundt (1832-1920) pai da psicologia e principal autor de referência do Estruturalismo.
Outra escola de pensamento da psicologia que ajudou a fundamentar a psicologia cognitiva foi a do Funcionalismo que visa compreender os processos de pensamento e a forma como pensamos, bem como as suas funções. 
As duas escolas demonstravam a dualidade presente em outros autores da filosofia.
De um lado a necessidade de se estudar as estruturas das sensações e do outro a necessidade de se estudar as funções do pensamento. 
Outras influencias marcantes a psicologia cognitiva recebe do Associacionismo.
Associacionismo: escola teórica que compreende que os eventos e ideias podem tornar-se associados uns com os outros. 
Pesquisas de Thorndike sobre a aprendizagem através da satisfação, desenvolvendo a “lei do efeito” ajudaram a compreender a forma como aprendemos através do ambiente.
Pavlov identifica então que comportamento, mesmo os involuntários, podem ser condicionados. 
Surge o Behaviorismo enquanto escola de pensamento e prática da psicologia. 
Behaviorismo atende à demanda de que a psicologia deveria tornar-se mais científica. Utilizando o método da observação do comportamento direto torna esta uma possibilidade. 
O Behaviorismo por sua vez desconsidera qualquer fenômeno mental em função de fortalecer a sua perspectiva teórica.
John Watson, desenvolvedor do Behaviorismo Radical, dava maior ênfase na pesquisa experimental e de participantes animais e humanos. 
Outro autor importante na história do comportamentalismo é B. F Skinner.
Skinner compreende que qualquer comportamento humano poderia ser explicado pelo condicionamento operante contingente. 
Karl Spencer Lashley (1890 – 1958) questionava a visão behaviorista de que o cérebro humano é passivo aos estímulos ambientais.
Para Lashley o cérebro seria um organizador dinâmico do comportamento, tornando possível atividades complexas organizadas. 
Skinner não absorve as críticas ou os conceitos desenvolvidos pelos seus colegas e publica mais trabalhos argumentando como todos os fenômenos humanos podem ser explicados pelas contingências ambientais. 
Tal postura mais dogmática fizeram com que outros autores defendessem posições contrárias as de Skinner.
Chomsky argumentava que a linguagem apresenta características criativas e adaptativas que não poderiam ser aprendidas pelas contingências do ambiente. 
Chomsky enfatizava aspectos biológicos no desenvolvimento de pensamentos superiores.O autor afirmava que as crianças poderiam produzir sentenças sem que as mesmas tivesse sido expostas a tais condições anteriores. 
Argumentava ainda que as crianças apresentavam um dispositivo de aquisição da linguagem que era inato e facilitava o processo de entendimento e desenvolvimento do seu idioma ou de outro que lhe era apresentado. 
No final da década de 50 alguns estudos voltados para a área da computação e da inteligência artificial trouxeram novos argumentos para a discussão.
Alguns psicólogos estavam interessados no processo de comunicação entre seres humanos e máquinas e queriam organizar os processos de pensamento e de linguagem das máquinas. 
O processo de construir inteligências artificiais caracterizam o desenvolvimento de estruras e teorias sobre a inteligência e a forma como pensamos. 
Possibilitar às maquinas o desenvolvimento de um pensamento próprio foi bastante estimulante para muito teóricos da área. 
Durante a década de 60 as críticas ao behaviorismo fora mais acirrada em função dos avanços em várias áreas da ciência que valorizavam cada vez mais os aspectos cognitivos.
Neisser trás então o conceito de psicologia cognitiva: seria o estudo de como as pessoas aprendem. 
Observamos que na década de 70 a psicologia cognitiva já estava amplamente reconhecida enquanto um campo de atuação e área de conhecimento da psicologia, configurando como uma crítica ao behaviorismo e uma ampliação de seus aspectos teóricos. 
Boa parte dessa aceitação da psicologia cognitiva dentro das esferas das ciências se deveu ao seu processo rigoroso de produção de conhecimento.
A psicologia cognitiva utiliza de vários métodos científicos para a produção de suas teorias e hipóteses. 
Em seu processo básico de desenvolvimento de conhecimento a Psicologia Cognitiva utiliza a coleta de dados, o desenvolvimento da teoria, a formulação de hipóteses, a testagem e aplicação das hipóteses. 
Outra característica importante na produção científica da Cognitiva é a utilização de estatística em seus estudos.
Observa-se o valor da realização de experimentos e da mensuração estatística para a análise dos resultados e fidedignidade dos mesmos.
Podemos identificar seis tipos principais de estudos realizados pela Cognitiva:
Experimentos controlados e de laboratório.
Pesquisa Psicológica. 
Auto-avaliações.
Estudos de Caso.
Observação Naturalista
Simulações por computador e inteligência artificial. 
Como é uma área que apresenta estudos variados o interessante é que os resultados similares possam ser encontrados em estudos diferentes.
Todo este rigor científico e diversificação no método de estudo possibilitou a Cognitivar o desenvolvimento de um relacionamento produtivo com outras áreas do conhecimento humano. 
RACIONALISMO X EMPIRISMO
O pensamento dos séculos XVII e XVIII - A Idade Moderna
A Idade Moderna, inaugurada como o Renascimento, época ainda de transição entre o "novo" e o "velho", se estabelece de fato como os séculos XVII e XVIII. 
Os dois grandes movimentos filosóficos dos séculos XVII e XVIII sãoo Racionalismo, corrente vinculada ao pensamento francês, e o Empirismo, tendência positiva e prática, expressa pela cultura anglo-saxônica. 
A Razão
Ainda que a "razão" seja um componente básico de todas as manifestações da filosofia ocidental, no pensamento moderno adquire característica e importância inusitadas. 
Enquanto na Antiguidade é considerada propriedade inteligível da Natureza e, na Idade Média, uma luz cedida por Deus ao homem para que bem a utilize, na filosofia moderna a "razão" é determinada como uma faculdade autônoma, que possui finalidade própria. 
Em outras palavras, torna-se, por excelência, veículo de análise e de entendimento do Real, que caracteriza, de modo específico, o ser ou a substância racional, isto é, o homem. E, se por um lado se afirma veículo cognitivo do Real, por outro se estabelece como órgão experimental da mesma Realidade. Quer dizer, as construções racionais (Racionalismo) se aliam aos dados da experiência (Empirismo) 
Ser X Conhecer
De Descartes aos empiristas ingleses (e até Kant, inclusive), a "razão" será sempre compreendida de acordo com um espaço subjetivista. Ou seja, como o vetor que observa e examina os meios e condições do conhecimento. 
Será a estrutura do "subjetivo", configurando as formas do saber humano. Ao caráter naturalista que apresenta "a razão" no Renascimento, é acrescentado, assim, um antropologismo. 
Por tais motivos podemos afirmar que a filosofia antiga e a medieval preocupam-se mais com o Ser, enquanto a filosofia moderna com o conhecer .
Preocupação fundamental
Desse modo, constatamos que Racionalismo e Empirismo expressam em comum uma preocupação fundamental para com o problema do conhecimento, ponto de referência básico da filosofia moderna.
Não obstante essa conformidade, Racionalismo e Empirismo constroem teorias do conhecimento diversas: intelectualista e sensitista, respectivamente. 
A priori X A posteriori
Ambos os movimentos possuem ligações com as ciências naturais e exatas, que alcançam um grande desenvolvimento naquelas duas centúrias: física, astronomia, mecânica, matemática. Mas, enquanto o Racionalismo utiliza de preferência o a priori dedutivo da matemática, o Empirismo opta pelo a posteriori indutivo da experimentação.
O fenômeno
Outro ponto em comum entre as duas correntes é o Fenomenismo, porquanto o sujeito conhece, não as coisas, mas as suas representações.  Dentro do critério subjetivista, os conhecimentos adquiridos são impressões que as coisas exercem sobre o sujeito cognoscente, sobre o intelecto, afirma o Racionalismo; sobre os sentidos, afirma o Empirismo. O conhecido é sempre considerado uma representação, uma cópia, um fenômeno.
RACIONALISMO
 O Racionalismo dos séculos XVII e XVIII é a doutrina que afirma ser a razão o único órgão adequado e completo do saber, de modo que todo conhecimento verdadeiro tem origem racional. Por tal motivo, essa corrente filosófica é chamada de Racionalismo "gnoseológico" ou "epistemológico". A importância conferida à razão por Descartes e pelos cartesianos seus seguidores é um modo de racionalizar a Realidade, um lastro "metafísico" de cunho racional.
O Racionalismo Cartesiano
Descartes (1596-1650) afirmava que, para conhecer a verdade, é preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida. Aplicação metódica da dúvida
COGITO ERGO SUN
É preciso colocar em dúvida a existência de tudo que constitui a realidade e o próprio conteúdo dos pensamentos.A única verdade livre das dúvidas:PENSO, LOGO EXISTO
O “eu” cartesiano é puro pensamento (res cogitans), um ser pensante, já que, no caminho da dúvida, a realidade do corpo (res extensa), coisa externa, foi colocada em questão.
A partir da intuição primeira (penso, logo existo, Descartes distingue o universo das idéias duvidosas do universo das idéias claras e distintas.
As idéias claras e distintas são as idéias inatas, verdadeiras, não sujeitas ao erro, pois não vêm de fora, mas do próprio sujeito pensante.
Método Cartesiano (Dedução)
No discurso do método, Descartes enumera quatro regras básicas capazes de conduzir o espírito na busca da verdade:
Regras de evidência: só aceitar algo como verdadeiro desde que seja evidente (idéias claras e distintas) – Idéias Inatas.
Regras de análise: dividir as dificuldades em quantas partes forem necessárias à resolução do problema.
Regras de síntese: ordenar o raciocínio (problemas mais simples aos mais complexos).
Regras de enumeração: realizar verificações completas e gerais para garantir de que nenhum aspecto do problema foi omitido
EMPIRISMO
Em termos gerais, o Empirismo é a doutrina filosófica segundo a qual o conhecimento se determina pela "experiência" (empeiría). Neste sentido, o Empirismo é usualmente contraposto ao Racionalismo que prescreve um conhecimento fundado na "razão" (ratio). 
Ainda que o termo "empirismo" tenha sido atribuído a um grande número de posições filosóficas, a tradição prefere aceitar como "empiristas" aqueles pensadores que afirmam ser o conhecimento derivado exclusivamente da "experiência" dos sentidos, da "sensação" ou da "emperia". 
...De acordo com a teoria de que o espírito, a mente, seja uma tabula rasa, uma superfície maleável às impressões da experiência externa, o Empirismo pode ser estimado sob um prisma psicológico e outro gnoseológico. À medida que a fonte do conhecimento não é a "razão" ou o pensamento, mas a "experiência", a origem temporal de conhecer é concebida como resultado da experiência externa e interna - aspecto psicológico -, e, por conseguinte, só o conhecimento "empírico" é válido - o aspecto gnoseológico.
Do ponto de vista gnoseológico, o Empirismo rechaça o inatismo (doutrina que se entrelaça com o Racionalismo), que admite a existência de um sujeito cognoscente (a mente, o espírito) dotado de "idéias inatas", isentas de qualquer dado da "experiência". Ora, o Empirismo, ao contrário, afirma que o sujeito cognoscente é uma espécie de tabula rasa, onde são gravadas as impressões decorrentes da "experiência" com o mundo exterior.
O Empirismo, paralelamente ao Racionalismo continental, desenvolve-se na Inglaterra, com suas características próprias, do século XVI ao XVIII. Ao contrário do Racionalismo, a corrente inglesa apresenta uma preocupação menor pelas questões rigorosamente metafísicas, voltando-se bem mais para os problemas do conhecimento (que não deixam de incluir uma metafísica). Seu método a posteriori, utilizando as ciências positivas, estabelece uma psicologia e uma gnoseologia sensistas, baseadas essencialmente nos "sentidos", na "sensação" (sensus).
Do ponto de vista político e ideológico tais pensadores ingleses lançam as raízes das idéias que, talvez, mais profundamente vão influir na transformação da sociedade européia e vão determinar, assim, a estrutura da Europa dos séculos XVIII e XIX. A psicologia e gnoseologia sensistas, a crítica ao dogmatismo racionalista, os princípios liberais, o deísmo ou "religião natural", a moral utilitária e o pragmatismo da filosofia do "senso comum" ou common sense (reação prática ao ceticismo metafísico), e os ideais do Iluminismo são elementos que possuem sua origem e fundamento nas doutrinas e nos sistemas daqueles pensadores ingleses dos séculos XVII e XVIII, repercutindo no processo histórico-cultural da Europa vindoura (principalmente na França e na Alemanha). 
Síntese do pensamento de Hegel - A dialética
❖ O processo dialético tem um momento positivo (tese) ao qual se contrapõe um momento negativo (antítese). A contradição estrutural entre tese e antítese será resolvida por um terceiro momento, que supera os dois anteriores: a síntese. 
❖ Esse terceiro momento se afirmará, tornando-se uma nova tese, de forma a possibilitar um novo ciclo dialético. 
❖ Essa estrutura é aplicada a todos os campos do real, desde a aquisição do conhecimento até os processos históricos e políticos. Desde as antigas civilizações do oriente até a concepção de Estado Moderno, constando nesse ínterim, acontecimentos comoo surgimento da filosofia, o iluminismo e a Revolução Francesa. Ou seja, a história estaria dividida em três etapas, correspondendo exatamente à TESE, ANTÍTESE e SÍNTESE. A SÍNTESE representa a superação da contradição.
Tese Ideia Dialética ( dinâmica lógica) Lógica 
Antítese Natureza Espaço/Tempo Geometria 
Síntese	 Espírito	 Tempo 	 História 
René Descartes (1596-1650) Racionalismo Cartesiano
Filósofo, físico e matemático francês que estabeleceu os fundamentos filosóficos do que hoje se denomina ciência moderna. 
A sua obra “ discurso do método ” descreve todas as suas principais ideias, sendo uma delas a conceção tradicional do mundo. 
Principais ideias: “Se nada é seguro, então só o erro é certo” .
	Descartes tenta combater o ceticismo, procurando um método que conduzisse a razão à verdade. 
Dúvida Cartesiana
Metódica : meio utilizado para descobrir o absolutamente certo; é uma ferramenta da razão que permite evitar o erro.
Provisória : duvidar tem por finalidade alcançar uma verdade que resiste à duvida.
Universal 
Hiperbólica : apenas o certo é indiscutível , sendo que tudo o que não resiste á dúvida é falso e, por isso, deve ser rejeitado. 
Primeiro princípio: cogito
Rejeitou toda a informação que tem por base os sentidos
Rejeitou o conhecimento racional 
Rejeitou tudo o que estava na sua mente 
Surge uma certeza incontestável: existência do sujeito que duvida. 
				
 “Penso, logo existo” Cogito
O Cogito é…
Uma verdade absolutamente primeira
Uma verdade estritamente racional
Uma verdade exclusivamente a priori 
Uma verdade indubitável
Uma verdade evidente, uma ideia clara e distinta 
Para um conhecimento ser verdadeiro tem de ser evidente.
Todas as coisas que são concebidas distinta e claramente são verdadeiras. 
Tipos de ideias
Adventícias - Surgem através do mundo exterior (experiência) 
Ideias- O que está na mente de qualquer ser pensante
Inatas - Nascemos com elas.
Factícias- São originadas na imaginação
Pilares principais da teoria do conhecimento
Cogito - Primeiro conhecimento certo e distinto que encontra
Deus - Garante que sempre que encontrar algo mais com carater de evidência, pode considera-lo verdadeiro 
Críticas ao racionalismo cartesiano
Exclusivista 
 A razão é a única fonte de conhecimento, visto que a experiência não é fidedigna. Tendo em conta isto, Descartes afirma que pessoas sem experiência nenhuma têm ponto de partida para o conhecimento, mas os seus critérios defendem que não.
Dogmático
Aceita-se tudo depois de chegar à conclusão daquilo que acredita. Com a razão pode-se conhecer tudo.
Afirma a existência como predicado
Descartes deduz a sua existência a partir de Deus, mas Kant considera este argumento falso, visto que a “existência” não é uma qualidade. Ou seja, há uma passagem da ordem da lógica para a ontológica.
JOHN LOCKE
Seu livro mais importante chama-se “Um ensaio sobre o entendimento humano”, de 1690. Nele, Locke tenta explicar duas questões. Em primeiro lugar, ele pergunta de onde os homens tiram seus pensamentos e suas noções. Em segundo, pergunta se podemos confiar no que nossos sentidos nos dizem.
	Locke está convencido de que todos os pensamentos e noções são um reflexo daquilo que um dia já sentimos ou percebemos através de nossos sentidos. Antes de sentirmos qualquer coisa, nossa mente é uma “lousa em branco”. 
Então é a vez de nossos sentidos entrarem em ação: podemos ver o mundo à nossa volta, sentir o cheiro das coisas, seu gosto, podemos tocá-las e ouvi-las. E ninguém faz isto de forma mais intensa do que as crianças. Surgem assim as IDEIAS SENSORIAIS SIMPLES. Só que a mente não recebe passivamente essas impressões exteriores. Dentro da nossa mente também acontece algumas coisa. As ideias sensoriais simples são retrabalhadas pela reflexão, pela crença e pela dúvida. E o resultado disso, segundo Locke, são as IDEIAS DA REFLEXÃO.
Locke estabelece, portanto, a distinção entre “sensação” e reflexão”. Isto porque a mente e a consciência, não é um mero receptor passivo.
Locke afirma que através dos sentidos, não conseguimos senão impressões simples.
Exemplo da maçã: Quando como uma maçã posso senti-la em uma única e simples sensação. Na verdade, estou recebendo toda uma série de impressões simples: uma coisa vermelha, fresca, cheirosa, suculenta e de sabor levemente ácido. Só depois de já ter comido muitas maçãs é que posso pensar que estou comendo “uma maçã”. 
Seja como for, podemos ter certeza daquilo que vemos e ouvimos, de que sentimos o cheiro e o gosto, corresponde exatamente ao que sentimos. Na verdade, sim e não... 
Esta é a segunda questão que Locke se propõe a discutir. Primeiro ele explica de onde retiramos nossas ideias e noções. Em seguida ele pergunta se o mundo é realmente do jeito que nós o percebemos. E isto não é uma coisa absolutamente evidente. 
Locke estabelece a diferença entre aquilo que chama de qualidades sensoriais “primárias” e “secundárias”. E nesse ponto ele estende a mão aos filósofos que o precederam, como Descartes.
Por QUALIDADES SENSORIAIS PRIMÁRIAS Locke entende a EXTENSÇÃO, PESO, FORMA, MOVIMENTO E NÚMERO DAS COISAS. 
Com relação a essas propriedades podemos estar certos de que nossos sentidos reproduzem as verdadeiras propriedades das coisas. Mas nós também percebemos outras características das coisas. Dizemos que uma coisa é doce ou azeda, verde ou vermelha, quente ou fria. Locke chama isso de QUALIDADES SENSORIAIS SECUNDÁRIAS. Tais impressões sensoriais, como CORES, CHEIRO, GOSTO OU SOM, não reproduzem as características verdadeiras, presentes na coisa em si. Elas reproduzem apenas o efeito que essas características exteriores exercem sobre os nossos sentidos.
	“GOSTO NÃO SE DISCUTE.” 
Locke acredita no pensamento do direito natural e este é um traço racionalista que podemos identificar em seu pensamento. Outro traço é que Locke acredita que é inerente à razão humana saber que existe um Deus. Mas não deixa que essa problemática se reduza a uma questão de fé, para ele a ideia que o homem faz de Deus nasce da própria razão humana
Um empírico deriva todo o seu conhecimento do mundo daquilo que lhe dizem os seus sentidos. A formulação clássica de uma postura empírica vem de Aristóteles, para quem nada há na mente que já não tenha passado pelos sentidos. Essa ideia contém uma severa crítica a Platão, para quem o homem, ao vir ao mundo, trazia consigo ideias inatas do mundo das ideias. Locke repetiu as palavras de Aristóteles, mas o destinatário de sua crítica era Descartes.
Nós não nascemos com ideias inatas, ou com uma visão de mundo já formada. E nada sabemos sobre o mundo em que somos colocados antes de o percebermos com nossos sentidos. Quando pensamos alguma coisa, portanto, que não somos capazes de relacionar com os fatos vivenciados, este pensamento ou noção é falso. Por exemplo, quando empregamos a palavras como “Deus”ou “eternidade”, nossa razão está funcionando em ponto morto. Isso porque nunca ninguém vivenciou Deus ou a eternidade.
Para os empíricos britânicos era importante examinar todas as noções humanas, a fim de verificar se elas podiam ser comprovadas com experiências reais.
Os empíricos, ou filósofos da experiência, mais importantes foram Locke, Berkeley e Hume, todos ingleses. Os líderes entre os racionalistas do século XVII foram o francês Descartes, o holandês Spinoza e o alemão Leibniz. Por isso é que fazemos uma distinção entre empirismo inglês e racionalismo continental.
O PROCESSO DE CONHECIMENTO
Experiência - Objetos exteriores sensíveis Percebidos pela SENSAÇÃO: Percepções dos objetos externos Ex: A dureza e frieza do gelo.O aroma e brancura de uma flor.
Objetos internos da mente Percebidos pela REFLEXÃO: Operação da mente sobre si mesma (O que a mente faz e como faz) Ex: percepção, dúvida, vontade
IMMANUEL KANT
Sabemos que, para os racionalistas,a base de todo conhecimento humano estava na consciência do homem. E sabemos também que os empíricos queriam derivar as impressões dos sentidos todo o conhecimento do mundo. Além disso, Hume chamara a atenção para o fato de haver limites definidos para as conclusões que podemos tirar com a ajuda dos nossos sentidos.
	KANT achava que ambos tinham razão, mas que também tinham se enganado em alguns pontos. 
De qualquer forma todos eles haviam se dedicado à tarefa de investigar o que podemos saber do mundo. Este era o projeto filosófico comum a todos os filósofos depois de Descartes. Havia duas possibilidades em discussão: o mundo seria exatamente como nós o percebemos, ou como se mostra à nossa razão?
	Kant achava que tanto os sentidos quanto a razão eram importantes para a nossa experiência de mundo.
Contudo, ele achava que os racionalistas atribuíam uma importância exagerada à razão, enquanto os empíricos eram parciais demais ao defender a experiência centrada nos sentidos.
	Como ponto de partida, Kant concorda com Hume e com os empíricos quanto ao fato de que devemos todos os nossos conhecimentos às impressões dos sentidos. Mas, e nesse ponto ele concorda com os racionalistas, nossa razão também contém pressupostos importantes para o modo COMO percebemos o mundo à nossa volta. Em nós mesmos, portanto, existem certas condições que determinam nossa concepção do mundo.
Tudo o que você vê é parte do mundo que está fora de você mesmo, mas o MODO como você enxerga tudo isto que depende de você.
	Para Kant, também possuímos premissas em nossa razão, que deixam suas marcas em todas as nossas experiências.
	Não importa o que possamos ver, sempre percebemos o que vemos sobretudo como FENÔMENOS NO TEMPO E NO ESPAÇO. Kant chamava o tempo e o espaço de “formas de sensibilidade”. E ele sublinhava que essas duas formas já existem em nossa consciência antes de qualquer experiência.
Isso significa que podemos saber, antes de experimentar alguma coisa, que vamos experimentá-la como fenômeno no tempo e no espaço. Somos incapazes, por assim dizer, de não enxergarmos através da razão.
	Ou seja, o fato de percebermos as coisas no tempo e no espaço são inerentes à razão, e uma característica inata ao ser humano.
	O que vemos depende de termos crescido na Índia ou na Groenlândia. Em toda parte, porém, percebemos o mundo como algo no tempo e no espaço. E isto é uma coisa que podemos afirmar de antemão.
QUER DIZER QUE O TEMPO E O ESPAÇO NÃO EXISTEM FORA DE NÓS?!
Kant explica que o espaço e o tempo pertencem à condição humana. Tempo e espaço, são sobretudo propriedades da nossa consciência, e não atributos do mundo físico.
A consciência humana, portanto, não é uma placa que só registra passivamente as impressões sensoriais vindas de fora. Ela também é criativa; é uma instância formadora. A própria consciência coloca sua marca no modo como percebemos o mundo.
Kant afirma que não é apenas a consciência que se adapta às coisas. As coisas também se adaptam à consciência. O próprio Kant chama isso de “A VIRADA DE COPÉRNICO” na questão do conhecimento humano. Com isto quer dizer que esta reflexão é tão nova e tão radical em relação à tradição quanto a afirmação de Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol, e não o contrário.
Para Kant, até a lei da causalidade, que, segundo Hume, o homem era incapaz de experimentar, é elemento componente da razão humana.
Mas Kant considera uma propriedade da razão humana exatamente isto que, para Hume, não pode ser provado. A lei da causalidade é eterna e absoluta, simplesmente porque a razão humana considera tudo o que acontece dentro de uma relação de causa e efeito.
Kant diz que está dentro de nós, ele concorda com Hume em que não podemos saber com certeza como o mundo é “em si”. Só podemos saber como o mundo é “para mim” e, portanto, para todos os homens. A diferença é que Kant estabelece entre as “coisas em si” e as “coisas para nós” é a sua mais importante contribuição para a filosofia.
Nunca seremos capazes de saber com toda a certeza como as coisas “são em si”. Só podemos saber como elas “se mostram” a nós. Em compensação, podemos dizer com certeza como as coisas serão percebidas pela razão humana.
RACIONALISMO X IMPIRISMO
CONCLUSÃO
Vimos que no século XVII, a partir dos problemas gnosiológicos (relativo ao conhecimento), surgem duas correntes opostas: O RACIONALISMO E O EMPIRISMO. Exagerando, poderíamos dizer que o racionalismo é o sistema que consiste em limitar o homem ao âmbito da própria razão, e o empirismo é que limita ao âmbito da experiência sensível. Isso não quer dizer que o racionalismo exclua a experiência sensível, mas esta é apenas a ocasião do conhecimento e está sujeito a enganos. A verdadeira ciência se perfaz no espírito. Para o empirismo, ao contrário, a experiência é fundamental, e o trabalho posterior a razão está a ela subordinado. Como consequencia, os racionalistas confiam na capacidade do homem de atingir verdades universais, eternas, enquanto os empiristas terminam por questionar o caráter absoluto da verdade, já que o conhecimento parte de uma realidade in fieri (isto é, em transformação constante), sendo tudo relativo ao espaço, ao tempo, ao humano
O ESTRUTURALISMO, FUNCIONALISMO E O ASSOCIACIONISMO 
PRIMEIRAS ESCOLAS DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento. 
Tal fato se deve ao grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. 
Surgem no Sec.XIX as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia , as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.
Essas abordagens são:
Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927),
Funcionalismo, de William James (1842-1910), 
Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949).
ESTRUTURALISMO = Enfatizava a estrutura da mente 
Objeto de estudo => Consciência=> treinava seus observadores, mantendo condições constantes possíveis , a através de várias replicações das observações. Assim seria possível uma ciência da psicologia. (os processos mentais se agrupam da mesma maneira, o mesmo padrão, sempre que o organismo é posto nas mesmas condições.)
Investigação da consciência pela descoberta dos elementos da consciência => através da redução da experiência consciente a átomos ( irredutíveis / elementares).Buscava:
Identificar a estrutura da consciência ( identificando seus elementos);
Descobrir como eles se agrupavam e organizavam;
Determinar as causas dessa organização específica dos elementos. 
A psicologia estrutural de Titchener é uma ciência pura, sem preocupação pragmática ou utilitária => através da analise e síntese do estudado.
1910 => Distinção entre Mente e Consciência. 
Mente = soma total dos processos mentais que ocorrem durante a vida de um indivíduo.
Consciência = soma total dos processos que ocorrem no presente, “agora”. 
Para Titchener: os elementos básicos da consciência = 3 = sensações, imagens e sentimentos. 
Seu foco eram as sensações, as experiências sensoriais, que, para ele tinham quatro atributos primários: (caract. básicas de todas as sensações, num certo grau em toda experiencia) 
Qualidade: (frio, ruidoso, salgado) * 
Intensidade (mais ou menos ruidoso, mais ou menos brilhante) 
Nitidez (preciso x impreciso, definido x indefinido, dominante x difuso) 
Duração (o tempo da sensação)
A qualidade era o atributo mais interessante, por ser "o atributo que distingue cada processo elementar de todos os outros [... ] e que confere à sensação seu nome distinto e especial". 
Titchener procurava desenvolver a tabela periódica da psicologia = aos químicos que estavam identificando os elementos básicos do mundo físico. 
ESTRUTURALISMO
Também chamado de PSICOLOGIA INTROSPECTIVA 
Método = Introspectivo ( Observação / Experimento)
 Observação = 2 componentes
Atenção do fenômeno.
Anotação do fenômeno. 
INTROSPECÇÃO 
Olhar parafora = tipo de observação da física
Olhar para Dentro = tipo de observação da Psicologia 
Método = Introspectivo / olhar para dentro em Psicologia / percepção interior.
Titchener modificou o método introspectivo de Wundt ( quantitativo) Tornando-o mais próximo do de Külpe = INTROSPECÇÃO QUALITATIVA 
Consistia em, observadores descreverem o seu estado consciente após sujeitos a um dado estímulo. 
Titchener opôs-se à abordagem wundtiana no aspecto do uso de equipamentos e a sua concentração em medidas objetivas. 
ERRO DE ESTÍMULO 
Confusão entre o que estava sendo observado (maçã) com os elementos básicos do estímulo ( cor, textura, forma ).
Confusão entre o processo mental e o objeto da observação:
Fruta maçã x elementos como cor, brilho e forma ( ver uma maçã e a descrever como a fruta maçã ao invés de descrever seus elementos como a cor, o brilho e forma). 
Uma ciência pura, sem interesses utilitários ou aplicados, sem a preocupação com patologias, sistemas sociais ou econômicos ou condições culturais. 
Observadores devidamente treinados, seriam máquinas neutras e imparciais – não haveria interferência da subjetividade.
Objetivo era descobrir os chamados átomos da mente. 
CRÍTICAS AO ESTRUTURALISMO 
Introspecção: os treinamentos conduziam a observações parciais;
Acusado de artificial e estéril: a experiência não ocorre na forma de sensações, imagens ou estados individuais, mas em uma totalidade unificada.
CONTRIBUIÇÕES DO ESTRUTURALISMO
Consolida a identidade da Psicologia como ciência experimental;
 (utilização da tradição científica : observação, experimentação e 
 medição) 
Fortalece a identidade do objeto da Psicologia Científica; (a experiência consciente / consciência) 
O método da introspecção enquanto relato verbal continua a ser utilizado até hoje como relatos clínicos, testes de personalidade, etc..
Titchener leva a Psicologia Experimental para os USA e inaugura o campo das pesquisas psicológicas neste país.
Serviu de oposição e assim de meta de superação e de criação de novos caminhos na psicologia.
O movimento estruturalista morre junto com Titchener.
FUNCIONALISMO
È o modelo que substitui o Estruturalismo na evolução histórica da Psicologia.
Preocupa-se com o funcionamento da mente em seu processo de adaptação ao meio ambiente. Principal impulsionador William James. 
Tem como pano de fundo a teoria evolucionista ( Teoria de Darwin) -“A Origem das Espécies” data de 1859 (20 anos antes do Laboratório de Leipzig);
A Psicologia Funcionalista é o estudo das atividades e funções da mente. (Interesse => utilidade dos processos mentais para o organismo, nas constantes tentativas de se adaptar ao meio). 
É considerado o primeiro sistema genuinamente americano.
Nasce em oposição ao Estruturalismo de Titchener e à Psicologia Científica de Wundt ;
Tem como destino preparar o terreno para o nascimento do Behaviorismo. 
O funcionalismo traz uma visão mais utilitarista da Psicologia / Atitude geral pragmática . 
Preocupa-se com o funcionamento da mente em seu processo de adaptação ao meio ambiente. 
Enfatiza os atos ou processos mentais como objeto de estudo da psicologia em contraste com a escola estruturalista, que destaca os conteúdos conscientes.
O funcionalismo não pretendeu fundar ou sistematizar uma escola de psicologia; 
É mais um movimento onde vários tipos de escolas se aglutinam em torno no interesse das funções do organismo (no processo constante de adaptação ao meio). 
Pretensão = definir “ para que é” a mente e não “ o que é” a mente. Procurava entender a utilidade da mente. Para que servia ? O que fazia exatamente ?
O movimento funcionalista caracteriza a Psicologia Americana do início do século XX e seu impacto é enorme, pois vai mudar a forma de pensar a psicologia e ampliar os horizontes da profissão do psicólogo.
 
INFLUENCIAS BRITANICAS 
O trabalho de Darwin (1859).
O funcionalismo tratava de entender como a consciência capacitava o organismo a interagir e adaptar-se ao seu meio ambiente. 
William James (Principal precursor americano da psicologia funcional), 
G.Stanley Hall (herança mental e diferenças individuais) e James McKeen Cattell ( termo testes mentais) = tb influenciados por Darwin 
 ( Teoria Evolucionista).
O FUNCIONALISMO AMERICANO 
A PSICOLOGIA APLICADA 
A guinada para uma psicologia ligada aos problemas práticos: educação, trabalho, família, etc.
Os psicólogos precisavam sobreviver para além da academia. 
A psicologia podia e devia ajudar nos males sociais. 
Pragmatismo: a ciência e o conhecimento devem ser úteis.
ASSOCIACIONISMO / CONEXIONISMO - Edward L. Thorndike (1874-1949)
ASSOCIACIONISMO:UM CONJUNTO DE IDEIAS
     Segundo os autores, Melvin H. Marx e Willian A. Hillix ,ambos professores de Psicologia na Universidade de Missouri ,E.U.A,  e Universidade Estadual de San Diego, E.U.A. respectivamente, em seu livro Systems and Theories  in Psychology , traduzido por Álvaro Cabral, Sistemas  e teorias em Psicologia, o Associacionismo ,está enraizado na Filosofia, pois sua origem  remonta  a certas indagações tais como “Como é que sabemos” , essa  força subjacente em grande parte da Psicologia, faz com que as ideias associacionistas serem acampadas por todas as escolas . Os empiristas britânicos são os mais próximos do associacionismo, mesmo estando mais interessados em problemas epistemológicos do que psicológicos definiram os progressos psicológicos subsequentes.
     Os conceitos associacionistas substituíram as teorias de aprendizagem, Hermann Ebbinghaus modificou os estudos associacionistas, começando pela aprendizagem de sílabas sem sentido até a formação de associação, ou seja, do outro extremo dos estudos anteriores existentes, I.P.Pavlov, fisiologista russo ,contribui com a associação das conexões E-R , Estímulo – Resposta, então o reflexo condicionado torna a Psicologia objetiva, E.L. Thorndike, foi o maior representante do Associacionismo, pois trouxe para a Psicologia  a Lei de efeito, da qual falarei mais adiante.
     Aristóteles propusera que itens semelhantes ou opostos ou contínuos tendem a associar-se entre si, usado pelos empiristas britânicos, que adicionando o Princípio da Causalidade, sugerido por Berkeley, estudado por Hume, já o Princípio da Contiguidade é o mais aceito , diz que se duas coisas são experimentadas vizinhas e no tempo, o mais provável é que sejam associadas entre si, o Princípio da da Semelhança e do contraste é aceito por alguns e rejeitados por outros.
     THOMAS HOBBES(1588-1679), associacionista, filósofo, político, um dos fundadores do empirismo britânico, teve uma posição determinista e mecanicista, considerou a razão o fator dominante na orientação do comportamento  humano, recorre aos dados sensoriais e não aceita as ideias inatas, explicou sua teoria através da associação pelo Princípio da Contiguidade .
     JOHN LOCKE(1632-1704)-Fundador do empirismo britânico. Suas ideias se assemelhavam com  as ideias aristotélicas, acreditando que as ideias estão ligadas ordinariamente por conexões naturais, dando a entender   que os princípios associacionistas são úteis  para explicar as conexões anormais. Locke dizia também das qualidades primárias que são inerentes ao corpo, e qualidades secundárias que diz não ao objeto, mas a função da própria mente. Esta distinção foi mais tarde destruída por George Berkely(1685-1753) um idealista subjetivo, para ele a mente era a realidade fundamental, o problema principal era como a mente gera a matéria. Dizia que as qualidades primárias(Loocke) era função da percepção, e que a percepção da profundidade visual dependia da experiência.
     DAVID HUME- opondo-se a Descartes abriu caminho para o método experimental. O Princípio Causa e Efeito, estava intimamente ligado ao Princípio da Contiguidade, pois para ele , causa e efeito só torna uma ideia se a causa fosse contínua ao efeito. Não existindonas coisas observadas ,mas apenas na mente do observados, tendo uma estreita relação com a Contiguidade Temporal  e Espacial. Suas tendências céticas e antimetafísicas exerceram uma enorme influência em sua época, ele foi considerado um herói por tentar libertara Psicologia da Filosofia.
     O associacionismo se desenvolveu como sistema a partir do empirismo, no séc. XVIII por um médico erudito David Hartley que retomando A Associação de Ideias deLocke, fez sua psicologia em torno das associações formando o associacionismo  uma doutrina formal. David Hume (1705-1757),postulava a existência de ações vibratórias no Sistema Nervoso, correspondente as ideias e as sensações . Sendo que as sensações seriam vibrações mais intensas ,e as ideias seriam as vibrações menos intensas. A explicação ao prazer , a dor nas emoções e o significado das palavras explicou pela associação de ideias.
conjunta. O Princípio da criatividade , diz que a mente tem o poder de formar novas combinações diferentes de tudo que houver se apresentado no decorrer da experiência.
    O associacionismo britânico deixou um legado importantíssimo para a psicologia, o pensamento e a experimentação, em termos de Estímulo e resposta, tanto no modo básico de pensar ,até aqueles que assumem uma atitude mais crítica.
    A psicologia sistemática de estímulo –reação de Edward Lee Thorndike (1874-1949)é o que mais se aproxima do Associacionismo. Thorndike desenvolveu a aprendizagem humana na Psicologia Social e da educação ,começando em experimentos em aves, cães e depois em macacos. Puramente associacionista, dedicou o final de sua carreira no estudo da aprendizagem humana. Definiu Psicologia como o estudo das conexões ou vínculos  estímulo-reação. Seu mais importante postulado é que o comportamento pode ser analisado em termos das associações, outro postulado é que os processos comportamentais são quantificáveis. A contribuição mais conhecida e mais controvertida é a sua Lei de Efeito, que mostra a aprendizagem gradual da resposta correta até a eliminação gradual da incorreta , aprendizagem tentativa e erro. Em seus experimentos (1931 e 1932), viu que o castigo serve principalmente para fazer com que o organismo experimente  algo diferente e não para dissociar diretamente a resposta da situação, isso fez com que ele revesse a sua lei de efeito.
      Thorndike ainda fez o Princípio da Seleção – o homem tem a capacidade de terem comportamentos seletivos a esse comportamento, interpretou como criatividade no pensamento ( aprendizagem por influência).
     Thorndike, levou o associacionismo ao clímax pois aceitou os desafios e as críticas provando suas ideias. Fica evidente que suas contribuições de maneira direta e fatual que era característico de seu pensamento, com o mínimo de ambiguidade  vista em outros autores. Não podemos  deixar  de admirar a originalidade,  o vigor e a perseverança que trouxe para  a disciplina.
     O Associacionismo é um instrumento metodológico  fundamental na Psicologia ,pois a associação de variáveis é indispensável ,no entanto é preciso definir o que deve ser associado, quais as variáveis ,Thorindike enfatizou uma gama de variáveis, vários outros pesquisadores trouxeram contribuições  significativa, mas Skinner (1938) trouxe uma versão menos ortodoxa, e seu interesse concentrou-se no comportamento operante.
Thorndike => formulador da primeira TEORIA DE APRENDIZAGEM na Psicologia. 
Sua produção de conhecimentos pautava-se por uma visão de utilidade deste conhecimento.
O termo associacionismo origina-se da concepção de que:
 A aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias - das mais simples às mais complexas. 
 Assim, para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo.
Formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. 
De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito) o organismo assim que este emitir o comportamento. 
Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência. 
E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes. Por exemplo, se, ao apertarmos um dos botões do rádio, formos “premiados” com música, em outras oportunidades apertaremos o mesmo botão, bem como generalizaremos essa aprendizagem para outros aparelhos, como toca-discos, gravadores etc. 
Behaviorismo Metodológico
1ª geração de behavioristas: Ivan P. Pavlov, John B. Watson, Edward Thorndike 
Segundo Malerbi (2003), para o behaviorismo metodológico, o ambiente refere-se apenas às condições externas, neste sentido tal behaviorismo considera importante o critério de “verdade” via consenso público, ou seja, o qual só pode ser alcançado para eventos externos e públicos (visto igualmente por mais pessoas além do observador).
John B. WATSON 
1912: funda o behaviorismo 
Manifesto: “A Psicologia como o behaviorista a vê”
Negava a existência da mente como causa de comportamentos 
Hereditariedade e Ambientalismo → Interacionismo 
Estudo da psicologia de maneira objetiva: comportamentos observáveis - O fato observável deveria explicar outro fato observável, e não dar origem a um conceito 
Descrição, explicação, predição e controle 
Experimento pequeno Albert (medo condicionado)
Comportamento é multideterminado 
Comportamento é aprendido 
Análise do comportamento e não de suas causas subjacentes 
2 Fases:
Behaviorismo Metodológico 
Behaviorismo Radical
Condicionamento reflexo 
Comportamento Involuntário e eliciado produzido pelos estímulos especiais do meio. Mas também podem ser provocados por outros estímulos, que originalmente nada tem a ver com o comportamento, graças a associação entre estímulos. 
Reflexo = preparação mínima que os organismos têm para começar a interagir com seu ambiente para ter chances de sobreviver. É uma relação entre estímulo resposta S – R
ESTÍMULO: parte ou mudança em parte do ambiente 
RESPOSTA: parte ou mudança em parte no organismo 
Uma mudança no ambiente (estímulo – S) produz determinada mudança no organismo (resposta – R). 
O estímulo elicia a resposta 
“Na medida em que os aspectos do ambiente interno não são, e não podem ser observados por observadores independentes, eles não podem, ser objeto de uma ciência”. 
“O objeto de estudo pode ser somente o comportamento observável”. 
mesmo que não ignorasse os sentimentos, a subjetividade, Watson não acreditava que estes deveriam ser unidades de análise sobre o homem, enquanto um objeto de estudo.
2ª geração de behavioristas: 
Clark L. Hull, 
B. F. Skinner 
 Edward C. Tolman 
HABITUAÇÃO: quando um mesmo estímulo é apresentado várias vezes em curtos intervalos de tempo, na mesma intensidade, há um decréscimo na magnitude da resposta.
POTENCIAÇÃO: aumento da sensibilização ao reflexo. Behaviorismo Radical
Reflexo pode ser aprendido
Capacidade de aprender novos reflexos 
Reagir de formas diferentes a novos estímulos 
Condicionamento Pavloviano, Respondente ou Clássico
Ivan PAVLOV e o estudo das leis do reflexo 
salivação em cães 
1ª abordagem científica no estudo da aprendizagem 
Do Reflexo condicionado para o Condicionamento respondente
Um reflexo é condicionado a partir de outro existente.
Componentes do condicionamento:
SI - Estímulo incondicionado (comida)
RI - Resposta incondicionada - involuntária (salivação)
SC - Estímulo condicionado - antes era neutro SN (som)
RC - Resposta condicionada - aprendida (salivação na presença do som – relação S-R)
Fatores que influenciam o condicionamento respondente
Frequência dos emparelhamentos 
SI com SN frequente – RC forte
Obs.: se o evento for muito traumático bastará um.
Intensidade do SI
S forte – condicionamento rápido 
Ex: jato de água 
O Reflexo e as emoçõesNascemos para ter algumas respostas emocionais – valor de sobrevivência 
Diz respeito à FISIOLOGIA.
Elas ocorrem em função de determinadas situações, mesmo que esta não seja aparente.
Estímulos podem ser um pensamento, uma lembrança, uma música, uma palavra
Generalização Respondente
Generalização: resposta semelhante a estímulos diferentes 
Estímulos que se assemelham fisicamente ao estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada. 
Quanto mais parecido com o estímulo condicionado presente no momento do condicionamento um outro estímulo for, maior será a magnitude da resposta eliciada. 
Existe um gradiente de generalização.
Extinção respondente
Para que o reflexo condicionado enfraqueça, o estímulo condicionado deve ser apresentado sem novos emparelhamentos com o estímulo incondicionado 
Ex: medo após acidente automobilístico decairá quando a pessoa se expuser ao estímulo condicionado (carro) sem a presença dos estímulos incondicionados que estavam presentes no momento do acidente. 
 Emoções aversivas podem nos acompanhar pelo resto da vida porque não queremos entrar em contato com o estímulo condicionado. Todavia, se a pessoa necessitar entrar em contato, o estímulo condicionado pode deixar de eliciar as respostas aversivas.
Recuperação espontânea
Às vezes, depois da extinção respondente, a força do reflexo pode voltar espontaneamente 
Contracondicionamento
Algumas pessoas têm uma emoção tão intensa, que a exposição direta ao estímulo condicionado pode agravar mais ainda a situação.
É uma técnica para produzir a extinção de um reflexo 
- Ex: se um S elicia uma resposta de ansiedade, contracondicionar com um S que elicie relaxamento. 
Dessensibilização sistemática
Divide a extinção em passos, uma escala crescente da intensidade do S
Hierarquia de ansiedade 
Ex: medo de cães – escala: pensar em cães, ver fotos de cães, tocar em cães de pelúcia, observar de longe cães diferentes daquele que lhe atacou, observar de perto cães, tocá-los. 
Behaviorismo Radical
O Behaviorismo Radical é a filosofia da análise do comportamento, análise aplicada do comportamento, psicologia experimental, psicologia analítico–comportamental, psicologia cognitivo–comportamental, enquanto filosofia, visa trazer subsídios epistemológicos para um sólido embasamento teórico, que posteriormente, fornecerá meios para o deslanche de experimentos (psicologia experimental, estudos de laboratório, etc.), de formação de conceitos (análise do comportamento, psicologia comportamental, etc.) e aplicação de conceitos (análise aplicada do comportamento, psicologia analítico – comportamental, etc.)
Propõe que o objeto de estudo da psicologia deva ser o comportamento dos seres vivos, especialmente do homem (Matos & Tomanari, 2002). 
É radical na medida em que nega ao psiquismo a função de explicar o comportamento, embora não negue a possibilidade de , por meio de uma estrutura da linguagem, estudar eventos encobertos, tais como pensamento e as emoções, só acessíveis ao próprio sujeito.
Segundo Forisha e Milhollan (1978), devido a sua preocupação com controles científicos, Skinner, frente aos rigores científicos, não fez diferente, realizou a maioria de suas experiências com animais inferiores – principalmente pombo e rato branco. 
Desenvolveu o que se tornou conhecido como “caixa de Skinner”, um aparelho adequado para o estudo animal. 
Além de considerar sentimentos, subjetividade, consciência, o analista do comportamento com base filosófica no behaviorismo radical defende o uso de laboratório (analise experimental do comportamento, por exemplo) com alguns diferenciais, tais como:
a possibilidade de acompanhar todas as mudanças nas condições experimentais relevantes para a pergunta que fazemos (problema de pesquisa), 
tal restrição permite definições e medidas precisas, objetivas, tanto da conduta que nos preocupa, como das condições de observação, 
considerar que o laboratório permite alterar o ambiente de um sujeito e então retorná-lo ao seu estado original – obtem-se controle sobre as condições experimentais, tornando-as possíveis de descobertas (Sidman, 2003).
Caixa de Skinner
um rato era colocado dentro de uma caixa fechada que contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento, 
quando o animal aperta a alavanca sob as condições / critérios estabelecidos pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai sobre a tigela, recompensando-o, 
após o animal ter fornecido esta resposta, o experimentador poderia então, colocar o comportamento deste animal sob controle de uma infinita variedade de estímulos, 
além disso, tal (is) comportamento (s) poderia ainda, ser modelado ou modificado gradativamente até que aparecerem respostas que ordinariamente não faziam parte do repertório comportamental do indivíduo, ou seja, 
diferente de Watson, êxitos nestes esforços levaram Skinner a acreditar que as leis da aprendizagem aplicam-se a todos os organismos vivos, independente de “entidade” internalista. 
Condicionamento operante
Comportamento voluntário abrange quantidade muito maior da atividade humana - desde os comportamentos do bebê até os comportamentos mais sofisticados do adulto. 
Inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, tem um efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor. 
Opera sobre o mundo. 
Reforço e extinção
O reforço pode ser positivo (atua para fortalecer o comportamento que o precede) ou negativo (aquele que fortalece a resposta que o remove). 
Ou seja, o reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo, enquanto o negativo permite a retirada de algo indesejável/desagradável. 
Skinner trabalhou também no processo de eliminação de comportamentos indesejáveis, denominando-o de extinção. 
Se é o reforço ou o efeito que mantém um comportamento operante, com certeza a ausência desse reforço fará desaparecer a resposta. 
Epistemologia Genética de Jean Piaget
J. Piaget Nasceu em 9 de agosto de 1896 em Neuchâtel, na Suíça e faleceu aos 16 de setembro de 1980, em Genebra.
Formação inicial: Biologia.
Um dos maiores expoentes do estudo do desenvolvimento humano.
Epistemologia
Episteme (ἐπιστήμη) palavra grega que significa ciência, conhecimento, OU Estudo científico do conhecimento, discurso sobre a natureza e limitações do conhecimento 
Genética
Estudo científico do conhecimento + origem e desenvolvimento 
Estudo sobre a origem e desenvolvimento do conhecimento ou do processo de construção de conhecimento
Cognição: Para Piaget cognição é a capacidade de raciocínio e julgamento, seria o grande responsável pela progressiva tomada de consciência tanto de conteúdos formais quanto de conteúdos afetivos e morais.
É o aparato cognitivo que viabiliza condutas responsáveis e conscientes.
Conquistas no campo intelectivo trazem como consequências conquistas no campo afetivo e moral. 
O autor, ao trabalhar esse conceito, separa aprendizagem de desenvolvimento.
APRENDIZAGEM ≠ DESENVOLVIMENTO
Aprendizagem: relacionada à aquisição de um resposta particular, aprendida em função da experiência.
Desenvolvimento: verdadeiro responsável pela aquisição de conhecimento.
Características da Teoria Piagetiana
O desenvolvimento cognitivo, para Piaget:
acontece em estágios qualitativamente diferentes
novas informações são incorporadas a estruturas cognitivas existentes
a cada integração de novas informações, há uma mudança nas estruturas cognitivas
o desenvolvimento cognitivo é marcado por diferentes estágios
Esquema - Conceito que descreve a ação básica de saber, ou comportamentos que permitem conhecer, incluindo ações físicas e mentais.
Organização - À medida que as pessoas atuam em seus ambientes, um processo mental inato leva cada um a deduzir esquemas generalizáveis ou, dito de outra forma, agrupar segundo suas semelhanças algumas experiências específicas
Assimilação - O processo de assimilar, de absorver algum evento ou experiência e torná-lo parte de um esquema.É um processo ativo. É um processo seletivo
Acomodação - Mudar um esquema como resultado de nova informação assimilada
Mudança interior propiciada a partir da assimilação de algo novo
Equilibração - O processo de pôr em equilíbrio assimilação e acomodação que promove a adaptação da pessoa ao meio
Esses níveis são formas de organização da atividade mental, não são sistemas classificatórios, mas sim maneiras de a inteligência compreender ou explicar o real diante daquilo que lhes causa interesse.
Piaget observou 4 estágios do desenvolvimento cognitivo
Fase Sensório-Motor (0-2 anos) : interação com o meio sem representação ou pensamento.
Pré-operatório: 2-7 anos (Egocentrismo) aparecimento das representações mentais e egocentrismo.
Operatório-concreto: 7-11 anos : capacidade de relacionar e classificar a partir de objetos e situações concretas.
Operatório-formal: 11-14 anos capacidade de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções sem depender só da observação da realidade. 
Introdução a Gestalt
A palavra Gestalt tem origem alemã e surgiu em 1523 de uma tradução da Bíblia, significando "o que é colocado diante dos olhos, exposto aos olhares". 
Hoje adotada no mundo inteiro significa um processo de dar forma ou configuração. Gestalt significa uma integração de partes em oposição à soma do "todo".
A Psicologia da Gestalt teve sua origem na Alemanha. Como muitos movimentos científicos importantes, a psicologia da forma (gestalt) nasceu de uma rebelião contra a ciência estabelecida na época. Por se oporem à tradição acadêmica da psicologia mais antiga (psicologia experimental), a gestalt era conhecida como uma psicologia de protesto. 
A Psicologia da Gestalt originou-se como uma teoria da percepção que incluía as relações entre a forma do objeto e os processos do indivíduo que o recebe. Foi uma reação às abordagens atomistas que reduziam a percepção aos processos mentais ou conteúdos mentais. 
 É uma teoria da psicologia que estuda a percepção visual.
 Não existe uma origem definida, pois foi trabalhada simultaneamente na Áustria e na Alemanha em estudos iniciados por volta de 1870.
Nomes de destaque: Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka, Wilhelm 
A Psicologia da Gestalt questionou a explicação da percepção como uma soma de sensações. Duvidou também da concepção dos processos fisiológicos correspondentes como uma soma de atividades separadas. Para os gestaltistas, nem o processo ideológico, nem a percepção ou a excitação nervosa poderiam ser concebidas como uma simples soma das partes.
O processo cerebral, assim como a percepção, deveria ser um todo unificado, não sendo mais uma integração de atividades isoladas de unidades distintas, assim como a percepção é tampouco uma composição de sensações separadas. 
A 'fórmula' fundamental da teoria da Gestalt poderia ser expressa da seguinte maneira: existem totalidades, cujo comportamento não é determinado pelos seus elementos individuais, mas nos quais os processos parciais são eles mesmos determinados pela natureza intrínseca do todo" (Max Wertheimer). 
Os teóricos da Gestalt propuseram uma série de princípios para percepção, tais como:
proximidade, semelhança, direção, disposição objetiva, destino comum. Também como conceitos básicos destacam-se:
O todo e a parte;
Figura e Fundo;
Aqui e agora.
O todo e a parte:
Onde ressalta-se a concepção estruturalista desta escola – o problema para o gestaltista não é como o dado é solucionado, mas como é estruturado. 
Figura e Fundo:
Do todo uma parte emerge e vira figura, ficando o restante indiferenciado ou num fundo.
Aqui e Agora:
A experiência passada da percepção de um objeto ou forma tem menor influência na visão de um objeto que se está vendo aqui e agora do que a experiência da percepção aqui e agora.
Campo: Campo é, segundo Marcolli, um espaço que apresenta algumas características constantes em todos os seus pontos; o espaço de uma folha de desenho ou a tela de um pintor são campos, tal como o é uma parede, o espaço de um compartimento um móvel ou um bloco de pedra. À noção de campo está ligada a 4ª dimensão, a noção de tempo. No meio do cinema a ação decorre em determinado tempo; leva tempo a percorrer, com o olhar, o trajeto de uma estrada, o teto de uma igreja barroca ou o desenho numa folha.
Estrutura: Estrutura é o conjunto de elementos que compõem uma forma e a ordem de organização; com três segmentos de reta pode-se formar a letra A, desde que se respeite determinada ordem.
Forma: Forma é a zona do campo que por ter determinada estrutura se destaca das zonas não estruturadas ou fundo.
Forma, estrutura e campo estão intimamente ligados e influenciam-se mutuamente; se for mudada a ordem da estrutura, muda a forma; ter uma pequena mancha no canto inferior esquerdo de uma folha não é equivalente a ter uma grande mancha no topo da mesma. Posição e escala não são indiferentes, tanto mais que a visão humana está profundamente influenciada pelo modo de leitura.
Qualquer padrão de estímulos obedece à lei da economia de meios, ou seja, tende a ser visto de modo a que a estrutura resultante seja a mais simples que as condições permitam.
Proximidade, semelhança e continuidade são princípios a que obedece a estruturação das formas. Por vezes predomina a relação de proximidade entre formas adjacentes, outras vezes é a relação de semelhança das partes o elo mais forte do conjunto de formas. A continuidade acontece quando a figura não está completa, faltando-lhe apenas uma parte pequena, havendo tendência a perceber a figura como completa, e a falta como lacuna. 
As Leis da Gestalt
Unidade
Semelhança
Proximidade
Segregação
Fechamento
Continuidade
Pregnância (Prägnanz)
Simetria
Comunicação e percepção Social
A interpretação de uma informação é baseada no repertório cultura, formação educacional, comportamento social e experiências vividas pelo receptor.
Por causa disso, é comum que cada indivíduo tenha uma determinada leitura dependendo de sua bagagem de vida.
Níveis de abstração
Como a maior parte da comunicação envolve experiências e conceitos, o receptor interpretará da forma como seu cérebro relaciona a idéia com a forma:
Objeto: coisas materiais e tangíveis, que possam ser vistas ou tocadas.
Experiências: situações vividas, memórias. Duas pessoas tem experiência comum ao mesmo objeto, mas podem ter diferentes sentimentos sobre ele. 
Conceitos: idéias, pensamentos, crenças, valores e representações do mundo. Normalmente confundido com a própria realidade.
Aplicar os conceitos da Gestalt em uma construção visual contribui para:
Interpretação mais rápida
Facilitar o reconhecimento a distância
Memorização
Representação de significados
Conclusão:
Essas tendências ou princípios, dependendo de sua intensidade podem produzir efeitos diferentes, devemos sempre lembrar que, para a Escola da Forma, o todo não é apenas a soma das partes, sua essência depende da configuração das partes. 
PROCESSOS COGNITIVOS BÁSICOS - FUNÇÕES BÁSICAS SÃO SELETIVIDADE E VIGILÂNCIA.
Os processos cognitivos básicos são: a percepção, a atenção, a orientação, a memória, a linguagem, o raciocínio lógico e as funções executivas. Todas essas habilidades são avaliadas durante o processo de Avaliação Psicopedagógica, pois, por intermédio de tais processos, os indivíduos têm consciência da realidade e são capazes de aprender.
Por meio da percepção-atenção obtemos informação do exterior. Trata-se de um processo ativo que geralmente requer uma atividade analítica e sintética, na qual se destacam algumas características essenciais e inibem-se outras que não o são. A atenção, portanto, é um processo seletivo da informação.
A informação tanto pode ser processada e armazenada pela memória, como descartada. A memória tem três etapas: retenção, armazenamento e recuperação; uma falha em qualquer uma das três etapas conduziria ao esquecimento da informação. Aparentemente, os problemas de memória das pessoas de mais idadeestão relacionadas à atenção, à velocidade e aos mecanismos de processamento da informação. Graças aos programas de treinamento de memória é possível acelerar o processamento da informação, reduzir as imprecisões ao recordar e reverter o declínio nas habilidades de inteligência fluída (aquela que não depende de conhecimentos escolares).
Alguns estudos sobre memória sensorial visual indicam que, com o avanço da idade, há um aumento no tempo necessário para identificar um estímulo visual, que se relaciona mais com processos perceptivos e de atenção do que com déficits de memória.
O sistema de sinais pelo qual nos comunicamos é a linguagem. Por sua vez, esta nos permite elaborar pensamentos. Uma forma de pensamento é o raciocínio, que é dirigido e orientado a resolver um problema específico. Em consequência, a capacidade de falar e o domínio de uma língua proporcionam categorias que permitem conceituar e socializar a experiência. A linguagem é muito mais do que um mero instrumento de comunicação.
A orientação permite estabelecer referências espaciais. Informa sobre distância, direção, posição, etc. de determinados objetos ou sujeitos.
Duas características definem as funções executivas: a intencionalidade do ato e a organização dos movimentos.
Todos esses processos requerem manutenção contínua, pois estudos apontam que é recomendado potencializar e aperfeiçoar nossa cognição. Vários autores, depois de um longo período de investigação, concluíram que, para alcançar um sentimento individual de bem-estar em seus últimos anos, os idosos têm de se manter ativos cognitivamente. Decerto a conservação do desenvolvimento mental em idades avançadas exige um uso frequente das faculdades e uma constante exercitação das funções intelectuais.
A Psicologia Cognitiva trata do modo como os indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam as informações que a realidade fornece.
Abrange como principais objetos de estudo a percepção, o pensamento e a memória. 
Como o ser humano percebe o mundo e como utiliza-se do conhecimento para desenvolver diversas funções cognitivas como: falar, raciocinar, resolver situações-problema, memorizar. 
Esta área de investigação estuda diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas. 
Percepção
Memória
Representação de conhecimento
Linguagem
Pensamento 
Um dos principais representantes desta linha é Piaget, que elaborou uma teoria do desenvolvimento mental. 
Para ele a aprendizagem é "aumento do conhecimento"- só há aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre acomodação. 
Funções mentais como sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, motivação, aprendizagem e etc, são caracterizadas na psicologia como “Processos Psicológicos Básicos”. Essas funções derivam tanto das interações de processos inatos quanto de processos adquiridos, junto a relações do individuo de experiência e vivência com o meio. Apesar das distinções desses processos é por meio de sua relação e influência que se pode compreender a dinâmica da mente, pois eles interagem e até dependem de outros processos. Algumas das funções mais estudadas nos processos psicológicos básicos são:
Memória: Capacidade que permite a codificação, o armazenamento e recuperação de dados. De forma resumida a memória pode ser dividida em três processos:
Codificação: Envolve o processo de entrada e registro inicial da informação e a capacidade de mantê-la ativa para o processo de armazenamento.
Armazenamento: Envolve a manutenção da informação codificada pelo tempo necessário para que possa ser recuperada e utilizada quando evocada.
Evocação ou reprodução: Caracterizada pela recuperação da informação registrada e armazenada, para que possa ser usada por outros processos cognitivos como pensamento, linguagem e etc.
A memória ainda pode ser classificada como memória de curto prazo, memória de longo prazo, autobiográfica, episódica e sensorial. A perda ou dificuldade de armazenamento ou recuperação de informações é conhecida como amnésia e deve ser tratada sendo comum em casos de lesões e traumas de diferentes espécies.
Emoção: É um estado mental subjetivo associado a uma ampla variedade de sentimentos, comportamentos e pensamentos. Ela desempenha um papel central nas atividades humanas, já que as emoções alteram a atenção e o nível do comportamento resultando em diferentes respostas do indivíduo. Pode ser considerada como uma espécie de depósito de influências aprendidas e inatas.
Pensamento: É a capacidade de compreender, formar conceitos e organizá-lo.  Estabelece relações entre os conceitos por meio de elementos de outras funções mentais (como as vistas anteriormente), além de criar novas representações, ou seja, novos pensamentos. O pensamento possibilita a associação de dados e sua transformação em informação estando conseqüentemente associado com a resolução de problemas, tomadas de decisões e julgamentos.
Linguagem: A Linguagem é a capacidade de receber, interpretar e emitir informações ao ambiente. Por meio da linguagem podem-se trocar informações e desenvolver formas de compreensão e de expressão. A linguagem reflete a capacidade de pensamento, então se uma pessoa tiver um transtorno de pensamento sua linguagem poderá ser prejudicada. Junto aos processos cognitivos é que a linguagem se desenvolve e se as habilidades das funções mentais são crescentes assim os recursos lingüísticos também serão.
Sensação: A sensação é a resposta sensorial ou objetiva ao estimulo do meio ela detecta a experiência sensorial básica por meio dos sons, objetos, odores e etc. Desse modo, essa função pode classificada como sendo de natureza objetiva.
Percepção: Refere-se a capacidade de captar os estímulos do meio para processamento da informação. Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das informações, ou seja, o processamento cerebral depende da visão, olfato, tato e etc. Ela é considerada uma característica subjetiva, diferentemente da sensação que é classificada como sendo objetiva.
Donald Hebb 
Foi outro crítico da percepção do behaviorismo sobre as funções cognitivas. Hebb identificou que no processo de aprendizagem células poderiam organizar-se em conjuntos de acordo com a estimulação neuronal que sofrem. 
Segundo Hebb, “Atenção é como um estado de atividade do cérebro que predispõe o indivíduo a responder a uma parte ou aspecto do ambiente, em lugar de faze-lo com relação a outro”.
Sternberg
Identifica na polaridade entre Platão e Aristóteles influencias para o desenvolvimento da Psicologia Cognitiva.
Sternberg (2008, pag. 21) destaca os trabalhos de John Locke enquanto empirista.
Segundo Sternberg, Atenção é o meio pelo qual se processa uma quantidade limita de informações a partir de uma enorme quantidade de informação disponível por meio dos sentidos da memória armazenada e de outros processos cognitivos como percepção e memória.
Segundo Sternberg (2000) a atenção elevada também abre caminho para os processos de memória, de modo que sejamos mais capazes de memorizar a informação à qual prestamos atenção do que a informação que ignoramos. 
Além disso, um processo importante para o ser humano dentro da atenção é a habituação. Por meio dela,à medida que se acostuma com um determinado estímulo, gradualmente ele é observado cada vez menos ( presta-se menos atenção). O oposto da habituação é a desabituação, pelo qual um a mudança em um estímulo familiar leva a observá-lo novamente. Ambos os processos ocorrem automaticamente, sem qualquer esforço consciente. Portanto o que comanda tais processos é a relativa estabilidade e a familiaridade do estímulo. 
O autor também cita que o sistema de atenção desempenha muitas funções, além de meramente ignorar os estímulos conhecidos e sintonizar os novos. A s quatro principais funções da atenção são: atenção seletiva, vigilância, sondagem e atenção dividida.
Willian James, em sua obra “Princípiosde Psicologia”, de 1890, 
 (Nova Iorque, 11 de janeiro de 1842 – Tamworth, 26 de agosto de 1910) foi um dos fundadores da psicologia moderna e importante filósofo ligado ao pragmatismo; formado como médico. Ele escreveu diversos livros conceituados sobre a então jovem ciência da psicologia, sendo um dos formuladores da psicologia funcional e conhecido como "O pai da psicologia americana". James também é altamente influente como filósofo, tendo sido um dos formuladores e principais defensores do pragmatismo, perspectiva que até hoje exerce forte presença, principalmente nos Estados Unidos da América. 
Reflete toda a tradição funcionalista, e seus trabalhos sãorelevantes até na atualidade. Mais teórico do que experimentador, faz notórias contribuições com os estudos sobre memória e atenção, delimitando diferenças entre a memória primária ou presente psicológico e a memória secundária ou passado psicológico (Baddeley, 1986). Esta distinção foi retomada setenta anos mais tarde, quando os cognitivistas começaram a estudar de forma sistemática as memórias de curto e de longo prazo.
William James, durante a Expedição Thayer no Brasil, 1865.
Em 1882 ele começou a ser um notório pesquisador científico da paranormalidade, se associando a recém fundada inglesa Society for Psychical Research, organização que o influenciou a fundar em 1885 a American Society for Psychical Research. Durante duas décadas estudou a médium Leonora Piper, junto a cientistas das duas organizações. Em 1896, um discurso no qual ele descreveu Piper como uma paranormal autêntica chegou a ser publicado pela revista Science.[6][12]
Em 1907 participou da Comunidade Helicon Hall, em Englewood, New Jersey.William James e seu amigo filósofo Josiah Royce (1903)
Ao longo de sua carreira, James publicou clássicos como Princípios de Psicologia, Imortalidade Humana, Variedades da Experiência Religiosa, Universo Pluralístico, Pragmatismo e O Significado da Verdade. Em seus últimos anos, foi acometido por problemas cardíacos. Essa condição piorou em 1909, quando ele trabalhava em um texto de filosofia (inacabado mas publicado de forma póstuma como Alguns Problemas em Filosofia). Ele viajou para a Europa em 1910 para tentar tratamentos experimentais, sem sucesso, retornando para os Estados Unidos a seguir. James faleceu em consequência de problemas cardíacos em 26 de Agosto de 1910.
Princípios de Psicologia
Em 1890, após 12 anos de escrita, William James publicou o livro Princípios de Psicologia, uma obra pioneira que combinava elementos filosofia, fisiologia e psicologia. O livro abordou temas diversos como o fluxo de consciência (conceito introduzido por James), a vontade e as emoções. Embora inclua diferentes abordagens e métodos, James (influenciado por contemporâneos como Wilhelm Wundt e Gustav Theodor Fechner) declarou que Princípios de Psicologia é uma obra derivada do método da introspecção. Assim, o autor utiliza diferentes experiências próprias para ilustrar conceitos psicológicos, como a atenção e a consciência.
Um dos capítulos mais influentes dessa obra diz respeito às emoções. Nele, James expõe sua teoria – também associada a Carl Lange – que as emoções são conseqüências, e não causas, das reações fisiológicas associadas a ela: “O senso comum diz, nós perdemos algo, ficamos tristes e choramos; nós encontramos um urso, nos assustamos e corremos; somos insultados por um rival, ficamos bravos e atacamos. A hipótese a ser defendida aqui é que essa sequência está incorreta... que nós nos sentimos tristes porque choramos, bravos porque atacamos, e com medo porque trememos”. James defendia que é conceitualmente impossível imaginar uma emoção como a culpa sem suas claras consequências fisiológicas, como as lágrimas, dores no peito e falta de ar.
Pragmatismo[
A perspectiva filosófica exposta em Pragmatismo, de 1907, postula que as teorias científicas e filosóficas devem ser usadas como instrumentos a serem julgados por seus resultados ou fins. James argumenta que todas as teorias são apenas aproximações da realidade, e que portanto seria um erro considerá-las apenas por sua própria coerência interna. O autor argumenta que essa busca por coerência seria a posição racionalista, em que a busca de princípios e categorias platônicas se sobrepõe aos fatos e aos resultados. Em contraponto, James sugere que a veracidade de uma ideia deve ser considerada em um sentido instrumental, analisando os resultados produzidos por sua adoção.
Uma das consequências dessa visão utilitária da verdade é que fenômenos como a religião, que para James são ideias úteis, deveriam ser considerados verdadeiros se mostrassem bons resultados:“em princípios pragmáticos, se a hipótese de Deus funciona satisfatoriamente no sentido mais amplo da palavra, ela é verdadeira”. A filosofia do pragmatismo é, para James, um meio-termo entre o racionalismo e o empirismo, sendo uma perspectiva aberta à investigação de qualquer hipótese, desde que essa seja capaz de se mostrar concretamente útil. A perspectiva pragmatista de James teve grande influência para o movimento funcionalista da psicologia.
Emoção
Willian James propôs uma teoria das emoções ao mesmo tempo que o fisiologista dinamarquês Carl Lange. Ambos trabalharam independentemente e, de acordo com esta teoria, conhecida por teoria emocional de James-Lange, os sentimentos, isto é, as sensações subjetivas das emoções são um produto do reconhecimento do cérebro cortical das demais reações fisiológicas e comportamentais desencadeadas no corpo por determinado evento ambiental (o estímulo emocional).[15]
De modo resumido, esta ideia inverte a perspectiva do senso comum segundo a qual a reação a um estímulo emocional (aumento do batimento do coração ou a expressão de um sorriso) ocorre após a pessoa tomar consciência da emoção que está sentindo. Ao contrário, para James e Carl Lange, primeiro reagimos (reações fisiológicas e comportamentais) ao estímulo emocional; o sentimento da emoção se dá porque tomamos consciência dessas respostas emocionais. Assim, a consciência de uma emoção ocorre após essas reações emocionais terem ocorrido. Em outras palavras, nós não sorrimos porque estamos alegres, mas estamos alegres porque sorrimos!
Padrão visual e percepção da forma: Processos Básicos da Organização Perceptual 
Processamento perceptual 
 
Percepção é muito mais do que transmissão de impulsos nervosos pelo sistema sensorial a regiões específicas do cérebro, pois envolve também consciência e representações internas da estimulação. A entrada das informações sensoriais chama-se input sensorial o qual é analisado para criar uma representação significativa do mundo real. 
 Destes dois processos faz parte a atenção no processamento perceptual. 
 A seletividade perceptiva pode sofrer influências. A predisposição mental do receptor dos estímulos, por exemplo, tende a interferir no processo perceptivo. Outros fatores podem, igualmente, fazer parte deste processo, de tal forma que, ao solicitarmos que duas pessoas descrevam uma mesma paisagem ou um mesmo acontecimento (como uma reunião na qual tenham participado), provavelmente ambas o farão de modo bem diferente. Cada uma delas, dependendo dos seus objetivos, expectativas e desejos, irá destacar aspectos distintos do fenômeno ou processo.
Uma segunda tendência da organização do sistema perceptivo é da relação entre figura e fundo.
O nosso campo perceptivo, segundo Penna (1973), não é elaborado ou composto de forma difusa ou confusa. Ao contrário, elaboramos nossas percepções de forma a destacar alguns elementos como principais, ou mais importantes. Estes aparecem, para nós, sob a forma de figuras bem definidas e que se destacam dos demais elementos. Os demais elementos que compõem o campo perceptivo passam a exercer como que uma função secundária e são chamados de fundo.
Segundo o mesmo autor, para o indivíduo que percebe, somente a figura possui forma. O fundo assume apenas contornos difusos e não definidos. No entanto,
embora encoberto pela figura, o fundo parece continuar-se

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