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Gestão Estratégica da Informação a1

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WEBAULA 1
Unidade 1 – Gestão da Informação e do Conhecimento Aplicadas na Gestão em Logística e Cadeia de Suprimentos
INTRODUÇÃO
Considerando que hoje a tecnologia está presente em todas as áreas. Diante desta tecnologia, as organizações tendem a ficar cercadas de informação e se torna mais acessível por meio delas. As décadas de 1990 e 2000 podem ser descritas como “era dos dados”, ou seja, período no qual as empresas podem compilar os dados sobre qualquer atividade, porém, estes dados raramente são transformados em informação e conhecimento.
Desta forma, seria útil tentar compreender os motivos na qual nossa sociedade foca-se mais à tecnologia do que à informação propriamente dita. No campo da Tecnologia de Informação (TI) elas foram mais estimuladas pelo progresso rápido da informática, das comunicações e dos softwares, o que nos faz questionar “o que devemos fazer com toda essa evolução da informática e telecomunicação?”.
Uma vez que a tecnologia não é a chave da informação, qual seria então o segredo? Nota-se que a maioria dos gestores ainda não compreendem a natureza da relação entre pessoas e informação, não conseguem determinar qual o tipo de informação é necessário para atender as varias pessoas dentro de uma organização, ou como conseguir que diferentes colaboradores cheguem a um consenso no que diz respeito ao significado de uma informação, ou até mesmo conseguir definir o que motiva um colaborador a compartilhar informações.
Talvez, o grande motivo pelo qual as empresas não administram efetivamente a informação seja a falta da percepção do que poderia ser feito se as utilizassem, ou seja, os gestores não sabem qual abordagem adotar e quais seriam os benefícios obtidos, visto que geralmente tem pouco conhecimento de exemplos de enfoques na informação e sim muitos com o uso da tecnologia. Porém, se tivessem alguma escolha é provável que optariam pela utilização da informação.
Com uso da gestão do conhecimento por parte das organizações, os administradores responsáveis por sua gestão reconhecem a relevância do fator humano na gestão do conhecimento, mesmo que as empresas tenham se concentrado na tecnologia.
Num ambiente totalmente voltado para a tecnologia, as pessoas encarregadas da gestão da informação estão ligadas à área de tecnologia (programadores, analistas de banco de dados, de redes e de suporte técnico), porém, se esse pessoal técnico representa a maioria da equipe dedicada à informação na organização, pode-se concluir que as informações deixam a desejar, pois se terá uma visão técnica da informação.
A gestão do conhecimento é um fator relevante na gestão organizacional, uma vez que exige uma nova postura com relação aos desafios contemporâneos. Além da permanente demanda pela efetividade (eficiência + eficácia) e da necessidade de competir de forma agressiva no mercado globalizado. 
CONCEITOS BÁSICOS: INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
A informação e o conhecimento capacitam as pessoas para a tomada de decisão sobre futuras ações. As análises realizadas sobre um determinado contexto possibilitam aos profissionais uma decisão mais concisa, que é traduzida em conhecimento, precisão, objetividade e, principalmente, dando agilidade aos tomadores de decisão. Reside na habilidade de coletar, processar e dispor a informação de tal modo a transformá-la em conhecimento que pode ser utilizado para que as metas sejam atingidas.
Antes de aprofundarmos no assunto relativo ao uso da informação e conhecimento (figura 1), é essencial conhecer suas definições e relações:
a)  Dado: são elementos desprovidos de qualquer tratamento lógico ou contextualização, apresentam um estado de realidade e base puras;
b)  Informação: corresponde a uma representação mental do mundo empírico (baseado na experiência e observação), envolve atividades como coleta, classificação e aglutinação de dados, sendo um produto de relações sistemáticas entre fatos, estando inserido em uma rede de relações que lhe confere sentido e utilidade, sumariando dados selecionados e agrupados segundo um critério de um determinado objetivo;
c)  Conhecimento: significa compreender todas as dimensões da realidade, captando e expressando de forma ampla e integral;
d)  Inteligência/Sabedoria: apreensão, compreensão, adaptação e/ou percepção da realidade, suportada por processamento de informação; produtos gerados pela inteligência.
Figura 1 – Hierarquia das Informações
Fonte: Adaptado de Cortês (2008, p. 45).
Os dados são componentes essenciais para gerar informação, a qual é ligada à capacidade de raciocínio das pessoas (conhecimento tácito) e convertida em novos conhecimentos para outras pessoas e organizações.
A transformação de dados em informação é um processo, ou seja, uma sequência de tarefas relacionadas, executadas para atingir um resultado pré-definido.
O processo de definição de relações entre dados necessita de conhecimento. Conhecimento são as regras, diretrizes e procedimentos utilizados na seleção, organização e manipulação dos dados, com o objetivo de torná-los úteis a execução de uma determinada tarefa.
Dados, informações, conhecimento e inteligência/sabedoria são elementos presentes nas organizações, em seus processos, sejam eles de apoio, operacional ou de decisão. Desta maneira conclui-se que os dados, quando organizados, tornam-se informação; as informações, quando analisadas, transformam-se em inteligência. A partir deste modelo, os profissionais da inteligência normalmente executam um processo que seguem as seguintes fases:
Identificar com os responsáveis pelas decisões na empresa as necessidades de inteligência;
Colher informações das diversas fontes necessárias à empresa;
Analisar e organizar as informações;
Disseminar a inteligência entre os responsáveis pelas decisões.
Na prática, o conhecimento é criado apenas pelas pessoas e a elas pertence. Uma organização não pode criar conhecimento sem as pessoas, o que pode fazer é apoiar pessoas criativas e prover contextos para que essas gerem conhecimento. Além da geração e/ou aquisição de conhecimento, é necessário que ele seja armazenado, através da catalogação, transferência e assimilação dos fluxos e conteúdos de conhecimento.
Considera-se base de conhecimento o conjunto de dados, regras, procedimentos e relacionamentos necessários e que devem ser seguidos para agregar valor ou alcançar resultados adequados. Ela é considerada muito valiosa nas organizações, por isso há necessidade de se realizar progressos na arquitetura interna da informação e desenvolver a capacidade de gerenciar os conhecimentos, para estes possam contribuir para expandir as linhas horizontais e verticais de comunicação das organizações.
O conhecimento tem como uma das fontes a própria informação, sendo que Stair e Reynolds (2002, p. 7) afirmam que “[...] o valor da informação está diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a atingirem as metas da organização”.
Tendo como base os conceitos acima, podemos aplicá-los na área de logística e cadeia de suprimentos quando necessitamos fazer o uso destes conhecimento para a montagem de uma cadeia de fornecimentos na qual torna-se necessário termos informações de todos fornecedores de matéria-prima, de serviços, etc...,  no intuito de proporcionar a você, tomador de decisão, meios para fazê-lo de forma eficiente. 
SISTEMA
O’Brien (2004, p. 7) define sistema:
[...] como um grupo de elementos inter-relacionados ou em interação que formam um todo unificado.  Também comenta que “um sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham rumo a uma meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação.
Stair e Reynolds (2006, p. 7) coloca que “sistema é um conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos. Os sistemas possuem entradas, mecanismos de processamento, saídas e feedback”.
Analogicamente, considerando a definição de Rezende (2003, p. 31), pode-se definir uma empresa como “[...] um sistema (todo unitário)que é composta de partes (departamentos) que são interdependentes (visto que cada um tem informações pertinentes a cada departamento), porém que se interagem para formar um todo unitário (que é a empresa)”.
Com base nos conceitos citados acima, pode-se concluir (Figura 2) que um sistema necessita de entradas, ou seja, que dados sejam inseridos para que, posteriormente, possam ser efetuados cálculos, processamento, armazemento e combinação com outros dados, produzindo saídas de acordo com as regras pré-estabelecidas.
Fonte: do autor
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Sistemas de informação é o processo no qual pode-se interagir todos os elementos que compõem o sistema, no caso de uma organização, todos seus departamentos.
Stair e Reynolds (2006, p. 12) conceitua:
Sistema de informação é um conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam (processo) e disseminam (saída) dados e informações e oferecem um mecanismo de realimentação para atingir um objetivo.
Já O’Brien (2004, p. 6) diz que sistema de informação “[...] é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”.
Para Laudon e Laudon (2001, p. 4) define sistema de informação “[...] como um conjunto de componentes inter-relacionados que completa (ou recupera), processa, armazena e distribui informações para dar suporte à tomada de decisão e ao controle da organização”.
Para Turban, Rainer e Potter (2005, p. 40), sistema de informação “[...] é um processo que coleta, processa, armazena, analisa e dissemina informações para a finalidade específica; a maior parte dos sistemas de informação é computadorizada”.
 
O VALOR DA INFORMAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES
Administrar de forma adequada os recursos e os fluxos de informação em uma organização é essencial para qualquer empresa. Sendo assim a informação e o conhecimento representam um patrimônio cada vez mais valioso, pois são necessários para que se possa prever, compreender e responder às mudanças ambientais (interno e externo) a qual as estão sujeitas as organizações a fim de se manter em uma posição favorável no mercado.
Assim sendo, para atingir os objetivos propostos, as organizações necessitam ter seus processos decisórios e operacionais mantidos por informações de qualidade adaptada as necessidades do negocio. Ao usar os termos negocio, produto, clientes, mercados referimo-nos à empresas que se preocupam na manutenção de vantagem competitiva, seja a empresa com fins lucrativos ou não.
É notório observar que a informação de qualidade tem um valor significativo para as organizações, pois podem ser aplicadas como:
Fator de apoio → decisão à reduz a incerteza na tomada de decisão, permitindo escolhas com menor risco e custo e no momento adequado.
Fator de produção → é um importante elemento para se criar ou introduzir-se em um novo mercado de maior valor adicionado.
Fator de sinergia →condiciona-se a ligação e relações entre as  unidades organizacionais, onde ocorre o fluxo de ideias e informações.
Fator comportamental → exerce a influência sobre o comportamento das pessoas e dos grupos dentro e fora da organização.
Segundo McGee e Prusak (apud BEAL, 2004, p. 22-28) colocam a informação como uma classe particular entre os ativos patrimoniais de uma organização e ao analisar a informação como um ativo organizacional definem as 7 (sete) leis que definem o comportamento da informação como um bem econômico:
A informação é infinitamente compartilhável;
O valor da informação aumenta com o seu uso;
A informação é perecível;
O valor da informação aumenta com a precisão;
O valor da informação aumenta quando a informação é integrada (dentro da organização)
Mais informação não é obrigatoriamente melhor;
A informação se multiplica
Também torna-se necessário analisar o fluxo da informação dentro da organização conforme a figura 3. Nesta representação a atividade de identificação das necessidades age como um elemento que dispara todo o processo, estabelecendo um ciclo continuo de obtenção, tratamento, armazenamento, distribuição e uso para alimentar os processos decisórios/operacionais da organização.
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ESTRATÉGIA E INFORMAÇAO
Gestão da Informação
De acordo com Carvalho (2012, p. 90):
[...] a quantidade avassaladora de informações disponível é um desafio a ser enfrentado pela gestão da informação, que deve adquirir, armazenar, processar e disponibilizar dados e informações a quem deles precisar.
O objetivo da gestão da informação é garantir que as informações cheguem às pessoas que delas necessitam para tomar decisões, consistindo nas atividades de busca, identificação, classificação, processamento, armazenamento e disseminação de informações, estejam elas em formatos de documentos físicos ou digitais.
Suas atividades resumem-se em:
Coleta/Busca – busca de informações de qualidade e de fontes confiáveis;
Identificação – identificar as informações relevantes que satisfaçam aos quesitos de sua consulta;
Classificação – classificar informações de acordo com a sua similaridade no que tange às suas características e propriedades identificadas, auxiliando o tratamento e processamento da informação;
Processamento – adequar a informação definindo o melhor formato, no intuito de facilitar o seu uso e compreensão;
Armazenamento - guardar as informações em uma forma adequada para facilitar o seu rápido acesso;
Disseminação – É ato de distribuir a informação correta à pessoa certa e no momento certo para que o tomador possa fazer o uso efetivo da informação.
Segundo Carvalho (2012), independentemente do tamanho ou finalidade de qualquer organização, estabelecendo-se uma rede de dados, informação e conhecimento, os fios desta rede indicam o meio onde esses dados, informações e conhecimento caminham e os nós desta rede determinam os pontos que recebem, transmitem e/ou processam os dados, informações e conhecimentos.
Carvalho (2012, p. 91) comenta:
[...] o que de fato devermos esperar de uma boa gestão da informação é que ela permita às pessoas encontrarem os dados, as informações e/ou os conhecimentos de forma mais fácil e ágil possível. Em geral, isto ocorre por meio da construção de caminhos de acesso para melhorar o fluxo e o armazenamento de dados, informações e conhecimentos e a capacitação das pessoas para utilizarem de forma eficaz tais caminhos e a rede de informações como um todo.
 
GESTÃO DO CONHECIMENTO (GC)
A Gestão do Conhecimento (Knowledge Management) vem se disseminando cada vez mais nas organizações, exigindo delas uma nova postura dos modelos tradicionais, agora demandando por eficiência, eficácia e efetividade das organizações que desejam ser competitivas no mercado globalizado.
Desta forma, a Gestão do Conhecimento “surge em uma variedade de magnitudes, formatos e conteúdos; é eminentemente justo afirmar que uma única magnitude não basta para tudo o que ela representa” (MILLER, 2002, p. 183), pois ela também é considerada uma estratégia empresarial, que busca a utilização do conhecimento como vantagem competitiva. A Gestão do Conhecimento trafega por meio de pessoas, tecnologias ou processos, integrando desde a criação até a disseminação do conhecimento, por meio de mapeamento de processos, treinamento, comunicação organizacional, informações de suporte à decisão, Internet e Intranet.
Por isso é importante o estudo do conhecimento, pois pode conduzir à geração de subsídios que permitam criar uma nova organização, na qual se observem ações autônomas de mudanças, sendo que, ao serem inseridos na empresa, agregam valores inatingíveis de conhecimento, a qual não pertence à organização, mas aos indivíduos que a compõe, pois estes interpretam a realidade segundo experiências, conceitos e valores convencionados, internalizadosdurante o processo de socialização ocorrido dentro e fora da própria organização, sendo que ao se desligarem da empresa, tal conhecimento é levado junto a estes. Mesmo que permaneçam tempo significativo na empresa, poucos se beneficiam de sua ideia, a organização é um mecanismo de produção e reprodução de conhecimento.
Na transferência do conhecimento de uma pessoa para outra, o proprietário original não o está cedendo, mas sim compartilhando, pois este ao usar o conhecimento rotineiramente, acrescenta-lhe valor e conduz à produção de mais conhecimento; conhecimento compartilhado representa uma vantagem competitiva para o proprietário original.
O conhecimento existente na organização pode ser usado para criar vantagem diferencial, promovendo uma maior competitividade, sendo que cada indivíduo que deixa uma empresa leva consigo parte do conhecimento empresarial, cada indivíduo que entra deve possuir algum tipo de conhecimento que possa vir a ser útil, no entanto, não há como armazenar fisicamente todos os conhecimentos de todas as pessoas da empresa.
Probst, Steffen e Romhardt (2002) relatam que muitas empresas percebem a complexidade crescente do ambiente de conhecimento como uma ameaça. Contudo, existem muitas maneiras a partir das quais desenvolvimentos dinâmicos em conhecimento podem gerar novas oportunidades para competir. As empresas inovadoras estão descobrindo que podem aumentar o valor de produtos que têm funções básicas relativamente simples, tornando-os mais intensivos em conhecimento. Isso pode significar capacitar um produto a se adaptar a condições de mudanças, ou a coletar e armazenar informações e aplicá-las em benefício do usuário.
Dentro da Gestão do Conhecimento podem ser aplicados vários termos: conhecimento, competência, capital intelectual, capacitação inovadora, criatividade, inteligência, inteligência corporativa, tecnologia, ativos intangíveis etc.; termos diferentemente usados para representar o mesmo assunto.
Sveiby (1998) buscou definir os recursos de conhecimentos existentes em uma organização e os agrupou em três tipos:
a) recursos da estrutura externa: conhecimento que pode ser adquirido fora da organização. Geralmente obtidos nos relacionamentos com clientes, fornecedores, bancos e outras instituições externas, bem como por meio da própria imagem da organização perante a sociedade;
b) recursos da estrutura interna: inclui patentes, marcas registradas, conceitos, modelos, padrões e procedimentos, processos, programa de computadores e sistemas de gerenciamento que são parte da empresa. Toda a cultura da empresa também tem muita influência;
c) competência das pessoas: voltado para a capacidade de ação e decisão que os profissionais tem, bem como as habilidades que lhe são necessárias. Isso tem uma relação muito grande com o próprio perfil do indivíduo, com o grau de educação alcançado e com a experiência profissional acumulada, envolvendo educação, habilidades, experiência, atitudes e energia.
Para a Gestão do Conhecimento, o foco do processo de decisão normalmente determina os objetivos do processo de inteligência. A inteligência estratégica põe em relevo seu relacionamento com a tomada de decisões estratégicas e com a comercialização e/ou desenvolvimento dos produtos. E se a decisão está sustentada pelo conhecimento, é preciso dar atenção ao melhor armazenamento, uso e compartilhamento desse conhecimento, tendo a tecnologia da informação um papel de destaque, pois dá sustentação a cada passo do processo de informação: identificando os responsáveis pelas principais decisões e suas necessidades em matéria de inteligência, coletando e analisando informação, disseminando os resultados da inteligência, avaliando produtos e serviços (MILLER, 2002).
Gestão do Conhecimento (GC) e Inteligência Competitiva (IC) estão fortemente interligadas, pois é preciso analisar o ambiente e seu relacionamento com os processos internos da organização, bem como suas relações com o conhecimento das pessoas que estão ligadas a estes processos.
Podemos dizer que a Gestão do Conhecimento tem uma perspectiva interna, ela está voltada para as informações e conhecimentos gerados e acumulados dentro da organização e que podem estar sendo subaproveitados na ausência de processos sistemáticos para sua codificação, compartilhamento e uso. Já a Inteligência Competitiva tem uma perspectiva externa, onde seus processos estão voltados principalmente para o monitoramento, internalização e interpretação de informações e conhecimentos do ambiente, bem como da rede de parceiros, clientes e fornecedores, concentrando-se nas perspectivas atuais e potenciais quanto a pontos fortes, fracos e nas atividades de organizações que tenham produtos ou serviços similares dentro de um setor da economia.
Muitas vezes é possível verificar uma divisão territorial nas organizações: Marketing, Vendas, Logística e Planejamento Estratégico, sendo que, tipicamente, se ocupam da ligação entre o ambiente e os processos internos da organização e, portanto, da Inteligência Competitiva, enquanto Sistemas de Gestão, RH e TI lideram as iniciativas de Gestão do Conhecimento, que, em geral, têm uma perspectiva mais interna, voltada aos conhecimentos já existentes na organização. (TERRA; ALMEIDA, 2008).
Por isso, para melhor desempenho dos processos, é necessário haver maior proximidade e relação entre estas áreas, pois a condução de suas atividades partem de uma origem comum, as próprias diretrizes estratégicas da organização, por isso tanto a Gestão do Conhecimento, como a Inteligência Competitiva devem conduzir a organização a atender suas sistemáticas que envolvem políticas, processos e ferramentas gerenciais e tecnológicas para fomentar a inovação e articular a codificação, captura, análise, validação, disseminação, compartilhamento e uso de conhecimentos estratégicos do ambiente e que se encontram na própria organização.
Informação como Estratégia Competitiva
Normalmente, as discussões que envolvem estratégias geralmente dão ênfase a resultados e objetivos que possam ser quantificáveis, deixando à parte os fatores humanos, que são difíceis de mensurar (tais como valores, experiências, significados, etc.), ficam de fora no momento de planejar e aplicar formalmente os recursos estratégicos nas organizações.
Hoje a sociedade baseia-se cada vez mais no conhecimento à medida que a capacidade de inovar e gerar novos conhecimentos torna-se um importante diferencial entre pessoas e empresas. No âmbito empresarial a gestão do conhecimento só mostra um resultado satisfatório para a organização quando todos os setores estão capacitados e engajados no desenvolvimento do conhecimento como valor organizacional e fonte de vantagem estratégica.
Fixando o conhecimento leia
Vantagem Competitiva em Logistica
De acordo com Krogh, Ichijo e Nonaka (2001 apud CARVALHO, 2012, p. 60) propõem estratégias para reformulação do papel do conhecimento na organização:
[...] é imperativo que os gerentes recorram a um referencial pratico para avaliar o papel do conhecimento em relação à estratégia [...]. Em vez de encarar o conhecimento como algo indefinido, vagamente relacionado com a criatividade, absolutamente imprescindível, os executivos devem considera-lo como um recurso vinculado a tarefas e resultados específicos.
As organizações tem uma tendência a se concentrar mais em atividades operacionais do que em planos efetivos sobre o futuro e nas estratégias, de médio e longo prazo, para alcançar os objetivos. Já a gestão do conhecimento o foco não é somente operacional, direcionando também a outros setores e níveis organizacionais. Agora quando a gestão do conhecimento se preocupa mais na área operacional, grande parte de sua utilidade fica restrito ao meio, às ações e aos processo organizacionais do setor que se encontra.
Atrelado a gestão estratégica, a gestão o conhecimento torna-se uma fonte de vantagem competitiva, não apenas agora mas para o futuro também.
Ao tratarmos do planejamento da aprendizagem organizacional, devemos primeiramentepensar nos seguintes questionamentos:
“quais conhecimentos devemos criar para o futuro da organização?”
“como criar tais conhecimentos?”
A primeira pergunta diz respeito a visão do conhecimento e a segunda ao planejamento da aprendizagem, ou seja, o meio o qual a visão do conhecimento de os objetivos relacionados a ela serão alcançado num determinado prazo de tempo. Para definir esse planejamento, devemos levar em conta:
Capacitação do pessoal
Encontra-se praticas tais como cursos, palestras, especializações, treinamentos, coaching, programas ligados a universidades corporativas, etc...
Pesquisa e desenvolvimento
Concentram-se processos que levam a novos conceitos, produtos, modelos, etc..
Novas formas de captar e processar informações
Destaca-se a busca por novas fontes de informações e conhecimentos  e por novas formas de interpretá-los
Na pratica todas as pessoas da organização devem ser capacitadas para o conhecimento, precisam entender que são “trabalhadores do conhecimento” e precisam estar alinhadas à visão e a estratégia de conhecimento da organização.
De acordo com a afirmação de Kotler e Keller (apud CARVALHO, 2012, p. 72):
[...] uma empresa pode ter um excelente departamento de marketing e mesmo assim falhar nesta atividade. Depende muito da maneira como os outros setores da empresa veem os clientes. Se eles apontam para o Marketing e dizem: “são eles que fazem o marketing”, e organização não implementou o marketing com eficácia, pois somente quando todos os colaboradores perceberem que seu trabalho é servir e satisfazer os clientes é que a empresa se tornara uma verdadeira vendedora (grifo do autor).
Analogamente trocando os termos “marketing” e “cliente” por “gestão do conhecimento” e “conhecimento”, uma organização pode criar um setor para a gestão do conhecimento, porem se os processos e as praticas ficarem restritas a ele, a organização não só terá desperdiçado tempo, pessoas e dinheiro, mas também ficará limitada perigosamente sua capacidade de inovação.
Uma ferramenta extremamente útil para estruturar e operacionalizar a estratégia de uma organização é o BSC (Balance ScoreCard). O Bsc é útil para mensurar, acompanhar e comunicar a estratégia da organização em todos os setores, no intuito de auxiliar decisões relacionadas ao rumo da organização em direção a sua visão do futuro (metas).
Finalizando a unidade, leia o arquivo abaixo no intuito de aumentar seu conhecimento do o assunto:
Inteligencia Competitiva

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