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PATRÍCIA RÊGO DE OLIVEIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS João Pessoa, PB - Brasil Dezembro - 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PATRÍCIA RÊGO DE OLIVEIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório apresentado à Coordenação de Estágios e à Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus de João Pessoa, em cumprimento às exigências do referido curso. Orientador (a): Profª. Dra. Alexsandra Rocha Meira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios PATRÍCIA RÊGO DE OLIVEIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Aprovado em: 12 / 11 / 2012. ____________________________________________________________ Alexsandra Rocha Meira – Dra (Orientadora) ____________________________________________________________ Gibson Rocha Meira – Dr - IFPB (Examinador) ____________________________________________________________ Nelma Miriam de Araújo Chagas – Dra - IFPB (Examinadora) ____________________________________________________________ Profª Drª Maria de Fátima Duarte Lucena Coordenadora da CESUT - CCE ____________________________________________________________ Profª M.Sc. Roberta Paiva Cavalcante Coordenadora do Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios Dedico este trabalho ao meu Deus - O Autor da minha vida, razão da minha existência e aos meus pais. AGRADECIMENTOS A Deus pelo amor incondicional; Sua infinita fidelidade, misericórdia e bondade e pela persistência, com a qual me presenteou; aos meus pais: Silvio Pinheiro de Oliveira e Abigail Rêgo de Oliveira (meu braço direito e esquerdo) – aos quais amo e agradeço a Deus todos os dias por ter o privilégio de ser filha deles - por terem me dado tudo: a vida, muito amor, educação, apoio moral, psicológico e, especialmente, financeiro; aos meus irmãos, que sempre acreditaram em mim, apoiaram-me e me incentivaram: Ana Queila Rêgo Martins, Siméia Rêgo de Oliveira e Marcos Ábdon Rêgo de Oliveira; aos meus sobrinhos: Cláudio Phillipe Rêgo Martins e Hanna Nalidja Rêgo Martins, nos quais me espelhei para manter a alma pura, aprimorando os valores ensinados por meus pais; a todos os meus amigos, em especial: a Tatianne Mendes, pelo carinho que sempre demonstrou ter comigo, pelas palavras de incentivo, por comemorar comigo as vitórias e pelo seu coração enorme e alma de criança; a Maisa Beatriz M. F. da Silva, por ter intermediado nossa participação na pesquisa do CNPq, da qual fui bolsista pelo período por um ano, por estar se mostrando amiga, mesmo depois dos desentendimentos e, especialmente, porque tem as palavras certas para dizer quando precisamos; a Joana Darc Lúcio da Costa, por ser uma amiga leal, por estar sempre me dando palavras de incentivo e compartilhando comigo momentos bons e ruins, pelas suas idéias sempre bem-vindas e, principalmente porque foi por intermédio dela que consegui o estágio. Agradeço também aos meus professores do Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios, com destaque para: Dr. Sóstenes Rodrigues, MSc. Jefferson Mack, Dr. Ulisses Targino e MSc. Salustiano Miguel Souza, especialmente pela prontidão dispensada nos momentos de tirar dúvidas e porque contribuíram de forma relevante para minha formação profissional e, principalmente o Dr. Warwick Ramalho de Farias Leite por ter aberto as portas de estágio para mim, quando todos as haviam fechado, por ser um professor até mesmo no estágio, ensinando a mim com suas experiências de vida e seus conselhos e pela sua generosidade e nobreza. Agradeço ainda aos professores que compuseram a banca examinadora: Dr. Nelma Miriam de Araújo Chagas; Dr. Gibson Rocha Meira, Dra. Maria de Fátima Duarte Lucena, pelas contribuições relevantes, especialmente para a formatação deste trabalho de conclusão de curso, e, como não poderia deixar de ser, um agradecimento todo especial, a minha orientadora neste relatório de estágio supervisionado, a Dra. Alexsandra Rocha Meira, também professora – orientadora, por dois anos, da pesquisa do CNPq da qual fui bolsista titular e voluntária - e, certamente uma amiga; pelas diversas horas dedicadas a me orientar, tanto de forma presencial quanto virtualmente, em trabalhos acadêmicos, relatórios de Iniciação Tecnológica e artigos científicos e, especialmente pela co-concepção deste relatório de estágio supervisionado. “Muitas das coisas mais importantes do mundo foram conseguidas por pessoas que continuaram tentando quando parecia não haver mais nenhuma esperança de sucesso.” (Dale Carnegie) LISTA DE FIGURAS Figura 5.1: Janela inicial para gerar overlay ------------------------------------------------------------------------- 38 Figura 5.2: Janela para seleção da aba “Setores” ------------------------------------------------------------------ 39 Figura 5.3: Escolha do Setor procurado ------------------------------------------------------------------------------ 39 Figura 5.4: Mapa detalhado de Mandacaru -------------------------------------------------------------------------- 40 Figura 5.4: Janela do Menu Propriedades --------------------------------------------------------------------------- 40 Figura 5.5: Janela para procurar a quadra desejada -------------------------------------------------------------- 41 Figura 5.6: Janela para gerar impressão do mapa ----------------------------------------------------------------- 42 Figura 5.7: Overlay gerado para os lotes 0037 e 0047 da Quadra 049 de Mandacaru -------------------- 42 Figura 5.7: Planta de situação atual ----------------------------------------------------------------------------------- 43 Figura 5.8: Planta de situação proposta ------------------------------------------------------------------------------ 44 Figura 5.9: Planta de localização --------------------------------------------------------------------------------------- 44 LISTA DE QUADROS Quadro 3.1: Quadro de zoneamento do uso ZR2 ------------------------------------------------------------------ 46 LISTA DE EQUAÇÕES Equação 2.1: Cálculo da taxa de ocupação-------------------------------------------------------------------------- 22 Equação 2.2: Cálculo do índice de aproveitamento ---------------------------------------------------------------- 23 Equação 2.2a: Cálculo do número de pavimentos a partir da taxa de ocupação e do índice de aproveitamento -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 23 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas AP: Anteprojeto ART:Anotação de Responsabilidade Técnica CAGEPA: Companhia de Água e Esgoto da Paraíba CB: Corpo de Bombeiros CEI: Cadastro Específico do INSS CMJP: Câmara Municipal de João Pessoa CND: Certidão Negativa de Débitos COMAM: Conselho Municipal do Meio Ambiente CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente CONFEA: Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia COPAM: Conselho de Proteção Ambiental CREA: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia CREA-PB: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba CREF: Certificado de Regularidade Fiscal DIVA: Divisão de Análise Ambiental DOF: Documento de Origem Florestal DOU: Diário Oficial da União EMLUR: Autarquia Especial Municipal da Limpeza Urbana EP: Estudo Preliminar EV: Estudo de Viabilidade FUNJOPE: Fundação Cultural de João Pessoa GRU: Guia de Recolhimento da União GRPU: Gerência Regional do Patrimônio da União IBAMA: Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IA: ICM: Índice de Aproveitamento Imposto de Circulação de Mercadoria IPHAEP: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba IPTU: Imposto Territorial Urbano INSS: Instituto Nacional do Seguro Social LI: Licença de Instalação LP: Licença Prévia LO: Licença de Operação LS: Licença Simplificada LV: Levantamento NBR: Norma Brasileira Regulamentadora PMJP: Prefeitura Municipal de João Pessoa PB: Projeto Básico PN: Projeto para execução PL: Projeto Legal PN: Programa de Necessidades PR: Pré-execução RCD: Resíduos de Construção e Demolição SUDEMA: Superintendência de Administração do Meio Ambiente SEMAM: Secretaria do Meio Ambiente SEFIN: Secretaria de Finanças do Estado da Paraíba SEPLAN: Secretaria de Planejamento TCR: Taxa de Coleta de Resíduos TO: Taxa de Ocupação ZC: Zona Comercial Central ZCB 1: Zona Comercial de Bairro 1 ZCB 2: Zona Comercial de Bairro 2 ZCC 1: Zona Comercial Central 1 ZCC 2: Zona Comercial Central 2 ZCC 3: Zona Comercial Central ZCC 4: Zona Comercial Central 4 ZCC 5: Zona Comercial Central 5 ZCC 6: Zona Comercial Central 6 ZCE 1 Zona Comercial Eixo ZCE 2: Zona Comercial Eixo ZCT: Zona Comercial de Terminais ZEP 1: Zona Especial Preservação 1 ZEP 2: Zona Especial Preservação 2 ZEP 3: Zona Especial Preservação 3 ZEP 4: Zona Especial Preservação 4 ZER: Zona Especial Residencial ZGE: Zona Grandes Equipamentos ZI 1: Zona Industrial 1 ZI 2: Zona Industrial 2 ZI 3: Zona industrial 3 ZI 4: Zona Industrial 4 ZI 5: XXII - Zona Industrial ZRE 2: Zona Residencial Extensiva ZRE 3: Zona Residencial Extensiva ZRI 1: IV - Zona Residencial Intensiva ZRI 2: V - Zona Residencial Intensiva ZT: XVII - Zona Turística SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14 1.1 Objetivos --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 1.1.1 Objetivo geral---------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 1.1.2 Objetivos específicos ------------------------------------------------------------------------------------------ 16 1.2 Justificativas e relevância ------------------------------------------------------------------------------------------ 17 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA --------------------------------------------------------------------------------------- 18 2.1 Zoneamento urbano ------------------------------------------------------------------------------------------------- 18 2.2 Construção de edificações nos lotes ---------------------------------------------------------------------------- 20 2.2.1 Taxa de ocupação (TO) --------------------------------------------------------------------------------------- 21 2.2.2 Índice de aproveitamento (IA) ------------------------------------------------------------------------------- 23 2.3 Legalização de obras ----------------------------------------------------------------------------------------------- 23 2.3.1 Os Órgãos ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24 2.3.1.1 PMJP ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 24 2.3.1.2 CREA/PB ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 2.3.1.3 Corpo de Bombeiros (CB) ---------------------------------------------------------------------------------- 25 2.3.1.4 SUDEMA ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 26 2.3.1.5 CAGEPA ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 26 2.3.1.6 INSS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 26 2.3.2 Procedimentos para legalização de obras junto aos órgãos públicos de João Pessoa -------- 27 2.3.2.1 Alvará de remembramento, desmembramento e/ou remanejamento ---------------------------- 27 2.3.2.2 Alvará de demolição ----------------------------------------------------------------------------------------- 28 2.3.2.3 Certidão de alinhamento / dimensões / limites e confrontações ----------------------------------- 28 2.3.2.4 Processos de pré-análise ---------------------------------------------------------------------------------- 29 2.3.2.5 Certidão de uso e ocupação do solo --------------------------------------------------------------------- 29 2.3.2.6 Licença Ambiental-------------------------------------------------------------------------------------------- 29 2.3.2.7 Licenças para edificações ---------------------------------------------------------------------------------- 32 2.3.2.8 Licenças para comércio e serviços----------------------------------------------------------------------- 34 2.3.2.9 Alvará de construção/ampliação/reforma/regularização -------------------------------------------- 35 2.3.2.10 Licença de habitação (Habite-se) ------------------------------------------------------------------------ 36 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS -------------------------------------------------------------------------------- 37 3.1 Descrição de algumas das atividades desenvolvidas ------------------------------------------------------- 38 3.1.1 Lotes de Mandacaru ------------------------------------------------------------------------------------------- 38 3.1.1.1 Remembramento de lotes ---------------------------------------------------------------------------------- 38 3.1.1.2 Projeto de galpão--------------------------------------------------------------------------------------------- 45 3.1.1.3 Certidão de uso e ocupação do solo --------------------------------------------------------------------- 47 3.1.1.4 Licença Prévia (LP) ------------------------------------------------------------------------------------------ 48 3.1.1.5 Alvará de Construção --------------------------------------------------------------------------------------- 48 3.1.1.6 Licença de Instalação (LI) ---------------------------------------------------------------------------------- 49 4 CONCLUSÕES ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 51 5 RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES --------------------------------------------------------------------------- 52 REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 53 APÊNDICES -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------55 APÊNDICE A – PLANTAS DE LOTES REMEMBRADOS E PROJETO ARQUITETÔNICO ------------ 56 APÊNDICE B – DOCUMENTAÇÕES REFERENTES AO ALVARÁ DE REMEMBRAMENTO, DESMEMBRAMENTO E REMANEJAMENTO ---------------------------------------------------------------------- 59 APÊNDICE C – DOCUMENTAÇÕES REFERENTES À LICENÇA PRÉVIA (LP) -------------------------- 61 APÊNDICE D – DOCUMENTAÇÕES REFERENTES AO ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO ---------------- 70 APÊNDICE E – DOCUMENTAÇÕES REFERENTES À LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) -------------- 72 ANEXOS ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 83 ANEXO A – FORMULÁRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE PROCESSOS EM GERAL - PMJP ----------- 84 ANEXO B – FORMULÁRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE PROCESSOS EM GERAL - SUDEMA ------ 89 ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - CB ------------------------------------------------------------------------ 96 ANEXO E – DOCUMENTAÇÃO REFERENTE À LICENÇA PRÉVIA (LP) ----------------------------------- 99 ANEXO F – DOCUMENTAÇÃO REFERENTE AO ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO ------------------------ 106 ANEXO H – DOCUMENTAÇÃO REFERENTE À LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) ---------------------- 110 ANEXO G – CROQUIS DE LOCALIZAÇÃO ------------------------------------------------------------------------ 115 Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 14 Patrícia Rêgo de Oliveira 1 INTRODUÇÃO Desde os primórdios da ocupação da superfície terrestre pelo homem já havia a execução de obras, ainda que de forma primitiva, a exemplo das primeiras cavernas - prenúncio do desenvolvimento de habitações, que eram encontradas prontas na natureza, não requerendo nenhum conhecimento técnico nem norma, por parte do homem daquela época, para sua construção (OLIVEIRA, 2010a). A necessidade das primeiras regras e condutas na execução das edificações surge com o aparecimento das primeiras aglomerações urbanas, que originaram as primeiras cidades. Todavia, naquela época, não se fazia presente o grau de organização dos tempos atuais - as leis e os regulamentos e os códigos, que disciplinam o uso do solo - para garantia de produtos e serviços (OLIVEIRA, 2010a). Entretanto, vale-se salientar que antecedendo a execução de uma obra de edificação, deve-se prever um projeto. Na concepção de Leite (2010), considerado como uma das primeiras etapas do processo de construção, o projeto de construção civil é peça relevante para se obter a qualidade e produção de edifícios, uma vez que nessa etapa são definidas, tanto as formas de organizar o espaço quanto a tecnologia a se adotar na fase de execução (LEITE, 2010). Por isso, conforme Gray; Hughes; Brenett, (1994 apud OLIVEIRA, 2010b) é a etapa do processo de construção onde se deve buscar uma solução criativa e eficiente que traduza e documente todos os requisitos do cliente e do usuário, mediante concepção, desenvolvimento e detalhamento das características físicas e tecnológicas do empreendimento, para fins de sua execução. A principal ferramenta para representação desta solução é o desenho. À luz de Melhado (1994 apud LEITE, 2010) projeto na construção civil, nada mais é que “a atividade ou serviço integrante do processo de construção, responsável pelo desenvolvimento, organização, registro e transmissão das características físicas e tecnológicas específicas de uma obra a serem consideradas na fase de execução.” Ainda conforme Melhado (1994 apud LEITE, 2010) a previsão de um projeto se constitui relevante visto que, apesar da pouca despesa com o mesmo na fase inicial do empreendimento, ele pode vir a maximizar consideravelmente os custos. A realização de uma entrevista com o cliente traz inspiração ao projetista para se executar os trabalhos profissionais necessários no desenvolvimento de projetos, bem como consultorias para imóveis residenciais, comerciais e industriais. Salienta-se que propostas de projetos sem entrevistas com clientes e desprovidas de conteúdos, configuram-se como o ponto de partida para obras mal feitas, financeiramente desastrosas e que, possivelmente não atenderão às necessidades do proprietário, encarecendo a construção e minimizando a qualidade (LEITE, 2010). Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 15 Patrícia Rêgo de Oliveira Ainda no tocante a projetos, a NBR 15531/1995 explana a respeito de “partes sucessivas nas quais pode ser dividido o processo de desenvolvimento das atividades técnicas do projeto de edificação e de seus elementos, instalações e componentes”, quais sejam: a) Levantamento (LV); b) Programa de necessidades (PN); c) Estudo de viabilidade (EV); d) Estudo preliminar (EP); e) Anteprojeto (AP) e /ou pré-execução (PR); f) Projeto Legal (PL); g) Projeto Básico (PB) (opcional); h) Projeto para execução (PE). O levantamento é a etapa na qual se realiza a coleta das informações de referência que representem as condições preexistentes, de interesse para orientar a elaboração do projeto. Nele são levantados todos os tipos de dados necessários à elaboração do projeto: físicos (planialtimétricos, cadastrais, geológicos, hídricos, ambientais, climáticos, ecológicos, entre outros), técnicos, legais e jurídicos, sociais, econômicos, financeiros e outros. A etapa relativa ao programa de necessidades se destina a determinar as exigências de caráter prescritivo ou desempenho que a edificação a ser concebida deve satisfazer (ABNT, 1995). O estudo preliminar se caracteriza como a etapa da elaboração do projeto de edificações que está destinada à elaboração de análise e avaliações para seleção, bem como recomendação de alternativas que auxiliem na concepção da edificação e de seus elementos, de suas instalações e de seus componentes (ABNT, 1995). A etapa que corresponde ao anteprojeto e à pré-execução, destina-se a conceber e representar informações técnicas provisórias, as quais detalham, tanto a edificação quanto seus elementos, instalações e componentes, que serão necessários a promover a inter-relação das atividades técnicas de projeto e satisfatórias para se elaborar as estimativas de custo aproximadas e de prazos de serviços de obra implicados (ABNT, 1995). O projeto legal, objeto de estudo do presente relatório, configura-se como a etapa que se destina a representar as informações técnicas que se fizerem necessárias à análise e aprovação, por parte dos órgãos competentes, da concepção da edificação, de seus elementos e instalações, baseados nas exigências legais – do estado, município e federação - bem como à obtenção de alvarás, licenças e de outros documentos imprescindíveis para se realizarem as atividades de construção (ABNT, 1995). Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 16 Patrícia Rêgo de Oliveira Esta etapa se destina a conceber e representar, de forma completa e definitiva, as informações técnicas, não apenas da edificação, mas também de seus elementos, instalações e componentes, que serão necessários e suficientes a licitações e execuções dos serviços de obras correspondentes (ABNT, 1995). Embasando-se em toda essa contextualização anteriormente elencada, leva-se a crer que um dos problemas principais, pode ser considerado a não previsão de projeto, especialmente os complementares que ainda é muito presente na construção civil, bem como a falta de compatibilização dos mesmos. No entanto, vale-se salientar, no tocante ao parâmetro Legalização de obras de edificações, que a falta de conhecimento em relação às etapas necessárias a legalização de obras, por parte de muitos construtores e dos próprios engenheiros civis, arquitetos e profissionais doramo da construção civil, também vem se constituindo num problema de grandes proporções. Essa etapa é uma das mais importantes para a execução de uma obra da construção civil, uma vez somente a partir do vencimento da mesma é que se pode executar. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral Este trabalho tem como objetivo geral tecer considerações a respeito de atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado realizado em uma empresa de engenharia situada na cidade de João Pessoa - PB. 1.1.2 Objetivos específicos E tem como objetivos específicos: Explanar, de forma geral, a respeito das atividades desenvolvidas no estágio supervisionado; Elencar as atividades que se constituíram mais relevantes durante o estágio supervisionado; Descrever, de forma detalhada, as mesmas atividades selecionadas no estágio supervisionado. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 17 Patrícia Rêgo de Oliveira 1.2 Justificativas e relevância A escolha do tema para elaboração do presente trabalho se deu a partir do ramo da construção civil no qual estive atuando no período compreendido pelo estágio supervisionado. Ressalta-se que a afinidade que desenvolvi com esse tema neste mesmo período, contribuiu positivamente para o amadurecimento dessa escolha. O Tema “Legalização de Obras” é considerado um tema, que apesar de sua grande importância para as obras de edificações na construção civil, não se constitui ainda não é muito explorado. Isto posto, considera-se relevante esse trabalho de conclusão de curso, na forma de relatório de estágio supervisionado, especialmente porque contribuíra para o acervo de trabalhos científicos produzidos a respeito do presente tema. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 18 Patrícia Rêgo de Oliveira 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Zoneamento urbano De acordo com o Art. 165 da Subseção I - do Zoneamento de Uso -, da Seção I – Classificação dos usos - do Código de Urbanismo de João Pessoa, as áreas urbanas, de expansão urbana e de interesse urbano deste município, obedecerão a um zoneamento de uso dos terrenos, quadras, lotes, edificações e compartimentos. Ressalta-se, conforme Art. 166, que o zoneamento de uso deste Município adota a classificação de usos do solo, válida para os terrenos, quadras, lotes, edificações e compartimentos (PMJP, 2001). Segundo o Art. 167, Subseção II - Delimitação de Zonas e Setores -, da Seção I - do Zoneamento de Uso -, decidiu-se em zonas as áreas urbanas e de expansão urbana deste município, a fim de disciplinar a distribuição dos usos previstos (PMJP, 2001). Conforme o Art. 167, Subseção II - Delimitação de Zonas e Setores -, da Seção I - do Zoneamento de Uso -, § 1º o termo zona se trata de “uma parcela de território em cujo interior todos os terrenos, quadras, lotes, edificações e compartimentos, em suas áreas e espaços, ficam restritos a usos idênticos ou compatíveis entre si, observadas as prescrições desta lei”. É relevante salientar, que de acordo com o e § 2º deste mesmo artigo, as zonas se diferenciam entre si pelo aproveitamento e ocupação dos lotes, bem como pelos afastamentos mínimos em relação às divisas dos lotes, além da diferenciação de usos (PMJP, 2001). O Art. 168, Subseção II - Delimitação de Zonas e Setores -, da Seção I - do Zoneamento de Uso -, estabelece que as zonas de uso da área urbana e de expansão urbana são as elencadas a seguir, as quais serão identificadas pelas siglas correspondentes (PMJP, 2001): Zona Residencial Extensiva (ZRE 1); Zona Residencial Extensiva (ZRE 2); Zona Residencial Extensiva (ZRE 3); Zona Residencial Intensiva (ZRI 1); Zona Residencial Intensiva (ZRI 2); Zona Comercial de Bairro (ZCB 1); Zona Comercial de Bairro (ZCB 2); Zona Comercial Eixo (ZCE 1); Zona Comercial Eixo (ZCE 2); Zona Comercial Central (ZCC 1); Zona Comercial Central (ZCC 2); Zona Comercial Central (ZCC 3); Zona Comercial Central (ZCC 4); Zona Comercial Central (ZCC 5); Zona Comercial Central (ZCC 6); Zona Comercial de Terminais (ZCT); Zona Turística (ZT); Zona Industrial (ZI 1); Zona Industrial (ZI 2); Zona industrial (ZI 3); Zona Industrial (ZI 4); Zona Industrial (ZI 5); Zona Especial Residencial (ZER); Zona Especial Preservação 1 (ZEP); Zona Especial Preservação 2 (ZEP 2); Zona Especial Preservação 3 (ZEP); Zona Especial Preservação 4 (ZEP); Zona Grandes Equipamentos (ZGE); Zona Comercial Central (ZC). Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 19 Patrícia Rêgo de Oliveira Segundo o Art. 169 e Art. 171, § 1º, § 2º, § 3º, Subseção II - Delimitação de Zonas e Setores -, da Seção I - do Zoneamento de Uso -, a delimitação de cada zona ou Setor é a fixada na planta oficial denominada Planta de Zoneamento de Uso do Solo da Área Urbana e de Expansão Urbana do Município de João Pessoa, cujos limites das zonas são definidos por vias. Na inexistência de vias ou inconveniências de sua utilização para limites, a delimitação poderá ser feita: nos limites de zonas comerciais, desde que definidos por ruas, serão permitidos os usos comerciais no outro lado qualquer que seja sua zona. Ao passo que as zonas axiais são definidas pelas vias correspondentes, às quais pertencem os terrenos que lhe fizerem parte e os lotes que lhe fizerem frente (PMJP, 2001). De acordo com o Art. 172, Subseção II - Delimitação de Zonas e Setores -, da Seção I - do Zoneamento de Uso -, salienta-se que, “nas áreas e terrenos que não tenham, até a entrada em vigor desta lei, plano de arruamento e loteamento aprovado pela Prefeitura, a delimitação precisa de cada zona, deverá obedecer a lei de zoneamento de uso” (PMJP, 2001). No intuito de disciplinar a ocupação da área de interesse urbano, estabeleceu-se no Código de Urbanismo, no Art. 173, da classificação dos usos, Subseção II (Delimitação de Zonas e Setores) da Seção I, dividi-la em setores que serão identificados pelas siglas apresentadas na seqüência (PMJP, 2001): S1 → Setor de interesse turístico-recreacional; S2 → Setor de interesse industrial; S3 → Setor de grandes equipamentos; S4 → Setor de parques de amenização ambiental. Conforme os Art. 174 e 175, da Subseção III – Dos usos Permitidos Tolerados e Proibidos -, da Seção I – Classificação dos usos -, estabelece-se que, para cada uma das zonas definidas nas áreas urbanas e de expansão urbana do Município, usos permitidos – “aqueles relativos a equipamentos que para serem implantados dependem exclusivamente da apresentação do projeto, da expedição da licença de construção ou funcionamento, diretamente pelo órgão competente da Prefeitura –, tolerados – “aqueles que, para serem implantados na área em questão, dependem além do estabelecimento no parágrafo anterior de estudo pelo órgão Municipal competente, das condições de localização, do tipo e do nível de instalação e do relacionamento com os demais usos existentes na zona” e proibidos - “todos aqueles que não podem ser implantados na zona em questão sob quaisquer condições”. Recomenda-se que deverá ser sempre em caráter exclusivo, a utilização da edificação para quaisquer fins. Tolera-se, de forma implícita, alguns usos de prestação de serviços, dentro do uso residencial, desde que exercidos apenas pelos moradores, sem anúncios, vitrines ou qualquer outra indicação de que a habitação está sendo utilizada para outros fins; no que se refere aos usos multifamiliares do tipo Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 20 Patrícia Rêgo de Oliveira R5 e R6 só serão permitidos as atividades,que não demandem em incomodo e barulho para a vizinhança (PMJP, 2001). 2.2 Construção de edificações nos lotes A partir dos Art. 180 e 181, da Subseção I – Lotes próprios para Edificar -, da Seção II – Das Edificações nos Lotes - do Código de Urbanismo de João Pessoa, constata-se que é considerado próprio para edificar o lote que satisfaz os requisitos, quais sejam: fazer frente para via pública ou qualquer logradouro público oficialmente reconhecido; ter forma e dimensões que atendam às exigências mínimas estabelecidas pela Lei 2699/79. No intuito de que o lote possa receber edificação de qualquer finalidade, sua forma dever ser tal que nela possa ser inscrito, em planta, um círculo com raio mínimo de 5,00m (cinco metros). Em zonas comerciais ZCC1 e ZCT o raio mínimo do círculo de que trata poderá ser reduzido para 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) e na Zona Especial Residencial (ZER), para 4m (quatro metros). A forma do lote deverá ser planejada de modo a não apresentar linhas divisórias entre lotes contínuos, formando ângulo inferior a 70º (setenta graus) em relação ao alinhamento. Todavia, caso as duas linhas divisórias de um mesmo lote sejam paralelas, o ângulo que cada uma forma com o alinhamento poderá ser menor que 70º (setenta graus), até 45º (quarenta e cinco graus) a critério do órgão de planejamento. Ressalta-se que os terrenos encravados entre lotes de proprietários diferentes ou lotes com construção preexistente, também são considerados próprios para edificar com as dimensões que tiverem, desde que essas dimensões sejam as constantes nas escrituras públicas e que sejam observadas as determinações da Lei 2699/79 (PMJP, 2001). Os Art. 182 e 183, da Subseção II – Relacionamento entre as Edificações e os lotes -, da Seção II – Das Edificações nos Lotes – essas deverão ocupar área e espaço segundo os fatores condicionantes que se seguem: a) o coeficiente/índice de aproveitamento (IA) do lote definido pela relação entre a soma das áreas de todos os pavimentos da construção nela permissíveis e a área total; b) a taxa de ocupação (TO) do lote definida pela relação entre área de projeção ortogonal do edifício e a área do lote e c) os afastamentos frontal, laterais e de fundos, definidos pelas distâncias de edificação a cada uma das divisas do lote, sendo que o afastamento frontal é medido a partir do alinhamento existente ou projetado. As especificações relativas à taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento e afastamentos mínimos para cada uso em cada zona, são as constantes na Lei Lei 2699/79. Convém ressaltar que conforme Parágrafo único do Art. 184, da Subseção II – Relacionamento entre as Edificações e os lotes -, da Seção II – Das Edificações nos Lotes – “nos casos de lotes com mais de uma frente, existirão tantos afastamentos frontais, quantas forem as Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 21 Patrícia Rêgo de Oliveira frentes do lote para logradouros, sendo os demais afastamentos, laterais, inexistindo afastamento de fundo” (PMJP, 2001). Nos Art. 184, 185, § 1º e 186 da Subseção II – Relacionamento entre as Edificações e os lotes -, da Seção II – Das Edificações nos Lotes – não são computados, para efeito de taxa de ocupação: áreas de construção no subsolo, pergolados, marquises e toldos; para efeito de afastamento: áreas de construção no sub-solo, pergolados e marquises; para efeito do disposto nesse artigo, a construção no subsolo, além da linha que limita o afastamento, a cota da laje de cobertura deverá ser igual ou inferior a cota do meio-fio; para efeito de coeficientes de aproveitamento: as áreas de construção no sub-solo, as áreas de construção no pilotis, as áreas de construção para equipamentos das instalações situadas acima do último pavimento, bem como marquises, toldos e pergolados. Segundo os Art. 187 e 188, da Subseção II – Relacionamento entre as Edificações e os lotes -, da Seção II – Das Edificações nos Lotes – os usos R2 e R3 (casas geminadas ou em série) deverão obedecer às exigências a seguir listadas: todas as unidades domiciliadas devem fazer frente para o logradouro público, não poderão ser desmembradas, entretanto, tolera-se a sua separação por muros divisórios a critério do órgão de planejamento, no uso R3, fica previsto um máximo de 8 (oito) unidades por cada bloco e, no caso de haver mais de um bloco eles deverão estar afastados um do outro pelo menos duas vezes o afastamento lateral, no mínimo 3,00m (três metros). Salienta-se que só serão permitidos os usos R5 e R6, desde que cada unidade residencial possua uma fração ideal do terreno, assegurando a individualidade física do terreno. 2.2.1 Taxa de ocupação (TO) Trata-se da relação entre a área da projeção horizontal da edificação e a área total do terreno (PMJP, 2001). Uma vez que a TO mede apenas a projeção da edificação sobre o terreno, ela não tem ligação direta com o número de pavimentos da edificação. Prova disso é que, se os pavimentos superiores estiverem contidos dentro dos limites do pavimento térreo, o número de pavimentos não fará diferença nenhuma na TO. No entanto, se um ou mais pavimentos tiverem elementos que se projetam para fora, haverá alteração na TO, conforme Figura 2.1 (SABOYA, 2007). Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 22 Patrícia Rêgo de Oliveira Figura 2.1: Representação gráfica genérica de projeção da edificação sobre terreno Fonte: SABOYA, 2007 Saboya (2007) ainda apresenta como padrão de referência para a TO, a fim de se estabelecer uma idéia do que representam taxas de ocupação diferentes, a seguinte imagem (Figura 2.2). Figura 2.2: Parâmetro de referência para a TO Fonte: SABOYA, 2007 Partindo da definição de TO, torna-se possível a dedução da equação aritmética a seguir: AT PE TO [Equação 2.1] Equação 2.1: Cálculo da taxa de ocupação Onde: TO = taxa de ocupação; PE = projeção da edificação; AT = Área do terreno. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 23 Patrícia Rêgo de Oliveira 2.2.2 Índice de aproveitamento (IA) Nada mais é que a relação entre a área total de construção e a área ao terreno no qual está situada a edificação (PMJP, 2001). Para Saboya (2007), o “Índice de Aproveitamento é um número que, multiplicado pela área do lote (terreno), indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em um lote, somando-se as áreas de todos os pavimentos”. Embasando-se nas definições para IA anteriormente apresentadas, torna-se possível deduzir a equação aritmética a seguir: P P NTOIA AT NATTO IA [Equação 2.2] Equação 2.2: Cálculo do índice de aproveitamento Onde: IA = índice de aproveitamento; TO = taxa de ocupação; AT = Área do terreno; NP = número de pavimentos; De modo análogo às definições, pode-se encontrar a quantidade de pavimentos a partir da taxa de ocupação e do índice de aproveitamento, assim sendo, a equação 2.2, passaria a se apresentar: TO IA NP [Equação 2.2a] Equação 2.2a: Cálculo do número de pavimentos a partir da taxa de ocupação e do índice de aproveitamento 2.3 Legalização de obras De acordo com Oliveira (2010a) as leis, os regulamentos, o código de postura e de conservação do meio ambiente, estabelecem diretrizes a respeito da execução de obras,assim como, a prestação de todo e qualquer serviço de engenharia, devido as implicações de ocupação do solo, mudanças do meio ambiente, que estas atividades provocam, buscando estabelecer relações entre os membros da sociedade, sejam eles cidadãos ou instituições, de uma forma responsável e organizada, propiciando proteção dos interesses das partes envolvidas. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 24 Patrícia Rêgo de Oliveira Conforme o Código de Obras de João Pessoa legislação se conceitua como “o pedido de licenciamento feito posteriormente execução total ou parcial de obras, instalações ou explorações de qualquer natureza.” (PMJP, 2001). Acredita-se que todas as obras e serviços de Engenharia, devam ter seus registros adequadamente regularizados junto às instituições que regulamentam a sociedade, uma vez que o direito de uma entidade privada (cidadão e empresas privadas) ou pública (órgão público) que aspire à execução de um empreendimento é garantido, desde que, se submeta à regulamentação de órgãos, como: CREA, PMJP e SUDEMA, ainda que a mesma venha a adjudicar à sua execução a terceiros para sua execução (OLIVEIRA, 2010a). 2.3.1 Os Órgãos 2.3.1.1 PMJP A Prefeitura Municipal de João Pessoa é responsável pela administração de João Pessoa e gerencia várias secretarias, órgãos e coordenadorias. Ela é composta pelas seguintes secretarias, quais sejam: Secretaria de Administração (SEAD), Secretaria de Comunicação Social, Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), Secretaria de Gestão Governamental e Articulação Política (SEGAP), Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDURB), Secretaria de Educação e Cultura, Secretaria de Finanças, Secretaria do Trabalho, Produção e Renda, Secretaria de Habitação Social (SEMHAB), Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA), Secretaria da Juventude, Esporte e Recreação, Secretaria do Meio Ambiente (SEMAM), Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, Secretaria de Planejamento (SEPLAN), Secretaria da Receita Municipal, Secretaria de Transparência Pública (SETRANSP), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria de Turismo e Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECITEC). Os órgãos que compõe a Prefeitura Municipal de João Pessoa são: Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana, Fundação Cultural de João Pessoa, PROCON, Procuradoria Geral, Instituto de Previdência do Município, Superintendência de Mobilidade Urbana, Estação Cabo Branco e TV Cidade João Pessoa. A PMJP é composta ainda pelas coordenadorias: de Patrimônio Cultura de João Pessoa e Municipal de Defesa Civil. Ressalta-se que no presente trabalho só será explanado a respeito das Secretarias e Órgãos que se constituírem relevantes para o mesmo. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 25 Patrícia Rêgo de Oliveira 2.3.1.2 CREA-PB O CREA-PB (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba) é um Conselho de fiscalização do exercício profissional das áreas de engenharia e agronomia, cujo objetivo é orientar o fluxograma da fiscalização e a função é registrar em seus arquivos as obras ou serviços, cargos ou funções, visando o cadastramento do acervo técnico e a caracterização da responsabilidade técnica específica da atuação profissional em obras ou serviços da Engenharia e Agronomia. Sua estrutura principal é constituída por três divisões em sua estrutura: Básica, de Suporte e Auxiliar (OLIVEIRA, 2010a e SALERNO, 2010). Conforme Oliveira (2010a) todo e qualquer contrato de obra ou serviço, escrito ou verbal, deve ser por legislação própria, regulamentado e abrigado pela Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) - que é um formulário em que são anotados dados gerais e específicos da atividade profissional exercida – a qual será necessária para regularização da obra em diversos órgãos, que regulamentam a sociedade. Salienta-se que o CREA se encontra sob supervisão do CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), que foi criado em 1933 e conta hoje em seu sistema (compartilhado com os CREA dos Estados) com 900 mil profissionais cadastrados em todo o Brasil (SALERNO, 2010). 2.3.1.3 Corpo de Bombeiros (CB) O Corpo de Bombeiros do Estado da Paraíba é uma instituição ligada a Polícia Militar, que tem a finalidade de assistir a população nos casos de incêndio, salvamentos e outros (OLIVEIRA, 2010a). Desde sua instituição em 1917, o Corpo de Bombeiros procurou sempre prestar um serviço de qualidade para a sociedade paraibana, mesmo diante dos percalços, visando cumprir, de forma satisfatória, sua missão que é “VIDAS ALHEIAS E RIQUEZAS SALVAR”, justificando plenamente o seu lema “VIDA POR VIDAS”. Nos dias atuais o Corpo de Bombeiros conta com o auxílio de uma dotação financeira instituída por força da Lei nº. 6.987 de 06 de julho de 2001, recolhida anualmente, em virtude do pagamento do emplacamento ou renovação da licença anual de seu carro no DETRAN, realizado pelos proprietários de veículos automotivos do Estado da Paraíba. Verba essa usada para a compra de veículos e equipamentos para o próprio Corpo de Bombeiros, como também para outras atividades de interesse da própria corporação (CORPO DE BOMBEIROS, 2012). O Corpo de Bombeiros é responsável pela expedição dos seguintes documentos a seguir listados: o carimbo de aprovação do Projeto de Incêndio dado nas cópias do Projeto Arquitetônico a Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 26 Patrícia Rêgo de Oliveira serem apresentados na SEDMA da PMJP, necessário para se obter o Alvará de Construção e o Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros, solicitado após a finalização da obra, necessário na obtenção da Carta de Habite-se junto a SEDMA da PMJP (OLIVEIRA, 2010a). 2.3.1.4 SUDEMA A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), órgão ambiental do Estado da Paraíba subordinado à Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, criada no ano de 1978, através da Lei nº 4.033 é responsável pela execução da política de proteção e preservação de meio ambiente do estado da Paraíba (SUDEMA, 2012). É pertinente ressaltar que a SUDEMA está sujeita às determinações do Conselho de Proteção Ambiental (COPAM), um colegiado em gestão ambiental que atua na aprovação de normas, deliberações, diretrizes e regulamentos, criado em 16 de dezembro de 1981, através da Lei nº 4.335. Esse órgão é responsável por expedir as Licenças Ambientais próprias para edificações: Prévia (LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO). 2.3.1.5 CAGEPA A Companhia e Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA), criada em 1966, é responsável pela distribuição de água potável para 181 municípios de 22 localidades e pela coleta de esgotos de 22 municípios paraibanos. O atendimento nos municípios é feito através das Gerências Regionais espalhadas pelo Estado, quais sejam: Litoral, com sede em João Pessoa; Brejo, com sede em Guarabira; Borborema, cuja sede se encontra em Campina Grande; Espinharas, em Patos; Rio do Peixe, com se de em Sousa, e Alto Piranhas, em Cajazeiras. (OLIVEIRA, 2010a e CAGEPA, 2012). Além das funções anteriormente listadas, à CAGEPA também foi delegada a emissão de documentos necessários para obtenção da Licença Ambiental Prévia (LP): declarações de existência e a viabilidade do atendimento com rede de distribuição de água potável e rede coletora de esgotos. 2.3.1.6 INSS Autarquia do Governo Federal, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o responsável por arrecadar as contribuições para a manutenção doRegime Geral da Previdência social e pelo pagamento da aposentadoria, pensão por morte, auxílio doença, auxílio acidente, e outros benefícios previstos em lei. Esse órgão forma uma parceria com a Dataprev - empresa de tecnologia encarregada Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 27 Patrícia Rêgo de Oliveira de fazer o processamento de todos os dados da previdência – e está subordinado ao Ministério da Previdência Social. Salienta-se que o INSS é responsável pela expedição do (a): CEI (Cadastro Específico do INSS) – necessário para solicitação do Alvará de construção - e CND (Certidão Negativa de Débitos) – necessário à obtenção da carta de habite-se (OLIVEIRA, 2010a e LUCENA, 2009). Ressalta-se que, para que haja o pagamento dos benefícios do trabalhador, recolhe-se uma contribuição mensal da remuneração do trabalhador. Pode-se caracterizá-lo como o caixa da Previdência Social (OLIVEIRA, 2010a). 2.3.2 Procedimentos para legalização de obras junto aos órgãos públicos de João Pessoa 2.3.2.1 Alvará de remembramento, desmembramento e/ou remanejamento Conforme mostra o site da SEPLAN (PMJP, 2012a), para se emitir alvarás de remembramento, desmembramento e/ou remanejamento são necessários os seguintes documentos: Cópia da escritura pública com registro imobiliário/certidão de registro imobiliário atualizada, na qual devem constar: os dados do proprietário e as dimensões do lote, devendo a mesma estar registrada em cartório. Caso as dimensões sejam menores do que as que constarem na escritura, haverá aceitação. Contudo, sendo as dimensões maiores só haverá aceitação após ser tirada a certidão de limites, alinhamento e confrontações e mediante averbamento das novas medições em cartório. Essas certidões terão prazo de validade de 60 dias, na abertura do processo. Documento de identificação do proprietário. A assinatura no documento deverá ser igual a das outras documentações. No caso de haver procurações, observar a data de vigência das mesmas e solicitar documento de identidade do procurador (a). Sendo o proprietário pessoa jurídica, deve-se apresentar contrato social da empresa e documento de identidade do sócio que for assinar a documentação. Caso haja mais de um proprietário, deve-se indicar o nome de um seguido do nome outros e a procuração deve ser assinada por todos os sócios. Quantidade mínima de 04 (quatro) cópias do projeto. Havendo construções no lote, no caso de desmembramento, deve-se locá-las e cotá-las no projeto. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 28 Patrícia Rêgo de Oliveira 2.3.2.2 Alvará de demolição De acordo com o site da SEPLAN (PMJP, 2012a), para se emitir alvará de demolição é preciso levantar a seguinte documentação: Cópia da escritura pública com registro imobiliário ou certidão de registro imobiliário atualizada. Essas, somente serão aceitas com validade de 60 dias na abertura do processo. Documento de identificação do proprietário, com mesma assinatura das outras documentações. Observar a data de vigência das procurações e solicitar documento de identidade do procurador (a), em caso afirmativo. Sendo o proprietário pessoa jurídica, apresentar contrato social da empresa e documento de identidade do sócio que for assinar a documentação. Para o caso de haver mais de um proprietário, deve-se indicar o nome de um seguido do nome outros, com suas respectivas assinaturas, se não houver procuração. Autorização do proprietário com reconhecimento de firma, para emissão do Alvará de Demolição. Havendo mais de um proprietário, deve-se apresentar a autorização de todos ou uma procuração para que um deles possa solicitar. Termo de responsabilidade com reconhecimento de firma, para casos em que a construção esteja colada em algum dos recuos. 2.3.2.3 Certidão de alinhamento / dimensões / limites e confrontações A emissão das certidões de alinhamento, dimensões, bem como a de limites e confrontações apenas se dará mediante apresentação de documentação a seguir, conforme SEPLAN (PMJP, 2012a): Cópia da escritura pública com registro imobiliário ou certidão de registro imobiliário atualizada, munida dos dados do proprietário e das dimensões do lote, além de estar registrada em cartório. Certidões somente serão aceitas com validade de 60 dias na abertura do processo. Documento de identificação do proprietário. Observar a data de vigência das procurações, em caso de haverem e solicitar documento de identidade do procurador (a). Sendo o proprietário pessoa jurídica, torna-se Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 29 Patrícia Rêgo de Oliveira necessário apresentar contrato social da empresa e documento de identidade do sócio que for assinar a documentação. 2.3.2.4 Processos de pré-análise Ainda segundo o site da SEPLAN (PMJP, 2012a), para se emitir os processos de pré-análise é preciso de: Cópia da escritura com registro imobiliário. 02 (duas) cópias do projeto de arquitetura assinada pelo responsável técnico, no mínimo. Levantamento topográfico com as devidas angulações do terreno para os usos: R5, R6, CP e SP. 2.3.2.5 Certidão de uso e ocupação do solo Para se obter a certidão de uso e ocupação do solo, faz-se necessária a seguinte documentação (PMJP, 2012a): Cópia da escritura pública com registro imobiliário/certidão atualizada de registro imobiliário, na qual devem constar: os dados do proprietário, as dimensões do lote e deve ser registrada em cartório. Seu prazo e validade não poderá ser superior a 60 dias na abertura do processo. Formulários específicos (fornecidos pela PMJP) com assinatura do requerente e/ou proprietário (Anexo A). 2.3.2.6 Licença Ambiental Para se entender o que é licença ambiental, constitui-se relevante apresentar o conceito de licenciamento ambiental encontrado na resolução 237/97 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 1997): Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 30 Patrícia Rêgo de Oliveira Segundo o Artº 53 do CÓDIGO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, lei complementar 29/2002, licença ambiental (BRASIL, 2002): [...] ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou que possam causar degradação e modificação ambiental. Existe um tipo específico de licença para cada etapa desenvolvida para fazer funcionar um empreendimento ou atividade. A SEMAM (Secretaria do Meio Ambiente) é o órgão municipal responsável pela expedição dos seguintes tipos de licença, quais sejam: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO) e Licença Simplificada (LS) (PMJP, 2012b). É importante salientar que os tipos de licença elencados anteriormente seguem uma lógica sequencial e podem ser expedidas isoladas ou sucessivamente.Todavia, o empreendedor deverá obter outras autorizações ambientais junto aos órgãos competentes, dependendo do caráter do empreendimento e dos recursos ambientais utilizados. Conforme a Lei 6938 (BRASIL, 1981), Art. 10: “a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental”. Segundo a PMJP (2012b), os próximos pontos sequenciados se constituem como os principais aspectos a serem analisados e controlados pelas atividades/empreendimentos, quando da solicitação da licença ambiental: Resíduos Sólidos: deverão ser acondicionados e armazenados adequadamente, de acordo com a legislação vigente e destinados para locais autorizados pela EMLUR (Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana). Como exemplo desse tipo de resíduos tem-se: pneus usados; recicláveis, entulho de construção, entre outros. Resíduos Líquidos: são provenientes das atividades licenciáveis, descartados no meio ambiente, tais como: óleo lubrificante usado e águas servidas, entre outros. Resíduos Gasosos: são resíduos que devem ser controlados através da utilização de procedimentos ou de equipamentos que minimizem a emissão de poluentes para a atmosfera, a exemplo de: poeira e substâncias voláteis provenientes de produtos químicos, entre outros. Ruídos: são provocados pelos sons emitidos nos canteiros de obras, indústrias, trânsito, equipamento produtor e amplificador sonoro, entre outros, os quais devem ser emitidos de Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 31 Patrícia Rêgo de Oliveira acordo com os padrões estabelecidos no Decreto 4.793 de 21/04/2003 e na NBR 10.151 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Quando necessário, implantar projeto de tratamento acústico, visto que a exposição a níveis excessivos de ruídos atua negativamente no sistema auditivo humano, podendo ocasionar distúrbios, alterações comportamentais e orgânicas nos indivíduos. Odores: os odores desagradáveis provenientes de atividades de determinados estabelecimentos, como: frigoríficos, abatedouros, restaurantes e similares, devem ser minimizados através da manutenção da higiene no ambiente ou da instalação e operação de equipamentos de controle de poluentes, tais como filtros. A licença ambiental apenas será obtida, através do cumprimento das etapas, a seguir elencadas (PMJP, 2012b): O empreendedor deve levar a SEMAM os documentos, projetos e estudos ambientais necessários para abertura do processo de licenciamento, conforme a licença a ser requerida e através da posse dos quais, o requerente receberá o Certificado de que a documentação está adequada para a formulação do processo e estará apto a dar entrada no Protocolo Geral da PMJP (Prefeitura Municipal de João Pessoa); Encaminhamento do processo à Divisão de Análise Ambiental (DIVA) da SEMAM, para emissão do boleto bancário referente aos custos de análise. Essa comunicará ao empreendedor sobre a emissão do boleto, o qual deverá, após o pagamento, juntar uma cópia ao processo. Os documentos, projetos e estudos serão avaliados, encaminhados a vistorias técnicas para emissão do parecer conclusivo. Serão solicitados esclarecimentos e complementações, por meio de ofício, caso haja necessidade. É pertinente destacar que as atividades de maior potencial poluidor serão encaminhadas para apreciação do COMAM (Conselho Municipal de Meio Ambiente). A emissão da licença ambiental se dará logo que o empreendimento/atividade se encontrar em conformidade com os padrões ambientais. Em caso de modificações e/ou implantação de novos equipamentos é preciso se submeter a nova análise para obtenção de outra licença ambiental, uma vez que, após concluir o processo de licenciamento o interessado assume um compromisso junto a SEMAM de operar conforme o projeto aprovado, desta feita, qualquer alteração deverá ser comunicada a SEMAM (PMJP, 2012b). É relevante advertir que toda licença ambiental concedida pode ser cancelada, cassada ou suspensa. Essa poderá ser automaticamente cancelada, desde que haja comprovação de incoerência nas informações apresentadas pelo empresário e do não atendimento das condicionantes técnicas. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 32 Patrícia Rêgo de Oliveira Vale ressalvar que, dependendo da gravidade da situação, a licença poderá ser cassada ou suspensa temporária ou definitivamente, podendo o empreendedor reaver sua licença mediante o atendimento das condicionantes solicitadas pela SEMAM. 2.3.2.7 Licenças para edificações Ainda de acordo como determinações da PMJP (2012c) em casos de edificações, tornam-se necessárias as obtenções das licenças a seguir apresentadas: 2.3.2.7.1 Licença prévia (LP) Configura-se como um tipo de compromisso assumido pelo empreendedor, no qual se compromete a obedecer ao projeto conforme as determinações feitas pelo órgão ambiental, cuja validade não pode ser superior a 02 (dois) anos e não é passível de renovação. Esse tipo de licença é responsável por aprovar a localização e concepção do empreendimento/atividade, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas fases seguintes de sua implementação (PMJP, 2012c). Os seguintes documentos são exigidos no ato da solicitação dessa licença (SUDEMA, 2012): Formulário de requerimento para licença prévia, preenchido e assinado pelo representante legal (Anexo B). Formulário destinado ao cadastramento de empreendimentos preenchido (Anexo B). Cópia do CPF e Identidade do representante legal. Guia de Recolhimento da União (G.R.U.) devidamente quitada. Cópia da Publicação do Requerimento de Licença e do Recebimento no Diário Oficial e em jornal de grande circulação. Certidão de uso e ocupação do solo fornecida pela Prefeitura Municipal. Cópia da Escritura do imóvel ou comprovação de utilização legal da área. Autorização de desmatamento ou limpeza de área. Declaração da CAGEPA, relativa ao sistema de abastecimento d’água e rede de esgotos. No caso da inexistência do item anterior, deverá ser apresentado em planta o local e o tipo de captação d’água, e o anteprojeto do sistema de tratamento de esgotos. Anteprojeto contendo: Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 33 Patrícia Rêgo de Oliveira a) Descrição geral do empreendimento. b) Planta de situação da área, indicando a vegetação, corpos d’água, vias de acesso, povoados e outros. c) Croquis de localização do empreendimento. Concessão de uso da G.R.P.U. (Gerência Regional do Patrimônio da União), caso necessário. 2.3.2.7.2 Licença de instalação (LI) É o tipo de licença para edificações que autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluídas as medidas de controle ambiental e demais condicionantes. Assim sendo, ao conceder a Licença de Instalação, o requerente adquire a autorização para iniciar a implantação do empreendimento/atividade, desde que cumpra as condicionantes apontadas na Licença Prévia. A validade da Licença de Instalação não pode ser superior a 02 (dois) anos, mas essa é passível de renovação (PMJP, 2012c). Para se obter essa licença junto à SUDEMA, precisa-se estar de posse da documentação a seguir, qual seja: Formulário de requerimento para licençade instalação, preenchido e assinado pelo representante legal (Anexo B). Formulário destinado ao cadastramento de empreendimentos preenchido (Anexo B). Cópia do CPF e Identidade do representante legal. Guia de Recolhimento da União (G.R.U.) devidamente quitada. Publicação no diário oficial (DOE) e um jornal de grande circulação do Estado, do Requerimento e do recebimento desta. O modelo de publicação se encontra no Anexo B. Cópia da Licença Prévia, caso o empreendimento não tenha Licença Prévia, deverá apresentar os documentos relativos a ela. Cópia do Alvará de Construção. Declaração da EMLUR referente à viabilidade da coleta pública de resíduos sólidos urbanos. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de acordo com a Resolução CONAMA 307 de 2002 e Lei Municipal Nº 11.176/2007, assinado pelo responsável técnico pela elaboração do Plano. Projeto do empreendimento, contendo: Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 34 Patrícia Rêgo de Oliveira a) Descrição geral do empreendimento. b) 01 (uma) cópia do Projeto de Arquitetura. c) 03 (três) cópias de Projeto do esgotamento sanitário. d) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para projeto arquitetônico e de esgotamento sanitário. e) Memorial de Cálculo do sistema de esgotamento sanitário. f) Teste de Absorção do solo realizado por firma especializada. g) Altura do nível do lençol freático. h) Projeto de abastecimento d’água, caso o local não seja servido de rede de abastecimento. i) Cópia da licença prévia. j) Cronograma de Execução de Atividades. k) Apresentar documento comprobatório do destino final dos resíduos sólidos. 2.3.2.8 Licenças para comércio e serviços 2.3.2.8.1 Licença de operação De acordo com o site da SEPLAN, para se obter a licença de operação, faz-se necessária a listagem de documentação que se segue. Vale ressaltar que a complementação de documentação, dar-se-á de acordo com a necessidade de cada empreendimento (PMJP, 2012d): Requerimento e cadastro devidamente preenchido. Escritura do imóvel ou comprovação legal de utilização de área. Cópia do último recibo de água. Certidão da Prefeitura municipal local, certificando que o local e o tipo do empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo. Memorial descritivo das atividades exercidas. Planta de situação e planta baixa do empreendimento. Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros. Cópia da publicação em diário oficial ou em jornal de grande circulação, do requerimento. Cópia dos documentos pessoais do empreendedor ou procuração legal do mesmo. Guia de recolhimento devidamente quitada. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 35 Patrícia Rêgo de Oliveira 2.3.2.9 Alvará de construção/ampliação/reforma/regularização O alvará de construção pode ser entendido como a permissão obtida por uma pessoa física ou jurídica para se iniciar a construção de uma edificação. Conforme mostra o site da SEPLAN (PMJP, 2012a), para obtenção de alvarás de construção, ampliação, reforma e regularização, necessita-se da seguinte documentação: Cópia da escritura pública com registro imobiliário/certidão de registro imobiliário atualizada, a qual deve: apresentar os dados do proprietário e as dimensões do lote e ser registrada em cartório. Caso as dimensões que constarem sejam menores do que as que constarem na escritura, haverá aceitação. Caso sejam maiores, apenas haverá aceitação, mediante retificação medições em cartório. Essas certidões terão prazo de validade de 60 dias, na abertura do processo. No caso de haver contrato de compra e venda, sua aceitação se dará desde que o imóvel ainda não esteja quitado e, o mesmo, deverá estar registrado em cartório e, nesse caso, deve ser apresentada uma autorização do vendedor para construção do imóvel. Mínimo de 04 cópias do projeto arquitetônico. Carimbo do Corpo Bombeiros. Exceto para os usos residenciais unifamiliar (R1), multifamiliares R2 e R3, para todos os outros, será exigido o carimbo do Corpo de Bombeiro nas Plantas. Os responsáveis técnicos devem estar cadastrados na PMJP e com ISS em dia na entrada do processo. Caso contrário o sistema bloqueará se houver débito ou profissional não cadastrado. Boletim de Classificação PMJP. Deverá estar preenchido e assinado pelos responsáveis técnicos, conforme ART (Anexo A). Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) fornecida pelo CREA/PB, 2ª VIA Aprovação da vigilância sanitária para as atividades estabelecidas no anexo 1 do decreto n°4691/02. Levantamento topográfico para os usos R8, R5, R6, CP/SP, IR, etc. Documento de identificação do proprietário, cuja assinatura deverá ser a mesma nas outras documentações. No caso de haver procurações, observar a data de vigência das mesmas e solicitar documento de identidade do procurador (a). Sendo o proprietário pessoa jurídica, deve-se apresentar contrato social da empresa e documento de identidade do sócio que for assinar a documentação. Caso haja mais de um proprietário, Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 36 Patrícia Rêgo de Oliveira deve-se indicar o nome de um seguido do nome outros e a procuração deve ser assinada por todos os sócios. Para construções acima de 1.000,00m² deverá estar indicado no projeto, local para obra de arte. Para regularização de construção com aberturas para vizinhos, cujos recuos sejam inferiores a norma, percentuais e altura colada além do permitido, deve-se ter autorização dos vizinhos. 2.3.2.10 Licença de habitação (Habite-se) A Carta de Habite-se nada mais é do que a documentação expedida após a finalização da obra, com a qual se registra o imóvel no cartório. Conforme encontrado no site da SEPLAN (PMJP, 2012a), para obtenção da carta de habitação, mais conhecida como Habite-se, precisa-se apresentar os seguintes documentos no ato da solicitação: Cópia do Alvará de Construção. Documento de identificação do proprietário, cuja assinatura deverá ser a mesma apresentada nas outras documentações. No caso de haver procurações, deve-se observar a data de vigência das mesmas e solicitar documento de identidade do procurador (a). Sendo o proprietário for pessoa jurídica, apresentar contrato social da empresa e documento de identidade do sócio que responsável pela assinatura da documentação. Havendo mais de um proprietário, precisa-se indicar o nome de um seguido do nome outros e de suas respectivas assinaturas, caso não haja procuração. Certificado do Corpo de Bombeiros, exceto para usos unifamiliar (R1) e multifamiliares: R2 e R3. Declaração da FUNJOPE, caso pretenda-se construir: edificações multifamiliares, centros comerciais e serviços com área de construção acima de 1.000,00m². NB 140 e CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO, para o caso de construções multifamiliares e centros comerciais e serviços. CREF (Certificado de Regularidade Fiscal), emitido pela secretaria de finanças do Estado da Paraíba. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 37 Patrícia Rêgo de Oliveira 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Os dados gerais referentes à estagiária, bem como ao estágio supervisionado, compreendido do período de 04 de maio 2012 a 04 de outubro de 2012, serão a seguir topificados: NOME COMPLETO: Patrícia Rêgo de Oliveira. FUNÇÃO: Estagiária. FORMAÇÃO PROFISSIONAL: Engenharia Civil, Tecnologiaem Design de Interiores e Tecnologia em Construção de Edifícios. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 04 de maio de 2012 a 04 de outubro de 2012. TOTAL DE DIAS: 105. TOTAL DE HORAS: 420. NOME DA EMPRESA: CASA FORTE ENGENHARIA LTDA. NOME DA SUPERVISORA: Helene Ramalho de Farias. Ressalta-se que todas as atividades desenvolvidas durante o estágio serão elencadas a seguir. Todavia, optar-se-á pela descrição das que se constituíram mais relevantes, no subtópico a seguir. Entrada em processo de solicitação de remembramento dos lotes de Mandacaru. Elaboração de plantas para remembramento de lotes de Mandacaru. Projeto arquitetônico de galpão para os lotes remembrados, em Mandacaru. Projeto arquitetônico de edificação multifamiliar, uso R8 para terreno do Bessa. Levantamento físico em edifício residencial e produção de desenhos no software AUTOCAD. Entrada em processo para solicitação de Certidões de Uso e Ocupação do Solo para galpão em Mandacaru e para edifício residencial multifamiliar do Bessa. Entrada no processo de solicitação de Declaração da EMLUR, informando sobre a viabilidade da coleta pública de resíduos sólidos urbanos. Entrada em processo para solicitação de Licença Ambiental Prévia (LP) na SUDEMA Entrada em processo para solicitação de Licença Ambiental de Instalação (LI) na SUDEMA. Levantamento de documentação e entrada nos processos de solicitação de Alvarás de Construção para galpão em Mandacaru e para edifício multifamiliar no Bessa. Levantamento físico de edifício residencial para elaboração de NB 140. Elaboração de projeto técnico para solicitação de outorga de água. Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 38 Patrícia Rêgo de Oliveira 3.1 Descrição de algumas das atividades desenvolvidas 3.1.1 Lotes de Mandacaru 3.1.1.1 Remembramento de lotes O remembramento de lotes consiste no ajuntamento de dois ou mais lotes então fragmentados. O projeto de remembramento de lotes deve conter três tipos de plantas, quais sejam: planta de situação atual, planta de situação proposta e planta de localização. Os desenhos referentes a esses lotes, encontram-se apresentados no Apêndice A. Procedeu-se da seguinte maneira para realizar o remembramento: 1) Interpretou-se a localização cartográfica, que se trata de um código que identifica cada um dos lotes no banco de dados da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Esse código está presente nos boletos do imposto territorial urbano (ITPU) ou da taxa de coleta de resíduos (TCR). A fim de estabelecer a interpretação de uma localização cartográfica, foram utilizadas as próprias localizações cartográficas referentes aos lotes a serem remembrados: LOCALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA 1: 18.049.037.0000.000; LOCALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA 2: 18.049.047.0000.000; SETOR: 18 (Mandacaru); QUADRA: 049; LOTES: 0037 e 0047. 2) De posse da localização cartográfica do terreno, entrou-se no site da PMJP no link: http://www.joaopessoa.pb.gov.br/jampaemmapas, a fim de gerar o overlay e, abriu-se a seguinte janela inicial (Figura 3.1); Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 39 Patrícia Rêgo de Oliveira Figura 3.1: Janela inicial para gerar overlay Fonte: PMJP, 2012 3) Selecionou-se a quarta aba “Setores”, localizada no canto superior esquerdo da janela inicial, conforme Figura 3.2. Figura 3.2: Janela para seleção da aba “Setores” Fonte: PMJP, 2012 4) Escolheu-se o setor procurado, descrito na localização cartográfica, como pode ser visto na Figura 3.3. Figura 3.3: Escolha do Setor procurado Fonte: PMJP, 2012 Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 40 Patrícia Rêgo de Oliveira 5) Após escolhido o setor, abriu-se outra janela com o mapa detalhado da região onde se encontrava localizado o terreno, no caso a de Mandacaru, composto por quadras, ruas, praças, vegetação e outros (Figura 3.4). Figura 3.4: Mapa detalhado de Mandacaru Fonte: PMJP, 2012 6) Navegou-se pelo mapa, buscando-se as quadra e os lotes desejados, utilizando-se as ferramentas de “zoom”. Todavia, existe outra forma de procurar: aciona-se o “+” do submenu “Quadras setor 1” da aba “Temas” e abre-se a pasta “opções”; novamente aciona-se o “+” da pasta “opções” e abre-se a subpasta “procurar”, conforme Figura 3.5. Figura 3.5: Janela do Menu Propriedades Fonte: PMJP, 2012 Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 41 Patrícia Rêgo de Oliveira Seleciona-se a opção “procurar”, digita-se o número da quadra e aparece uma janela como a Figura 3.6. Essa opção é mais rápida, uma vez que se vai direto à quadra selecionada, bastando-se apenas melhorar o posicionamento do lote. Figura 3.6: Janela para procurar a quadra desejada (a) e (b) (a) (b) Fonte: PMJP, 2012 Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 42 Patrícia Rêgo de Oliveira 7) Realizados todos os procedimentos anteriores, preparou-se o mapa para impressão, selecionando-se o ícone da impressora, na barra de ferramentas da esquerda, salvando-o através de algum dos quatro formatos a seguir, conforme Figura 3.7. Figura 3.7: Janela para gerar impressão do mapa Fonte: PMJP, 2012 8.1) Na Figura 3.8, mostra-se o mapa gerado; Figura 3.8: Overlay gerado para os lotes 0037 e 0047 da Quadra 049 de Mandacaru Fonte: arquivos da CASA FORTE ENGENHARIA LTDA Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 43 Patrícia Rêgo de Oliveira Esse mapa gerado, juntamente com o “Mapa de Uso e Ocupação do Solo da Cidade de João Pessoa” e o “Mapa de João Pessoa”, auxiliaram na localização dos lotes, no arquivo em AUTOCAD com as articulações da cidade, encontradas no mesmo site da PMJP. 8) Acessou-se o link: http://geo.joaopessoa.pb.gov.br/digeoc/htmls/cad.html, também no site da PMJP e se escolheu a articulação desejada. 9) Selecionou-se e copiou-se a parte do mapa de articulações, com suas: quadras, lotes, ruas, praças, linhas férreas, entre outras, na qual se encontra o lote procurado, no intuito de criar as plantas a serem inseridas no desenho. 10) Formatou-se a planta de situação atual. Nela, deve-se identificar as ruas nos seus quatro lados; devem estar identificadas, além da quadra procurada, as quadras circunvizinhas; apenas os lotes da quadra em questão devem estar enumerados e somente os lotes a serem remembrados devem estar cotados e ter seus limites salientados. A escala dessa planta deve ser superior a da planta de localização: 1/1000, 1/1500 (Figura 3.9). Figura 3.9: Planta de situação atual Fonte: arquivos da CASA FORTE ENGENHARIA LTDA 11) Formatou-se a planta de situação proposta. Nessa planta, assim como na planta de situação atual, devem estar identificadas: as ruas que a circundam, a quadra procurada e as quadras circunvizinhas; apenas os lotes da quadra em questão devem estar enumerados e somente os lotes a serem remembrados devem se encontrar unidos e hachurados, com seus limites salientados. Deve-se cotar, tanto as ruas quanto os lotes Defendido em: 12 de novembro de 2012 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 44 Patrícia Rêgo de Oliveira remembrados. Essa planta se apresenta nas mesmas escalas que a anterior: 1/1000 e 1/1500 (Figura 3.10). Figura 3.10: Planta de situação proposta Fonte: arquivos da CASA FORTE ENGENHARIA LTDA
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