Trabalho Radiojornalismo no sul da bahia

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
WILYANS OLIVEIRA PEREIRA
OFICINA DE RADIOJORNALISMO
ILHÉUS
2015
WILYANS OLIVEIRA PEREIRA
OFICINA DE RADIOJORNALISMO
Trabalho apresentado a Profª. Eliana Albuquerque regente da disciplina Oficina de Radiojornalismo. 
ILHÉUS
2015
INTRODUÇÃO 
Sabe-se que o rádio chegou aqui na região sul da Bahia em 1949, com a Rádio Cultura de Ilhéus, portanto. O seu sinal era ouvido também na cidade de Itabuna, contudo sem muita qualidade. Já na cidade de Itabuna a primeira rádio surgiu sete anos mais tarde (1956). Hoje a cidade de Itabuna conta com quatro emissoras de rádio AM, a Rádio Jornal, Rádio Difusora, Rádio Nacional e a Rádio Canção Nova. 
Se o rádio AM surge em Ilhéus, as FM surgem na cidade de Itabuna na década de 80 com a inauguração da Rádio Musical FM do empresário Washigton Setenta Júnior. Nos anos seguintes a cidade ganha sua segunda FM a Rádio Morena pioneira por transmitir sua programação a laser e também via internet. Em 1989 Ilhéus já tinha sua primeira FM a Rádio Cidade ganhando em seguida a Gabriela FM que se torna líder em audiência não só na cidade, mas também em cidades vizinhas com exceção de Itabuna que em 1995, ganha mais uma rádio a FM Sul controlada pela Rede Bahia de Comunicação. 
Com o crescimento do número de emissoras de rádio na região, ouve a necessidade também de uma “segmentação” da programação. O que fica evidente é que o rádio além de ser um veículo de comunicação que faz parte da vida de todos sejam ouvintes dele ou não e também é um veículo democrático atingindo, portanto, públicos de determinadas classes sociais e de idade variadas. 
FUNCIONAMENTO DAS EMISSORAS QUANTO AO RADIOJORNA- LISMO
A Rádio FM Vida 104,9, é uma emissora que visa levar informação, entretenimento, esporte, e cultura. Fundada em 12 de Maio de 2008, por Ronilto William Rodrigues na cidade de Eunapólis/Ba. A emissora promove ainda esporte, saúde, o desenvolvimento da comunidade e, que tem por finalidade manter a todos sempre bem informados dos acontecimentos regionais, nacionais e mundiais. 
	No esportivo a equipe é comandada por Sena Santos com ênfase no futsal e futebol (masculino e feminino), com transmissões ao vivo toda semana. Em sua programação há uma diversidade de ritmos como: Pop, Rock, Black, Romântico, Sertanejo, Forró e gospel.
	Com uma programação diversificada com programas sertanejos, educativos, jornalísticos, esportivos e aconselhamento ao ouvinte, vem se mantendo no ar ao longo desses cinco anos com uma característica servir à comunidade.
	Atualmente a rádio conta com três jornalísticos diários: Vida Comunitária (1ª edição) das oito às nove da manhã. Vida comunitária (2ª edição) do meio-dia às duas da tarde e Esporte Vida das dezoito às dezenove horas. A primeira edição do Vida Comunitária é comandada por Sena Santos, Paulo Galego
e Valdenir Santos, já a segunda edição ganha o reforço de: Carlinhos Moto Taxi, Mislane Valdenir Santos e Reges. O Esporte Vida é comandado por Sena Santos, João Track, Valdenir e Reges. 
	Os programas em questão além de contar com os locutores em estúdio possuem repórteres em rua que trazem as noticias locais. Contudo a rádio traz também informações regionais, nacionais e mundiais. Os seus locutores têm total liberdade para construir/informar as notícias e a população total liberdade para participar ao vivo com denúncias e reclamações.
3. COMO OS RADIALISTAS CONSTROEM AS NOTÍCIAS 
A principal ferramenta para comunicação no rádio é a voz, contudo a linguagem radiofônica compreende um estilo simples, claro, direto, coeso, sem firulas. Desta maneira independente da emissora estudada as características utilizadas pelos locutores da Rádio FM Vida estarão presentes em outras rádios, por se tratar de uma segmentação de estilo. 
Segundo informações obtidas apesar de haver um roteiro para o programa, os locutores podem e devem passar emoção, espontaneidade, mas também responsabilidade durante a duração dos programas. Durante a narração das noticias ou das inserções dos repórteres o aconselhamento que se tem é pelo uso da linguagem mais leve, sem ser carregada com um vocabulário complicado, portanto, de difícil entendimento/assimilação do público ouvinte. Essas orientações servem para deixar a notícia dinâmica, de leve digestão para o ouvinte, e, consequentemente prender sua atenção de início. 
No modo como as noticias são escolhidas para entrar na pauta, são reveladas critérios como: maior relevância/maior repercussão para o ouvinte. Por exemplo, a escola que falta merenda, o posto de saúde sem médicos, as ruas esburacadas, etc. Outro fator importante a ser lembrado é a participação da audiência. É freqüente a participação dos ouvintes cobrando soluções para problemas na cidade, bairros, comunidades, logo, essas cobranças viram pautas para os programas.
4. RECEPÇÃO DAS NOTICIAS PELOS OUVINTES 
Pela importância que o rádio tem como veículo de informação e comunicação, este ponto é particularmente importante para esta pesquisa. Comparados a outros meios de comunicação, como por exemplo, os jornais e revistas; o rádio se sobressai muito bem já que é necessário apenas ouvir. Como dito anteriormente levantar o questionamento de como os ouvintes recebem as notícias torna-se importante. Por meio de uma rápida pesquisa de opinião, que envolveu cinco pessoas, quatro disseram que confiam nas notícias radiofônicas, uma, porém disse que confia dependendo do locutor. Aqui é interessante ressaltar que até o locutor torna-se peça importante neste panorama, uma vez que também transmite fidelidade à notícia ou não. 
Uma entrevistada em especial me chamou atenção, pois, disse que “de maneira geral desconfio de todas as fontes quando se trata de política e religião. Não há neutralidade, é sempre tendencioso.” Como disse acima, essa opinião me chama atenção por demonstrar o descrédito em todas as formas de comunicação. Deixando claro que a imparcialidade de fato não existe ai seu ver. Prefiro não citar os nomes dos meus entrevistados, mas sim apenas sua ocupação profissional, esta, por exemplo, é geógrafa. 
Contudo, de maneira geral os ouvintes entrevistados são de universos diferentes: professores, universitários, donas de casa e, demonstram várias visões para a mesma pergunta. Deixando claro, assim, que o rádio é um veiculo de comunicação com valor agregado junto ao público ouvinte. Porém, as notícias ouvidas podem ou não serem investigadas em outras fontes de informação. Abaixo estão as cinco respostas dos entrevistados para a pergunta: Como você recebe as noticias do rádio? 
“Bem, ao escutar uma noticia em radio, tento verificar em outros meios de comunicação para ver se realmente a noticia conferi e foi imposta de maneira imparcial,em geral acredito nas noticias ouvidas, pois há como se comprovar a veracidade das mesmas e creio que como instrumento de comunicação há que se confiar.” Estudante universitário 
“De maneira geral desconfio de todas as fontes quando se trata de política e religião. Não há neutralidade, é sempre tendencioso.” Professora de geografia (rede estadual).
“Dependendo do locutor eu confio e creio que seja verdade, mas tem uma minoria que não dou muito crédito. Essa é a maneira que recebo e vejo as noticias no rádio.” Estudante universitária 
“Eu acredito nas notícias que escuto e também confio nos radialistas. Eles me parecem bem confiáveis.” Dona de casa (ensino fundamental incompleto).
“Eu gosto de ouvir rádio, mas não acredito em tudo que escuto. Principalmente quando tem política no meio, muitos radialistas tem amizades com prefeitos. Mas eu confio na maioria das coisas.” Dona de casa (ensino médio incompleto).
5. CONCLUSÃO
	Com a realização deste trabalho de pesquisa pude perceber a complexibilidade que estar por de trás do fazer rádio. Desde a posição ideológica das emissoras, quanto os critérios utilizados para levar a informação ao ar. A maneira como os ouvintes recebem asnoticias, fez perceber que o rádio é um veículo que passa segurança, contudo seus locutores também são avaliados pelos ouvintes quanto o assunto é a confiabilidade. Desta maneira foi fundamental a procura por informações junto à emissora em questão para poder sanar as questões suscitadas pela pesquisa.