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AVALIAÇÃO AMBIENTAL Roberto Matias da Silva Geólogo Mestre em Geociências Área de Concentração: Geologia Ambiental roberto.matias@uol.com.br ► Se trata da mais ampla atividade analítica que se pode realizar a cerca de um objeto qualquer do conhecimento. AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO AMBIENTAL ► Para se avaliar um objeto ambientalmente, significa compreendê-lo e mensurá-lo segundo relações mantidas entre seus elementos e aspectos físicos, bióticos, econômicos, sociais e culturais. A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ► A partir de 1972, com a Conferência de Estocolmo, esforços vêm sendo desenvolvidos na esfera ambiental, procurando estabelecer uma base metodológica para estudos ambientais. → universidades; → empresas de consultoria e projetos; → institutos de pesquisa; → órgãos públicos; → associações ambientalistas; → profissionais liberais de diversas áreas e → ONG’s. ORGANISMOS INTERNACIONAIS → Banco Internacional de Reconstituição e Desenvolvimento (BIRD); → Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); → Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO); → Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD). ► Uma avaliação ambiental → equipe multi e interdisciplinar. ► Dificuldades de gerenciamento → das especializações dos envolvidos → cada analista tenta enfocar o quadro típico de sua especialidade, oferecendo ao grupo os fatores e as relações condicionantes da transformação ambiental a ser avaliada segundo uma ótica especifica. “Dificuldades Técnicas e Gerenciamento” “CONCEITOS BÁSICOS” RELATIVOS AO AMBIENTE RELATIVOS ÀS ATIVIDADES TRANSFORMADORAS RELATIVOS ÀS RELAÇÕES ENTRE AMBOS (O Ambiente e Às Atividades Transformadoras) RELATIVOS AO AMBIENTE Qualidade Ambiental e de Vida ► A qualidade ambiental de um ecossistema expressa as condições e os requisitos que ele detém, de natureza física, química, biológica, social, econômica, tecnológica, cultural, política.................... CONCEITOS BÁSICOS ► É também, o resultado da dinâmica dos mecanismos de adaptação dos processos evolutivos naturais → é o resultado da ação simultânea da necessidade e do acesso. Ilha do Careiro – Município de Careiro da Várzea/AM Fator ou Bem Ambiental ► Todo e qualquer elemento constituinte da estrutura de um ecossistema. ► Sob nenhuma hipótese devem ser entendidos como se fossem componentes mecânicos de um ecossistema, ou uma unidade básica de suas estruturas, ou mesmo uma unidade de sobrevivência. Indicadores Ambientais ► São variáveis, específicos a cada fator ambiental, que permitam a aferição das oscilações de comportamento e/ou de funcionalidade do fator, tornando-se o elemento mais adequado para analise qualitativa e quantitativa das variações da qualidade ambiental de um ecossistema. ► Quando se estima ou se afere oscilações de um indicador ambiental, em escala apropriada, fica estabelecida a própria medida da intensidade de um impacto ambiental, ou torna- se conhecido um valor dela resultante, com consistência e aptidão suficientes para representá-la em um estudo analítico- comparativo. Meio Ambiental ► Constitui-se em uma divisão teórica e arbitraria do ambiente, segundo conjuntos afins de segmentos ambientais, de acordo com o tipo de abordagem e de ação que se deseja imprimir em uma região. ► Para se ter uma divisão de possíveis composições para um mesmo espaço ambiental, uma subdivisão ampla e reconhecidamente utilizada é o seguinte: → meio físico; → meio biótico; → meio antrópico. ► Não significa que o ambiente seja estruturado via conjuntos estanques de segmentos. Caverna Maruaga – Presidente Figueiredo/AM Tipo de Vegetação Característica do Ambiente Tipo de Vida Animal Característica do Ambiente Compartimento Ambiental ► Qualquer uma das partições ou segmentos afins em que subdividem os meios ambientais → de acordo com a abordagem do estudo a ser realizado e de conformidade com a características do meio a que se refere → detém todos os conjuntos de fatores ambientais de mesma natureza. BR – 174, Próximo ao Município de Presidente Figueiredo/AM BR – 174, Próximo ao Município de Presidente Figueiredo/AM Representação Funcional do Ambiente ► A estrutura funcional dos ecossistemas, é representada pelos seguintes níveis estratificados; do menos complexo para o mais complexo: → Nível 1: Coleções de fatores ambientais; → Nível 2: Coleções de relações ambientais; → Nível 3: Coleções de ciclos ecológicos; → Nível 4: Coleção de ecossistemas. √ Ecossistema → Conjunto dos relacionamentos mútuos entre determinado meio ambiente e a flora, a fauna e os microrganismos que nele habitam, e que incluem os fatores de equilíbrio geológico, atmosférico, meteorológico e biológico. ► Cada nível se realiza pela organização e pela integração dos elementos constituintes do nível antecedente de menor complexidade. ► O primeiro nível, que é o nível representado pelas coleções de fatores ambientais, realiza-se por intermédio de duas capacidades intrínsecas que se complementam → a de alto-afirmação dos fatores, que os individualiza física e funcionalmente; → a de integração, que os submete à ordem dos demais níveis. ► Desta forma, se existe uma unidade de sobrevivência, ela é, expressa pela relação do fator ambiental com o ecossistema de que faz parte. Representação Estrutural do Ambiente ► Enquadra a estrutura orgânica do ambiente e é representada pelos seguintes níveis estratificados; do menos complexo para o mais complexo: → Nível 1: Fatores ambientais; → Nível 2: Compartimentos ambientais; → Nível 3: Meios ambientais; → Nível 4: Ambiente. Relação Ambiental ► É a troca sistêmica de energia entre os fatores ambientais que compõem um ecossistema, fornecendo-lhe poder de auto- organização e complexidade crescentes, numa tendência da redução de sua entropia. ► As relações ambientais apresentam duas propriedades que expressam a dinâmica aleatória dos ecossistemas. ► Primeira → Caracterizada pela multiparidade das relações mantidas entre conjuntos de fatores ambientais. Um indivíduo de um dado conjunto ‛‛Y” de fatores pode, simultaneamente, relacionar-se com ‛‛K” indivíduos de diverso outros ‛‛N’s” conjuntos de fatores. ► Segunda → Caracteriza-se pela natureza das relações mantidas entre indivíduos de diversos conjuntos de fatores, a saber: → relação de ordem; → relação de oportunidades; → relação de integração. BR – 317, Trecho Brasiléia/Assis Brasil/AC Ciclo Ecológico ► Consiste nos sistemas dinâmicos e naturalmente integrados, “homeostáticos”, de relações físicas, químicas, biológicas, econômicas, tecnológicas, culturais, políticas e etc..., mantidas, no mínimo, por pares de fatores de qualquer natureza, em um determinado ecossistema. ► Homeostase → Termo utilizado pelo neurologista Walter Cannan para caracterizar a tendência à estabilidade do meio interno do organismo. Propriedade auto-reguladora de um sistema ou organismo que permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de seu meio ambiente. ► Um ecossistema definido pode ser observado pelos diversos ciclos ecológicos que nele se realizam. ► Ciclo ecológico representa um conjunto de ocorrências realizadas em um intervalo de tempo, determinado por fatos ecológicos: coleções de fatores que nele interagem, potencialidades comportamentais e funcionais destes fatores, exigências ambientais recíprocas de cada fator em relação aos demais, nível de troca de energia que se estabeleceuno ciclo que o antecedeu e probabilidade de ocorrência de relações ambientais. Estabilidade Ecológica ► Representa um processo de não-equilíbrio, posto que nele se verifica a tendência das relações ambientais em busca da auto- organização. Quanto maior o grau de estabilidade de um ecossistema, maior seu poder de auto-organização e, consequentimente, sua complexidade relativa. Plasticidade Ecológica ► Decorre da constatação de que existem infinitas alternativas de estruturação de ciclos ecológicos de mesma natureza, isto é, envolvendo os mesmos gêneros de fatores ambientais. ► EX.: Sejam os conjuntos de fatores ambientais A, B,……..,N, assim representados: A=(A1, A2,……An); B=(B1, B2,………,Bn); N=(N1, N2,………Nn). Os ciclos conformados que caracterizam a plasticidade ecológica são do tipo: A1:B1:……..N1; A2:B2:……N2; An:Bn:………..Nn. Nesta coleção de ciclos de mesma natureza, no entanto, cada um será diverso dos demais, uma vez que seus fatores ambientais constituinte, embora sejam do mesmo gênero (A, B, ....... N), não serão os mesmos indíviduos, por isso mesmo detendo cada qual distintas auto-afirmações. ► Decorre da constatação de que, em dois ciclos ecológicos de mesma natureza, apresentando, portanto, a mesma constituição orgânica e de relações, ainda que seus fatores constituintes, individualizados, apresentem desempenhos distintos e singulares (ou seja, auto-afirmados), a ordem e a funcionalidade do ecossistema como um todo não serão comprometidas. Flexibilidade Ecológica RELATIVOS ÀS ATIVIDADES TRANSFORMADORAS ► Constitui-se em qualquer processo, oriundo ou não da ação humana, capaz de alterar um ecossistema em qualquer um dos seus níveis, afetando, por esse motivo, sua estabilidade e suas autocapacidades. Fator de Ameaça ► Consiste em qualquer unidade, instrumento ou processo que seja capaz de causar adversidades ambientais, ou seja, ruptura de relações ambientais, não em razão de características da região em que será inserido, mas pelo potencial de impactos negativos que lhe é inerente. Voçoroca – Br – 174, Próximo ao Município de Presidente Figueiredo/AM Fator de Oportunidade ► Consiste em qualquer unidade, instrumento ou processo que lhe seja peculiar, capaz de causar benefícios ambientais, ou seja, fortalecer ou incrementar as autocapacidades ambientais de sua região de inserção, não em decorrência dela própria, mas do potencial de impactos positivos que detém. BR – 174, Recanto Ecológico, Próximo a Manaus/AM. Km 18 Recanto Ecológico – BR – 174, Próximo a Manaus/AM. Km 18 Empreendimento ► Constitui-se em um conjunto dinâmico e integrado de recurso de diversas naturezas, apoiados em tecnologias apropriadas, decorrentes dos tipos de bens e serviços que objetiva produzir, física e economicamente organizados, a fim de cumprir um processo produtivo estabelecido. ► Todo empreendimento constitui-se em uma atividade transformadora do ambiente → ao ser implementada uma atividade transformadora em uma determinada região, podem-se prever algumas modificações nos ecossistemas existentes: 1. recursos naturais serão utilizados como insumos construtivos e produtivos; 2. recursos ambientais serão transformados pela ocupação territorial; 3. fatores ambientais próprios das atividades serão introduzidos, temporária ou permanentemente; 4. novas demandas de relações ambientais serão estabelecidas; 5. relações ambientais preexistentes serão modificadas. Construção do Aeródromo de Assis Brasil/AC Infra-estrutura de Apoio da Obra RELATIVOS ÀS RELAÇÕES ENTRE AMBOS (O Ambiente e Às Atividades transformadoras) Intervenção Ambiental ► É toda e qualquer ação ou decisão que envolva a introdução, concreta ou virtual, permanente ou temporária, de pelo menos um fator ambiental em um dado ambiente, capaz de gerar ou induzir o remanejamento de fatores existentes no ambiente. Queimada ao Longo da BR -317 – Assis Brasil/AC Alteração Ambiental ► Consiste no remanejamento, espontâneo ou induzido, físico ou funcional, de conjuntos de fatores ambientais da área de influência de atividades transformadoras, em decorrência de pelo menos uma intervenção ambiental. Mineração/RO – Lavra a Céu Aberto Pelo Sistema de Dragagem – Draga de Conchas Tipo Albatroz ► Uma alteração determina uma nova configuração do meio ambiente em que ocorre → reorganizando relações antes inexistentes entre seus fatores constituintes ou da supressão de outras que até então se realizavam. Mineração/RO – Sistema de Deposição de Rejeito – Alteração Ambiental Fenômeno Emergente ► Consiste na transformação do comportamento e/ou da funcionalidade preexistente de um ou mais fatores ambientais, em decorrência de pelo menos uma alteração ambiental. ► Um fenômeno emergente se manifesta quando um fator ambiental é, de alguma forma, impedido de exercer suas relações primitivas ou, ao contrário, passa a exercer novas relações antes inexistentes. Mineração/RO – Sondagem Manual a Percussão Sonda Banka Mineração/RO – Lavra a Céu Aberto por Desmonte Mecânico/Hidráulico Atributos de um Fenômeno Ambiental ► Constituem-se nos elementos específicos de eventos, capazes de caracterizá-los quantitativamente e qualitativamente. ► Dentre os mais importantes destacam-se: → intensidade; → distributividade; → cumulatividade; → sinergia; → probabilidade; → duração; → reversibilidade e → carência. ► Intensidade: É a magnitude do impacto ambiental, que impõe a ciclos ecológicos razoavelmente identificáveis. ► Distributividade: Caracteriza a amplitude de manifestação de um fenômeno ambiental em termos: → sua presença em regiões geoeconômicas que compõem a área do estudo; → número de compartimentos ambientais que impacta diretamente; → quantidade de relações que mantém eventos ambientais de igual ordem. ► Cumulatividade: Caracteriza a propriedade de um fenômeno ambiental, torna-se mais ou menos intenso pela continuidade de ação das mesmas fontes que lhe deram origem. ► Sinergia: Caracteriza a capacidade de dois ou mais fenômenos ambientais, em interação, gerarem eventos ambientais resultantes, com impacto ambiental vinculado potencializado em intensidade e/ou diverso em termos de sua natureza. A sinergia é uma propriedade comum também às alterações ambientais. ► Probabilidade: Caracteriza a chance de ocorrência de um fenômeno ambiental, apartir da ocorrência de pelo menos uma atividade transformadora. ► Duração: Caracteriza o tempo de ação de um fenômeno sobre os fatores ambientais que afeta. ► Reversividade: Caracteriza a chance de neutralização natural de um fenômeno pelo retorno do comportamento e da funcionalidade dos fatores afetados ao seu estado primitivo. ► Carência: Caracteriza o diferencial de tempo entre a manifestação de uma atividade transformadora e a manifestação de seus efeitos sobre a estabilidade ecológica dos ciclos que afeta através de um fenômeno. ► Relevância Global: Representa a importância do fenômeno perante sua área de influência em termos de sua distributividade, duração e carência. Valor Potencial de Impacto ► Representa a medida estimada, em unidades de qualidade ambiental, das variações da estabilidade ecológica de um ecossistema, a partir das manifestações de um fenômeno, comparando as alternativas oferecidas pelos cenários tendencial e de sucessão. Ciclo de Intervenção Ambiental ► Caracteriza a transitividade da energia de geração do impacto ambiental, desdea sua origem, nas atividades transformadoras, até as alterações e fenômenos delas derivados no ambiente. → é um elemento teórico que configura a imagem das relações entre os eventos ambientais. Os ciclos de interação expressam os riscos e os potenciais a que o ecossistema estará sujeito. Impacto Ambiental ► Consiste no resultado da variação da quantidade e/ou da qualidade de energia transacionada nas estruturas aleatórias dos ecossistemas diante da ocorrência de um evento ambiental capaz de afetá-las. ► São ações que afetam a estabilidade preexistente dos ciclos ecológicos ou de um ecossistema, fragilizando-a ou fortalecendo-a. Mineração/RO – Lavra Experimental Cenários Ambientais ►Consiste na representação modelada de um espaço biogeofísico, por meio dos elementos essenciais que o constituem e da dinâmica que apresentam em decorrência das relações que mantém entre si, de acordo com uma finalidade de conhecimento e de decisão previamente estabelecida. Rio Acre – Próximo ao Lago do Amapá Cachoeira de Iracema – Presidente Figueiredo/AM Cenário Atual ► Refere-se ao quadro ambiental diagnosticado na área a que se destinam os estudos ambientais, envolvendo a compreensão de suas estruturas orgânica e funcional, dos eventos delas derivados, de modo a permitir o estabelecimento de suas tendências de desempenho, de acordo com um horizonte temporal previamente estabelecido. Cenário Tendencial ► Refere-se ao prognóstico do cenário atual sem considerar a implementação de medidas de otimização da quantidade ambiental e de vida, mas apenas as transformações a que a região estará propensa, em decorrência da ação natural e/ou de interferências ambientais provenientes das atividades antrópicas existentes na região. Cenário de Sucessão ► Refere-se ao prognóstico do cenário atual sem considerar a implementação de medidas de otimização da qualidade ambiental e de vida, mas contemplando, além das transformações a que a região está propensa, as alterações ambientais que se sucederão em decorrência de projetos vistos e aprovados para a região. Cenário Alvo ► Constitui-se em uma depuração do cenário tendencial, ou seja no conjunto de alvos que se deseja atingir e que podem ser atingidos pela aplicação do plano ambiental. Esses alvos representam o montante de benefícios desejáveis e das adversidades aceitáveis para a área do estudo, para cada um dos compartimentos ambientais analisados e para cada conjunto de fatores identificados. Avaliação Ambiental ► O ato de avaliar pressupõe três elementos: 1→ padrão de medida; 2→ mensurar o objeto a ser avaliado segundo esse padrão; 3→ nota ou valor, que representa o desvio relativo entre o valor apropriado ao objeto e o padrão previamente estabelecido. Potencialidade Ambiental ► Consiste em qualquer conjunto de fatores de mesma natureza que, diante de atividades ocorrentes ou que venham a se manifestar, será beneficiado, favorecendo a qualidade ambiental resultante da região em que ocorre. Vulnerabilidade Ambiental ► Consiste em qualquer conjunto de fatores ambientais de mesma natureza que, diante de atividades ocorrentes ou que venham a se manifestar, poderá sofrer adversidades e afetar, de forma vital, total ou parcial, a estabilidade ecológica da região em que ocorre. Área de Influencia (AIN) ► Consiste no conjunto das áreas que sofrerão impactos diretos e indiretos decorrentes da manifestação de atividades transformadoras existentes ou previstas, sobre as quais serão desenvolvidos os estudos. (AIN = AIT + AID + AII). Área de Intervenção (AIT) ► Consiste no conjunto das áreas em que serão introduzidos, temporária ou permanentemente, os fatores ambientais que compõem cada uma das atividades transformadoras previstas e a infra-estrutura por elas demandadas. Área de Influência Direta (AID) ► Consiste no conjunto das áreas que, por suas características, são potencialmente aptas a sofrer impactos diretos da implantação e da operação de atividades transformadoras, ou seja, impactos oriundos de fenômenos diretamente decorrentes de alterações ambientais que venham a suceder. Portanto, um determinado fenômeno originar outros fenômenos de caráter primário ou secundário. Área de Influência Indireta (AII) ► Consiste no conjunto das áreas, normalmente limítrofes à área de influência direta, potencialmente aptas a sofrer impactos provenientes de fenômenos secundários. BR – 317, Próximo ao Município de Assis Brasil/AC ►Quando da análise ambiental para a realização dos empreendimentos: a)– Aterros Sanitários; b) – Abertura e Pavimentação de Rodovias; c) – Abertura e Pavimentação de Vias Urbana; d) – Construção de Aeródromos de Porte Médio; e) – Construção de Pontes em Drenagens de Médio Porte (Rio Acre). 1 – Qual o impacto negativo, com maior intensidade, detectado para cada empreendimento? 2 – Por que? 3 – Que medida mitigadora você tomaria para amenizar esse impacto? 4 – Por que? LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL ► É o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente; podendo ser federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental. RESOLUÇÃO CONAMA N° 001 de 23.01.86 EIA/RIMA O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - IBAMA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 48º do Decreto nº 88.351, de 1 de junho de 1983, para efetivo exercício das responsabilidades que lhe são atribuídas pelo artigo 18º do mesmo decreto, e Considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, RESOLVE: Art. 1.º Para efeito desta Resolução, considera- se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais. Art. 2.º Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental – EIA e respectivo relatório de impacto ambiental – RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II – Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos, químicos; IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 48º, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 Kv; VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragens para fins hidrelétricos, acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo,xisto, carvão); IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de mineração; X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; XI - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10 MW; XII - Complexo e unidades industriais e agro- industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industrias XIV - Exploração econômica de madeira ou lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; XV - Projetos urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; XVI - Qualquer atividade que utiliza carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia. LEIS E RESOLUÇÕES – COMPETÊNCIAS Art 4º da Resolução CONAMA nº 237/97 ►Compete ao IBAMA, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional a saber: I – Localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em pais limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da união; II – Localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; III – Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados; IV – Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEM; V – Bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. Art 5º da Resolução CONAMA nº 237/97 ► Compete ao órgão ambiental estadual (IMAC), o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades: I – localizados ou desenvolvidos em mais de um município ou em unidades de conservação de domínio Estadual ou do Distrito Federal; II – localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural ou de preservação permanente relacionadas no art 2º da lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; III – Cujos impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municípios; IV – Delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio. Art 6º da Resolução CONAMA nº 237/97 ► Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daqueles que lhe forem delegados pelo Estado por instrumento legal ou convênio. Lei nº 1.117, de 26 de janeiro de 1994 – Lei Estadual de Meio Ambiente. Art. 103 – A construção, instalação, ampliação funcionamento de estabelecimento e atividades utilizadores de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do IMAC, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis. (art 10 da lei 6.938/81). Tipos de Licença ► Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início das obras. ► Licença Instalação (LI) - Licença que aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da obra/empreendimento. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia. ► Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra. É concedida depois de atendidas as condições da Licença de Instalação. Documentos Auxiliares ► Autorização: Documento que autoriza por um prazo a ser definido pelo órgão licenciador, uma determinada atividade. ► Certidão: Documento legal em que o ‛‛IMAC” certifica algo de que tem provas, ou seja, afirma que um determinado empreendimento não necessita de licenciamento ambiental em virtude do mesmo não causar nenhum impacto significativo ao meio ambiente. (Esta certidão é expedida geralmente por necessidade que o empreendedor tem de fazer financiamento junto a SUFRAMA, etc...), e ainda, para comprovar trâmite de processo no IMAC. Licenças – Prazos de Validade LP – No mínimo o estabelecido no cronograma de elaboração dos Planos programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 anos. LI – No mínimo o estabelecido no cronograma de elaboração dos Planos programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 anos. LO – deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 anos e, no máximo 10 anos. OUTRAS RESOLUÇÕES ESPECÍFICAS ► Resolução nº 005 de 15 de junho de 1988 → Sistemas de Abastecimento de água; → Sistemas de Esgotos Sanitários; → Obras de lançamento de efluentes de sistema de microdrenagem; → Sistema de Limpeza Urbana. SANEAMENTO AMBIENTAL ► O Desenvolvimento do Saneamento Ambiental é conseqüência direta das atividades de produção do Homem em seu meio. O aumento das necessidades e anseios da sociedade moderna industrializada, reflete- se no aumento de materiais descartados sob forma de efluentes (Domésticos e Industriais), Resíduos Sólidos e compostos químicos interferindo na qualidade do ar. SANEAMENTO GESTÃO DE RESÍDUOS → Setor Público → Setor Privado SANEAMENTO → Empresas de Saneamento → Agroindústria CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS Atividades Antrópicas Conseqüência das Atividades Lançamento de Efluentes Industriais. Alteração no ciclo das águas e no ciclo hidrológico, poluição hídrica e ameaças a ictiofauna; Eutrofização dos lagos, rios e açudes. Lançamento de esgotos sanitários. Alterações nas cadeias alimentares existentes. Deposição de resíduos agroindustriais – curtumes, frigoríficos, matadouros, etc... Toxidade nos ecossistemas aquáticos, risco de saúde publica. Produção e deposição de resíduos sólidos – urbanos, hospitalares, etc... Aumento nos custos dos sistemas de tratamento de tratamento de águas de abastecimento. Fonte: IMAC Atividades Antrópicas Conseqüência das Atividades Desmatamento Perda da biodiversidade, fragmentação do ambiente, criaçÃo de zonas endêmicas, variação da temperatura, riscos de saúde publica. Mineração Perda da biodiversidade, processos erosivos, perturbação e poluição nos ecossistemas (solo e aquático). Construções de Rodovias Impedimento dos múltiplos usos das águas, processos erosivos, fragmentação da paisagem. Remoção de Espécies Nativas Importantes. Mudança na qualidade de vida. Postos de Combustíveis. Poluição dos recursos hídricos e dos solos. Continuação Fonte: IMAC CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS O LANÇAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS E A RESOLUÇÃO CONAMA Nº 20/86 Valores de DBO para diferentes tipos de águas residuais. D B O (mg/l) Esgoto Sanitário. 200 – 600 Efluentes de Enlatados – Alimentos. 500– 2.000 Efluentes de Cervejaria. 200 – 2.000 Efluentes de Processamento de Óleo – Comestível. 15.000 – 20.000 Fonte: IMAC Valores de DBO para diferentes tipos de águas residuais. D B O (mg/l) Efluentes de Destilaria de Álcool. (Vinhaça) 15.000 – 20.000 Percolado de Aterros Sanitários (Chorume). 15.000 – 20.000 Efluentes de Laticínios (Sem Recuperação de Soro de Leite). 30.000 Efluentes de Matadouro (Sem Recuperação de Resíduos) 30.000 Continuação Fonte: IMAC NORMAS TÉCNICAS NORMAS ABORDAGENS NBR 8419 Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos. NBR 10004 Resíduos Sólidos – Classificação. NBR 10007 Amostragem dos Resíduos. NBR 12808 Classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, para que tenham gerenciamento adequado. Continuação NORMAS ABORDAGENS PN 1:603.06-006 Projeto de Normas para aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação. NBR 12235 Armazenamento de Resíduos Perigosos. NBR 8849 Apresentação de Projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos. NBR 13896 Fechamento de Aterros. LICENÇA PRÉVIA → Requerimento de Licenciamento Ambiental (modelo IMAC); → Cadastro do empreendimento (modelo IMAC); → Mapa de detalhe, em escala entre 1:5.000 e 1:25.000, dependendo do porte do empreendimento, onde conste o “layout” da obra; → Anuência(s) previa(s) do(s) Município(s) envolvido em relação ao empreendimento, declarando a inexistência de óbices quanto às leis e regulamentos municipais; → Prova de Publicação de súmula do pedido de Licença Ambiental Prévia em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA n.º 006/86. LICENÇA DE INSTALAÇÃO → Requerimento de Licenciamento Ambiental; → Cópia da Licença Prévia; → Publicação do pedido de Licença Ambiental de Instalação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado; → No caso de empreendimentos que, pelas suas características, porte ou localização, não tenham sido objeto de elaboração de EIA e RIMA, o licenciamento ficará condicionado à apresentação de um Projeto Ambiental, onde constem as medidas necessárias à manutenção do equilíbrio ecológico da área atingida; → ART pela elaboração do projeto relativo ao Sistema de Controle Ambiental. LICENÇA DE OPERAÇÃO → Requerimento de Licenciamento Ambiental; → Cópia da Licença Ambiental; → Publicação do pedido de Licença Ambiental de Operação, ou de sua respectiva renovação, em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado; → Relatório de Execução de medidas de Controle Ambiental; → ART pela implantação e conclusão do projeto relativo ao Sistema de Controle Ambiental. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE ANÁLISE ► Engenheiro Florestal e/ou Agrônomo. ► Engenheiro Civil preferencialmente com especialização na área afim. ► Engenheiro Sanitarista. ► Geólogo. ► Engenheiro Químico. ► Biólogo. ► Sociólogo. ► Advogado. ► Economista. ► Representantes dos Núcleos Regionais, do IMAC e ou da(s) Prefeitura(s) da área de abrangência do empreendimento. Continuação TERMOS DE REFERENCIA → contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; → identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade; → definir as Áreas Direta e Indiretamente afetadas pelos impactos; → considerar os Planos e Programas de Governo com jurisdição sobre a área onde será implementada a atividade impactante. ► Considerando as abrangências das Áreas Direta e Indiretamente a serem afetas, o estudo de impacto ambiental deverá no mínimo contemplar as seguintes atividades técnicas: → o diagnóstico ambiental; → o prognóstico das condições ambientais com a execução e do projeto; → as medidas ambientais mitigadoras e potencializadoras a serem adotadas; → o programa de acompanhamento e monitoramento ambiental. APRESENTAÇÃO 1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 1.1 – Atividade 1.2 – Empreendimento 1.3 – Localização 1.4 – Caracterização 1.5 – Importância 1.6 – Prazos 2 – DEFINIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA 3 – DESCRIÇÃO DO PROJETO 3.1 – Sítio do Aeródromo EXEMPLO 3.4 – Características Gerais das Obras Complementares 3.4.1 – Área de Táxi 3.4.2 – Área de Estacionamento de Aeronaves 3.4.3 – Terminal de Passageiros (Tpax) 3.4.4 – Área de Aproximação 3.4.5 – Conservação da BR-317 3.2 – Características Gerais do Projeto Geométrico 3.3 – Características Gerais do Projeto de Pavimentação 4 – DIAGNÓSTICA AMBIENTAL 4.1 – Meio Físico 4.1.1 – Geologia 4.1.1.1 – Aspectos Metodológicos 4.1.1.2 – Geologia Regional 4.1.1.2.1 – Formação Solimões 4.1.1.2.2 – Depósitos Recentes 4.1.1.3 – Geologia Local 4.1.1.3.1 – Formação Solimões 4.1.1.3.2 – Depósitos Recentes 4.1.2 – Geomorfologia Regional 4.1.2.1 – Depressão Rio Acre – Rio Javali 4.1.2.2 – Planalto Rebaixado da Amazônia (Ocidental) 4.1.2.3 – Formas Locais 4.1.3 – Hidrografia 4 1.4 – Clima 4.1.5 – Aspectos Pedológicos 4.1.5.1 - Solos 4.1.5.1.1 – Alta Bacia do Rio Acre 4.1.5.1.2 – Aptidão Agroflorestal 4.1.5.1.3 – Indicadores de Uso Para os Solos da Região 4.1.5.1.4 – Culturas Anuais e Pecuária 4.2 – Meio Biótico 4.2.1 – Flora 4.2.2 – Fauna 4.3 – Meio Sócio- Econômica 4.3.1 – Metodologia 4.3.2 – Antecedentes Sócio-Econômico 4.3.3 – Descrição do Meio Antrópico 4.3.3.1 – História de Uso e Ocupação do Solo 4.3.3.2 – Demografia 4.3.3.3 – População Economicamente Ativa 4.3.3.4 – Produção Agrícola 4.3.3.5 – Pecuária 4.3.3.6 – Extrativismo 4.3.3.7 – Caça 4.3.3.8 – Pesca 4.3.3.9 – Comércio 4.3.3.10 – Crédito Rural 4.3.3.11 – Habitação 4.3.3.12 – Saneamento Básico 4.3.3.13 – Educação 4.3.3.14 – Saúde 4.3.3.15 – Organização Social 4.3.3.16 – Meios de Comunicação 4.3.3.17 – Transporte 4.3.3.18 – Energia 4.3.3.19 – Lazer 4.3.3.20 – Meio Ambiente 4.3.3.21 – Arrecadação Municipal 4.3.3.22 – Segurança Pública 4.3.3.23 – Organização Administrativa 5 – ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 5.1 - Introdução 5.2 – Identificação e Classificação dos Impactos 6 – PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIA 6.1 – Consideração Preliminares 6.2 – Medidas Mitigadoras 6.3 – Medidas Compensatória 7 – ANANÁLISE DE RISCOS 8 – PERFIL DA EQUIPE EXECUTORA DO ESTUDO 9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 10 – SIGLAS Principais Tipos de Estudos Ambientais QUESTIONAMENTOS EIA e RIMA Quem pode solicitar? Órgão Ambiental Federal, Estadual, Municipal ou Ministério Público. Qual o período de aplicação e qual a atuação? O estudo é prévio e de ação preventiva. Em que fase do empreendimento? Planejamento – LP. Qual o critério de escolha pelo Órgão Ambiental? Porte, localização do empreendimento →impacto ambiental significativo e/ou imprevisível. Quem define o prazo de execução? Responsabilidade dos Órgãos Ambientais – IBAMA, IMAC, etc. Número de Cópias? 05 cópias do EIA e 05 do RIMA. Fonte: IMAC QUESTIONAMENTOS PCA/RCA/RAIA’S Quem pode solicitar? Órgão Ambiental Federal, Estadual, Municipal ou Ministério Público. Qual o período de aplicação e qual a atuação? O estudo é prévio ou concomitante à obra e a ação é de controle, prévia ou corretiva. Em que fase do empreendimento? Qualquer fase do licenciamento ambiental: LP, LI ou LO. Qual o critério de escolha pelo Órgão Ambiental? Porte, localização do empreendimento→impacto ambiental menos significativo, normalmente previsível. Quem define o prazo de execução? Responsabilidade dos Órgãos Ambientais – IBAMA, IMAC, etc. Número de Cópias? No mínimo 5 cópias. Fonte: IMAC QUESTIONAMENTOS PRAD Quem pode solicitar? Órgão Ambiental Federal, Estadual, Municipal ou Ministério Público. Qual o período de aplicação e qual a atuação? O estudo é prévio, concomitante ou posterior à obra e tem caráter corretivo. Em que fase do empreendimento? Qualquer fase do licenciamento ambiental: LP, LI ou LO. Qual o critério de escolha pelo Órgão Ambiental? Impacto ambiental pontual. Usado principalmente para áreas degradadas →caixas de empréstimo, bota-foras, pedreiras, usinas, etc. Quem define o prazo de execução? Responsabilidade dos Órgãos Ambientais – IBAMA, IMAC, etc. Número de Cópias? No mínimo 5 cópias. Fonte: IMAC QUADRO RESUMOS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS EM OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA Impactos Ambientais Potenciais Medidas Atenuantes ►Destruição da camada vegetal nativa, com conseqüente degradação da flora e da fauna ao longo do traçado projetado. →Modificar o trajeto nos locais considerados frágeis e identificados nos estudos como de risco ambiental para a flora e fauna; →Proceder ao corte de árvores previamente à execução da limpeza da faixa, retirando e aproveitando a madeira para as necessidades da obra e proibindo o corte fora de área terraplenada; →Limitar a limpeza à faixa situada dentro dos off-sets delimitados para a terraplenagem. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Atenuantes ►Degradação da paisagem e de sítios culturais,naturais e históricos (arqueológicos). →Procurar o desenho arquitetônico mais adequado, integrando a obra, o mais natural possível, com a paisagem; →Promover a revegetação das áreas, utilizando preferencialmente espécies da flora nativa da região; →Utilizar traçado e características técnicas adaptadas às condições paisagísticas locais, evitando, sempre que possível, áreas alagadiças, instáveis, ecologicamente importantes ou ambientalmente frágeis; →Acumular e estocar o horizonte orgânico dos solos para posterior reaproveitamento na recobertura das superfícies expostas. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Mitigadoras ►Aumento da quantidade de sedimentos nos rios atravessados ou próximos às áreas de terraplenagem e nos bota-foras. →Proteger as superfícies com materiais impermeáveis ou permeabilidade adequada (telas, bidim) e promover a revegetação das áreas de risco; →incentivar o uso de práticas de conservação de solos (curva de nível) nas áreas vizinhas às rodovias. ►Erosão dos cortes e aterros e sedimentação das vias de drenagem natural. →Executar dispositivos de dissipação de energia à saída das estruturas de drenagem de modo a evitar que a erosão se instale a partir desses pontos de concentração de fluxo. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Mitigadoras ►Erosão do solo abaixo do leito da estrada, por receber as águas da drenagem. →Reconformar e proteger as superfícies de terrenos expostas pelas operações de terraplenagem com materiais naturais (terra vegetal, plantio de grama), ou artificiais (telas geotêxteis). ►Degradação das águas superficiais pela contaminação por óleos, graxas, combustíveis e tintas, especialmente nos canteiros de obras, acampamentos e usinas de asfalto. →Dotar as oficinas, canteiros de obras e acampamentos de caixas coletoras de resíduos, combustíveis, graxas, óleos etc; →Reunir e reciclar os lubrificantes; →Prover os acampamentos de coleta e disposição correta de resíduos sólidos e líquidos. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Mitigadoras ►Contaminação do ar e solo devido à operação da usina de produção de asfalto, com a geração de fuligem, gases e materiais particulados. →Utilizar dispositivos e equipamentos de controle de gases, ruídos e materiais particulados, especialmente nas usinas de asfalto, mantendo sempre os motores e máquinas em boa condição de regulagem e operacionalidade. ►Contaminação devido à utilização de agrotóxico para limpeza de áreas. →Utilizar limpeza manual e/ou mecânica, evitando o uso de herbicidas. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Atenuantes ►Interferência na circulação ou movimentação de gado, animais silvestres e da população local, inclusive com a possibilidade de interromper rotas migratórias de espécies da fauna nativa. → Executar e manter em boas condições →sinalização, acostamentos e etc...; →Compatibilizar, com segurança e sem prejuízo a ambas as partes, em nível local, o uso de meios de transporte não motorizado. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Atenuantes ►Possibilidade de ocorrências de queimadas acidentais ou par limpeza executada no trecho do projeto. → Proibir a execução de queimadas para limpeza da faixa de domínio. ►Transmissão de doenças infecto-contagiosas dos trabalhadores para a população local e vice-versa. →Manter um controle médico da saúde dos operários, comissões para reduzir acidentes de trabalho e proteção aos trabalhadores, especialmente contra excessos de ruídos, poeira, gases e etc...; →Evitar a geração de focos de vetores de transmissão de doenças como charcos, alagados, depósitos de lixo e etc... . Impactos Ambientais Potenciais Medidas Atenuantes ►Riscos de acidentes ambientais com cargas perigosas em movimentação na rodovia com contaminação da água, ar e solo. → Desenvolver e manter planos, pessoal e equipamentos para situações de emergência como acidentes graves, especialmente, com derramamento de substâncias perigosas, designando para transporte destas, rotas especiais e fazendo cumprir a legislação específica sobre esse tipo de transporte. ►Produção de poeira e ruído na área do projeto. →Umedecer periodicamente os locais de circulação de veículos durante a implantação da obra; →Manter os silenciadores de veículos e equipamentos usados na obra. Fazer o isolamento acústico de equipamentos ruidosos. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Atenuantes ►Geração de acúmulo de resíduos sólidos, especialmente nas margens e faixas de domínio das rodovias. →Executar programa de comunicação social e educação ambiental, informando sobre a importância de não jogar resíduos dos automóveis. ►Degradação provocada pela urbanização induzida ou sem planejamento, ao longo ou em pontos específicos da rodovia Degradação visual devido à colocação de painéis ao longo da rodovia. ►Facilidade de acesso a terras com características de significativo interesse ambiental, como parques, reservas biológicas e demais áreas com florestas nativas. →Desenvolver um planejamento global de uso e ordenamento do solo ao longo da rodovia e um plano funcional, incluindo nesse planejamento os organismos intervenientes em todos os níveis, inclusive os órgãos de fiscalização ambiental. Impactos Ambientais Potenciais Medidas Atenuantes ► Impactos da construção de outros caminhos de caráter secundário, no sentido de diminuir distâncias ou evitar postos de pedágio. ►Indução ao desenvolvimento desordenado de atividades de produção, serviços e moradia ao longo das rodovias. → Desenvolver um planejamento global de uso e ordenamento do solo ao longo da rodovia e um plano funcional, incluindo nesse planejamento os organismos intervenientes em todos os níveis, inclusive os órgãos de fiscalização ambiental. ► Alteração local e regionalda posse e distribuição da terra, devido ao caráter especulativo. ►Alteração do uso da terra e exclusão de determinados usos na área afetada pelo projeto. ►Migração da mão-de-obra e alteração ou deslocamento da economia de subsistência. → Estabelecer diálogo e buscar critérios justos para as desapropriações e relocações. BIBLIOGRAFIA ► Decifrando a Terra – Cáp. 24: A Terra, a Humanidade e o Desenvolvimento Sustentável – Organizadores: Wilson Teixeira, M. Cristina Motta de Toledo, Thomas Rich Fairchild e Fabio Taioli. ► Análise Ambiental – Uma Visão Multidisciplinar: Sâmia Maria Tauk-Tornisielo; Nivar Gobbi e Harold Gordon Fowler. Ed. UNESP. ► Desenvolvimento ao Ponto Sustentável – Novos Paradigmas Ambientais: Ricardo Braun. ► Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais: Kenitiro Suguio. ► Resoluções Conama; Leis: Federal e Estadual. ► Palestras Ministradas por Técnicos do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC . ► O Homem e o Ambiente Geológico – Geologia, Sociedade e Ocupação Urbana no Município de São Paulo: Alex Peloggia.
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