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Introdução a Ciência política. Professor Hélio R. G. Lechinewski Aula 04 Frases em amarelo: Títulos. Textos em "roxo": Resumo dos comentários e respostas importantes do excelentíssimo professor Lechinewski durante os slides. Plano de Ensino Objetivo geral: Realizar o ingresso à Ciência Política. Objetivo específico: Discutir os aspectos conceituais envolvidos na ideia de Governo. Conversa Inicial Nesta aula conhecer a definição de Governo, estudaremos a delimitação e as funções dos governos e vamos repassar a discussão clássica sobre as formas de governo, e ainda retomaremos essa discussão tendo como referência os governos na história do Brasil. Organização da Aula Tópicos que serão abordados na aula 4: Delimitação e função dos Governos; “Identificar quais são os aspectos conceituais envolvidos na ideia de Governo.” Formas de Governo; “De acordo com alguns autores clássicos, como Aristóteles e Montesquieu.” Os Governos na história do Brasil. Tema 01: Delimitação e função dos governos. A discussão sobre o que são os governos é fundamental em uma disciplina de Introdução à Ciência Política, pois são os governos que dão vida às atividades dos Estados, é por meio dos governos que a ação do Estado se faz presente no dia a dia dos cidadãos. Para que a política tenha algum sentido sobre a vida dos nacionais (os indivíduos que fazem parte de um Estado-nação) é necessária a atuação de pessoas no comando das instituições políticas. As pessoas que ocupam os cargos de comando na estrutura do Estado são os governantes, e são eles os responsáveis pelo cumprimento das funções públicas do Estado. Contextualização Se um dos elementos de um Estado é a ordem política que se estabelece sobre uma população e um determinado território, a quem cabe estruturar e comandar esta ordem política? “Governantes: conduzem a população e o Estado. Estão nesta posição para realizar ações para a Sociedade.” Instrumentalização Pode-se definir o Governo como um conjunto de pessoas que exercem o poder político e que influenciam a orientação política de uma sociedade específica; “Definição tirada dos clássicos da Política, e que está também no Dicionário de Política de Norberto Bobbio.” A função primordial de um governo é realizar a integração política da sociedade e a sua defesa no confronto com os grupos externos; “A função primordial (principal) do governante é manter a sociedade pacífica, organizada, funcionando de forma harmoniosa e equilibrada, além de manter a segurança de seus cidadãos, seja de uma ameaça interna quanto externa.” A estrutura de um governo é identificada em especial pelos órgãos de cúpula do Poder Executivo: Ponto de vista constitucional; “Ponto de vista mais formal.” Ponto de vista sociológico. “Ponto de vista que leva em consideração as diferentes facetas que acaba existindo na relação entre Estado e Sociedade.” Aplicação Os principais governantes no âmbito federal no Brasil: Presidente. “Governante maior” Ministros. “Dá suporte ao Presidente.” Lideranças governistas no Congresso. Síntese Os governos existem para exercer o poder político, e assim manter a ordem dentro de uma dada sociedade e protegê-la de ameaças, sua organização é caracterizada especialmente pelo Poder Executivo; Site do Governo Federal com sua estrutura: LINK Tema 02: Formas de governo. Uma das mais primeiras abordagens sobre os fenômenos discutidos no campo de estudos políticos são as tipologias sobre as formas de governo. Para que possamos abordar os governos sob um ponto de vista científico, precisamos conhecer as tipologias e os critérios de classificação já elaborados para discernir as diferenças que podemos observar nas atividades governamentais, uma vez que, como nos explica, o professor Hélio, essas atividades são complexas e multifacetadas. Os governos que se estabelecem na América Latina são diferentes dos que se estabelecem no continente europeu, e mesmo dentro de cada continente notamos importantes diferenças na organização das atividades governamentais. É devido à essa diversidade que a classificação e a tipologia das formas de governo é um assunto relevante na Introdução à Ciência Política. Contextualização A realidade da vida política dos Estados não nos oferece uma forma de governo absolutamente simples e pura, cada uma delas contém traços das outras e todas sofrem o reflexo das paixões humanas Instrumentalização Formas de governo segundo Aristóteles: Formas puras: monarquia (governo de um só), aristocracia (governo de vários) e democracia (governo de muitos); “Se é a favor da sociedade e pensa no coletivo. Se dividem de acordo com o numero de pessoas que estão na condução do governo.” Formas impuras: tirania, oligarquia, demagogia. “Quando governa para si próprio, esquece o objetivo do bem comum. Também se dividem de acordo com o numero de pessoas que estão na condução do governo.” Formas de governo segundo Bluntschli: Fundamentais: monarquia, aristocracia, democracia, teocracia; “Monarquia, aristocracia e democracia: formas que levam em consideração o número de governantes; Teocracia: tipo de governo orientado pela religião, como Vaticano e Irã. ” Secundárias: despótica, semilivre e livre. “Quanto mais livre o acesso do cidadão no processo decisório, mais livre este governo será. Porém, quanto mais fechado é o governo, mais despótico ele se torna.” Formas de governo segundo a separação de poderes (segundo o Barão de Montesquie): Parlamentar “Governo que se dá com a primasia do legislativo.” Presidencial “Primasia do executivo.” Convencional “Governo independente do executivo, ou seja, é um governo que se dá dentro da assembleia legislativa. É um poder menos comum, acontecendo mais em caso de ‘perda’ de seu governante, como impeachment.” Aplicação Fonte: Wikipédia Países em azul: Presidencialistas. Países em vermelho: Parlamentaristas. Países em amarelo: Países presidencialistas, porém, com um tipo de regime de governo misto (além da figura do presidente, há o 1º ministro, que tem uma influência sobre a maquina estatal.) Países em laranja: Países parlamentarista que tem a função do presidente da república, exercendo um papel de comando. Síntese Apesar de termos formas consagradas de classificação dos governos, como a de Aristóteles e a da Separação de Poderes; os Governos adquirem uma diversidade de formatos, inclusive mistos, devido à influência da realidade política, social e econômica dos países. Tema 03: Os governos na história do Brasil. A configuração das atividades governamentais varia bastante entre os países, portanto a organização dos governos se modifica conforme cada contexto nacional. Mas além das variações no espaço, o arranjo das atividades governativas também pode assumir diferentes formas ao longo do tempo, dentro de apenas um país, como é o caso do nosso país. Na história brasileira já tivemos uma administração colonial (que não chega a ser classificada como um governo, uma vez que a colônia pertencia a Portugal), um império, e diversas configurações republicanas. Contextualização Pintura: Independência ou Morte, de Pedro Américo, 1888. “Este momento é conhecido como o nascimento da nação brasileira.” Instrumentalização De 1500 até 1822: Regime colonial. Fonte: Plataforma Cidadania Monarquica De 1822 a 1889: Monarquia absolutista; Fonte: Gabinete de História Monarquia parlamentarista. Fonte: Monarquia.org/ De 1889 até hoje: Presidencialismo. Fonte: Pinterest Aplicação: Como era a forma de governo implantada pelos militares durante o período da Ditadura (1964-1985)? “Aconteceu com um golpe militar, em que através dos militares, foi imposta durante o governo de João Goulart após a renuncia de Janio Quadros. Os militares implantaram o regime presidencialista comandado por uma junta militar.” Síntese: Pode-se verificar que no Brasil houve praticamente duas formas de governo, monarquia e presidencialismo,no entanto, sua existência não foi uniforme, já que eles adotaram diferentes formatos na sua organização e funcionamento. Na Prática Nesta quarta aula, o professor Hélio nos apresentou uma discussão sobre o que são os governos. Para ver como essa discussão se aplica na prática faça uma pesquisa sobre quantas secretarias existem na atual administração do seu município. Depois investigue se esse número se manteve constante ao longo dos últimos anos, ou se foram criadas (ou suprimidas) secretarias. Procure nessa investigação verificar como as diferenças na disposição das secretarias municipais afetam a população do seu município. Será que a avaliação (positiva ou negativa) que os munícipes fazem sobre as administrações da sua cidade está relacionada ao organograma das secretarias? Finalizando Na aula de hoje nos detivemos sobre o que são governos. Discutimos aspectos conceituais dos governos, como delimitar sua esfera de atuação, como definir as atividades governamentais, e sobretudo, com quais critérios podemos classificar a enorme diversidade de manifestações dos arranjos governamentais. Vimos ainda, que o Brasil já experimentou algumas variações na organização das atividades governamentais. Referências AZAMBUJA, Darcy. Introdução à Ciência Política. São Paulo: Globo, 2005. BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política: a filosofia política e a lição dos clássicos. Rio de Janeiro: Campus, 2000. BONAVIDES, Paulo. Ciência política. 10 ed. São Paulo: Malheiros, 2002. LACERDA, Gustavo Biscaia. Introdução à Sociologia Política. Curitiba: Intersaberes, 2016. LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. Centro Universitário UNINTER. Relações Internacionais. Maio, 2017.
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