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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO

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36 
MARINGA MANAGEMENT 
MARINGA MANAGEMENT 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO 
 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO NO 
PROCESSO DECISÓRIO 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Buscando um diferencial competitivo as empresas estão investindo cada vez mais 
em meios que ofereçam informações que venham possibilitar aos gestores tomar 
decisões estratégicas mais seguras e acertadas. Neste contexto a utilização de 
sistemas de informação gerenciais serve de suporte à tomada de decisão, onde 
pede-se integração e troca dos sistemas com todos os envolvidos. O 
desenvolvimento deste trabalho objetiva demonstrar a inserção de forma gradual 
da utilização dos Sistemas de Informações como forma de gerar informações que 
sirvam de base ao processo decisório. 
Palavras-chave: Sistemas de Informação, processo decisório, integração dos 
sistemas. 
 
 
ABSTRACT 
Seeking a competitive businesses are increasingly investing in ways to provide 
information that will enable managers to make strategic decisions more secure and 
correct. In this context the use of management information systems used to 
support decision making, which asks whether the systems integration and 
exchange with all involved. The development objective of this study demonstrate 
the gradual insertion of the use of Information Systems as a way to generate 
information on which to base decision-making process. 
Key words: Keywords: Information systems, decision making, integration of 
systems. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patrícia Rodrigues Silva1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Discente do Programa de 
Mestrado em Administração - PPA 
UEM/UEL. Professora no curso de 
Administração FANP e Faculdade 
Maringá. 
E-mail: p.rodriguess@uol.com.br 
 
Maringá Management: Revista de Ciências Empresariais, v. 6, n.2, - p. 36-44, jul./dez. 2009 37 
MARINGA MANAGEMENT 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo Jacintho (2004), estamos diante 
de um cenário de elevada competitividade e 
aumento do grau de exigência do cliente, 
quanto à qualidade, preço e atendimento. 
Nesse contexto o empresário se vê obrigado a 
estar em constante aprimoramento para manter 
sua posição no mercado e se possível aumentá-
la, com o conseqüente reflexo no faturamento e 
na lucratividade. 
A concorrência, que até pouco tempo 
era limitada, passa a ser global, com as grandes 
redes utilizando-se de parcerias para atender 
com rapidez e eficiência as demandas locais. Os 
empresários nem sempre conseguem encarar a 
competitividade como parte do processo e 
quando se dá conta está lutando com 
dificuldade para manter uma estrutura que não 
tem mais resultados positivos. 
Segundo Jacintho (2004, p. 14), “*...+ os 
pequenos empreendedores estabelecem seus 
negócios pelas facilidades de entrada, ou devido 
a modismos, não efetuando um plano de 
negócio para avaliar a viabilidade do 
empreendimento”. Esse tipo de atitude vem a 
gerar descontentamento e principalmente 
prejuízos que afetam diretamente o ambiente 
organizacional. 
Diante desse contexto, torna-se 
necessário desenvolver alternativas e sistemas 
de apoio ao processo decisório, para que as 
atitudes tomadas pelos empresários sejam 
realmente fundamentadas e baseadas em dados 
que estejam certamente voltados ao 
crescimento organizacional. A organização não 
deve somente viver o presente, mas traçar 
planos e metas que possam ser atingidas sem 
que haja o “sacrifício” desse presente. 
O presente artigo tem por objetivo 
apresentar a importância da utilização de 
sistemas de informações gerenciais como 
suporte ao processo decisório dentro de 
organizações através de pesquisas bibliográficas 
realizadas. 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS 
 
Os sistemas de informação (SI) são 
utilizados para oferecer suporte às organizações 
em seu processo decisório. Através da utilização 
dos sistemas de um sistema de informação 
integrado a empresa pode além de dinamizar 
seu operacional, ter dados históricos que sirvam 
de base para decisões futuras. 
Sell (2004), afirma que um sistema de 
informações pode ser tecnicamente definido 
como um conjunto de componentes inter-
relacionados que coleta ou até mesmo 
recupera, processa, armazena e distribui 
informações para a tomada de decisão em uma 
organização. E através da integração desse 
conjunto de elementos que as decisões podem 
se voltar mais claramente para atingir objetivos 
e metas pré-estabelecidas. D’ascenção (2001, p. 
53), relaciona os sistemas de informação com o 
processo decisório, chegando aos sistemas de 
informação gerencial (SIG’s): 
 
Sistema de informações é o 
processo de transformação de 
dados em informações. E quando 
esse processo está voltado para a 
geração de informações que são 
necessárias e utilizadas no 
processo decisório da empresa, 
diz-se que esse é um sistema de 
informações gerenciais. 
 
Nessa abordagem é possível observar 
que, através dos Sistemas de Informação a 
organização tem maior suporte para a tomada 
de decisão, onde são fornecidos os elementos 
necessários para o bom andamento da 
organização. 
O autor menciona ainda que os Sistemas 
de Informação possuem seis componentes que 
formam sua estrutura básica. São eles: 
1 Os dados, que são entradas do sistema; 
2 O processamento dos dados, que 
corresponde ao processo de 
transformação de dados em 
informações; 
 
38 
MARINGA MANAGEMENT 
MARINGA MANAGEMENT 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO 
 
3 As informações que são as saídas do 
sistema; 
4 Os padrões que indicam a qualidade da 
informação desejada; 
5 O controle e avaliação necessários para 
verificar se as informações processadas 
pelo sistema estão atendendo aos 
objetivos estabelecidos; 
6 Os objetivos do sistema de informações. 
 
Nesse processo, as informações 
recebidas são transformadas em atitudes e/ou 
decisões que beneficiam não somente a 
empresa, mas principalmente as partes 
envolvidas em toda a dinâmica. Esse processo 
pode ser observado a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: D’ascenção (2001, p. 52). 
 
Além da organização para a busca dos 
objetivos, é importante destacar que os 
sistemas de informação tornam a organização 
cada vez mais competitiva, já que a rapidez das 
informações agilizam a tomada de decisão 
diante de dificuldades e/ou atitudes perante a 
concorrência. 
Gil (1995, p. 13) define sistema de 
informação como “um conjunto de recursos 
humanos, materiais, tecnológicos e financeiros 
agregados segundo uma seqüência lógica para o 
processamento dos dados e a correspondente 
tradução em informações”. Segundo o autor, 
um sistema de informações tem de trabalhar 
dados para produzir informações. Dessa forma, 
os dados funcionam como insumos com os quais 
o sistema de informações irá trabalhar, e a 
informação como produto final desse processo. 
Pezzin (2001), afirma serem três as 
funções básicas de um Sistema de Informações 
na organização de uma empresa, funções estas 
relacionadas à transformação de informação em 
conhecimento. São elas: 
 
1 Resolução de problemas mediante o 
equacionamento e a proposta de 
soluções para apoiar o dirigente da 
empresa a atuar como agente 
transformador; 
2 Produção do conhecimento através da 
obtenção de informações que seriam de 
difícil acesso por outros procedimentos; 
3 Tomada de consciência, propiciando a 
sensibilização a um problema da 
organização, e o desenvolvimento da 
consciência da coletividade sobre a sua 
solução a curto e médio prazo. 
 
Observa-se então a utilização dos 
Sistemas de Informaçãoem toda a dinâmica 
organizacional. Não pode se considerar que para 
um determinado setor ou outro, os sistemas de 
informação têm maior importância. Sell (2004, 
p. 45), deixa isso claro quando os classifica por 
níveis, os quais são: 
 
1 Nível operacional: são utilizados para o 
controle do fluxo das atividades básicas 
da organização, tal como vendas, fluxo 
de caixa, controle de materiais e outros. 
2 Nível de conhecimento: apóiam o 
processo de coleta e armazenamento de 
novo conhecimento associado ao 
negócio para a administração da 
continuidade das tarefas cotidianas. 
3 Nível gerencial: são utilizados 
periodicamente no monitoramento, no 
controle e na tomada de decisões pelos 
gerentes de nível médio da organização. 
4 Nível estratégico: são utilizados pelos 
executivos para a realização do 
planejamento estratégico. Proporcionam 
a visão necessária da empresa para o 
planejamento das próximas ações diante 
do ambiente externo. 
PROCESSO DE 
TRANSFORMAÇÃO 
ENTRADA SAÍDA 
PADRÕES DE 
QUALIDADE 
O
 
B
 
J
 
E
 
T
 
I
 
V
 
O
 
S 
CONTROLE E 
AVALIAÇÃO 
Figura 1 – Estrutura básica de um sistema de informações 
 
Maringá Management: Revista de Ciências Empresariais, v. 6, n.2, - p. 36-44, jul./dez. 2009 39 
MARINGA MANAGEMENT 
Os sistemas de informação podem então 
ser usados em todas as áreas da empresa ao 
mesmo tempo em que são integrados, 
oferecendo aos dirigentes alternativas de como 
melhorar a performance da empresa em geral. 
O que vale ressaltar é que a estrutura e a 
cultura organizacional estão intimamente 
ligadas no desenvolvimento dos Sistemas de 
Informação, pois, não basta a existência de 
Sistemas de Informação dentro da empresa, é 
necessário que o mesmo seja utilizado para que 
as informações fornecidas sejam realmente 
precisas e confiáveis. 
A seguir sãos apresentados os principais 
Sistemas de Informação utilizados pelas 
empresas: 
 
Quadro 1 – Principais sistemas de informação 
utilizados pelas empresas 
 
1. Sistemas de 
Processamento 
de 
Transações 
(SPT) 
É tido como um dos primeiros a serem utilizados 
nas empresas. Registra transações completas de 
negócios, como as relacionadas às rotinas da folha 
de pagamento, à parte financeira entre empresa - 
clientes e fornecedores. 
2. Sistemas de 
Informações 
Gerenciais (SIG) 
Este sistema focaliza a eficiência operacional. 
Fornece relatórios pré-programados gerados com 
dados e informações do sistema de processamento 
de transações. 
3. Sistemas de 
Apoio 
à Decisão (SAD) 
O foco é a eficácia da tomada de decisão. São 
usados quando o problema é complexo, envolvendo 
o julgamento gerencial. Os administradores têm 
papel ativo no desenvolvimento e na 
implementação do SAD. 
4.Sistemas 
Especialistas 
(SE) 
Gera um parecer especializado ou sugere uma 
decisão em uma área específica. São considerados 
como um profissional especializado com muitos 
anos de experiência em determinado campo. 
5. Sistemas de 
Telecomunicaçã
o 
(ST) 
Usados para compartilhar e transferir informações. 
Os exemplos mais conhecidos são a teleconferência 
e a videoconferência. 
Fonte: Adaptado de Stair, 1998. 
 
O autor diz que a importância dos 
sistemas de informação está em oferecer aos 
envolvidos na dinâmica organizacional, um 
feedback a respeito das operações realizadas na 
empresa. Essas (as empresas), com suas 
particularidades e necessidades diferentes 
promovem a construção de sistemas que se 
adaptam a sua realidade e atendam suas 
expectativas enquanto ferramenta de suporte. 
 
A IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES PARA AS 
ORGANIZAÇÕES 
 
É fato que as informações são de grande 
importância para as organizações, a dificuldade 
está em administrá-la e determinar seu valor no 
tempo. Essa subjetividade na determinação do 
valor ocorre porque o mesmo é atribuído a 
partir dos resultados alcançados com as 
informações obtidas. 
Para Oliveira (1993), a eficiência na 
utilização do recurso informação é medida pela 
relação do custo para obtê-la e o valor do 
benefício derivado do seu uso. Informações são 
importantes desde que sejam utilizadas de 
maneira otimizada, como será observado 
posteriormente. 
Rezende (2000, p. 260), diz que: 
 
A efetividade da informação pode 
ser avaliada em termos do produto 
da informação, do uso da informação 
para trabalhos organizacionais, da 
utilização dos Sistemas de 
Informação pelos usuários e o 
impacto dos mesmos na empresa, 
especialmente no desempenho 
organizacional. 
 
Esse fato merece destaque porque 
apesar de reconhecer a importância das 
informações para a tomada de decisão e o 
sucesso empresarial, muitas empresas parecem 
não se dar conta que o valor da informação está 
no seu uso e não na sua geração. A informação 
tem valor somente quando é utilizada e 
transformada em uma ação que agregue valor 
ao negócio da empresa, caso contrário, tem-se 
somente “dados mortos”. 
Segundo Prusak e McGee (1994), 
grandes empresas estão gastando muito 
dinheiro em tecnologia de informação, para a 
obtenção de informações, mas grande parte 
desse dinheiro é perdido na construção de 
banco de dados com conteúdo irrelevante ou 
mal utilizado. A capacitação merece destaque 
nesse momento, pois não basta toda a 
tecnologia se não se tem pessoas aptas a fazer 
uso das informações corretamente. 
 
40 
MARINGA MANAGEMENT 
MARINGA MANAGEMENT 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO 
 
Além disso, tem-se que lutar com a 
resistência a mudança, quando da implantação 
de um sistema de informação. Nem sempre os 
recursos humanos estão preparados a enfrentar 
novos processos dentro da organização e 
acabam criando barreiras. O investimento em 
treinamento nesse momento é de suma 
importância, pois, assim todos os envolvidos no 
processo terão a possibilidade de conhecer o 
que e como devem ser utilizados os Sistemas de 
Informação. 
Segundo Schmitt (2004, p. 20), 
 
As informações podem ajudar as 
empresas a desenvolverem novos 
produtos a partir de novas 
necessidades do mercado, podem 
indicar novos investimentos ou 
mesmo aumentar a participação da 
empresa em determinados nichos de 
mercado, podem indicar o caminho 
para a redução dos custos dos seus 
produtos, em suma, as informações 
podem fazer com que a empresa se 
torne mais competitiva no mercado. 
 
Mas para que isso aconteça, é necessário 
utilizá-las corretamente. Não basta ter 
informações, é necessário transformá-las. E 
através do desenvolvimento dos recursos 
humanos, e de treinamentos adequados, as 
empresas conseguirão maior comprometimento 
por parte de seus colaboradores, maximizando 
assim, realmente as informações obtidas. 
 
 
INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
 
Conforme abordado até o momento, 
existem vários sistemas em uma empresa, 
estando esses em qualquer nível organizacional. 
O que deve ocorrer é a comunicação entre esses 
sistemas, pois, há uma interdependência entre 
eles, ou seja, a saída gerada por um sistema 
pode ser a entrada necessária para um outro 
sistema. 
Segundo Rezende (2000, p. 68), a 
integração dos sistemas de informação, 
 
[...] são as relações de 
interdependência entre os 
subsistemas que resultam 
principalmente na troca de 
informações entre eles. Essas 
relações são necessárias pra o 
funcionamento efetivo das funções 
empresariais e respectivos Sistemas 
de Informação. 
 
Essa interdependência promove o 
sincronismo na atualização desses sistemas, 
evitando assim a redundância de dados e 
garantindo a integridade da base de 
informações da organização. Abaixo um 
exemplo de integração entre sistemas de 
informação: 
 
Figura 2 – Fluxo de integração presente nos 
sistemas de informaçãoFonte: Adaptado de Schmiit, (2004, p. 38) 
 
Quando observado dessa maneira, a 
troca entre os setores vem a parecer obvia, no 
entanto, nem sempre isso acontece. Indivíduos 
e/ou setores por algumas vezes “seguram” a 
informação pra si. Isso pode ocorrer devido a 
diversos fatores, por algumas vezes pessoais. O 
que deve ocorrer para a mudança desse 
contexto é a forma com que toda a 
“esquematização” do processo é mostrada aos 
funcionários, ou seja, como a cultura da 
empresa apresenta o processo a seus 
colaboradores. 
E atualmente a tecnologia possibilita 
essa integração, não somente internamente, 
mas principalmente com o ambiente externo. A 
integração externa possibilita a troca de 
MANUTENÇÃO 
RECEBIMENTO 
COMPRAS 
CONTABILIDADE 
Requisição de 
compra 
Quantidade, Preço e 
Fornecedor 
Ordem de compra 
Custo e conta 
Quantidade e Custo 
 
Maringá Management: Revista de Ciências Empresariais, v. 6, n.2, - p. 36-44, jul./dez. 2009 41 
MARINGA MANAGEMENT 
informações entre empresa-fornecedor-cliente, 
montando uma “cadeia” de informações onde 
todas as partes são beneficiadas. 
 
 
FATORES DE SUCESSO DE SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO 
 
Implementar os sistemas de informação 
é uma das atitudes inteligentes tomadas por 
empresas, isto se avaliarem os riscos potenciais 
na implantação dos mesmos, para que não 
ocorram falhas nesses processos. 
Segundo Schmitt (2004, p. 45), 
 
Entre os fatores de risco, para o 
sucesso na implantação de sistemas 
de informação, pode se citar: o 
tempo de desenvolvimento, o 
número de pessoas e áreas da 
empresa envolvidas, os custos do 
projeto, a constante e rápida 
evolução da tecnologia e o 
dinamismo do mercado, entre 
outros. 
 
A partir daí, nota-se a importância em 
fazer uma avaliação da empresa em si, e 
observar se essa está preparada para a 
implantação dos Sistemas de Informação. É 
necessário observar atentamente a qual tipo de 
Sistemas de Informação a empresa pode 
suportar. É necessário gerenciar os riscos e 
descobrir os potenciais a serem enfatizados. 
Ainda para o autor, nas fases iniciais do 
projeto, não existe um levantamento detalhado 
dos requisitos funcionais do sistema, ou seja, 
tem-se uma base a ser adaptada de acordo com 
as necessidades do dia-a-dia, mas para isso é 
imprescindível a utilização do sistema 
corretamente. É necessário que todos os 
envolvidos na empresa conheçam “o que”, “o 
como” e “o porquê”, de cada um dos recursos 
existentes no sistema. 
Para Schmitt (2004), torna-se necessário 
que haja coerência entre a cultura gerencial e a 
cultura da tecnologia da informação pra que a 
utilização de sistemas de informação seja bem 
sucedida. Ou seja, as pessoas, mesmo com sua 
resistência a implantação, serão mais receptivas 
desde que a cultura gerencial propicie esse tipo 
de atitude. 
De acordo com Freitas (1991, p. 120), “as 
mudanças provocam sentimentos de perda e 
diante destas perdas as pessoas tendem a reagir 
agarrando-se à situação do passado e, portanto, 
reagindo a mudança”. Para inverter esse 
processo é necessária a intervenção dos 
dirigentes apresentando pontos positivos e 
analisando os riscos para que a implantação do 
Sistema de Informação seja feita com sucesso. 
Nesse momento é possível afirmar que o 
sucesso na implantação de sistemas de 
Informação está diretamente ligada as atitudes 
das pessoas. Quanto maior a participação e 
aceitabilidade dos integrantes do processo, mais 
efetivo o levantamento dos requisitos 
funcionais, reduzindo assim as reações 
negativas ao Sistema. 
 
 
CUSTOS E BENEFÍCIOS DOS SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO 
 
Já foi observado que uma informação é 
valorizada quando ajuda os tomadores de 
decisões a optarem pela alternativa que 
segundo eles é tida como a melhor em 
determinado momento. Assim, a relevância da 
informação está intimamente ligada às 
estratégias dos negócios. 
Padoveze (1996), diz que a informação 
não pode custar mais do que possa valer para a 
administração. Os dirigentes de empresas 
buscam reduzir custos, aprimorar a eficiência na 
produção, vantagens competitivas, maior 
precisão no valor agregado aos produtos, 
tomadas de decisão gerenciais mais eficazes, 
enfim, procuram interagir os problemas da 
empresa para compreendê-los melhor. 
Os sistemas de informação devem ser 
utilizados oferecendo ao escopo estratégico, 
inúmeras alternativas de como melhorar a 
performance da empresa, auxiliando-o na 
percepção da necessidade de mudanças no 
processo organizacional. 
 
42 
MARINGA MANAGEMENT 
MARINGA MANAGEMENT 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO 
 
Schmitt (2004), comenta que a 
determinação dos custos de implementação de 
um sistema é uma tarefa extremamente 
complexa, pois, além dos custos de software e 
hardware, estão envolvidos os custos com 
pessoal próprio e de terceiros. Sendo os custos 
de pessoal de difícil previsão, uma vez que a 
determinação do tempo de elaboração, análise 
e implementação do projeto torna-se bastante 
complexa. 
Volta-se então, a mesma questão 
abordada anteriormente, é necessário o 
treinamento adequado para que os envolvidos 
possam fazer com que as informações tenham 
valor. É necessário que as pessoas saibam 
dinamizar e utilizar as informações no momento 
certo e da maneira exata. 
Para Bio (1996), um sistema de 
informações bem executado traria benefícios 
principalmente: 
1 Na informação gerencial; 
2 Na eficiência operacional; 
3 Na racionalização dos sistemas; 
4 No controle interno. 
Daí a necessidade de um relacionamento 
integrado entre as partes. Para que dessa 
maneira exista uma troca das informações 
disponibilizadas pelos indivíduos e/ou setores. 
Stair (1998, p. 6) acredita que uma boa 
informação deve apresentar certas 
características, como: 
1 Ser precisa: a informação não pode ter 
erros; 
2 Ser completa: conter todos os fatos 
importantes; 
3 Ser econômica: o valor da informação 
deverá ser avaliado com a sua produção; 
4 Ser flexível: a informação poderá ser 
utilizada para diversas finalidades; 
5 Ser confiável: a confiabilidade da 
informação depende do método de coleta 
dos dados; 
6 Ser relevante: deverá ser importante 
para o tomador de decisão; 
7 Ser simples: uma informação sofisticada 
e detalhada pode não ser necessária; 
8 Ser encaminhada em tempo: a 
informação deverá ser enviada somente 
quando se julgar necessária; 
9 Ser verificável: poderá ser checada para 
saber se está correta. 
 
E apesar de óbvio, nem sempre esses 
elementos são existentes da transferência da 
informação. Embora as pessoas dentro das 
organizações necessitem crescentemente de 
informações relevantes, elas são ao mesmo 
tempo vítimas de informações irrelevantes. É 
necessário, portanto, determinar os objetivos e 
trabalhar de maneira integrada e determinada 
em busca desses objetivos, assim, o tempo será 
utilizado de maneira otimizada e os sistemas 
não estarão gerando informações, que por 
muitas vezes se tornam irrelevantes. 
 
 
PROCESSO DECISÓRIO UMA VISÃO GERAL 
 
De acordo com Oliveira (2004), a tomada 
de decisão consiste em um processo contínuo 
de ligação entre as unidades e os agentes 
organizacionais. Dentro das organizações, as 
pessoas, freqüentemente, tomam decisões 
cujas conseqüências variam de acordo com o 
impacto causado sobre seus objetivos e 
operações. 
Segundo Gomes (2002, p. 11), 
 
Uma decisão precisa ser tomada 
sempre que estamos diante de um 
problema que possui mais que uma 
alternativa para sua solução. Mesmo 
quando, para solucionar um 
problema, possuímos uma única 
ação a tomar, temos as alternativas 
de tomar ou não essa ação. 
Concentrar-se no problema certo 
possibilita direcionar corretamente 
todo o processo. 
 
O que ocorre dentro das organizaçõesé 
que seu escopo estratégico nem sempre está 
preparado para esse processo e acaba tomando 
decisões que ao invés de beneficiar, prejudicam 
a empresa. Essas decisões errôneas por vezes 
 
Maringá Management: Revista de Ciências Empresariais, v. 6, n.2, - p. 36-44, jul./dez. 2009 43 
MARINGA MANAGEMENT 
são tomadas por falta de informações certas e 
baseadas em dados reais. 
Gomes (2002), diz que o decisor pode ser 
uma pessoa ou um grupo de pessoas, em nome 
do qual é tomada a decisão. Os decisores 
influenciam no processo de decisão de acordo 
com o juízo de valor que representa relações 
estabelecidas. As relações devem ter caráter 
dinâmico, pois poderão ser modificadas durante 
o processo de decisão devido ao 
enriquecimento de informações ou 
interferências existentes. 
O que comprova a importância da 
obtenção de dados que realmente sejam 
confiáveis para esse processo. Gomes (2002, p. 
15), ainda complementa: 
 
Nem todos os decisores têm o poder 
de decisão. Assim, é importante, 
ainda, distinguir o grau de influência 
dos decisores no processo de 
decisão. Esse grau de influência faz a 
distinção entre os decisores 
envolvidos com o processo de 
decisão, que são colocados em dois 
grupos denominados de agidos e 
intervenientes. 
 
Ou seja, é necessários que a empresa 
tenha claro qual ou quais são as pessoas 
preparadas para integrarem o processo 
decisório. Alguns estarão apenas intervindo no 
processo, enquanto outros estarão realmente 
tomando as atitudes necessárias para a 
resolução dos problemas. Cabe ressaltar então, 
que as decisões variam de acordo com o tipo de 
problema emergente, gerando então 
alternativas de solução com objetivos definidos. 
 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Um grande desafio enfrentado por 
dirigentes de organizações está no processo de 
tomada de decisão. O ritmo acelerado de 
atividades e a complexidade das ações 
gerenciais visam maior intensificação do fluxo 
de informações e um maior e melhor manejo 
dessas para que suas decisões sejam bem 
sucedidas. 
Caso isso não ocorra e tome-se uma 
decisão errônea, a organização 
conseqüentemente se tornará menos 
competitiva, já que a alocação de recursos e sua 
utilização não foram feitas de formas 
adequadas. Isso sem contar no tempo 
despendido dos envolvidos em todo este 
processo, que acabou por não agregar o valor 
necessário à atividade, deixando então a 
organização suscetível à atuação dos 
concorrentes. 
Por fim, a utilização de sistemas de 
informações gerenciais (SIG´s), bem como sua 
integração com todos os setores e pessoas 
envolvidas na organização propiciam uma 
probabilidade maior de acerto já que atua como 
suporte no processo decisório. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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MARINGA MANAGEMENT 
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO 
 
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