Buscar

Saúde de Crianças e Adolescentes na era Digital

Prévia do material em texto

1
Premissas
Há benefícios e malefícios que têm acompa-
nhado a tecnologia digital. São de fundamental 
importância o bom senso e a informação ade-
quada que os pediatras devem enfatizar para as 
famílias, crianças e adolescentes sobre este as-
sunto.
As tecnologias da informação e comunicação 
estão transformando o mundo à nossa volta e os 
comportamentos e relacionamentos de todas as 
pessoas. Buscar informações e adquirir novos co-
nhecimentos são tarefas quase instantâneas, no 
clicar do teclado ou no deslizar dos dedos num 
telefone celular. Crianças e adolescentes fazem 
parte da geração digital e usam os dispositivos, 
aplicativos, videogames e a Internet cada vez 
mais em idades precoces e em todos os lugares. 
Alguns dos pais, também nativos digitais, não 
percebem as mudanças ou problemas que vão 
surgindo, como se tudo já fosse parte da rotina 
familiar.
Os benefícios e prejuízos dessas tecnologias 
permanecem sendo foco de atenção de todos 
os profi ssionais que lidam com as questões da 
saúde durante a infância e a adolescência e de-
mandam novas legislações a respeito. No Brasil, 
a Constituição Federal (1988) no artigo 5º inciso 
X, assegura proteção à privacidade e, no artigo 
227º, a proteção integral da criança e do ado-
lescente como prioridade absoluta de acordo 
com a Convenção dos Direitos da Criança apro-
vada pela Assembleia Geral das Nações Unidas 
(1989). O Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA), Lei 8069 de 1990, em seus artigos 240 e 
241 descreve como crime a produção de fotos, 
imagens ou transmissão de conteúdo com cenas 
Saúde de Crianças e Adolescentes 
na Era Digital 
Departamento de Adolescência
Presidente: Alda Elizabeth Iglesias Azevedo
Secretária: Evelyn Eisenstein
Conselho Científi co: Beatriz Elizabeth B. Veleda Bermudez, Elizabeth Cordeiro Fernandes, 
Halley Ferraro Oliveira, Lilian Day Hagel, Patrícia Regina Guimarães, 
Tamara Beres Lederer Goldberg
Colaboradores: Alessandra Borelli (Nethics, SP), Alexandre Barbosa (CGI-CETIC, SP), 
Cristiano Nabuco (PRO-AMITI), Daniel Becker (RJ), 
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ), Emmalie Ting (RJ), João Amaral (CE), 
Juliana Abrusio (Nethics, SP), Maria Eugenia Sozio (CGI-CETIC. SP), 
Michael Rich (CMCH, Boston), Miriam von Zuben (CGI-CERT, SP), 
Susana Bruno Estefenon (RJ), Suzy Santana Cavalcante (BA), 
Tereza Sigaud Soares Palmeira (RJ), Vic Strasburger (Univ New Mexico, USA)
Manual de Orientação
D e p a r t a m e n t o d e A d o l e s c ê n c i a
 nº 1, Outubro de 2016
Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital 
2
sexting, incluindo pornografi a, acesso facilitado 
às redes de pedofi lia e exploração sexual online; 
compra e uso de drogas, pensamentos ou gestos 
de autoagressão e suicídio; além das “brincadei-
ras” ou “desafi os” online que podem ocasionar 
consequências graves e até o coma por anóxia 
cerebral ou morte.
Dados e indicadores da pesquisa realizada 
pelo Comitê Gestor da internet (CGI) e o Centro 
Regional de Estudos para o Desenvolvimento da 
Sociedade de Informação (Cetic.br), a TIC KIDS 
ONLINE-Brasil de 2015 estudaram, em entrevis-
tas domiciliares nos 350 municípios das cinco 
regiões do Brasil, 3068 famílias selecionadas em 
amostragem estratifi cada com os pais de crian-
ças e adolescentes entre 9 a 17 anos de idade. 
Do universo de 29.7 milhões nesta faixa etária, 
23.7 milhões ou 80% são usuárias da Internet: 
97% nas classes sociais A e B, 85% na classe C e 
51% nas classes D e E. O uso diário é intenso e 
66% acessam a Internet mais de uma vez ao dia. 
O telefone celular se tornou o principal disposi-
tivo em 83%, além dos computadores de mesa, 
tablets ou computadores portáteis ou consoles 
para videogames. Importante observar que 1 em 
cada 3 crianças e adolescentes ou 31% da amos-
tra acessaram a Internet apenas por meio do te-
lefone celular, 86% em casa, 73% na casa de ou-
tra pessoa, 31% na escola e 19% em lanhouses. 
Dados relevantes e demonstrativos dos danos 
à saúde podem ser resumidos, como: em 37% 
viram alguém ser discriminado na Internet, nos 
últimos 12 meses ou 8,8 milhões de crianças e 
adolescentes que são expostos aos discursos de 
ódio, intolerância e violência, além de 20% que 
foram tratadas de forma ofensiva na internet, ca-
racterizando uma das formas de cyberbullying.
Nesta amostra, 21% dos adolescentes deixa-
ram de comer ou dormir por causa da internet, 
17% procuraram informações sobre formas de 
emagrecer, 10% formas para machucar a si mes-
mo (self-cutting), 8% relataram formas de expe-
rimentar ou usar drogas e 7% formas de cometer 
suicídio. Muitos outros dados merecem nossa re-
fl exão, como: 77% enviam mensagens instantâ-
neas ou usam as redes sociais quando sozinhos 
e 61% já postaram fotos ou vídeos na Internet, 
39% já tiveram contato com pessoas que não co-
de sexo explícito ou pornografi a e foram altera-
dos pela Lei 10.764 de 2003 para incluir a ilici-
tude da conduta no âmbito da Internet e tornar 
as penas mais graves. O artigo 73º do ECA prevê 
ainda, que a inobservância às normas de preven-
ção aos direitos da criança importará em respon-
sabilidade da pessoa física ou jurídica, nos ter-
mos da Lei.
A recente Lei nº 12.965 de 2014 – o Marco 
Civil da Internet em seu artigo 29º – explicita a 
necessidade do controle e vigilância parental e a 
educação digital, como formas de proteção fren-
te às mudanças tecnológicas, em especial sobre 
os impactos provocados nas famílias e, especi-
fi camente, nas rotinas e vivências das crianças 
e dos adolescentes. Porém, tanto os pais como 
os educadores nas escolas precisam aprender 
como exercer esta mediação e serem alertados 
sobre os riscos e os limites necessários para as-
sumirem esta responsabilidade. Além disso, as 
crianças e adolescentes devem ser informados 
das necessidades de hábitos saudáveis, de modo 
sistemático. A Lei 13.185 de 2015 – institui o 
programa de combate à intimidação sistemática 
e fatos ou imagens que depreciem, incitem à vio-
lência, adulteração de fotos ou dados pessoais 
com o intuito de criar meios de constrangimento 
psicossocial (bullying) ou através da rede mun-
dial de computadores (cyberbullying), pois este 
fato vem se tornando frequente e apresenta con-
sequências perigosas.
Estudos científi cos comprovam que a tec-
nologia infl uencia comportamentos através do 
mundo digital, modifi cando hábitos desde a in-
fância, que podem causar prejuízos e danos à 
saúde. O uso precoce e de longa duração de jo-
gos online, redes sociais ou diversos aplicativos 
com fi lmes e vídeos na Internet pode causar di-
fi culdades de socialização e conexão com outras 
pessoas e difi culdades escolares; a dependência 
ou o uso problemático e interativo das mídias 
causa problemas mentais, aumento da ansieda-
de, violência, cyberbullying, transtornos de sono 
e alimentação, sedentarismo, problemas auditi-
vos por uso de headphones, problemas visuais, 
problemas posturais e lesões de esforço repeti-
tivo (LER); problemas que envolvem a sexualida-
de, como maior vulnerabilidade ao grooming e 
Departamento de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria
3
da cultura de ódio e intolerância e devem ser 
proibidos.
• Estabelecer limites de horários e mediar o 
uso com a presença dos pais para ajudar na 
compreensão das imagens. Equilibrar as ho-
ras de jogos online com atividades esportivas, 
brincadeiras, exercícios ao ar livre ou em con-
tato direto com a natureza.
• Conversar sobre as regras de uso da Internet, 
confi gurações para segurança e privacidade 
e sobre nunca compartilhar senhas, fotos ou 
informações pessoais ou se expor através da 
utilização da webcam com pessoas desco-
nhecidas, nem postar fotos íntimas ou nudes, 
mesmo com ou para pessoas conhecidas em 
redes sociais.
• Monitorar os sites/programas/aplicativos/
fi lmes/vídeos quecrianças e adolescentes 
estão acessando/visitando/trocando mensa-
gens, sobretudo em redes sociais. Manter os 
computadores e os dispositivos móveis em 
locais seguros, e ao alcance das responsabi-
lidades dos pais (na sala) ou das escolas (du-
rante o período de aulas).
• Usar antivírus, antispam, antimalware e 
softwares atualizados ou programas que ser-
vem de fi ltros de segurança e monitoramento 
para palavras ou categorias ou sites. Alguns 
restringem o tempo de uso de jogos online e 
o uso de aplicativos e redes sociais por fai-
xa etária. Ainda assim, é importante explicar 
com calma e sem amedrontar as crianças e 
adolescentes sobre quais são os motivos e 
perigos que existem na Internet, espaço vazio 
e virtual e onde nem tudo é o que parece ser!
• Aprender / Ensinar a bloquear mensagens 
ofensivas ou inapropriadas, redes de ódio, 
violência ou intolerância ou vídeos com 
conteúdos sexuais e como denunciar cyber-
bullying em helplines ou através da SAFERNET 
ou disque-denúncia tel. 100.
• Conversar sobre valores familiares e regras 
de proteção social para o uso saudável, crí-
tico, construtivo e pró-social das tecnologias 
usando a ética de não postar qualquer men-
sagem de desrespeito, discriminação, intole-
rância ou ódio.
nheciam pessoalmente e 18% encontraram com 
desconhecidos – sendo que na faixa etária entre 
15-17 anos este dado aumenta para 27% – além 
de 21% já terem repassado informações pesso-
ais para outras pessoas que só tiveram contato a 
partir da relação online. Em 11% das famílias, os 
pais nada sabiam sobre as atividades de seus fi -
lhos e em 41% sabiam mais ou menos, demons-
trando os problemas de segurança e de privaci-
dade de crianças e adolescentes que assim estão 
expostos numa rede totalmente incontrolável e 
accessível em qualquer momento ou horário ou 
de qualquer lugar.
Portanto, a SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIA-
TRIA (SBP), que agrega 22.000 médicos pediatras 
cuidando do futuro do Brasil, RECOMENDA:
• O tempo de uso diário ou a duração total/dia 
do uso de tecnologia digital seja limitado e 
proporcional às idades e às etapas do desen-
volvimento cerebral-mental-cognitivo-psi-
cossocial das crianças e adolescentes.
• Desencorajar, evitar e até proibir a exposição 
passiva em frente às telas digitais, com expo-
sição aos conteúdos inapropriados de fi lmes 
e vídeos, para crianças com menos de 2 anos, 
principalmente, durante as horas das refei-
ções ou 1-2 h antes de dormir.
• Limitar o tempo de exposição às mídias ao má-
ximo de 1 hora por dia, para crianças entre 2 
a 5 anos de idade. Crianças entre 0 a 10 anos 
não devem fazer uso de televisão ou compu-
tador nos seus próprios quartos. Adolescentes 
não devem fi car isolados nos seus quartos ou 
ultrapassar suas horas saudáveis de sono às 
noites (8-9 horas/noite/fases de crescimento 
e desenvolvimento cerebral e mental). Estimu-
lar atividade física diária por uma hora.
• Crianças menores de 6 anos precisam ser mais 
protegidas da violência virtual, pois não con-
seguem separar a fantasia da realidade. Jogos 
online com cenas de tiroteios com mortes ou 
desastres que ganhem pontos de recompen-
sa como tema principal, não são apropriados 
em qualquer idade, pois banalizam a violên-
cia como sendo aceita para a resolução de 
confl itos, sem expor a dor ou sofrimento cau-
sado às vítimas, contribuem para o aumento 
Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital 
4
to escolar ou pratiquem/apresentam sinais 
de violência/bullying/cyberbullying, sinais 
corporais de automutilação (self-cutting) ou 
quando relatam “desafi os” online com cole-
gas da escola. Encaminhar para psicoterapia 
cognitivo-comportamental e terapias adjun-
tas quando necessário e precocemente, inclu-
sive terapia de família.
• Atualizar seus conhecimentos em relação às 
evidências científi cas sobre as infl uências da 
mídia online no desenvolvimento da saúde 
mental e psicossocial das crianças e adoles-
centes, para entender melhor as possibilida-
des diagnósticas dos transtornos frequentes 
nesta faixa etária e prescrever as principais 
medidas de prevenção, que também são tó-
picos de saúde pública e coletiva, devido à 
dimensão e velocidade da disseminação das 
informações via Internet.
• Dialogar com a família durante a consulta so-
bre mudanças de hábitos e estilos de vida que 
possam ser prejudiciais, como modelos refe-
renciais para as crianças e adolescentes, tipo a 
prevenção de discórdias e cenas de violência 
ou terror em fi lmes, vídeos, e durante o uso de 
telas de computadores ou celulares. Os pais 
são modelos para os fi lhos e as rotinas da fa-
mília irão se perpetuar na geração seguinte.
• Colaborar com a mídia para evitar a exposi-
ção de crianças e adolescentes aos conteúdos 
prejudiciais, distorcidos, discriminatórios ou 
excludentes, em qualquer matéria ou pauta 
de entrevista, onde o pediatra seja o profi s-
sional convidado. Sempre alertar/esclarecer 
sobre os sinais e sintomas de transtornos 
precoces durante a infância e adolescência, 
assim também em relação ao mundo digital e 
como procurar ajuda no sistema de saúde ou 
consultórios/ambulatórios de pediatria, em 
sua cidade.
• Participar de palestras nas escolas ou campa-
nhas de prevenção na sua comunidade enfati-
zando os direitos de todas as crianças e ado-
lescentes de viverem com mais saúde e mais 
segurança, tanto online como offl ine, e, como 
sempre, a prevenção de riscos é o melhor in-
vestimento para a proteção social da geração 
digital.
• Desconectar. Dialogar. Aproveitar oportuni-
dades aos fi nais de semana e durante as fé-
rias para conviver com a família, com amigos 
e dividir momentos de prazer sem o uso da 
tecnologia, mas com afeto e alegria.
Para Pediatras
• Avaliar/aconselhar/orientar sobre o tempo de 
uso diário das tecnologias e celulares, video-
games e computadores durante a entrevista 
ou consulta e correlacionar com os sintomas 
apresentados por crianças e adolescentes.
• Avaliar hábitos de sono, alimentação, exercí-
cios, comportamentos e condutas com os co-
legas na escola, além do rendimento escolar 
e da dinâmica familiar. Prescrever Natureza e 
atividades ao ar livre, sempre que necessário.
• Programar com as crianças/adolescentes e 
suas famílias, um plano de “dieta midiática” 
de acordo com as idades e desenvolvimen-
to cognitivo e maturidade, sobre o que seria 
mais conveniente em termos de tempo de 
exposição aos conteúdos como diversão ou 
distração, enfatizando os cuidados necessá-
rios para o acesso aos links dos fi lmes, víde-
os, jogos e não somente limitar à quantidade 
de horas, assim, balanceando a qualidade X 
quantidade com as outras tarefas diárias.
• Incluir nos protocolos de atendimento as ro-
tinas que permitam tanto a prevenção como o 
diagnóstico e tratamento dos danos à saúde 
física, decorrentes do uso abusivo das tecno-
logias digitais, tais como: obesidade, distúr-
bios do sono, lesões articulares, problemas 
posturais, alterações da visão, perda auditiva, 
transtornos comportamentais e mentais den-
tre outros já demonstrados por diversos estu-
dos da literatura científi ca.
• Considerar e avaliar com mais atenção crian-
ças e adolescentes que apresentem com-
portamentos agressivos, dissociativos entre 
o mundo real e o virtual, dependentes da 
tecnologia-Internet-videogames, que apre-
sentem transtornos de sono, alimentação, hi-
giene, uso de drogas ou queda do rendimen-
Departamento de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria
5
mação da escola em atividades ou palestras 
de promoção de saúde e prevenção de riscos. 
Se necessário, convidar pediatras especialis-
tas em adolescência, ou consultar a SBP para 
o profi ssional mais recomendado em sua ci-
dade.
• Informar e procurar sempre se atualizar sobre 
as novas tecnologias disponíveis e como apro-
veitaros materiais disponíveis online para es-
timular a criatividade e o trabalho em equipe 
e em redes, entre todos. Faça da tecnologia 
uma ferramenta de ensino-aprendizagem que 
fortaleça o vínculo de respeito e de diálogo 
com seu aluno sobre cidadania digital.
• Ficar atento aos sinais de riscos pessoais, 
sociais ou digitais que seu aluno possa apre-
sentar. Convoque os pais para uma conversa 
e troca de informações: sempre é melhor pre-
venir do que remediar!
• Atualizar materiais, programas e aplicativos 
educativos, e sempre conversar com os alu-
nos sobre os conteúdos que estão acessando 
ou servindo para pesquisas ou produção de 
conhecimentos, e assim aproveitar dos be-
nefícios das tecnologias e, ao mesmo tempo, 
assegurando a máxima proteção possível para 
todos, na escola, que é um espelho ou micro-
cosmos da sociedade “real”.
• Estabelecer redes intersetoriais com os pais 
e com as referências profi ssionais de especia-
listas para a proteção de sua escola e deixar 
sempre em local visível como denunciar ca-
sos de violência, sexting ou cyberbullying ou 
qualquer outro problema, no disque-denún-
cia tel. 100 ou acessando a rede SAFERNET 
www.new.safernet.org.br
• Redigir diretrizes de comportamento e rela-
cionamento social com ética e segurança para 
todos os professores e funcionários das es-
colas que participam de redes sociais, como 
Facebook, Snapchat, Instagram e outras, so-
bretudo na interação com alunos, crianças/
adolescentes e familiares ou em fotos que 
possam expor ou constranger em público. 
Funcionam como códigos de conduta entre 
todos que convivem com a rotina escolar e o 
“mundo externo e real”.
• Lembrar sempre, que a Internet é um lugar 
público, devendo-se, portanto, ter cuidado 
com fotos, mensagens, comentários sobre 
resultados de exames, discussão sobre ca-
sos atendidos ou sobre tratamentos e medi-
camentos recomendados. Evitar a exposição 
desnecessária de assuntos envolvendo crian-
ças e adolescentes. Sempre usar os critérios 
éticos e de base legal e, em caso de qualquer 
dúvida, buscar orientação, junto à Sociedade 
Brasileira de Pediatria ou Filiadas e seus De-
partamentos Científi cos ou Conselho Federal 
e Conselhos Regionais de Medicina.
Para Educadores e Escolas
• Informar de modo adequado e detalhado os 
educadores e professores sobre o uso ético, 
saudável e com segurança das tecnologias e 
aplicativos durante o tempo de convívio com 
as crianças e adolescentes nas escolas e cur-
sos.
• Realizar atividades com os alunos e palestras 
de prevenção e proteção de todos, estabele-
cendo regras e limites no contato diário entre 
professores-alunos, alunos-alunos e evitando 
mensagens e encontros com desconhecidos 
com o uso das tecnologias.
• Debater e conscientizar sobre o dever de 
respeito aos direitos autorais das fontes pes-
quisadas nas tarefas escolares, sem adotar a 
prática do “copia-e-cola”, prática essa conhe-
cida como “pirataria” ou “baixar” materiais da 
Internet sem a devida citação da fonte.
• Produzir com os próprios alunos materiais 
educativos e proativos sobre o uso adequado 
das tecnologias digitais em atividades cultu-
rais como teatro e artes ou ações de prota-
gonismo juvenil e que sejam compartilhados 
com as redes dos pais ou com crianças de es-
colas vizinhas ou feiras nas comunidades.
• Temas difíceis e complexos como sexualidade 
e exploração sexual online, comportamentos 
de violência, cyberbullying, uso de drogas, 
“brincadeiras e desafi os perigosos” devem 
fazer parte do currículo escolar e da progra-
Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital 
6
• Criar tempo para ser pai, mãe, avô, avó, tio/
tia, madrinha/padrinho sem o uso das tecno-
logias. Planejar as refeições sem qualquer uso 
de equipamentos à mesa. Planejar atividades 
de fi nais de semana ou férias fora e longe do 
wifi ou de computadores e celulares ou limi-
tar o tempo de uso para 1-2 horas/dia para to-
dos. Praticar atividades ao ar livre e em con-
tato com a Natureza para prevenção da saúde 
física e mental/comportamental de todos da 
família.
• Brincar mais com seu/s fi lho/s de maneira in-
terativa, olhando, abraçando, sendo parceiro 
e estando ao lado deles, sempre que precisar, 
supervisionando e construindo uma relação 
de confi ança, para a Vida, juntos. Para isso, 
não se precisa de telas de televisão, compu-
tadores ou celulares ligados! Cuidado com a 
distração nas ruas ou quando em movimento, 
dirigindo carros e bicicletas.
• Participar das atividades da escola e da comu-
nidade e criar redes de proteção e segurança 
online com amigos e conhecidos para todas as 
crianças e adolescentes de sua vizinhança ou 
de seu bairro ou na sua cidade.
 Lembrar sempre que você como adulto, pai ou 
mãe, e, com a convivência diária, se torna um 
modelo de referência para seus fi lhos. Portan-
to, deve dar o primeiro exemplo, limitando o 
seu tempo de trabalho no computador, quan-
do estiver em casa.
 Desconectar e estar presencialmente com 
seus fi lhos.
Para Crianças & Adolescentes
• Nas telas do mundo digital tudo é produzido 
como fantasia e imaginação para distrair ou 
afastar do mundo real – portanto, não se dei-
xe enganar no mundo virtual.
• Não marque bobeira à toa! Cuidado, desconfi e 
de mensagens esquisitas ou confusas. Apren-
da a bloquear mensagens ofensivas ou que 
zombem de você!
• A senha é só sua, não a compartilhe com nin-
guém, ninguém mesmo! Única exceção ape-
Para Pais
• Conversar com seus fi lhos sobre a Internet e 
também sobre as redes sociais e quais os si-
tes que são mais apropriados, de acordo com 
o desenvolvimento e a maturidade de cada 
um, compartilhando o uso positivo das tec-
nologias digitais com seus fi lhos nas tarefas 
de rotina ou lazer, mas sem invadir os espaços 
e as mensagens de cada um. Fazer uma lista 
de sites recomendados, conversar sobre os 
perigos e riscos da Internet ou encontros com 
pessoas desconhecidas em redes sociais ou 
fora delas.
• Verifi car a classifi cação indicativa para games, 
fi lmes e vídeos e conteúdos recomendados de 
acordo com a idade e compreensão de seus fi -
lhos, em normas técnicas e guias práticos para 
todas as famílias e também acessíveis online.
• Estabelecer regras e limites bem claros e 
“concordantes” entre todos sobre o tempo de 
duração em jogos por dia ou no fi nal de sema-
na e sobre a entrada e permanência em salas 
de bate-papo ou em redes sociais ou durante 
os jogos de videogames online. Não fornecer 
cartões de crédito de uso pessoal.
• Discutir francamente qualquer mensagem 
ofensiva, discriminatória, esquisita, ameaça-
dora ou amedrontadora, desagradável, obsce-
na, humilhante, confusa, inapropriada ou que 
contenha imagens ou palavras pornográfi cas 
ou violentas, típicas das redes de intolerância 
ou ódio e como fazer para bloqueá-la.
• Recomendar aos seus fi lhos que JAMAIS for-
neçam a senha virtual a quem quer que seja, 
nem aceitem brindes, prêmios ou presentes 
oferecidos pela Internet, assim como também 
jamais devem ceder a qualquer tipo de chan-
tagem, ameaça ou pressão de colegas ou de 
qualquer pessoa online.
• Evitar postar fotos de seus fi lhos para pessoas 
desconhecidas ou público em geral.
 Aprenda sobre os meios de configuração de 
privacidade e selecione como enviar fotos, 
vídeos ou mensagens. Existem vários sites 
e aplicativos que ensinam sobre segurança 
online.
Departamento de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria
7
nas para seus pais que são os responsáveis 
por você até completar os 18 anos, legal-
mente.
• Lembre-se que a Internet é um espaço públi-
co e as mensagens trocadas fi carão para sem-
pre gravadas e accessíveis, como uma história 
de você ou como uma impressão digital.
• Preste atenção para não adicionar qualquer 
pessoa desconhecida e jamais marque encon-tros com pessoas estranhas ou conhecidas 
apenas pela Internet e que enviam mensa-
gens solicitando encontros com você! Cuida-
do ao utilizar a webcam, evite a exposição, se 
você estiver sem roupas ou mesmo no seu 
quarto ou sozinho em qualquer lugar.
• Prêmios ou ofertas em dinheiro ou presentes 
de viagens podem ser ciladas. Surpresas e 
mágicas online são muitas vezes falsas para 
pegar otário, portanto, seja mais esperto!
• Seja quem você é mesmo, sem criar avatares, 
heróis ou inimigos que nem existem, ou só 
existem em sua imaginação. Pode ser engra-
çado, mas nem sempre é brincadeira! Você 
pode se machucar à toa, fi que sempre alerta 
aos desafi os ou confrontos que podem termi-
nar em problemas sérios, colocando sua vida 
em risco.
• Seja respeitoso online e trate os outros como 
gostaria de ser tratado, afi nal você merece 
respeito de todos também. Evite repassar 
mensagens que possam humilhar, ofender, 
zombar ou prejudicar a pessoa que receber 
este seu recado.
• Crescer e construir o seu corpo precisa de 
horas de sono e alimentação balanceada e 
saudável. Se você estiver se sentindo can-
sado, sonolento, com fome ou sem apetite, 
ou com dor de cabeça, nas costas, nos olhos 
ou nos ouvidos, desligue o seu celular ou 
seu computador, converse com seus pais ou 
consulte seu médico pediatra. Conversan-
do, a gente se entende e tudo ficará melhor! 
Sempre é bom ter mais cuidados de saúde 
e você é responsável por sua saúde física e 
mental, e lembre que para ser um adulto me-
lhor e capaz, requer socialização, conversa e 
reflexão!
Referências e Sites Recomendados 
de Consulta
• CGI - CETIC: Comitê Gestor da Internet e Cen-
tro Regional de Estudos para o Desenvol-
vimento da Sociedade de Informação: Pes-
quisa TIC KIDS ONLINE – Brasil, 2015. Disponí-
vel em: www.cetic/br/pesquisa/kids-online/
indicadores.
• CGI, Comitê Gestor da Internet, Cartilha de 
Segurança para Internet, disponível em: 
http://cartilha.cert.br e http://cartilha.cert.br/
computadores.
• ESSE Mundo Digital, Ética, Segurança, Saúde e 
Educação para crianças, adolescentes e famí-
lias: www.essemundodigital.com.br https://
www.facebook.com/EsseMundoDigital
• NETHICS: www.nethicsedu.com.br
• Instituto Dimicuida: 
 www.institutodimicuida.org.br
• SAFERNET: www.new.safernet.org.br
• SAFERNET: Denúncia e Hotline: 
 www.new.safernet.org.br/denuncie#
• SAFERNET: Atendimento Psicológico: 
 www.new.safernet.org.br/helpline#
• Classifi cação Indicativa do Ministério da Jus-
tiça e Cidadania, portal e guia prático. Acces-
sível em:
 – http://portal.mj.gov.br/Classifi cacaoIndica-
tiva/EscolhaTipo.jsp
 – http://justica.gov.br/seus-direitos/classifi -
cacao
 – http://www.justica.gov.br/seus-direitos/
classifi cacao/guia-pratico/guia-pratico.pdf
• Nabuco, CN, Eisenstein, E, Estefenon, SGB 
(2013): Vivendo ESSE Mundo Digital, impactos 
na saúde, na educação e nos comportamen-
tos sociais (2013): Porto Alegre, Ed ARTMED. 
Disponível como e-book: http://loja.grupoa.
com.br/livros/psicologia-geral/vivendo-esse-
-mundo-digital/9788565852951
• Estefenon, SGB, Eisenstein, E. (2008): Geração 
Digital, riscos e benefícios das novas tecno-
logias para crianças e adolescentes, Rio de 
Janeiro, Ed Vieira & Lent. Abrusio, J (coord) 
Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital 
8
(2015): Educação Digital. São Paulo, Revista 
dos Tribunais/Thomson Reuters/ProView
• Gregory Smith (2009): Como proteger seus 
fi lhos na Internet: um guia para pais e pro-
fessores, São Paulo, Ed Novo Conceito com 
resenha do tradutor Valdemar Setzer dispo-
nível em http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/
como-proteger-resenha.html
• Fraiman L, Borelli A (2016): Coleção Educação 
para a Cidadania Digital, ensino fundamental 
e médio, Nethics/OPEE editora/FTD dispo-
nível em http://metodologiaopee.azurewe-
bsites.net/wp-content/uploads/2016/07/
Educacao_cidadania_digital_compendio.pdf
• Center on Media and Child Health, Children’s 
Hospital Boston and Harvard Medical 
School: Ask the Mediatrician Dr Michael Rich 
www.cmch.tv
• Strasburger VC, Jordan AB, Donnerstein E. 
Children, Adolescents and the Media: He-
alth Eff ects. Pediatric Clin N Amer 2012; 
593: 533-587.
• O’Keefe GS. CyberSafe: protecting and emo-
wering kids in the digital world of texting, ga-
ming and social media. AAP, American Acade-
my of Pediatrics, Elk Grove Village, IL., 2011
• AAP, American Academy of Pediatrics: 
Pediatrics 2013;132(5) available online:
w w w. p e d i a t r i c s . a a p p u b l i c a t i o n s . o r g /
content/132/5/958.full
• AAP, American Academy of Pediatrics Coun-
cil on Communications and Media: Virtual 
Violence: Pediatrics 2016;138(1) available 
online: www.pediatrics.aappublications.org/
content/138/2/e20161298 e www.pedia-
trics.org/cgi/doi/10.1542/peds.2016_1358
• AAP, American Academy of Pediatrics Council 
on Communications and Media: Media and 
Young Minds
• Available online: www.pediatrics.aappu-
blications.org/content/early/2016/10/19/
peds.2016-2591
• AAP, American Academy of Pediatrics, Coun-
cil on Communications and Media: Media Use 
in School-aged Children and Adolescents. 
Pediatrics 2016;138(5):e2016-2592
• AAP, American Academy of Pediatrics, Coun-
cil of Communications and Media: Children 
and Adolescents and Digital Media available 
online www.pediatrics.aappublications.org/
content/early/2016/10/19/peds.2016-2593
• Christakis DA, Garrison MM, Herrenkohl T et 
al. Modifying media content for pre-school 
children: a randomized controlled trial. Pedia-
trics 2013;131(3):431-438.
• Geel MV, Vedder P, Tarilon J: Relationship 
between peer victimization, cyberbullying 
and suicide in children and adolescents: 
a meta-analysis. JAMA Pediatrics 2014:168 
(5):435-442
• Canadian Pediatric Society, Position State-
ment (PP2003-01): Impact of Media use on 
children and youth. Paediatric Child Health 
2003;8(5).
• Canada’s Centre for Digital and Media Lite-
racy. Media Awareness Network Web of Ca-
nada: Digital & Media Literacy Fundamentals 
and Excessive Internet Use: resources for pa-
rentes, available online: www.media-aware-
ness.ca
• Moreno MA, Ton A, Selkie E, et al. Secret so-
ciety 123: understanding the language of 
self-harm on Instagram. J Adolescent Health 
2016;58(1):78-84.
• Waarsdorp TE, Bradshaw CP: The overlap be-
tween cyberbullying and traditional bullying. 
J Adolescent Health 2015;56(5):483-488.
Glossário Digital
(fi que atualizado com alguns termos usados na Inter-
net e no texto do documento):
• Antivírus: programa de computador que loca-
liza e corrige, limpando os estragos causados 
por programas de vírus.
• Avatar: palavra derivada do sânscrito e reve-
renciada como divindade pelos hinduístas e 
que signifi ca a manifestação corporal de um 
ser imortal. É usada pela realidade virtual 
como fi gura para emprestar sua vida simulada 
para o transporte dos jogadores online para 
dentro dos mundos paralelos do ciberespaço, 
Departamento de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria
9
como se fosse uma máscara digital que trans-
forma a identidade das pessoas.
• Antimalware: programa que se instala no 
computador ou dispositivos para proteger da 
transmissão de vírus.
• Antispam: programa que se instala no com-
putador ou dispositivos para se proteger de 
mensagens comerciais ou não desejadas que 
lotam a caixa de correio eletrônico, geralmen-
te contendo publicidade de algum produto ou 
materiais de pornografi a e que podem captu-
rar dados confi denciais do usuário. (outro pa-
rágrafo).
• Bullying: termo inglês utilizado para descre-
ver atos de violência física, psicológica ou se-
xual, intencionais, para intimidação, ofensa, 
humilhação, depreciação, maltrato ou ameaça 
por um indivíduo (bully) ou grupo de indivídu-
os/pares de colegas, como objetivo de agredir, 
amedrontar ou exercer o poder da força contra 
outro indivíduo ou grupo de indivíduos/pares 
de colegas incapaz(es) de se defender.
• Cyberbullying: é o mesmo ato de violência do 
bullying que ocorre nas redes sociais ou em 
jogos online, na Internet, mas que extrapola e 
dissemina sem qualquer controle.
• Cybernautas ou cibernautas: são as pessoas 
que usam a Internet, redes sociais ou jogos 
online através dos computadores ou de qual-
quer outro dispositivo das tecnologias de in-
formação e comunicação (TICs).
• Desafi os ou brincadeiras perigosas: jogos en-
tre colegas adolescentes com confrontação 
de poder e teste de limites corporais do ga-
nhador ou do perdedor, como recompensa ou 
castigo pela tarefa que foi (ou não) realizada 
ou cumprida, caracterizando uma das formas 
de violência do bullying / cyberbullying, po-
dendo causar sufocação por enforcamento, 
convulsões, dores-de-cabeça, cortes-no-pes-
coço, fraturas, traumatismo craneano, hipóxia 
e morte. Sempre verifi car lesões no pescoço, 
cortes ou pequenos hematomas, olhos ver-
melhos, dores-de-cabeça. Consta no CID-10 
como item Y93.85, como causa externa de ati-
vidade de desmaio ou sufocação ou choking 
game activity.
• Dieta midiática: refere a quantidade e quali-
dade & tipo de mídia que é consumida (pla-
taforma e conteúdos na imprensa/revistas/
livros, ou televisão, computador, portáteis 
como notebooks ou telefones celulares e 
smartphones). E à semelhança da alimentação 
e dietas, as “dietas midiáticas” precisam ser 
progressivas dependendo da idade e matu-
ridade da criança e daí os conteúdos serem 
“nutritivos” e pró-sociais saudáveis ou preju-
diciais e desequilibrados, ou ainda, saudáveis 
em qualidade, mas danosos em quantidade.
• Emoticons e emojis: forma de comunicação 
paralinguística usando ícones ou símbolos 
criados para signifi car uma emoção através 
de uma sequência de caracteres tipográfi -
cos, como: “;0>))” ou “^-^” ou uma imagem, 
usualmente pequena que traduz ou tenta ex-
pressar a emoção que a pessoa está sentindo 
ao transmitir as palavras nas trocas de men-
sagens e na pressa de se comunicar que vão 
sendo cada vez mais incorporadas aos com-
portamentos e relacionamentos online .
• Gamifi cação: uso de elementos dos games 
numa atividade do mundo real de uma for-
ma atraente para trocas de mensagens com a 
perspectiva de jogar online.
• Grooming: técnicas de sedução ou comporta-
mentos sedutores que acontecem nas redes 
sociais quando uma pessoa mal-intencionada 
ou pedófi la tenta atrair uma criança ou adoles-
cente com falsidades ou inventando histórias 
ou mentiras para capturar a atenção da vítima.
• Helpline: rede de ajuda online e que pode ser 
acessada de qualquer computador.
• Hotline: serviço de recebimento de denún-
cias anônimas de crimes e violações contra os 
Direitos Humanos na Internet, contando com 
procedimentos efetivos e transparentes para 
lidar com as denúncias. Accessível e gratuito 
e pode ser acessado de qualquer computador.
• Links: “objeto” que pode ser uma palavra, 
nome ou uma sigla que liga uma página à ou-
tra, facilitando a navegação por múltiplos si-
tes. Pode estar associado a fotos ou textos e 
geralmente é acessado por uma curta linha de 
texto em azul e sublinhado.
Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital 
10
• Nude: palavra popular que signifi ca um pe-
dido para a pessoa enviar uma foto ou ima-
gem nua ou sem roupas com a intenção de se 
expor à opinião de outra (ou outras) – ato ou 
comportamento perigoso que pode caracteri-
zar crime de exploração sexual.
• On-line ou online e off -line ou offl ine: signifi -
ca estar ligado ou conectado à Internet ou ao 
contrário, desligado ou desconectado.
• Self-cutting: cortes de automutilação que ge-
ralmente as adolescentes fazem como gestos 
de autoagressão ou gestos suicidas, com o 
signifi cado de não sentir a dor do sofrimento 
por bloqueio emocional ou afetivo. Compor-
tamento que se tornou mais frequente prin-
cipalmente em adolescentes com transtornos 
alimentares ou depressivos e que assim ex-
pressam a sua dor em fotos nas redes sociais 
e compartilham este feito pseudo-heroico 
de sacrifício com outras colegas adolescen-
tes, em vez de procurar ajuda para resolver 
seus problemas emocionais ou familiares. 
Algumas usam piercing também colocando 
objetos como brincos ou pulseiras ou fazen-
do tatuagens para cobrir os cortes feitos nos 
braços ou nos tornozelos, para disfarçar as ci-
catrizes.
• Senha: um código que pode conter letras ou 
números e que dá o acesso ao computador, 
telefone celular ou outros dispositivos com 
acesso a programas e aplicativos. É sempre 
pessoal e intransferível e uma medida de se-
gurança e privacidade.
• Sexting: mensagens, fotos ou vídeos de con-
teúdo sexual que são transmitidas como com-
portamentos de sedução ou atração de outra 
pessoa através da Internet e que pode carac-
terizar exposição corporal de criança ou ado-
lescente e crime de exploração sexual online. 
Frequentemente acompanham o ato de cyber-
bullying entre adolescentes.
• Site: conjunto de páginas da Internet sobre 
um determinado tema ou descritivo de um 
autor ou que descreve uma instituição como 
se fosse um cartão-de-visitas e contato.
• Software: programas que permitem ao com-
putador realizar as tarefas programadas.
• Videogames ou jogos online: desenhos ou 
jogos interativos de ação e muito dinamismo 
com sons e coloridos espantosos e que cha-
mam a atenção por serem atraentes e reque-
rerem bastante concentração e habilidade 
para se ganhar pontos ou recompensas e que 
podem ser jogados em solitário ou em grupos 
de colegas ou com parceiros desconhecidos. 
Tornam-se viciantes por serem bastante atra-
tivos aos adolescentes que conseguem “do-
minar” o jogo e “vencer” o adversário ou sua 
equipe (ou não). Atualmente as indústrias que 
exploram este entretenimento são lucrativas 
e investem em campeonatos entre adoles-
centes que assim se tornam “atletas virtuais”, 
apesar de serem totalmente sedentários pois 
fi cam sentados inúmeras horas no jogo e sem 
desconectar e sair para outras atividades es-
colares ou tarefas diárias do convívio familiar. 
Cada videogame tem nomes e fi guras carac-
terísticas dos “heróis”, que fi cam marcantes 
e que são usados pela indústria de consumo 
para vender produtos, também.
• Vlogs: são vídeoblogs que se transformaram 
nos diários pessoais, mas que são públicos na 
Internet, onde o usuário conta sobre si mes-
mo ou sobre seu dia, sua vida ou algum tema 
e deixa-os abertos como mural para a opinião 
dos amigos ou do público em geral.
• Webcam: câmera de vídeo conectada ao com-
putador usada na transmissão de imagens 
ou para monitorar ambientes, em videocon-
ferências ou outras aplicações. Atualmente 
são partes embutidas nos computadores ou 
notebooks ou laptops e em muitos telefones 
celulares e smartphones, e assim as pessoas 
conseguem ‘se ver’ à distância, enquanto con-
versam conectadas – por isso, também, usa-
das em alguns jogos online.
• Wi-Fi: produto certifi cado e que pertence à 
classe dos dispositivos da rede local sem fi os 
e que facilitam o acesso à Internet, geralmente 
em residências, escritórios ou escolas e locais 
públicos. Muitas crianças e adolescentes, atu-
almente, só querem ir a locais com Wi-Fi, para 
conectarem com a Internet e assim poderem 
jogar online e mesmo sem saber do que se tra-
ta, perguntam: tem wifi ? e se pronuncia uáifai.
Departamento de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria
11
• www: dos termos em inglês, world wide web, 
que descreve o ambiente multimídia da Inter-
net com a reunião de textos, imagens, víde-
os e muito movimento e que pode ser aces-
sada de qualquer computador ou dispositivo 
da tecnologia de informação e comunicação 
(TIC).
• Youtubers:adolescentes que produzem si-
mulações de jogos eletrônicos ou vídeos 
com tutoriais sobre qualquer tema e criações 
próprias e que podem ser editadas e disse-
minadas entre colegas e nas redes sociais, 
sem qualquer custo e podem ser tornadas lu-
crativas, dependendo dos acessos de outros. 
Muitas vezes incentivam a prática de desafi os 
ou brincadeiras perigosas ou dietas mágicas 
para emagrecer ou fi car mais “sarado” (mus-
culoso) ou qualquer mania ou modismo.
Adendos Legais para Consultas
(agradecimentos à Dra. Juliana Abrusio, advogada es-
pecializada em direitos digitais em São Paulo, Nethics).
• No Brasil, a Constituição Federal (1988) no 
artigo 227 assegura a proteção integral da 
criança e do adolescente como prioridade 
absoluta1 de acordo com a Convenção dos 
Direitos da Criança aprovada pela Assem-
bléia Geral das Nações Unidas (1989)2. O 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
Lei nº 8069/1990, reitera que “a criança e 
o adolescente gozam de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana 
(...) assegurando-lhes (...) todas as oportuni-
dades e facilidades, afim de lhes facultar o 
desenvolvimento físico, mental, moral, espi-
ritual e social, em condições de liberdade e 
de dignidade”. E ainda, “é dever da família, 
da comunidade, da sociedade em geral e do 
poder público assegurar, com absoluta prio-
ridade, a efetivação dos direitos referentes à 
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cul-
tura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária” (arts. 3º 
e 4º)3.
• Nota-se, ademais, a preocupação do legisla-
dor brasileiro revelada pela recente Lei nº 
12.965/2014, o Marco Civil da Internet, o 
qual, além de fomentar a educação digital4, 
em seu artigo 29 faculta aos pais usuários 
das TICs a opção de livre escolha de programa 
para exercício de controle parental a fi lhos 
menores como formas de proteção às mudan-
ças tecnológicas, em especial sobre os impac-
tos provocados nas famílias, em especial nas 
rotinas e vivências das crianças e dos adoles-
centes5.
 Porém, tanto os pais como os educadores nas 
escolas precisam aprender como exercer esta 
mediação e serem alertados sobre os riscos 
e os limites necessários para assumirem esta 
responsabilidade.
• A recente Lei nº 13.185/2015 institui o pro-
grama de combate à intimidação sistemática 
a fatos ou imagens que depreciem, incitem 
à violência, à adulteração de fotos ou dados 
pessoais com o intuito de criar meios de cons-
trangimento psicossocial (bullying) ou atra-
vés da rede mundial de computadores (cyber-
bullying).
• A Lei nº 11.829/2008 conferiu nova redação 
ao artigo 241, e respectivos parágrafos e alí-
neas, do Estatuto da Criança e Adolescente, 
para considerar como crime a transmissão, 
pela internet, de conteúdos que contenham 
sexo explícito ou pornográfi co envolvendo 
criança ou adolescente6.
• A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inci-
so X assegura o direito fundamental à priva-
cidade, no que inclui as crianças e adolescen-
tes, a cuja tutela legal deve-se dar a máxima 
atenção em questões envolvendo as TICs, 
pela facilidade e falta de transparência quan-
to à privacidade dos indivíduos.
1 Art. 227 da Constituição Federal: É dever da família, da sociedade 
e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com 
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profi ssionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além 
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão.
2 O Decreto nº 99.710 de 21 de Novembro de 1990 promulga, no 
Brasil, a Convenção sobre os Direitos da Criança, da qual o Brasil 
ratifi cou em 24 de setembro de 1990.
3 No mesmo sentido, cite-se, ainda, artigo 17: O direito ao respeito 
consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral 
da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, 
da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos es-
Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital 
12
paços e objetos pessoais. E, artigo 18: É dever de todos velar pela 
dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qual-
quer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou 
constrangedor. (ambos artigos da Lei nº 8069/ de 1990 – Estatuto 
da Criança e do Adolescente).
4 Art. 26 da Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet): O cumpri-
mento do dever constitucional do Estado na prestação da educa-
ção, em todos os níveis de ensino, inclui a capacitação, integrada 
a outras práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e 
responsável da internet como ferramenta para o exercício da ci-
dadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico.
5 Art. 29 da Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet): O usuário 
terá a opção de livre escolha na utilização de programa de com-
putador em seu terminal para exercício do controle parental de 
conteúdo entendido por ele como impróprio a seus fi lhos menores, 
desde que respeitados os princípios desta Lei e da Lei no 8.069, de 
13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
 Parágrafo único. Cabe ao poder público, em conjunto com os pro-
vedores de conexão e de aplicações de internet e a sociedade ci-
vil, promover a educação e fornecer informações sobre o uso dos 
programas de computador previstos no caput, bem como para a 
defi nição de boas práticas para a inclusão digital de crianças e ado-
lescentes.
6 Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, pu-
blicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de siste-
ma de informática ou telemático, fotografi a, vídeo ou outro registro 
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfi ca envolvendo 
criança ou adolescente. Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, 
e multa. 
 § 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
 I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das foto-
grafi as, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo; 
 II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computa-
dores às fotografi as, cenas ou imagens de que trata o caput deste 
artigo. 
Departamento de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria
13
Diretoria
Triênio 2016/2018
PRESIDENTE:
Luciana Rodrigues Silva (BA)
1º VICE-PRESIDENTE:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
2º VICE-PRESIDENTE:
Edson Ferreira Liberal (RJ)
SECRETÁRIO GERAL:
Sidnei Ferreira (RJ)
1º SECRETÁRIO:
Cláudio Hoineff (RJ)
2º SECRETÁRIO:
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
3º SECRETÁRIO:
Virgínia Resende Silva Weffort (MG)
DIRETORIA FINANCEIRA:
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL:
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Membros:
Hans Walter Ferreira Greve (BA)
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE)
Alberto Jorge Félix Costa (MS)
Analíria Moraes Pimentel (PE)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM)
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte:
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA)
Nordeste:
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste:
Luciano Amedée Péret Filho (MG)
Sul:
Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Centro-oeste:
Regina Maria Santos Marques (GO)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA:
Assessoria para Assuntos Parlamentares:
Marun David Cury (SP)
Assessoria de Relações Institucionais:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP)
Rubens Feferbaum (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e 
Adolescentes com Defi ciência:
Alda Elizabeth BoehlerIglesias Azevedo (MT)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ)
Assessoria de Acompanhamento da Licença 
Maternidade e Paternidade:
João Coriolano Rego Barros (SP)
Alexandre Lopes Miralha (AM)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA)
Assessoria para Campanhas:
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) 
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência:
Evelyn Eisenstein (RJ)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP)
Metodologia Científi ca:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Cláudio Leone (SP)
Pediatria e Humanidade:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Christian Muller (DF)
João de Melo Régis Filho (PE)
Transplante em Pediatria:
Themis Reverbel da Silveira (RS)
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR)
Adriana Seber (SP)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP)
Fabiana Carlese (SP)
DIRETORIA E COORDENAÇÕES:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO 
PROFISSIONAL
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP:
Hélcio Villaça Simões (RJ)
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO
Mauro Batista de Morais (SP)
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
José Hugo de Lins Pessoa (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education 
Consortium)
Ricardo do Rego Barros (RJ)
REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP)
Sérgio Augusto Cabral (RJ)
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA
Francisco José Penna (MG)
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA
Marun David Cury (SP)
DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL
Sidnei Ferreira (RJ)
Cláudio Barsanti (SP)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB)
Mário Roberto Hirschheimer (SP)
João Cândido de Souza Borges (CE)
COORDENAÇÃO VIGILASUS
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP)
Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Edson Ferreira Liberal (RJ)
Célia Maria Stolze Silvany ((BA)
Kátia Galeão Brandt (PE)
Elizete Aparecida Lomazi (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Jocileide Sales Campos (CE)
COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR
Maria Nazareth Ramos Silva (RJ)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM)
Álvaro Machado Neto (AL)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE)
Cecim El Achkar (SC)
Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA)
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO
Normeide Pedreira dos Santos (BA)
DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO 
DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Dirceu Solé (SP)
DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
Lícia Maria Oliveira Moreira (BA)
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP)
COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS
Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
Paulo César Guimarães (RJ)
Cléa Rodrigues Leone (SP)
COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO
Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL:
Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ruth Guinsburg (SP)
COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG)
Kátia Laureano dos Santos (PB)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Valéria Maria Bezerra Silva (PE)
COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA 
PEDIÁTRICA (CANP)
Virgínia Resende S. Weffort (MG)
CONVERSANDO COM O PEDIATRA
Victor Horácio da Costa Júnior (PR)
PORTAL SBP
Flávio Diniz Capanema (MG)
COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
José Maria Lopes (RJ)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA
Altacílio Aparecido Nunes (SP)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE)
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE)
Joel Alves Lamounier (MG)
DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES
Fábio Ancona Lopez (SP)
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
Joel Alves Lamounier (SP)
Altacílio Aparecido Nunes (SP)
Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
Flávio Diniz Capanema (MG)
EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
Renato Procianoy (RS)
EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
Gil Simões Batista (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Sandra Mara Amaral (RJ)
Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
COORDENAÇÃO DO PRONAP
Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Fábio Ancona Lopez (SP) 
DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Joel Alves Lamounier (MG)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Rosana Fiorini Puccini (SP)
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Rosana Alves (ES)
Suzy Santana Cavalcante (BA)
Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Silvia Wanick Sarinho (PE)
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Jefferson Pedro Piva (RS)
COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS)
Sérgio Luís Amantéa (RS)
Gil Simões Batista (RJ)
Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Aurimery Gomes Chermont (PA)
COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Hélcio Maranhão (RN)
COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Edson Ferreira Liberal (RJ)
Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
Susana Maciel Wuillaume (RJ)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Herberto José Chong Neto (PR)
DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Cláudio Barsanti (SP)
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Gilberto Pascolat (PR)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Valmin Ramos da Silva (ES)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Tânia Denise Resener (RS)
João Coriolano Rego Barros (SP)
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Marisa Lopes Miranda (SP) 
CONSELHO FISCAL
Titulares:
Núbia Mendonça (SE)
Nélson Grisard (SC)
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Suplentes:
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
João de Melo Régis Filho (PE)
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Presidente:
José Martins Filho (SP)
Vice-presidente:
Álvaro de Lima Machado (ES)
Secretário Geral:
Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

Continue navegando