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Gestão Estratégica de Multimodalidade a2

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2.0 DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS EM EMPRESAS DIVERSIFICADAS PARA GERAR VANTAGENS COMPETITIVAS. (4)
O que é uma estratégia de logística?
Quando uma empresa cria uma estratégia de logística ela define os níveis de serviço e combinações mais favoráveis para suas necessidades. Porque a logística está em constante movimento, mudando e evoluindo. Uma empresa pode desenvolver uma série de estratégias de logística para linhas de produtos específicas, países ou clientes específicos.
No dia a dia o trabalho do estrategista é entender e enfrentar a concorrência. A indústria automobilística mundial, por exemplo, parece não ter nada em comum com as crises de investimentos americanos, mas, na verdade, as coisas não são bem assim, existe sempre um efeito e uma causa de integração entre os mais diversos setores. O que você deve saber é que operações logísticas sempre desempenharam um papel estratégico nos negócios. Entre os varejistas e atacadistas, transcendem preocupações estratégicas relacionadas à gestão de estoques e transporte. Entre os fabricantes, a logística se preocupa com questões básicas, como localização da fábrica, o abastecimento de matérias-primas, e os padrões de serviço ao cliente.
Nos últimos anos, essas e outras mudanças no ambiente de negócios têm forçado as empresas desenvolverem formas de atualização e diferenciação. Os ambientes estão diferentes, percebemos mudanças na regulamentação e normas, nas regras do sistema de transporte, nas restrições de utilização de recursos naturais, na evolução tecnológica. Todas essas mudanças representam considerações importantes na formulação de uma estratégia de negócios.
 
Muitas empresas têm respondido a estes desafios por meio do desenvolvimento de estratégias competitivas baseadas na diferenciação de seus produtos e serviços. Estas são as empresas que redesenharam seus sistemas para produtos e serviços inovadores, que irão fornecer mais apoio às estratégias de diferenciação corporativas, e medidas para assegurar a avaliação positiva dos clientes.
	Para Fixar: Estratégia Logística é a ciência de avaliar a metodologia mais eficaz de distribuição de mercadorias para o mercado e alcançar objetivos de nível de serviço.
Logística é um subconjunto da gestão da cadeia de suprimentos que incide sobre o desafio de planejar e coordenar o fluxo de materiais e informações. Esse fluxo avança da origem da matéria-prima para o processo de entrega do serviço ou produto no cliente final.
Logística pode significar a diferença entre sucesso e fracasso nos negócios. Por exemplo, alguns anos atrás, um jovem engenheiro empresário começou a construir uma empresa do zero. Seu primeiro produto foi uma lavadora de quintais. Na verdade, ele não sabia muito sobre o negócio no momento. Sabia que o mercado estava dividido entre dois grandes fabricantes, e um número de pequenos produtores que vendiam produtos de marcas genéricas em uma base regional. Ele também sabia que o mercado regional foi dominado por um fabricante localizado bem próximo de sua indústria. A partir desse levantamento, o empresário decidiu fundar uma marca própria empresa de fabricação distante 200 km da cidade anterior. Este local permitia uma vantagem de custo sobre o transporte de sua principal concorrente. Mas ele não parou por aí. Ele situou a sua fábrica perto de uma concentração de lojas de supermercado da cadeia de varejo.
Isto permitiu vender seu produto em um arranjo em que caminhões também estariam perto dos fornecedores. Dada essa vantagem de custo, ele foi capaz de dar um passo adiante. Ao adicionar outros itens para sua linha de produtos, ele foi capaz de obter eficientes movimentações na cadeia de varejo e no abastecimento de matéria-prima para sua indústria. O que você achou desse exemplo? Comente a sua visão em nosso chat.
Agora, para fixar os conceitos, vamos conhecer como uma empresa pode começar a desenvolver uma estratégia de logística, olhando para quatro níveis distintos de sua organização logística.
Estratégico: Ao examinar os objetivos da empresa e as decisões estratégicas da cadeia de abastecimento, a estratégia logística deve rever a forma como a organização logística contribui para os objetivos da empresa.
Estrutural: A estratégia logística deve analisar as questões estruturais da organização logística, tais como o número ideal de armazéns e centros de distribuição e quais produtos devem ser produzidos em uma fábrica.
Funcional: Qualquer estratégia deve rever a forma como cada função individual da organização é utilizada para atingir a excelência.
Implementação: A chave para o desenvolvimento de uma estratégia de logística de sucesso é a forma como ela está sendo implementada em toda a organização. O planos para a implementação incluirão o desenvolvimento ou a configuração de um sistema de informação, a introdução de novas políticas e procedimentos e de desenvolvimento de um plano de gestão.
A seguir demonstro algumas das exigências em termos de estratégias e negócios.
Como exemplo dessa sequência iremos destacar o caso de um dos maiores fabricantes de derivados de petróleo mundial, que teve que substituir seus navios pelo processo natural de envelhecendo, o que ano a ano aumentava significativamente os custos finais da operação. Os navios transportam materiais a granel a partir de indústrias químicas localizadas do Caribe para posteriormente serem transferidos para barcaças e vagões de trem nas ferrovias americanas e depois colocados em contêineres para a entrega final de trem e caminhão.
Em vez de simplesmente substituir seus navios com versões mais modernas a empresa criou uma nova estratégia. O novo sistema exigiu que as mercadorias fossem enviadas em contêineres que seriam entregues diretamente aos clientes por uma combinação de barcaça de rio, trem e, finalmente, caminhões. Como resultado, a reembalagem no decorrer da entrega foi eliminada, diminuindo os custos de movimentação e custos com instalações portuárias. Um outro benefício foi a frequência de entrega constante acompanhada de uma grande redução de investimentos em centros de distribuição intermediários.
Por causa do volume de vendas da empresa, é improvável que os competidores consigam imitar o programa mesmo que a sua produção geográfica e padrões de transporte sejam semelhantes. Como podemos perceber, o desafio de definir estratégia em operações logísticas não é trivial. Os elementos podem variar de organização para organização, e em alguns casos a complexidade de decisão pode ocorrer em escolhas na estrutura, cultura e ambiente econômico da empresa. Vamos relembrar algumas definições importantes relacionadas ao conceito de competição.
O que se pode aprender com esse caso? Qualquer escolha logística implicará em decisões estratégicas e seus efeitos. Nas decisões logísticas estão implícitas as ações que são de grande impacto e investimento em relação ao tamanho do projeto e estrutura da empresa. Na maior parte das vezes, o acerto na escolha do sistema logística será acompanhado de uma vantagem competitiva que, ao contrário de preços ou outras ações, é difícil para os concorrentes de copiar. E todos eles são baseados em abordagens inovadoras de entender à logística e a circulação de produtos.
Veja essa reportagem e destaque as inovações e adaptações da logística http://exame.abril.com.br/negocios/gestao/noticias/vale-investe-inovacoes-area-logistica-548065.
3 MULTIMODALIDADE: TERCEIRIZAÇÃO E TRANSPORTE PRÓPRIO (4)
Uma das razões mais importantes para as empresas terceirizarem suas funções de logística é a necessidade de diminuir o número de armazéns, veículos e estoques, como também para reduzir riscos e custos trabalhistas. Tais movimentos dos dias atuais ajudam a derrubar o custo fixo e investimento direcionados à infraestrutura, sacrificando parte do capital de giro. As empresas podem, portanto, se concentrar em suas atividades principais e compartilhar riscos com outros fornecedores.
	Terceirização – outsourcing – representa a  contratação de trabalho a um fornecedor externo.Na década de 1990, um grande número de empresas brasileiras migrou para a terceirização e outras se adaptaram lentamente. Com o crescimento das atividades, chega um ponto em que você tem que questionar o que faz a melhor? E então perguntar novamente se existe uma possiblidade de terceirizar determinadas atividades que não agregam valor direto ao seu produto. Na maioria das vezes, a motivação está atrelada à redução de custos e economia de dinheiro, esse movimento pode ocasionar prejuízos se não representarem a melhor escolha. Veja esse trecho da reportagem de 2004 da realidade de alguns anos: “Quando, porém, nos transportamos para os dias de hoje, fica evidente que o fenômeno da terceirização ganhou dimensões tais que as empresas, há dez anos, jamais poderiam imaginar”.
Para os analistas da Wharton e da consultoria Boston Consulting Group (BCG), a terceirização não é mais uma opção tática que permite às empresas economizar alguns dólares aqui e ali. Antes, tornou-se uma necessidade estratégica em uma era em que são inúmeras as oportunidades oferecidas por “países de custo baixo”, como a China, a Índia e o México. Na verdade, segundo estes especialistas, o rolo compressor da terceirização seguirá adiante, ainda que com equívocos e retrações ocasionais, transformando nesse processo as economias nacionais dos países desenvolvidos e em desenvolvimento (TERCEIRIZAÇÃO..., 2004, grifo do autor).
	Leia na integra a reportagem no link apresentado a seguir.  http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewArticle&id=742&language=portuguese
Habitualmente as empresas globais estão vendo seu futuro nas economias emergentes principalmente pela transferência de tecnologia, abrindo portas para parcerias duradouras entre empresas fornecedoras locais e as grandes companhias mundiais.
Em outra dimensão as médias empresas decidem apenas pela economia de processos. As questões que são mais frequentes são: Qual é o nosso nível de custo? Não se preocupam em perguntar "o que acontecerá se...". Esse desprezo pelo risco e erro aumenta a necessidade de planejamento na terceirização. Empresas tendem a olhar para os potenciais benefícios da terceirização, mas não necessariamente como eles serão implementados. O processo de gestão de mudanças durante a transição de um modelo tradicional para um novo terceirizado às vezes é visto como algo natural, mas certamente não é. Mais do que nunca, as questões de gestão e terceirização precisam ser vistas como um processo integrado que envolve riscos e ações de planejamento compartilhada. Siga como exemplo a maior fabricante mundial de artigos esportivos, a Nike. Essa empresa foi pioneira no movimento de terceirização da produção, terceirizando sua produção em diversas partes do planeta.
Com essa estratégia a empresa acabou por se tornar um padrão global do que é certo e também do que é errado em terceirização, principalmente pelas denúncias de trabalho infantil e exploração da mão de obra na década de 1980. Sem fábricas próprias, e inovando no modelo dos negócios, a empresa passou a se concentrar em fatores que ela tornou ser quase insuperável, como o design e inovação de seus produtos que se renovam com uma velocidade assustadora.
Na teoria, a terceirização pode ser definida a transferência de responsabilidade da execução de um processo ou serviço, ou parte de uma atividade para um terceiro. Embora a terceirização foi originalmente restrita a atividades básicas, hoje elas estão presentes em processos estratégicos de muitas empresas. Terceirização é geralmente considerada uma mudança de gestão vinculada ao corte de custos e melhora da qualidade do serviço, pois permite às empresas ampliarem seus objetivos e estratégias. O que conhecemos no mundo dos negócios como “focar em seu core business”, transferindo atividades não essenciais a fornecedores confiáveis.
Vamos analisar outro exemplo, a Apple terceiriza a fabricação de produtos como notebooks, iPod e do iPhone para reduzir custos. Isso deixa a Apple livre para se concentrar no projeto de inovação de suas máquinas de inovação. Como vimos, a terceirização também tem desvantagens, que incluem perda de controle sobre a atividade terceirizada, ou mesmo expondo clientes a riscos de mau atendimento, ou ainda, por exemplo, perda significativa das informações nos processos terceirizados. Um outro caso histórico é o da Boeing que sempre projetou e construiu seus aviões, mas a empresa tomou a decisão de terceirizar a maioria de fabricação da aeronave 787  para uma rede formada por mais de 50 fornecedores.
A ideia original estava centrada na redução de custo e aumento da flexibilidade, além de dividir parte dos riscos e investimento com os fornecedores. Só a montagem final seria realizada pela Boeing usando módulos fornecidos pelos fornecedores. Em meados de 2009, o projeto estava com dois anos de atraso. Uma das principais razões para o atraso foi que a Boeing perdeu o controle dos processos terceirizados. A lógica subjacente é que a empresa não necessariamente conhecia os níveis de riscos e também não havia ainda experiência necessária para gerenciar uma rede de fornecedores tão complexa. Além disso, alguns fornecedores foram incapazes de trabalhar de acordo com as expectativas da Boeing, principalmente na questão dos prazos. Como resultado, a Boeing trouxe de volta as linhas de produção principais para seu ambiente contratou engenheiros para fiscalizar seus fornecedores.
 
Dia a dia
	Nossa empresa trabalhou durante muito tempo para ter uma estratégia para a nossa função de logística e cadeia de abastecimento. Temos reuniões mensais, onde discutimos o que precisa ser feito para atualizar as nossas políticas para ajustar a estratégia, ou se a estratégia precisa ser adaptada ou alterada.
 
 
 
	Para ler mais http://www.intelog.net/ArtigosNoticias/Arquivos/artigo_terceirizacao.pdf
Quem são os terceiros em logística?  Pense em um fornecedor externo que executa todas, ou parte das funções de logística da empresa. A definição das dimensões abrangem os prestadores de serviços, tais como transporte, armazenagem, distribuição, serviços financeiros e assim por diante. Veja algumas vantagens consolidadas na figura apresentada a seguir.
A utilização da terceirização em logística é justificada a partir de uma decisão estratégica que permite a identificação de oportunidades e também de riscos. A única coisa que você nunca deve terceirizar é a gestão da terceirização em si. Você precisa manter a gestão de seus fornecedores dentro da empresa. Na prática, as empresas querem fornecedores inovadores, melhora na qualidade e redução de custos. A relação da logística e terceirização é longa e representa uma ideia conhecida. A anos as organizações enviam o trabalho que não é confortável para um terceiro, apenas para reduzir custos ou para deixar que um outro faça melhor o trabalho. Nos dias atuais, essa ideia é diferente. Para ajudar a esclarecer essas questões vamos ver um outro exemplo.
Recentemente presenciei um levantamento técnico realizado em um grande fabricante de móveis. A organização percebeu um desajuste em suas operações, principalmente pela complexidade das entregas de menor volume em locais distantes dos Centros de Distribuição. Os problemas resultavam em erros que se desdobravam em situações de pequeno volume de entregas e uso parcial da capacidade de carga, aliado a um elevado custo de operação. Com o seu crescimento, a empresa aumentou drasticamente seus custos. O gestor de logística definiu como fator crítico novas dimensões e desafios. O plano concentra-se em três fatores.  i) Constância, ii) sincronização e iii) sustentabilidade. Segundo o diretor desse projeto, “A administração entende a vantagem competitiva que a operação logística proporciona, e gostariam de investir em novas tecnologias, recursos e treinamento e desenvolvimento como forma de garantir a expansão para os próximos anos”.
Segundo o Diretor o desafio é aperfeiçoar as habilidades na gestão da cadeia de suprimentos, planejamento de demanda, gerenciamentode estoque, planejamento de abastecimento e operações de logística para garantir um bom atendimento de maneira integrada.
Assim como essa empresa, o dilema das empresas é consolidar estratégias sustentáveis que atendam novas demandas de mercado. Um outro exemplo dessa força de complexidade é a realidade da Walmart, que nos Estados Unidos conta com uma frota 6.500 tratores,  55.000 reboques e  7.400 motoristas, que viajam cerca de 1,4 bilhões de quilômetros por ano e com um número de entrega de cresce na casa dos dois dígitos a cada 4 anos.
A integração da organização e do ambiente de operações dá origem a um novo conceito, que iremos explorar a seguir:
	Ecossistema de negócios
Cada vez mais, as empresas operam em uma rede ampla de negócios, no caso da logística está relacionada com a gestão de produtos, ou rede de serviços. Essa rede de relacionamentos e distribuição de responsabilidade é conhecida como um “Ecossistema de negócios” - uma rede de empresas interligadas, com fornecedores e distribuidores, que interagem uns com os outros, principalmente no complemento ou no fornecimento de estratégias e componentes chaves das propostas de valor (benefícios para os clientes) de seus produtos ou serviços.
As redes de logística são sistemas de gestão e de operações que se tornaram cada vez mais complexos. Os passos iniciais da multimodalidade da gestão de logística é agora responsável por planejar, implementar e controlar processos de terceiros ou próprios,  como alguns dos processos apresentados a seguir:
Controle e envio das mercadorias de entrada de fornecedores nacionais e estrangeiros para o armazém.
Reposição de lojas operações de armazém e fornecedores.
Uso de Cross-docking sincronização entre o recebimento e a expedição de produtos.
Aplicação de logística reversa nas devoluções de clientes individuais ou para consolidar retornos.
Outros requisitos de logística, incluindo armazém entre centros de distribuição, transferências, loja a loja, transferências internas, e ações de distribuição para os clientes em diversos pontos geográficos.
Uma característica importante do serviço integrado é a livre troca de equipamentos entre diversos modais. Por exemplo, as opções de utilização de embalagens que se adaptam rapidamente aos meios de transportes. Serviços de multimodalidade são geralmente um compromisso entre os serviços oferecidos por transportadoras.
Qual a melhor e mais adequada estratégia logística a ser implantada e implementada com base nas demandas e opções existentes e a existirem, tendo em vista grandes projetos em desenvolvimento pelas operadoras de transporte ferroviário?
Quais operadores logísticos e suas diversas opções estão disponíveis no mercado?
Como avaliar a alternativa mais adequada à empresa?
Como montar uma estrutura de custos baseada na multimodalidade que torne a logística mais competitiva?
Ainda em relação à multimodalidade. Segundo a empresa de consultoria logística multimodal, foi pela constante busca por competitividade, segurança e custos atrativos que as empresas deveriam realizar perguntas principais, como as apresentadas a seguir:
Qual a situação atual e o contexto geográfico (região) em que está inserida?
Existem novas estratégias logísticas baseadas na multimodalidade?
Quais ferrovias atuam na minha região?
Quais operações, fluxos e condições logísticas oferecem?
Quais investimentos estão sendo realizados para atender o mercado atual e futuro?
Quais terminais intermodais operacionalizam a transferência de carga entre caminhões, vagões, navios e aviões e quais serviços disponibilizam?
Se for para o mercado externo, qual a melhor opção devo considerar?
Desembaraço aduaneiro nas aduanas em fronteira, ou nos aeroportos e portos?
E ainda:
Como avaliar o mercado logístico na região de atuação baseada no contexto da multimodalidade?
4.0 O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COMPARTILHADA. (6)
Inicialmente, antes de discutirmos o sistema de distribuição compartilhado, vamos analisar alguns conceitos centrais relacionados à cadeia de suprimentos e à logística.  Segundo Kleber S. Fernandes, uma definição mais clara de cadeia de suprimentos é a de integração dos processos de negócios desde o consumidor final até o fornecedor primário, sendo a logística parte dos processos da cadeia que liga clientes e fornecedores.
Neste sentido, surge então a expressão logística, ou logística empresarial como sinônimo de cadeia de suprimentos. Outra confusão comum é relacionada ao conceito de cadeia produtiva e cadeia de suprimentos.
O termo cadeia produtiva é utilizado em geral para a determinação do conjunto de atividades de um segmento de mercado, por exemplo: cadeia produtiva da indústria farmacêutica, da indústria têxtil, da indústria cosmética etc.
A cadeia de suprimentos é parte de uma ou de várias cadeias produtivas envolvendo as estratégias e atividades de planejamento, movimentação e armazenagem de materiais desde a matéria-prima até o produto final; enquanto a cadeia produtiva refere-se à estrutura geral do segmento de mercado.
Normalmente, os sistemas de distribuição compartilhada estão centrados em um plano que permite o compartilhamento de armazém e transporte por organizações que buscam redução de custo ou melhora na eficiência logística.  Em geral, o sistema de distribuição compartilhada tem como objetivo reduzir custos totais, ou obter economia de escala significativa em toda cadeia de suprimentos. Este tipo de distribuição pode ser feita até mesmo por empresas concorrentes, por exemplo, empresas que estão com dificuldade em fechar cargas para determinadas regiões, ou que simplesmente não operam em regiões exploradas por outras empresas.
Nesse processo de busca de qualidade ou redução de custo de transporte e armazenagem, acaba-se criando um novo conceito na relação competição e colaboração. Um bom exemplo pode ser a utilização de caminhões cegonhas que transportam veículos de montadoras diferentes.
4.1 Alianças
Durante a leitura vimos alguns exemplos que ilustram alianças logísticas, estratégia que está se tornando comum. Essas alianças eram praticamente impossíveis de serem realizadas a uma década atrás, principalmente pela limitação tecnológica. Nos dias atuais, os acordos estão se espalhando como uma forma de reduzir os custos operacionais e como forma de melhorar a distribuição e armazenamento. Para muitos fabricantes e fornecedores, esses sistemas oferecem oportunidades para melhorar drasticamente a qualidade de serviço ao cliente, pois existe um complemento de ações.  A forma mais comum encontrada está nos contratos existentes entre o fornecedor de serviços de logística personalizados e um agente de mercado. Mas há outras formas também, como acordos entre dois prestadores de serviços e entre dois comerciantes de produtos ou ainda de outras combinações como a terceirização total de transporte, ou de armazenagem por empresas especialistas. O que é inovador são as relações em que as partes se misturam para obter benefícios mútuos. O resultado na maioria das vezes é um serviço confiável é com alto nível de cooperação, que substitui a postura do faço melhor sozinho, que, na maioria das vezes, separa compradores e vendedores. Muitas dessas relações surgem por necessidades e não são planejadas. Em alguns setores, essas alianças já estão consolidadas, veja o exemplo de algumas construtoras brasileiras que trabalham em conjunto com imobiliárias, bancos, fornecedores de produtos para desenvolver negócios competitivos em um modelo de Ecossistema.
A construção de tal ecossistema gira em torno de um produto principal, que terá o seu valor percebido elevado na visão do usuário com o envolvimento de mais empresas. O sistema em rede complementa as necessidades de tempo, investimento, tecnologia e de percepção do cliente final. Os ecossistemas também criam fortes barreiras à entrada a novos concorrentes. Como empresas isoladas, que se esforçam para melhorar os serviços e produtos distantes dos benefícios da rede, se esforçando para disputar espaço contratodo o sistema de empresas que formam a rede imobiliária dominante.
6.0 BENCHMARKING DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS. (4)
Benchmarking - Processo sistemático usado para estabelecer metas para melhorias no processo, nas funções, nos produtos etc., comparando uma empresa com outras. As medidas de benchmark derivam, em geral, de outras empresas que apresentam o desempenho superior, não sendo necessariamente concorrentes. A empresa tem que adaptar o modelo, de acordo com o seu dia a dia respeitando suas próprias características.
 
Gerentes de logística estão continuamente atentos à negociação de contratos para avaliar o que as outras empresas estão fazendo. Esse processo de acompanhamento deve comparar o desempenho da empresa com o as alterações percebidas no mercado. Na maior parte das vezes, estas avaliações requerem um conhecimento profundo do setor de atuação e também do mercado de maneira geral.
O benchmarking permite que os gerentes de logística analisem as práticas e respondam a novas necessidades de sua empresa, ou de fornecedores. O objeto do Benchmarking pode variar de acordo com os interesses de um projeto, por exemplo: A organização Delta analisa o desempenho de entrega da empresa Ômega em relação à forma de trabalho, tempo de entrega, consumo, adaptação à legislação, rotas utilizadas, escolha do modal, entre outras. Diante de tais variáveis a empresa compara seu desempenho e busca uma melhoria nos processos, respeitando suas condições de estrutura, capacidade de investimento pessoal, entre outras. Quando combinado com a estratégia, o benchmarking logística pode fornecer uma visão geral do desempenho atual, e um indicador de tendências de mercado e oportunidades para as empresas. O benchmarking deve analisar questões mais amplas e métodos, como as apresentadas a seguir:
Reduzir o estoque físico e os custos de transporte.
Reduzir custos de frete de transporte.
Melhorar a visibilidade do estoque e precisão.
Melhorar tempo de entrega e entregas perfeitas.
Reduzir a quantidade de horas de trabalho necessárias para satisfazer a exceção.
Na verdade, o Benchmarking representa a geração de esforços para melhorar a produtividade, ciclo de produção e qualidade.
7.0 A LOGÍSTICA E A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA COMPETITIVIDADE E NOS RESULTADOS.
A competição é considerada por muitos como a melhor maneira de prestar melhores serviços para os clientes. Ela oferece incentivos para investir na melhora da eficiência e na qualidade do serviço. No entanto, a criação de um ambiente para estimular a concorrência dentro dos mercados não é fácil. Iremos conhecer algumas definições.
Ter acesso à informação certa no momento certo é considerado como uma poderosa vantagem estratégica. Inteligência competitiva tem sido amplamente estruturada nos últimos anos. A exemplo, uma organização pode rastrear informações de parcerias, fusão, aquisições para expandir seus negócios em um novo mercado. Todas essas atividades devem ser estruturadas por meio de um processo de inteligência competitiva.
Cada organização desenvolve seu nível de competências, ou fatores críticos de sucesso. Entre as disputas principais estão: a de concorrência, o preço (custo), qualidade, entrega, serviço e flexibilidade. Para alcançar a excelência da cadeia de suprimentos, é fundamental avaliar continuamente alternativas de redução de custos de estratégias que permitam uma vantagem competitiva.
Logística não se limita às decisões táticas sobre o transporte e armazenamento. Decisões de longo prazo são necessários para colocar em prática as capacidades que garantam que a logística desempenha um papel preponderante no suporte aos produtos da empresa no mercado.
Como tais capacidades cada vez mais envolvem os parceiros da cadeia de abastecimento, as implicações deste "papel de integração" vão muito além dos limites da própria empresa. Estratégia logística é o conjunto de princípios orientadores, forças motrizes e atitudes enraizadas que ajudam a coordenar metas, planos e políticas entre os parceiros de uma atividade logística em toda a cadeia de suprimentos.
Para lembrar:
Se as relações de uma cadeia logística são dirigidas a diferentes prioridades competitivas, no futuro a corrente não será capaz de atingir o objetivo final de atender as necessidades de tempo e custos de um cliente, assim como em uma rede em que as ligações são dirigidas para as mesmas prioridades, cada elemento desenvolve seu papel. Esta é a ideia de "foco", que é baseada na visão de que você não pode ser bom em tudo.
As estruturas da cadeia de suprimentos são dirigidas como um conjunto comum de objetivos e ações que representam uma ação de desmembramento de metas que são baseadas em prioridades mais valorizadas pelo cliente final, evitando riscos de conflitos de prioridades.
É comum, por exemplo, o foco na redução de custos atrapalhar, ou entrar em desacordo com as prioridades mais fundamentais de confiabilidade e velocidade de entrega dos produtos. Embora a rentabilidade possa ser melhorada neste exercício, existem danos a longo prazo no sistema de negócios de uma maneira geral. Competindo por meio da logística.
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Você já percebeu que é impossível ser excelente em tudo, e os parceiros da cadeia de abastecimento devem dar prioridade aos recursos que dão a cada grupo de produtos a sua vantagem no mercado. Estas capacidades de definir as áreas onde os parceiros da cadeia de suprimentos irão definir suas prioridades de investimento, esforços de inovação marketing são consideradas estratégicas para um gerenciamento logístico. As três áreas tradicionais onde a logística suporta vantagem competitiva são:
Qualidade: garantir que todos os processos são realizados ao longo da cadeia de suprimentos para que os produtos cumpram suas promessas.
Velocidade: a sobrevivência dos mais rápidos. Reduzindo o tempo necessário para a realização de cada processo em toda a cadeia de abastecimento você gera uma vantagem sustentável
Custo: apoiar os preços baixos no processo de compras, distribuição e manutenção.
Nos dias atuais, a logística apoia a competitividade de outras maneiras. Reduzir a incerteza e variabilidade dos tempos de entrega reduzindo a necessidade de estoques controladores. A ideia de reduzir os impactos e aspectos de incertezas, como uma greve, ou as interrupções de fornecimento causadas por desastres. Assim uma montadora inglesa desenvolveu medidas para monitorar o fluxo de carros em deslocamento, desde o embarque de peças até o monitoramento dos veículos em seus locais de venda.
5.0 ESTRATÉGIAS DE COMPRA E PRODUÇÃO (4)
A figura 1 ilustra duas situações típicas e tradicionais das empresas fornecedora de bens de consumo. Na parte de cima da figura encontramos o sistema de produção empurrada, em que a indústria trabalha com um sistema de produção constante. Na produção empurrada o estoque é reabastecido por um sistema de previsão predeterminado, assim o fabricante determina a quantidade e tempo de reposição do embarque do estoque para o distribuidor, como parte de um acordo contratual, nesse sistema, o estoque é essencial. Vamos reparar que nessas condições a base da coordenação da cadeia está na gestão da empresa e nas previsões de vendas.
Sistemas de produção
Fonte: http://sobreproducao.blogspot.com.br/2011/09/producao-puxada-empurrada.html
 
Na segunda parte da figura vamos verificar o sistema de produção em que o fornecedor atende às solicitações do mercado. Nesse sistema de produção, a fabricação é baseada na demanda e na dinâmica das vendas. Nessa modalidade, a informação flui de mercado para a gestão, em uma direção oposta ao sistema anterior, em que a empresa controla o fluxo de produção.
	Veja o que você pode aprender com o sistema da Ford.
https://www.youtube.com/watch?v=N4QFjJPu-aM&feature=related
Vamos dividir o conhecimento em nosso Chat comentando as limitações e avanços das empresas brasileiras em termos de gerenciamento logístico. Utilize exemplos comente a respeito das grandes organizações e suas estratégias...

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