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Prova P1- Direito Civil IV

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PROVAPl
01) A respeito dos contratos, assinale a opção incorreta:
a) O contrato é um negócio jurídico resultante da manifestação da autonomia da vontade das partes, no qual
devem coexistir harmonicamente a função econômica e a função social, esta no interesse individual da parte
economicamente mais fraca da relação contratual e aquela no interesse da coletividade que necessita do equilíbrio
econômico do mercado e da segurança jurídica.
b) Tratando-se de relação de consumo e de contrato de adesão há presunção legal do poder negocial dominante e
presunção absoluta de que o consumidor e o aderente são juridicamente vulneráveis, pois submetidos ao poder
neçocíal do outro contratante.
c) O princípio da equivalência material busca preservar a equação e o justo equilíbrio contratual, seja para manter a
proporcionalidade Inicial dos direitos e obrigações, seja para corrigir os desequilíbrios supervenientes.
d) Admite-se a intervenção judicial nos contratos quando ocorrer uma causa superveniente ao contrato, capaz de
gerar mudanças nas condições econômicas sob as quais foi celebrado o contrato, ocasionando a onerosidade
excessiva decorrente de evento extraordinário e imprevisível ou, nos contratos de consumo, por fatos
supervenientes, mesmo previsíveis, que tornem as prestações excessivamente onerosas.
e) O dever de informar manifesta-se na fase pré-contratual pela imposição da obrigatoriedade de o contratante
fornecer ao outro todas as informações necessárias para que ela possa forma uma opinião esclarecida quanto firmar
ou não o contrato.
02) O Código Civil prescreveu que a liberdade de contratar será exercida sem razão da função social do contrato.
Assim neste caso, o princípio da função social do contrato foi erigido como:
a) Cânon de interpretação dos contratos.
b} Limitação da autonomia privada.
c) Elemento da validade do contrato.
d) Requisito indispensável à eficácia do contrato.
03) "Indo-se mais adiante, aventa-se a ideia de que entre o credor e o devedor é necessária a colaboração, um
ajudando o outro na execução do contrato. A tanto, evidentemente, não se pode chegar, dada a contra posição de
interesses, mas é certo que a conduta, tanto de um como de outro, subordina-se a regras que visam a impedir
dificulte uma parte a ação da outra".
Pode-se identificar o texto acima com o seguinte princípio aplicável aos contratos:
a) Da intangibilidade.
b) Do consensualismo.
c) Da força obrigatória.
d) Da boa-fé.
e) Da relatividade das obrigações pactuadas.
04) No que se refere aos contratos, é correta afirmar:
a) Os princípios da probidade e. da boa-fé estão ligados não s6 à interpretação dos contratos, mas também ao
interesse social de segurança das relações jurídicas, uma vez que as partes têm o dever de agir com honradez e
lealdade na conclusão do contrato e na sua execução.
b) A liberdade de contratar no Direito Brasileiro é absoluta, pois há o princípio da autonomia da vontade, onde se
permite às partes pactuar, mediante acordo de vontade, a disciplina de seus interesses.
c) O contrato de adesão é um contrato paritário, pois o aderente é tutelado pelos Códigos Civil e de Defesa do
Consumidor em relação ao ofertante.
d) A compra e venda entre cônjuges, qualquer que seja o regime de casamento, está proibida para evitar a venda
fictícia entre marido e mulher na constância do casamento, o que poderia levar à lesão de direitos de terceiros.
e) A pena convencional poderá ter efeito pleno iure, mas é necessário ter prova de que houve prejuízo com a
inexecução do contrato ou inadimplemento da obrigação.
05) Observadas as proposições abaixo, assinale a alternativa correta.
I - Inadimplida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, juros, atualizações monetária e honorários de
advogado.
11 - A mora sempre independe de interpelação, notificação ou protesto.
111- A cláusula penal compensatória não dispensa o credor de demonstrar as perdas e danos que sofreu com o
inadimplemento contratual,
IV - As arras penitenciais equivalem à cláusula penal na hipótese de inadimplemento culposo, perdendo-as, se
culpado quem as deu, ou devendo restitui-Ias em dobro, se culpado quem as recebeu.
a) Somente a proposição I está correta.
b) Somente as proposições I e IV estão corretas.
c) Somente as proposições I, l11e IV estão corretas.
d) Somente a proposição l1lestá correta.
e)Somente as proposições lle IV estão corretas.
06) Assinale a alternativa correta:
O direito de arrependimento é elemento integrante:
a) Dasarras confirmatórias.
b) Das arras penitenciais.
c) Da cláusula penal.
d) Do inadimplemento da obrigação.
07) Fernando comprometeu-se a vender um imóvel para Gilmar, por preço a ser pago mediante um pequeno sinal e
mais trinta prestações. Foi estipulada cláusula de arrependimento, podendo o compromitente vendedor desfazer o
negócio com a devolução de tudo quanto recebera mais correção monetária e juros. Depois de receber o sinal e 3 (
três) prestações, na incerteza da capacidade econômica do compromissário, Fernando veio a exercer o direito de
arrependimento, notificando o compromissário para desfazer o negócio. Recusase a novos pagamentos e deposita
tudo quanto havia recebido com correção monetária e juros.
a) Gilmar não pode se opor-ao desfaztmentõ põrque ã previsão de arrependimento é expressa.::
b) Gilmar não pode se opor ao desfazimento porque o direito de arrependimento só se extingue quando pago todo o
preço.
c) Gilmar não pode se opor ao desfazimento porque o direito de arrependimento só se extingue com o pagamento de
mais da metade do preço.
d) Gilmar pode se opor ao desfazimento porque o direito de arrependimento se extingue com o pagamento do
sinal e da primeira prestação.
08) Em relação ao inadimplemento das obrigações, assinale a alternativa correta:
a) Se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte ou se o montante da penalidade "for" manifestamente
excessivo, a penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo Juiz, tendo-se em vista a finalidade e a natureza do
negócio.
b) Nos contratos benéficos, responde por dolo o contratante a quem o contrato aproveite, e por culpa aquele a quem
não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as e exceções previstas em lei.
c) Os juros rnoratórios não poderão ser fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
impostos devidos à Fazenda Nacional quando provierem de deliberação da lei.
d) Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, o sinal não terá função
unicamente indenizatória e haverá direito indenização suplementar.
09) À luz do Código Civil, é correto afirmar que os principies sociais do contrato eliminaram os princtpios da
autonomia privada e do pacta sunt servada, ou seja, princípio da obrigatoriedade gerado pelas livres manifestações
de vontades.
Resposta: O princípio da autonomia privada confere aos contratantes o poder de regulamentar, em consonância
com seus interesses, as relações jurídicas de que participam, fixando o seu conteúdo, a fim de que-produzam os
efeitos almejados. E uma vez celerado oajust-e, adquire o mesmo força vinculant-e entre as partes, as quais ficam
sujeitas ao cumprimento daquilo que foi convencionado (princípio da obrigatoriedade ou pacta sunt servanda ).
É importante esclarecer que esses dois princípios, de resto clássicos na civilística ocidental, não foram abolidos
pelo sopro sociatizante verificado na novel legislação. Embora cada vez mais seja priorizada entre nós a função
social dos contratos, há de se conceber tal princípio como um limitador da autonomia privada - que a ele deve se
adequar - e como um condicionante da obrigatoriedade contratual.
É sob essa ótica que deve ser interpretado o disposto no art. 421 do CC, verbís: " A liberdade de contratar será
exercida em razão e nos limites da função social do contrato". Ademais, não se deve olvidar que, de acordo com o
Enunciado 23,aprovado na I Jornada de Direito Civil, promovida em 2002 pelo Centro de Estudos Judiciários do
Conselho de Justiça Federal, " a função social do contrato, prevista no art. 421do Código Civil, não elimina o
princípio quando presentes interesses rnetaindivíduais ou interesses individual relativo à dignidade da pessoa
humana À luz dessas premissas, resulta falsa a asserção contido no item.
10} Com o propósito de realizar sua convenção anual, no próximo mês de junho, a Opticom Informática ltda.,
reservou 50 (cinquenta) apartamentos o Hotel Bem-Estar ltda., localizado em Santos. A contratação foi realizada no
mês de janeiro, por meio de troca de correspondência, tendo o Hotel enviado seu orçamento, por escrito, e a
Opticorn lnforrnática aceitado integralmente os termos ali propostos, por igual via. No orçamento, o Hotel ressalvou
que os apartamentos estariam automaticamente reservados mediante aceitação da proposta e, caso a Opticom
Informática desistisse da reserva, que o fizesse mediante prévio aviso com o mínimo de 45 (quarenta e. cinco) dias de
antecedência, sob pena de arcar com o valor correspondente a 20% (vinte por cento) do preço total ajustado, a título
de cláusula penal. Em maio, a menos de 30% (trinta) dias do evento, a Opticom Informática resolveu cancelá-Ia,
alegando razões de conveniência empresaria, e recusa-se a pagar qualquer quantia ao Hotel, porque este não teria
tido prejuízo. Na qualidade de advogado (aluno) do Hotel Bem EStar Ltda., com resolver o problema? Anote que o
preço contratado importava em de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Resposta: A medida adequada é a propositura de ação monitória perante a Vara Cível da Comarca de Santos (local
do cumprimento da obrigação - art. 100, IV, d do CPC),visando o recebimento da multa penal equivalente aos 20%
(vinte por cento) do preço total combinado. A ação monitória justiça-se pela presença de prova escrita da
obrigação (correspondência) sem a eficácia de título executivo. No mérito, o candidato deverá sustentar a licitude
e a razoabilidade da cláusula penal, em face dos arts. 408 e seguintes do CC,e disposições do COC, principalmente
sob o aspecto de que não é necessária a alegação de prejuízo pelo credor (art. 416 do CCO. Eventualmente,
admltír-se-á ação de conhecimento com as considerações concernentes a esta variação.
11) Como se classificam e se distinguem as arras? No caso das que tornam obrigatório o contrato há uma situação em
que, ainda assim, é possível o arrependimento? Qual é?
Resposta: Arras é a quantia ou coisa entregue por um dos contratantes ao outro, como confirmação do acordo de
vontade e princípio de pagamento. Têm natureza acessória e caráter real, pois se aperfeiçoam com a entrega do
dinheiro ou de coisa fungível, por um dos contratantes ao outro. As arras são confirmatórias ou penitenciais. Sua
principal função é confirmar o contrato, que se torna obrigatório após a sua entrega. Prova o acordo de vontades,
não mais sendo lícito a qualquer dos contratantes rescindi-Io unicamente. Quem o fizer responderá por perdas e
danos. Quando o direito de arrependimento for convencionado pelas partes que se valer dessa faculdade. Quando
as arras permitirem que o contratante exija a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como
o mínimo de indenização, serão consideradas confirmatÓrias.
Nos termos do art. 418 do CC, se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-to por
desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por
desfeito e exigir a sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais, juros e
honorários de advogado. Assim, mesmo quando houver formas confirmatórias permitir-se-é o arrependimento
nesta última hipótese.

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