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Revisão Civil Av1

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Revisão Civil III
Contratos(Arts.421 a 480)
Conceito:
Classicamente, contrato é definido como um acordo de vontades com finalidade de produzir efeitos jurídicos.
Para Carlos Roberto Goncalves 
"contrato é um espécie de negócio jurídico que depende, para a sua formação da participação de pelo menos duas partes. É, portanto negócio jurídico bilateral ou plurilateral.
Contrato pode se bilateral ou unilateral
O contrato requer manifestação de vontade de duas ou mais pessoas.
Classificações dos contratos
Unilateral
Gera obrigação para apenas uma parte.
Bilateral
Gera obrigação para ambas as partes.
Podendo se comutativos ou pré-estimados
-As partes já sabem quais os prestações, exemplo: no contrato de compro e venda, o vendedor já sabe qual o preço a ser pago, e o comprador sabe qual é a coisa certa.
Podendo ser aleatórios(Art.458 á 461 do CC)
-Aquele em que a prestação de uma das partes, não é conhecida com exatidão no momento da celebração do negócio pelo fato de depender da sorte, que é um fator desconhecido, exemplo: contrato de compra e venda de uma colheita futura.
Contratos onerosos:
Ambos sofrem sacrifício patrimonial, e ambos tem vantagem, ex: Compra e Venda.
Contratos gratuitos ou benéficos:
Somente uma das partes proporciona vantagens sem qualquer contra prestação, ex: Contrato de Doação.
Consensuais
Se perfeiçoam o simples acordo de vontade. Ex: doação, locação, compra e venda.
Reais 
O acordo de vontade não é o suficiente para a formação do contrato, oque só ocorre com a pratica de um ato posterior. Ex: a entrega(tradição) do bem objeto da prestação
Atípicos
ou inominados são os que “afastam-se dos modelos legais, pois não são disciplinados ou regulados expressamente pelo Código Civil ou por lei extravagante, porém são permitidos juridicamente, desde que não contrariem a lei e os bons costumes” – art. 425, CC.
Contratos típicos
 ou nominados são “as espécies contratuais que têm nomen iuris e servem de base à fixação dos esquemas, modelos ou tipos de regulamentação específica da lei”. Ex: compra e venda, fiança, contrato de incorporação imobiliária etc..
 Contrato principal
Não depende de nenhum contrato.
Contrato acessório
Depende do contrato principal.
Comutativos
 são aqueles contratos em que não só as prestações apresentam uma relativa equivalência, como também as partes podem avaliar, desde logo, o montante das mesmas. As prestações são certas e determináveis, podendo qualquer dos contratantes antever o que receberá em troca da prestação que oferece”. Ex: contrato de compra e venda.
Aleatórios
 são os contratos em que o montante da prestação de uma ou de ambas as partes não pode ser desde logo previsto, por depender de um risco futuro, capaz de provocar sua variação”. Ex: contrato de seguro, aposta autorizada nos hipódromos etc..
Fato jurídico
Lato Sensu(Em sentido amplo)
 é todo acontecimento, dependente, ou não, da vontade humana, a que o Direito atribua eficácia (atribua efeitos jurídicos). A seu turno, a manifestação de vontade, que provoca efeitos jurídicos, é denominada de ato jurídico, nomeadamente negócio jurídico.
Stricto Sensu(Em sentido restrito)
 a expressão fato jurídico é empregada no sentido restrito, motivo pelo qual a expressão é reservada para designar todo evento (fato independente da vontade humana) que suscita efeitos jurídicos. São exemplos de fatos jurídicos: o nascimento, a maioridade, a morte, o decurso de tempo, entre outros. A morte é fato jurídico porque o ordenamento jurídico lhe atribui, entre outros, o efeito de determinar a transmissão do patrimônio do de cujus aos sucessores.
Ato jurídicos
 é uma manifestação da vontade humana que produz efeitos jurídicos, causando a aquisição, modificação ou extinção de relações jurídicas e de seus direitos.
Atos jurídico "strictus sensu" ou ato meramente lícito
O ato meramente lícito ou mero ato jurídico é aquele ato que, embora sendo ação humana, produz efeitos jurídicos sem que tenha havido por parte do agente (o que pratica o ato) qualquer manifestação ou declaração de vontade nesse sentido. Produz pois efeitos jurídicos sem que o agente tenha manifestado qualquer intenção de realizá-los. 
Negócio Jurídico
É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos. Para diferenciar o Ato jurídico do Negócio jurídico, observa-se que no primeiro a vontade é simples (realizar ou não o ato) e no segundo, por sua vez, a vontade é qualificada (realizar ou não o ato e escolher o conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos são previstos em lei, ao passo que no Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros efeitos ser acordados entre as partes.
Só há negócio jurídico se houver manifestação de vontade
A manifestação de vontade pode ser expressa ou tácita(subentendida)
O silêncio pode ser admitido como manifestação de vontade apenas em casos em que a lei admitir(Autorizar)Ex. Art539 do CC 
Você pode inserir elementos acidentais
Todo contrato é um negócio jurídico, nem todo negócio jurídico é um contrato.
Negócio jurídico pode ser bilateral ou unilateral
Unilateral
-Interesse único, não importando o número de pessoas.
Bilateral
-Os interesses são diferentes, mas todos tem a mesma finalidade.
Pressupostos de validade
Agente capaz(art.3 e 4,CC)
Objeto lícito(que não contraria a lei, a moral e os bons costumes)
Possível(física e juridicamente)
Determinado ou determinável
Forma prescrita ou não defesa em lei
Marte(finalidades negocial do contrato)
M Modificar: muda-se um elemento da estrutura do direito sem alterar sua substância, como por exemplo: a sub-rogação e a moratória.
A Adquirir: visa incorporar um direito ao patrimônio do contrato, como por exemplo: toda espécie de transferência.
R Resguardar: visa proteger ou garantir um direito, como por exemplo: constituição de hipoteca.
T Transmitir: provocar a mudança de titular do direito, como por exemplo: toda forma de alienação.
E Extinguir: visa extinguir um direito, como por exemplo: desapropriação.
Princípios clássicos
Pacta Sunt Servanda "Os pactos devem ser cumpridos"
É o princípio da força obrigatória. Segundo o qual o contrato obriga as partes nos limites da lei. É uma regra que versa sobre a vinculação da partes ao contrato, como se a norma legal fosse, tangenciando a imutalidade. 
Autonomia da Vontade e Autonomia Privada
 Conceitualmente distintas, a autonomia privada estão umbilicalmente ligadas. Com efeito, por autonomia da vontade tem-se entendido a liberdade de contratar, de sorte a se destinar à vontade do cidadão de vincular-se ou não por um negócio jurídico. Hodiernamente, tem-se admitido, em que pese à liberdade de contratar, a existência de certos contratos coativos: são assim denominados porque, no mundo moderno, torna-se praticamente impossível deixar de aderir a determinadas relações, como as de transporte coletivo, ou de fornecimento de energia elétrica, água, gás (e, secundariamente, telefonia e internet), por exemplo.
Por outro lado, a chamada autonomia privada é a liberdade dada às partes contratantes para determinarem, livremente, o conteúdo da relação contratual, o que, também, nos dias atuais, é mitigado, pois não se pode ofender a boa-fé objetiva nem a função social do contrato. 
Autonomia da vontade: liberdade de contratar, de sorte a se destinar à vontade do cidadão a decisão de vincular-se ou não por um negócio jurídico. 
Autonomia privada: liberdade dada às partes contratantes para determinarem, livremente, o conteúdo da relação contratual. 
Função social(Art.421)
Garantia de proteção á pessoa em detrimento da proteção ao patrimônio.
Visa proteger não só o meio entre as partes, mais também economicamente e socialmente.
Flavio Tartuce, conceitua função social do contrato como um regramento contratual de ordem pública(art.2035,Pa.Único do CC) pelo qual o contrato deve ser necessariamente analisado e interpretado de acordo com o fundamento constitucional deste preceitopois está intimamente ligado á dignidade da pessoa humana.
O contrato não pode ser nocivo a uma das partes tão pouco á sociedade, pelo contrario deve ser instrumento de enriquecimento e desenvolvimento sustentável econômico.
Dois são os desdobramentos da função social: na relação entre as partes contratantes(eficácia interna) e na relação dos contratantes com terceiro (eficácia externa)
Eficácia interna: Na relação entre os contratantes o objetivo é a efetivação do equilíbrio e da conservação do contrato, se necessário com força judicial, afim de assegurar trocas econômicas úteis e justas, além da fidelidade do contrato aos seus propósitos.
Eficácia externa: O contrato não pode ser mas entendido como mera relação individual que produz efeitos interpartes, devem-se considerar os seus efeitos sociais, econômicos e até mesmo culturais, seria a função do contrato frente á sociedade e, por isso a avença deve atender o bem comum e não pode ser fonte de prejuízo para a sociedade. 
Consequências desrespeito a princípio da função social do contrato, se algum dano indevido á terceiro ou á coletividade dor detectado, a autonomia contratual terá sido exercida de fora antijurídica, não poderá p resultado danoso prevalecer, o contrato será invalidado ou o contratante nocivo, pela razão prejuízos responderá.
Boa fé subjetiva
Desrespeito ao conhecimento ou a ignorância em relação a certos fatos sendo levada em consideração pelo direito para os fins específicos da situação regulada. 
Probidade
Analisa o comportamento dos sujeitos em relação ao meio social em que eu o contrato foi firmado.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. O princípio da boa-fé objetiva também está contido em uma cláusula geral e, como tal, se revela vinculante, sobretudo do ponto de vista axiológico, pois permite sejam permeados valores constitucionais a orientar a autonomia contratual. Impõe deveres referentes a interesses extracontratuais socialmente relevantes.
Dirigismo Contratual
Decorre da intervenção do estado nas relações privadas por meio de normas de ordem públicas de natureza cogente ou de interesse social.
Consensualismo(art.104.3)
Esse princípio estabelece que os contratos aperfeiçoam-se com o simples consenso, não se exigindo solenidade ou forma.
Onerosidade excessiva
Por este princípio, diante de determinadas circunstâncias, um dos contratantes, através do Poder Judiciário, tem a possibilidade de alterar o contrato independente da vontade do outro. Assim, podemos dizer que o princípio da onerosidade excessiva se contrapõe ao princípio da obrigatoriedade dos contratos.
A revisão ou onerosidade excessiva dos contratos tem por base a ideia de que ao se contratar, imagina-se que as condições básicas futuras durante o período de execução do contrato, permaneçam razoavelmente semelhantes às condições iniciais do momento da avença, de modo a não tornar sua execução excessivamente onerosa para uma das partes. Esta teoria é também conhecida como rebus sic stanibus, que presume nos contratos cumulativos, de trato sucessivo e de execução diferida, a existência implícita de uma cláusula, pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação fática, a exemplo de uma catátrofe, guerra e outros motivos de força maior. No passado, embora cautelosamente, o Judiciário já aplicava esta teoria. Hoje o Código Civil reservou uma seção específica com três artigos tratando da revisão dos contratos por onerosidade excessiva. No artigo 478 tem-se a essência deste princípio. 
Relatividade dos efeitos contratuais 
Quando se diz que o contrato somente produz efeito em relação as partes dele participaram apenas dentro dessa visão restringimos aos efeitos internos, pois é possível que em razão de um contrato celebrado entre duas partes outras pessoas se beneficiem ou prejudiquem. 
Da Promessa de Fato de Terceiro
Trata-se do denominado contrato por outrem ou promessa de fato de terceiro. O único vinculado é o que promete, assumindo obrigação de fazer que, não sendo executada, resolve-se em perdas e danos. Isto porque ninguém pode vincular um terceiro a uma obrigação. As obrigações tem como fonte somente a própria manifestação da vontade do devedor, a lei ou eventual ato ilícito por ele praticado. EX: caso Ivete Sangalo.
Contrato com pessoa a declarar
O contrato com pessoa a declarar é negócio jurídico por meio do qual um dos contratantes se compromete a indicar, no prazo assinado, com qual pessoa a outra parte se relacionará, exigindo-se a partir daí o cumprimento dos direitos e obrigações decorrentes. Assim, um terceiro ingressará na relação contratual que, por motivos quaisquer, não foi desde a conclusão do negócio identificado perante a outra parte. 
Estipulação em favor de terceiro
A estipulação em favor de terceiro consiste numa das poucas exceções ao princípio da relatividade dos contratos. Por meio deste negócio jurídico, um terceiro, determinado ou determinável, pode exigir o cumprimento de estipulação em seu favor, mesmo não sendo parte do contrato, a não ser que haja convenção em sentido contrário. Ex: contrato de seguro de vida. 
Boa fé objetiva(Art.422):
É uma norma de conduta que determina relações de cooperação entre as partes contratantes, que devem se conduzir de forma leal, honesta, agindo com retidão. 
A boa-fé é uma cláusula geral que se subentende presente não só nas relações contratuais, mas em qualquer relação jurídica. Trata-se de um princípio que atua na verificação do comportamento dos agentes, considerando-o tanto sob o ponto de vista de um agir ciente de que a conduta é correta ou incorreta ou insciente sobre determinadas circunstâncias que, em tese, tornariam a ação inválida.
Tu quoque ''e tu também"
Proíbe que uma pessoa faça contra outra o que não faria contra si mesmo , consistindo em aplicação do mesmo princípio inspirador da "exceptio adimplet contractus" (exceção do contrato não cumprido).
Exceptio doli "exceção do dolo"
É o poder que uma pessoa tem de repelir a pretensão do autor por este ter incorrido em dolo.
Venire contra factum proprium "venha pra si mesmo"
consiste na proibição de comportamentos contraditórios; verifica-se em situações nas quais uma pessoa, durante determinado período de tempo, se comporta de tal maneira que gera expectativas justificadas para outras pessoas que dependem deste seu comportamento, e em determinado momento, simplesmente, atua em sentido contrário à expectativa gerada pelo seu comportamento.
Supressio "supressão(impedir que apareça)"
Um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo por contrariar a boa fé.
Surrectio
É a outra face do supressio, como acarreta o nascimento de um direito, em razão da continuada prática de certos atos.
Duty to mitigate the loss " dever de não agravar o próprio prejuízo"
A conduta leal deve ser a de evitar que o devedor da indenização arque com prejuízos que o credor fosse diligente atento, efetivo, na proteção do próprio direito, não seriam de monta tão elevada.
Intertemporalidade do Direito Contratual(Art.2035,CC)
Os pressupostos de existência e os requisito de validade, estão submetidos a norma jurídica do tempo da celebração do contrato. A eficácia por sua vez, submetesse a norma jurídica atualmente vigentes.
Quanto o aperfeiçoamento do contrato
Consensuais
Se perfeiçoam o simples acordo de vontade. Ex: doação, locação, compra e venda.
Reais 
O acordo de vontade não é o suficiente para a formação do contrato, oque só ocorre com a pratica de um ato posterior. Ex: a entrega(tradição) do bem objeto da prestação.
 Contrato principal
Não depende de nenhum contrato.
Contrato acessório
Depende do contrato principal.
Quanto á pessoalidade
Pessoais, personalíssimos ou " intuito persona". 
 -São aqueles em que a pessoa do contratante é um elemento determinante de sua conclusão, ex: fiador.
Contratos impessoais 
-São aqueles em que a pessoado contratante não é juridicamente relevante para a conclusão do negócio, ex: A compra e venda de um determinado bem hipótese está em que a cousa do contrato está relacionada com a transmissão de domínio. 
Vicio redibitório
É o defeito oculto da coisa recebida que a torna inapropriada ao fim a que se destina ou que lhe diminui o valor. O adquirente poderá rejeitar a coisa ou requerer o abatimento do preço, devendo o alienante restituir-lhe o objeto adquirido com perdas e danos, caso tenha ciência do vício, ou somente o valor recebido, se não tiver conhecimento do defeito. Os prazos para requerer a redibição ou abatimento do preço são de 30 (trinta) dias, se a coisa for móvel, ou um ano, se imóvel. 
Os contratos paritários
 são aqueles em que os contraentes discutem os termos do ato negocial, estando assim em paridade de situação perante a formação do contrato. 
Os contratos de adesão 
são aqueles onde não há a liberdade de convenção, pois uma das partes se encontra em posição de apenas aceitar ou não as cláusulas e condições previamente redigidas e impressas pela outra parte. Não há debates e discussões entre os contraentes sobre as cláusulas. Ex: contrato de seguro; de fornecimento de água, eletricidade; de transporte etc.
Extinção dos contratos 
A extinção normal dos contratos ocorre com o cumprimento das prestações avençadas, ou ainda, com o termo final nos contratos de trato sucessivo. Nesta situação não há dúvida quanto ao término do vínculo, já que, conforme explicita Orlando Gomes, temos nessa situação “a morte natural do contrato”. 
RESOLUÇÃO: 
Surge de situações de inexecução das obrigações contratuais. (não cumprimento das obrigações; mora; cumprimento defeituoso. 
A causa da resolução é a inexecução relevante das obrigações de uma das partes, seja ela culposa ou involuntária, ou derivada de considerável dificuldade na execução da prestação contratual em razão de onerosidade excessiva advinda das prestações. 
RESILIÇÃO: 
Extinção dos contratos pela vontade de uma ou ambas as partes. Para que ocorra é necessário acordo das partes neste sentido, partindo a vontade de um ou ambos os contratantes. 
B.1) Distrato: 
É a resilição bilateral na qual as partes resolvem, de comum acordo, dissolver o negócio rompendo a relação jurídica. Conforme a expressão de Orlando Gomes, “é um contrato para extinguir outro”. Pode ocorrer através do distrato ou estar prevista no contrato a autorização para que uma das partes dissolva o negócio sem a necessidade da outra (resilição convencional). 
O distrato deve tomar a mesma forma do contrato quando esta integra a substância do ato. Caso não integre a forma a substância do contrato, podem as partes seguir a forma que lhes aprouver. 
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
B.2) Resilição unilateral: 
 Aceita-se a resilição unilateral não obstante o contrato derivar de um acordo de vontade. Tal resilição pode ser exercida: nos contratos por tempo indeterminado; nos contratos de execução continuada ou periódico; contratos onde não tenham se iniciado os atos de execução; contatos benéficos; contratos de atividade. 
 Poder de resilir é um direito protestativo, exercido mediante declaração de vontade da parte a quem o contrato não mais interessa. Tal declaração recebe o nome de denúncia. 
 A denúncia, a princípio, não precisa ser justificada, e tem efeito liberatório com repercussão “ex nunc”. 
RESCISÃO: 
É a ruptura do contrato onde houver lesão e não seja possível restaurar o equilíbrio contratual. Aproxima-se tal hipótese da anulação, já que há necessidade de sentença judicial para sua declaração. 
 
DA COMPRA E VENDA 
CONCEITO 
Art. 1122. Pelo contrato de compra e venda, um dos contraentes se obriga a transferir o domínio de certa coisas, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro 
Defluem obrigações recíprocas para cada uma das partes. Para o vendedor a obrigação de transferir o domínio da coisa; para o comprador a de entregar o preço.
NATUREZA JURÍDICA 
A compra e venda é contrato consensual, sinalagmático, oneroso, em regra comutativo, em 
alguns casos sujeitos à forma prescrita em lei, porem, no mais das vezes, independendo de qualquer solenidade. 
É consensual - se aperfeiçoa pela mera coincidência de vontades sobre o preço e a coisa. 
É sinalagmático - envolve prestações recíprocas de ambas as partes. 
É oneroso - implica sacrifício patrimonial para ambos contratantes A compra e venda, regra geral, é contrato comutativo, porque a estimativa da prestação a ser recebida por qualquer uma das partes pode ser feita no ato mesmo em que o contrato se aperfeiçoa. Em regra a compra e venda independe de forma determinada. Nas compras e vendas de bens 
imóveis reclama a lei a forma da escritura pública. Nestes casos o contrato é solene. Naqueles não
REGRAS ESPECIAIS SOBRE ALGUMAS MODALIDADES DE VENDA 
A)VENDA POR AMOSTRA 
Trata-se de venda ultimada à vista de amostra exibida pelo vendedor, que provocou o assentimento do comprador. O negócio esta perfeito e acabado, daí surgindo para este último o direito de obter entrega de coisa igual à amostra. Assim, se o vendedor se arrepender e propositalmente enviar coisa diversa ao comprador, a este compete enjeitar o objeto ofertado, bem coo exigir a mercadoria que adquiriu, igual à amostra. 
A lei civil (art. 1134) determina que o vendedor assegure ter a coisa vendida as qualidades da amostra. De modo que o fato de o objeto negociado diferir da amostra configura inadimplemento do devedor. 
B) VENDA "AD CORPUS" E VENDA "AD MENSURAM" 
O art. 1136 do CC distingue, na venda de um imóvel, aquela que é feita ad mensuram, da que é feita ad corpus. 
A venda se diz ad mensuram quando a preocupação das partes for vender e comprar determinada área de terreno. O negócio é estipulado tendo em vista uma certa dimensão. 
Nestes casos o propósito do comprador é obter aquela área determinada, necessária e suficiente para o seu negócio. E o preço foi pago tendo em vista esse fim. Se porventura o imóvel não apresenta referida extensão, frusta-se uma expectativa com que o comprador legitimamente contava. Por isso, o legislador dá-lhe ação para pedir a complementação da área, a fim de obter aquilo que comprou. 
É possível, contudo, que não tenha o vendedor área contígua, com que complementar a faltante. 
Neste caso abre a lei, ao comprador, uma alternativa. Pode ele preferir manter o negócio, resignando-se a ficar com menor área, ou , pode impor a rescisão da compra e venda, se entender que a área menos não lhe permite alcançar o fim visado. A regra se encontra na 1ª parte do art. 1136. 
A venda se diz ad corpus quando a preocupação das partes é vender e comprar coisa certa e discriminada, na forma que exige objetivamente, sem que a circunstância de ter uma ou outra extensão constitua motivo de maior relevo na formação do consentimento. Nesses negócios entende-se que a referência à medida é meramente enunciativa, tendo por finalidade, apenas, melhor caracterizar a coisa. 
Por essa razão, na venda ad corpus não se defere, ao comprador que verificou não ter o imóvel comprado a medida constante da escritura, qualquer ação contra o vendedor. E a regra se encontra na 2ª parte do art. 1136. 
Havendo dúvida quanto ao fato de a venda ser ad corpus ou ad mensuram e ocorrendo desconformidade entre a medida enunciada no instrumento e a que o imóvel efetivamente apresenta, presume o parágrafo único do art. 1136 do CC que se trata da venda de coisa certa.
Pactos Adjetos
É a denominação dada a toda clausula inserida no contexto, formando uma convenção acessória, dentro de uma convenção principal com a finalidade de garantir seu adimplemento ou modificar seus efeitos.
DA DOAÇÃO 
DEFINIÇÃO E NATUREZA JURÍDICA 
O art. 1165 do CC, caracterizando a doação como o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de outra, que os aceita, propicia boa definição desse tipo de negócio. 
É contratounilateral, gratuito, consensual e, via de regra, solene. 
Unilateral, porque envolve prestação de uma só das partes. 
Gratuito, porque se inspira no propósito de fazer uma liberalidade. 
Consensual, porque se aperfeiçoa pela conjunção das vontades do doador e do donatário. 
Solene, porque a lei lhe impõe forma escrita, a menos que se trata de bens móveis de pequeno valor, seguindo-se-lhe de imediato a tradição. 
Entretanto a doação, como a compra e venda ou a troca, ou como qualquer outro contrato, é insuficiente para transferir o domínio. Este só se transfere do doador ao donatário através da tradição, se for móvel o objeto, ou da transcrição, se se tratar de coisa imóvel.
ESPÉCIES DE DOAÇÃO 
A) A DOAÇÃO PURA, que consiste em mero benefício na qual o devedor é movido pelo exclusivo espírito de liberalidade.
B) A DOAÇÃO REMUNERATÓRIA, feita com o propósito de pagar um serviço prestado pelo donatário, mas cujo co-respectivo não foi, ou não podia ser, exigido.
C) A DOAÇÃO COM ENCARGO, na qual se impõe ao donatário uma contraprestação que ele deve cumprir e donde resulta uma vantagem para o doador ou para terceiro.
DA LOCAÇÃO 
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA 
A locação é o contrato pelo qual uma das partes, mediante remuneração que a outra paga, se 
compromete a fornecer-lhe, durante certo lapso de tempo, ou o uso e gozo de uma coisa infungível (locação de coisas); ou a prestação de um serviço (locação de serviços); ou a execução de algum trabalho determinado (empreitada). 
Trata-se de contrato bilateral, oneroso consensual, comutativo e não solene. 
Bilateral, porque envolve prestações recíprocas de cada uma das partes. 
Oneroso, dado o seu propósito especulativo. 
Consensual, porque independe da entrega da coisa para seu aperfeiçoamento, opondo-se, assim, aos contratos reais onde a tradição é elemento constitutivo do contrato. 
Comutativo, porque cada uma das partes pode antever e avaliar a prestação que lhe será fornecida. 
Não solene, porque a ;ei não impõe forma determinada 
Na definição acima representada se destacam três elementos, ou seja, o tempo, o preço e o objeto 
do negócio, isso sem mencionar as partes - o locador e o locatário. 
Trata-se de negócio de duração variável, podendo ser convencionado por tempo determinado ou 
indeterminado. 
Os contratos fixados por tempo determinado cessam de pleno direito (afora legislação excepcional) quando finda o prazo estipulado, independente de notificação ou aviso, enquanto, se o prazo for indeterminado, a locação cessará por deliberação de qualquer das partes. Notificada a outra, com a antecedência prevista na lei. 
A locação pode Ter por objeto uma coisa, serviços ou ainda o fornecimento de uma coisa acrescida de serviços, como no caso de empreitada de trabalho e materiais. 
A locação de coisas pode recair em bens móveis e imóveis. Todavia, se se tratar de locação de bens móveis, estes devem ser infungíveis, pois se a coisa cujo uso se concede é fungível, o contrato degenera em mútuo. 
A locação de serviços pode Ter por objeto um trabalho físico ou intelectual, ou ainda a 
empreitada de uma obra onde o locador promete fornecer apenas seu trabalho, ou seu trabalho e materiais. 
O preço, chamado renda ou aluguel na locação da coisa, salário ou soldada na locação de serviços, não precisa ser necessariamente em dinheiro, podendo consistir em bens de outra espécie.
DA EMPREITADA 
CONCEITO 
Através do contrato de empreitada, uma das partes - o empreiteiro - se compromete a executar determinada obra, pessoalmente ou por meio de terceiros, em troca de certa remuneração fixa a ser paga pelo outro contraente - dono da obra -, de acordo com instruções deste e sem relação de subordinação.
NATUREZA JURÍDICA 
A empreitada é contrato bilateral, consensual, comutativo, oneroso e não solene. 
Bilateral, porque envolve prestação de ambas as partes. 
Consensual, em oposição aos contratos reais, porque a empreitada é negócio que se aperfeiçoa pela mera junção de consentimentos. 
Comutativo, porque qualquer deles tem elementos, desde logo, para antever o montante da prestação que receberá.. 
Oneroso, em virtude de seu propósito especulativo, envolvendo em sacrifício patrimonial para ambas as partes. 
Não solene, porque não é daqueles contratos a que a lei impõe forma determinada. 
DO EMPRÉSTIMO 
INTRODUÇÃO 
Empréstimo é o contrato pelo qual uma das partes entrega uma coisa à outra, para ser devolvida em espécie ou em gênero. 
Duas são as espécies de empréstimo: o comodato e o mútuo. 
O comodato é o empréstimo de coisa não fungível, eminentemente gratuito, no qual o comodatário recebe a coisa emprestada para uso, devendo devolver a mesma coisa, ai termo do negócio. 
O mútuo é o empréstimo de coisa fungível, destinada ao consumo. De modo que o mutuário, ao receber a coisa, torna-se seu proprietário, podendo destruir-lhe a substância, visto que não precisa devolver o mesmo objeto, mas apenas coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade. A circunstância de no mútuo o mutuário se tornar proprietário da coisa emprestada, transfere-lhe os riscos por sua perda, pois res perit domino, fato que não ocorre no campo do comodato. Como nesse contrato o domínio da coisa emprestada não se transfere ao comodatário, sua perda, por caso fortuito ou de força maior, é sofrida pelo comodante, pois res perit domino.
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DO COMODATO 
O art. 1248 do CC define o comodato, dizendo ser o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. 
Neste conceito se encontram os três elementos básicos do contrato: a gratuidade do negócio, a não fungibilidade do objeto e a necessidade de sua tradição para o aperfeiçoamento do ajuste. 
Trata-se de um contrato gratuito, real, unilateral e, em princípio, não solene. 
Gratuito, deflui de sua própria natureza, pois se fosse oneroso se confundiria com a locação. 
É contrato real, porque não se aperfeiçoa pela mera troca de consentimentos. Mister se faz a entrega da coisa, pelo comodante ao comodatário. 
Unilateral, obrigações só incumbem aos comodatário, pois nenhum dever, em tese, onera o 
comodante. 
O comodato é contrato não solene, pois a lei não lhe prescreve qualquer forma.
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DO MÚTUO 
O mútuo é espécie do gênero empréstimo. O art. 1256 do CC o define: 
Art. 1256. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao 
mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade ou quantidade. 
De modo que esse contrato se distingue do comodato, porque, enquanto aquele tem por objeto coisa não fungível, este concerne às coisas fungíveis. Ora, como as coisa fungíveis são substituíveis indiferentemente uma por outras, não é obrigação do mutuário devolver a mesma coisa recebida, mas sim coisa da mesma espécie .
Desse fato decorre que, recebendo em empréstimo coisa fungível, o mutuário se torna seu proprietário, passando os riscos, desde então, a correr por sua conta. Res perit domino. 
Trata-se de um contrato real, unilateral, em princípio gratuito e não solene. É contrato real, porque só se aperfeiçoa com a entrega da coisa emprestada. 
A circunstância de o contrato apenas se aperfeiçoar com a entrega da coisa explica o caráter unilateral do negócio. 
O contrato de mútuo surge como ato para socorrer um amigo. Daí presumir a lei seja gratuito. 
Permite ela, entretanto, se convencione expressamente sua onerosidade. Na quase totalidade dos casos de mútuo, fixam as partes um juro, que é a remuneração pelo uso do capital. 
Trata-se de contrato não solene, pois a lei não determina se revista de forma obrigatória.
DA FIANÇA 
A fiança é uma espécie do gênero garantia. A garantia pode ser real, e ela o é quando o devedor fornece um bem móvel ou imóvel para responder, preferencialmente, pelo resgate da dívida, como na hipótese do penhor ou da hipoteca, ou pode ser pessoal, como quando terceira pessoa se propõe a pagar a dívida do devedor, se este o não fizer. 
Art. 1481. Dá-se o contratode fiança, quando uma pessoa se obriga por outra, para com o seu credor, a satisfazer a obrigação, caso o devedor não a cumpra. 
Como elemento de garantia a fiança, vem aumentar as possibilidades, com que conta o credor, de receber a dívida. 
ESPÉCIES DE FIANÇA 
Além da fiança resultante do contrato e chamada convencional, existe a fiança judicial, determinada pelo juiz, e a fiança legal, imposta pela lei. 
NATUREZA JURÍDICA 
A fiança convencional é contrato acessório, unilateral, solene e, no geral, gratuito. 
Trata-se de negócio no mais das vezes gratuito, porque o fiador, através da fiança, nada procura receber em troca. De fato, em regra, o fiador se inspira no propósito de ajudar o afiançado, pessoa em quem confia e que, espera, não faltará ao compromisso assumido. 
Nada impede, entretanto. Que o fiador reclame, em troca da garantia eu oferece, determinada remuneração. 
DA PESSOA DO FIADOR 
Muito freqüentemente compete ao devedor, ou por ordem judicial, ou por determinação legal, ou ainda como conseqüência do contrato apresentar fiador que lhe garanta as obrigações. 
Antes do contrato pode o credor recusar o fiador indicado, devendo o devedor provar a idoneidade do mesmo, se quiser obter que o juiz ordene sua aceitação. Após o contrato, pode o credor demandar a substituição do fiador, mas terá que provar que o mesmo se tornou incapaz ou insolvente. O ônus da prova varia, conforme o caso. 
DOS EFEITOS DA FIANÇA 
A) BENEFÍCIO DE ORDEM 
O benefício de ordem consiste na prerrogativa, conferida ao fiador, de exigir que os bens do devedor principal sejam excutidos antes dos seus. 
Tal benefício se funda na idéia de que a obrigação do fiador é subsidiária, pois que não passa de uma garantia da dívida principal. 
Não havendo tal cláusula, o fiador tem direito ao benefício de ordem, uma vez que se apresentem os seguintes pressupostos: 
I. deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livre e desembaraçados, e quantos bastem para solver o débito; 
II. deve reclamar o benefício até a contestação da lide, na ação que lhe move o credor para cobrança da dívida principal. 
Acolhida a exceção representada pelo benefício de ordem, o juiz suspenderá a execução contra ofiador, ordenando que se penhorem e executem os bens do devedor principal, daquele modo apontados. 
B) SOLIDARIEDADE DOS CO-FIADORES 
Se a fiança for prestada por dois ou mais fiadores, sem se especificar a parte da dívida que cada qual garante, determina a lei sua solidariedade. 
Assim, se houver a especificação acima aludida, cada fiador só responde pela parte que afiançou. Se não houver, pode o credor, em caso de inadimplência do devedor principal, exigir de um, de alguns, ou de todos os fiadores o total da dívida. 
I. o fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do 
credor, podendo demandar de cada um dos co-fiadores a quota respectiva; 
II. divide-se por todos os fiadores solidários a quota do insolvente, se houver . 
Contrato Estimatório
 Podemos utilizar o conceito legal do art. 534. É também conhecido como contrato de venda em consignação. É utilizado na venda de carros e eletrodomésticos usados, bem como na de quadros e obras de arte. Não se aplica a imóveis. Exs: João quer vender seu carro e deixa nessas lojas de veículos que se vê pela cidade, ou José é pintor e deixa seu quadro numa galeria para exposição. O código chama de “estimatório” pois o consignante (dono da coisa) estima o preço mínimo para venda pelo consignatário (dono da loja ou galeria). A venda por mais do que o preço estimado é lucro para o consignatário. Se o objeto não for vendido no prazo fixado entre as partes, o consignatário pode comprá-lo pelo preço estimado ou então devolver a coisa ao consignante (é obrigação facultativa do consignante, vide 534, in fine). 
Natureza Jurídica 
 O contrato estimatório é contrato real, não se forma antes da entrega da coisa (534 – sublinhem “entrega”). Além de real, é oneroso (não é gratuito), comutativo (não é aleatório) e bilateral (não é de efeito unilateral). O CE difere do mandato pois neste se autoriza alguém a agir em seu próprio nome (ex: contratar advogado para me representar em Juízo, 653), já no CE o consignatário atua em nome próprio perante terceiros compradores. Para evitar fraudes, se a coisa consignada for destruída (ex: incêndio) ou roubada o prejuízo será do consignatário, que terá que pagar o preço estimado ao consignante (é mais uma exceção ao res perit domino, 535). Deve o consignatário então fazer seguro da coisa. O consignante permanece como dono até um terceiro ou o consignatário comprar a coisa, de modo que o consignatário só tem a posse, e não a propriedade da coisa que está exposta a venda (536). A tradição a o consignatário não lhe transfere a propriedade. Apesar de permanecer proprietário até a coisa ser vendida, o consignante perde a faculdade de disposição ( = jus abutendi do 1.228). Será estudado em Direitos Reais que a propriedade é a soma de três faculdades: uso, fruição e disposição. Mas uma vez celebrado o CE o proprietário/consigante perde até o direito de dispor do bem, salvo se a coisa não for vendida e retornar às suas mãos (537). O consignatário tem assim posse com a faculdade de dispor da coisa, e vender a quem quiser. Se o proprietário quiser recuperar a coisa antes do prazo ajustado do CE, o consignatário pode impedir ajuizando ação de manutenção de posse.
 
Contrato de Transporte 
“Contrato de transporte é aquele em que uma pessoa ou empresa se obriga a transportar pessoa ou coisa, de um local para outro, mediante o pagamento de um preço”. Fran Martins 
“Contrato de transporte é aquele onde alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas”. Artigo 730 CC
Transportador ou condutor - Aquele que recebe as coisas ou pessoas. 
Passageiro ou viajante - a pessoa transportada.
 Remetente ou expedidor - aquele que entrega a coisa para ser transportada. 
Transporte cumulativo
 cada transportador será responsável pelo trecho do percurso a que se obrigou, respondendo pelos danos que venham a sofrer tanto as pessoas como as coisas.
Não sendo possível determinar o trecho do percurso em que ocorreu o dano, todos os transportadores responderão solidariamente.
Natureza Jurídica
Bilateral: gera obrigação para ambas as partes.
Oneroso: de regra
Comutativo: As partes já tem conhecimento das prestações
Típico: descrito na lei
Não solene

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