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Direito do Trabalho

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Direito do Trabalho 
Manual das Audiências Trabalhistas – Francisco Antonio de Oliveira – LTR
Curso prático de direito do Trabalho – Amador Paes de Almeida – Saraiva
1 - PRINCÍPIOS:
	- Celeridade – princípio básico – por causa desse princípio o periculun in mora é sempre presente – processo tem que ir rápido, tem que correr – eminentimente social – basicamente daí decorre todos os princípios
	- Principio da oralidade – art. 840 pode ser oral a inicial – Réplica – (oral) – razões finais (oral) – 
	- Concentração – todos os atos são concentrados em uma única audiência – mas as audiências podem ser divididas – depende do Juiz
	- Conciliação – era um princípio constitucional – antigo art. 114 da CF, foi alterada, pois a Emenda 45 deu alteração – 840 e art. 847 e 764 - sempre tentar conciliar – obrigatória
- ouvir a opinião do Juízo 
- se uma das partes estiver muito contente a conciliação não foi boa
	- Aplicação Subsidiária do CPC – art. 769 da CLT - 
- Ação monitoria se aplica no Processo do Trabalho, mas não serve para nada – 
	- Jus postulandi – competência material da Justiça do Trabalho – art. 791 diz que a parte pode postular sem advogado na Justiça do trabalho até o fim do processo – Mas a Súmula 425 do TST restringe o Jus postulandi – Mandado de segurança, Ação Rescisória e Cautelares e Ações cujos Recursos serão julgados pelo TST
2 - COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO
1- Relação do Autônomo
2- Relação dos Demais Profissionais Liberais (Ex. Advogado)
Súmula 219 do TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. HIPÓTESE DE CABIMENTO (nova redação do item II e inserido o item III à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (ex-Súmula nº 219 - Res. 14/1985, DJ 26.09.1985)
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista.
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.
Súmula 363 do STJ 
Competência - Processo e Julgamento - Ação de Cobrança - Profissional Liberal Contra Cliente “Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.”
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
Prática Trabalhista VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
3- Acidente do Trabalho (Art. 643 da CLT): são de competências da justiça do ordinária.
4- Indenização de Danos Morais Decorrentes de Acidente do Trabalho: competência é da Justiça do Trabalho.
Se a ação declaratória for contra o INSS será na Justiça Comum.
5- Competência de Contrato pré–laboral: é da Justiça do Trabalho.
	- Empregado público Celetista – relação de trabalho pela Justiça do Trabalho
	- Sociedade de Economia Mista – Justiça do Trabalho
- Estatutário não é Justiça do Trabalho
	- Acidente de Trabalho – Justiça Ordinária – 643, §2º 
- Pacto pré-laboral – pré-contrato – antes mesmo de começar a trabalhar o empregado estoura o tímpano no exame audiométrico – Justiça do trabalho
3 - COMPETÊNCIA MATERIAL NA JUSTIÇA DO TRABALHO II
1- Ações do Empregador em face do empregado: é na Justiça do Trabalho
2- Pacto Pós Laboral: a competência é da Justiça do Trabalho – Ex. Ação Lotérica Ricão x Edson
3- Habeas Corpus – contra o Juiz do Trabalho que mandar prender – (Crime de desacato, crime de falso testemunho e infiel depositário) – matéria criminal:
• Crime de desacato, cabe HC, mas a competência é do TRF.
• Crime de Falso Testemunho; cabe HC, mas a competência é do TRF.
• Depositário Infiel.Prática Trabalhista 
4- PIS e FGTS: no caso da Súmula 161 do STJ e na Justiça Comum. Já entrei várias vezes na Justiça Federal de Bragança
Competência - Autorização - Levantamento - PIS-PASEP e FGTS - Falecimento do Titular - É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores relativos ao PIS-PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta.
Mas, no caso da Súmula 300 do TST, compete a Justiça do Trabalho para o empregado requerer o cadastro do PIS. 
- Greve – Justiça do Trabalho
- Sindicato x Sindicato – Justiça do Trabalho 
- Sindicato x Empregado cobrando contribuição sindical – Justiça do Trabalho
Art. 11 da CLT – prescrição 2 anos
	- Em caso de LESÃO desloca-se o marco prescricional para a data da lesão e não do encerramento do contrato de trabalho
4 - ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
1- Órgãos 
Juntas de conciliação e julgamento – era órgão de Primeira Instância (2 juiz classista, um do lado do empregado e outro do lado do empregador) 1 juiz togado, formado em Direito – juiz presidente
• Varas do Trabalho (EC 24/99): composição exclusiva de juiz.
“Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da Vara do Trabalho”
• Tribunais Regionais do Trabalho
• Tribunal Superior do Trabalho (27 ministros)
5 - TUTELA ANTECIPADA
Diferença de Tutela Antecipada e Cautelar (liminar deve ser acompanhada de outra coisa)
Nos temos dois tipos de cautelares, as preparatórias (antes do processo principal) e incidentais (no curso do processo principal). A cautelar não pode ser o objeto específico da questão, ela deve ser acessória. 
Obs.: não deve ser requerido reintegração de emprego através de cautelar, pois satisfaz o objeto da demanda o que levaria a perda da finalidade da cautelar, ser apenas acessória.
Já a tutela é o objeto central da demanda. Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação (periculum in mora); ou
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. A cautelar tem fumus boni iures e a tutela tem prova inequívoca.
Exemplo de tutelaantecipada: Rescisão Indireta onde o motivo é o não pagamento de salários.
O periculum in mora sempre haverá no direito do trabalho, pois o empregado depende do salário para comer.
6 - TUTELAS ESPECÍFICAS
Hipóteses de Tutelas Específicas na CLT Art. 659 - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições:
IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do artigo 469 desta Consolidação.
X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
 
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.
Obs.: Caso o juiz verifique as partes não se suportem mais, só ele pode configurar essa reintegração em indenização.
E essa ação deve ser proposta no curso da estabilidade.
- em caso de gravidez, por exemplo, tem que pedir o retorno ao emprego e a indenização. Se pedir só a indenização sem retorno ao emprego o pedido é inepto. Ainda, em audiência, se recusar retornar ao emprego o Juiz pode considerar a recusa ao direito de estabilidade. 
	- alerte o cliente que ele poderá voltar ao trabalho. Mas tente convencer o Juiz que isso é forçoso, que a parte já não tem mais ambiente de trabalho.
- Se o período estabilitário estiver exaurido o pedido de retorno é incoerente – Sumula 396 TST
- Súmula 244 – gestante
Prática Trabalhista
 LFG Online apresenta...
PRÁTICA TRABALHISTA
Petição Inicial
 Com o Professor André Luiz PaesPrática Trabalhista
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA I
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
 § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
 § 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Competência Territorial 
1- Requisitos:
• Nome completo;
• Nacionalidade;
• Estado Civil;
• Profissão;
• Nome da Mãe;
• Nº CPF/RG;
• Nº da Série da CTPS;
• Endereço.Prática Trabalhista
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical.
Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria.
Obs.: Não há obrigatoriedade a utilização da Conciliação Prévia para entrar com Reclamação Trabalhista.Prática Trabalhista O processo efetivo só existe se a outra parte tiver ciência.
Não pode se esquecer do valor da causa. 
Demonstre ao juiz que você de conhecimento sobre a Reclamação Trabalhista que está sendo proposta. 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA II
Cliente chega ao seu escritório relatando um caso e pedindo para que você o resolva juridicamente:
Trabalho de segunda a sexta-feira das 08h às 17hs com 01 hora de intervalo. A Empresa que presta o serviço fica situada em local não servido por transporte público e por isso me fornece condução própria para que eu chegue no trabalho. Esse percurso leva 30 minutos da minha casa ao serviço e vice e versa.
Também fico na minha casa com um celular fornecido pela Empresa e tenho que deixá-lo ligado até às 21 horas e sempre que solicitado preciso retornar à Empresa.Prática Trabalhista
 
1º Pedido: Jornada “in itinere” – 1hs extra diária (art. 58, § 2°, CLT e Súmula 90 TST, Art. 7°, XVI, CRFB).
2° Pedido: “Sobre-aviso” com base no Art. 244, § 2º, da CLT, Súmula 428 do TST.
Tópicos da Petição Inicial
Endereçamento: Ao Juiz de uma das Varas do Trabalho do local de prestação de serviço;
Qualificação das Partes;
Comissão de Conciliação Prévia;
Do Contrato de Trabalho;Prática Trabalhista Da Jornada “In Itinere”: O Reclamante labora das 08hs às 17hs de segunda à sexta-feira com 01 hora de intervalo, perfazendo, portanto, 08hs diárias.
Todavia, já que o Reclamado está situado em local não servido por transporte público, acaba por lhe fornecer condução própria, o que, nos termos do art. 58, §2°, da CLT, bem como da Súmula 90 do TST, lhe garante o direito à jornada “in itinere” e como referido percurso demora cerca de 30 minutos para chegar ao trabalho e igual período de tempo para o seu retorno, caracterizada está a sobrejornada, que desde já se requer em 01 hora extra diária, com adicional de 50%, conforme art. 7°, XVI da CRFB.
Do Sobreaviso: Indipensável ressaltar ainda, que no curso do contrato de trabalho o Reclamante recebeu um aparelho celular da Empresa e tem ordem direta para ficar até as 21 horas diariamente a disposição do Empregador que, caso solicite, deverá retornar imediatamente ao trabalho, fato este que inclusive já ocorreu.
Desta forma, resta manifestamente configurada a jornada de “sobre-aviso” com cabimento analógico do art. 244 da CLT que dispõe em seu parágrafo 2º um acréscimo de 1/3 para cada hora trabalhada, texto legal corroborado pela Súmula 428 do TST.
Os institutos acima postulados, por serem habituais, geram reflexos, desde já requeridos no 13º salário, férias + 1/3, DSR e FGTS.
Súmula nº 90 do TST
HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súmulas nºs 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/1978, DJ 10.11.1978)
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere".
(ex-OJ nº 50 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995)
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere".
(ex-Súmula nº 324 – Res. 16/1993, DJ 21.12.1993)
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 – Res. 17/1993, DJ 21.12.1993)
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
RITO SUMARÍSSIMO
Com o Professor: Carlos Eduardo CalmonPRÁTICA TRABALHISTA
Lei 9.957/00 – Artigos 852-A ao 852-I da CLT
Principais princípios:
Celeridade
Simplicidade
informalidadePRÁTICA TRABALHISTA
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
• O que vai dizer se é ação será tramitada pelo rito sumaríssimo é o valor do causa que, no caso, não pode exceder o de 40 salários mínimos.
• Somente para dissídios individuais.
• Não é admitido para dissídios coletivos, mesmo que o valor dacausa seja inferior à 40 salários mínimos.
Revogação do rito sumário (Lei 5584/70) pelo rito sumaríssimo (Lei 9957/00) (duas correntes)
• Corrente minoritária: a Lei nº 9.957/2000 revogou o Rito Sumário, pois Lei nova derroga Lei anterior.
• Corrente majoritária: o Rito Sumário não foi revogado pelo Rito Sumaríssimo, também chamado de dissídio de alçada.
 Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública Direta, autárquica e fundacional.
 As ações em que a Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações figurem como parte não podem ser submetidas ao procedimento sumaríssimo, mesmo que o valor da causa seja inferior à 40 salários.
Aspecto polêmico: é obrigatório ou é uma faculdade a tramitação pelo procedimento sumaríssimo???
• A corrente majoritária entende que é obrigatório, pois o rito, ou seja, norma procedimental é matéria de ordem pública, não cabendo as partes a opção de submeter uma demanda ou não ao rito sumaríssimo Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;
• Além da pretensão, deve constar o valor líquido da mesma.
• Ex. saldo de salário......R$ 100,00
• Deve haver a liquidação dos pedidos 
• Caso o Autor não atenda à essa imposição, o Juiz deve arquivar o processo e condenar o Autor ao pagamento das custas processuais 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; 
• O Autor deve indicar o nome e endereço correto da(s) Reclamada(s);
• No procedimento sumaríssimo não é admitida a citação por Edital
• Caso o Autor não atenda à essa imposição, o Juiz deve arquivar o processo e condenar o Autor ao pagamento das custas processuais
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.
• A audiência deve ser única ou Una, ou seja, deve o Juiz em uma única audiência, receber
a defesa, tentar a conciliação, instruir e julgar a lide. Havendo necessidade, pode o juiz dividir as audiências, porém o ideal é que seja única.
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.
• Diferente do rito ordinário, onde o juiz tenta a conciliação em dois momentos (artigos 847 e 850 da CLT), ou seja, antes de receber a defesa e após as razões finais, no rito sumaríssimo, o juiz pode e deve tentar a conciliação em qualquer momento da audiência.
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.
• Máximo de 2 testemunhas por parte, já no rito ordinário são no máximo 3 por parte.
• Pode o juiz ouvir, se achar pertinente, mais de duas testemunhas no procedimento sumaríssimo, porém ele irá ouvi-las como informante do Juízo.
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.
• As testemunhas irão independente de intimação, não devendo ser arroladas ao processo.
• Pode haver o adiamento da audiência em razão da ausência de testemunha?? O Juiz pode adiar a audiência e intimar a testemunha, desde que haja COMPROVAÇÃO que esta foi convidada e não compareceu, o rito sumaríssimo faz a exigência da comprovação do convite que pode ser oral ou documental.
Reconvenção no rito Sumaríssimo 
• No procedimento sumaríssimo não é admitido reconvenção, mas sim pedido contraposto no bojo da contestação.
• Previsão legal (Artigo 31 da Lei 9099/95.
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.
• Quando houver prova técnica o Juiz concederá prazo para as partes se manifestarem acerca do laudo pericial, porém este prazo deve ser comum de 5 (cinco dias)
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.
• Se o Juiz suspender a audiência, ele deverá retomar o andamento do processo em no máximo 30 dias, ou seja ele deve retomar e julgar a lide em no máximo 30 dias, porém vale mencionar que a Lei abre uma exceção quando aclara “salvo motivo relevante”.
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
• A sentença é composta por 3 partes: relatório, fundamentação e sentença 
• No procedimento sumaríssimo, o Juiz pode dispensar o relatório, mas, não é uma obrigação, é uma faculdade do Juiz, se achar conveniente.
Recurso de Revista no procedimento sumaríssimo (Súmula 442 do TST).
• Só é admitido Recurso de Revista no procedimento sumaríssimo em duas hipóteses, quando o Acórdão do TRT:
Violação direta à dispositivo da CF;
 ou contrariedade à Súmula do TST.
• Não se admite Recurso de Revista quando o Acórdão do TRT contrariar Orientação Jurisprudencial Súmula 442 do TST
• Súmula nº 442 do TST - PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA FUNDAMENTADO EM CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA CLT, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000
Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT.
Prática Trabalhista
Empregador quer transferir empregado sem anuência dele – o trabalho é exercido em São Paulo. Caso não aceitasse a mudança seria demitido por justa causa. (arts. 469)
	- Súmula 43 do TST 
Endereçamento: a uma das Varas do Trabalho de São Paulo.
Qualificação: além de qualificar as partes, destacar a propositura de Reclamação Trabalhista com pedido de tutela antecipada, fundamentando nos artigos 840 CLT, 282 e 273 do CPC.
- COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
- DO CONTRATO DE TRABALHO 
- DA TRANSFERÊNCIA
Recentemente o reclamante foi alertado pelo seu superior hierárquico, que seria transferido de São Paulo para Cuiabá, ocasião em que o peticionário lhe informou sobre a impossibilidade dessa transferência se concretizar, principalmente pelo fato do autor manter outro emprego na cidade de São Paulo, razão pela qual a transferência acarretaria sério prejuízo.
Todavia, foi informado pelo reclamado que sua recusa acarretaria sua demissão por justa causa, pois no contrato de trabalho firmado entre as partes o reclamante havia concordado com a possibilidade de se transferir.
Notório nos configura a abusividade da transferência, assim como a prevalência da cláusula contratual, pois, necessitando do emprego, que é o natural meio de subsistência do trabalhador e de sua família, o aceite deve ser relevado.
 Principalmente porque não há comprovação da real necessidade do serviço, como exige a Súmula 43 do TST, que denota mais uma vez a abusividade do ato praticado pelo empregador.
Em razão do claro e evidente periculum in mora, bem como da prova inequívoca, requer liminarmente a concessão de tutela antecipada, já que os requisitos exigidos pelo artigo 273 do CPC, estão presentes e a CLT, no artigo 659, IV, já prevendo a abusividade de atos como este, autoriza a concessão, desde já requerida.

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