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Provas - DIREITO CIVIL IV

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Prova P1
01) A respeito dos contratos, assinale a opção incorreta:
a) O contrato é um negócio jurídico resultante da manifestação da autonomia da vontade das partes, no qual devem coexistir harmonicamente a função econômica e a função social, está no interesse individual da parte economicamente mais fraca da relação contratual e aquela no interesse da coletividade que necessita do equilíbrio econômico do mercado e da segurança jurídica.
b) Tratando-se de relação de consumo e de contrato de adesão há presunção legal do poder negocial dominante e presunção absoluta de que o consumidor e o aderente são juridicamente vulneráveis, pois submetidos ao poder negocial do outro contratante.
c) O princípio da equivalência material busca preservar a equação e o justo equilíbrio contratual, seja para manter a proporcionalidade Inicial dos direitos e obrigações, seja para corrigir os desequilíbrios supervenientes.
d) Admite-se a intervenção judicial nos contratos quando ocorrer uma causa superveniente ao contrato, capaz de gerar mudanças nas condições econômicas sob as quais foi celebrado o contrato, ocasionando a onerosidade excessiva decorrente de evento extraordinário e imprevisível ou, nos contratos de consumo, por fatos supervenientes, mesmo previsíveis, que tornem as prestações excessivamente onerosas.
e) O dever de informar manifesta-se na fase pré-contratual pela imposição da obrigatoriedade de o contratante fornecer ao outro todas as informações necessárias para que ela possa forma uma opinião esclarecida quanto firmar ou não o contrato.
02) O Código Civil prescreveu que a liberdade de contratar será exercida sem razão da função social do contrato. Assim neste caso, o princípio da função social do contrato foi erigido como:
a) Cânon de interpretação dos contratos.
b) Limitação da autonomia privada.
c) Elemento da validade do contrato.
d) Requisito indispensável à eficácia do contrato.
03) "Indo-se mais adiante, aventa-se a ideia de que entre o credor e o devedor é necessária a colaboração, um ajudando o outro na execução do contrato. A tanto, evidentemente, não se pode chegar, dada a contra posição de interesses, mas é certo que a conduta, tanto de um como de outro, subordina-se a regras que visam a impedir dificulte uma parte a ação da outra".
Pode-se identificar o texto acima com o seguinte princípio aplicável aos contratos:
a) Da intangibilidade.
b) Do consensualismo.
c) Da força obrigatória.
d) Da boa-fé.
e) Da relatividade das obrigações pactuadas.
04) No que se refere aos contratos, é correta afirmar:
a) Os princípios da probidade e. da boa-fé estão ligados não s6 à interpretação dos contratos, mas também ao interesse social de segurança das relações jurídicas, uma vez que as partes têm o dever de agir com honradez e lealdade na conclusão do contrato e na sua execução.
b) A liberdade de contratar no Direito Brasileiro é absoluta, pois há o princípio da autonomia da vontade, onde se permite às partes pactuar, mediante acordo de vontade, a disciplina de seus interesses.
c) O contrato de adesão é um contrato paritário, pois o aderente é tutelado pelos Códigos Civil e de Defesa do Consumidor em relação ao ofertante.
d) A compra e venda entre cônjuges, qualquer que seja o regime de casamento, está proibida para evitar a venda fictícia entre marido e mulher na constância do casamento, o que poderia levar à lesão de direitos de terceiros.
e) A pena convencional poderá ter efeito pleno iure, mas é necessário ter prova de que houve prejuízo com a inexecução do contrato ou inadimplemento da obrigação.
05) Observadas as proposições abaixo, assinale a alternativa correta.
I - Inadimplida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, juros, atualizações monetária e honorários de advogado.
II - A mora sempre independe de interpelação, notificação ou protesto.
III - A cláusula penal compensatória não dispensa o credor de demonstrar as perdas e danos que sofreu com o inadimplemento contratual,
IV - As arras penitenciais equivalem à cláusula penal na hipótese de inadimplemento culposo, perdendo-as, se culpado quem as deu, ou devendo restitui-Ias em dobro, se culpado quem as recebeu.
a) Somente a proposição I está correta.
b) Somente as proposições I e IV estão corretas.
c) Somente as proposições I, III e IV estão corretas.
d) Somente a proposição III está correta.
e) Somente as proposições ll e IV estão corretas.
06) Assinale a alternativa correta:
O direito de arrependimento é elemento integrante:
a) Das arras confirmatórias.
b) Das arras penitenciais.
c) Da cláusula penal.
d) Do inadimplemento da obrigação.
07) Fernando comprometeu-se a vender um imóvel para Gilmar, por preço a ser pago mediante um pequeno sinal e mais trinta prestações. Foi estipulada cláusula de arrependimento, podendo o compromitente vendedor desfazer o negócio com a devolução de tudo quanto recebera mais correção monetária e juros. Depois de receber o sinal e 3 (três) prestações, na incerteza da capacidade econômica do compromissário, Fernando veio a exercer o direito de arrependimento, notificando o compromissário para desfazer o negócio. Recusa-se a novos pagamentos e deposita tudo quanto havia recebido com correção monetária e juros.
a) Gilmar não pode se opor ao desfazimento porque ã previsão de arrependimento é expressa.
b) Gilmar não pode se opor ao desfazimento porque o direito de arrependimento só se extingue quando pago todo o preço.
c) Gilmar não pode se opor ao desfazimento porque o direito de arrependimento só se extingue com o pagamento de mais da metade do preço.
d) Gilmar pode se opor ao desfazimento porque o direito de arrependimento se extingue com o pagamento do sinal e da primeira prestação.
08) Em relação ao inadimplemento das obrigações, assinale a alternativa correta:
a) Se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte ou se o montante da penalidade "for" manifestamente excessivo, a penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo Juiz, tendo-se em vista a finalidade e a natureza do negócio.
b) Nos contratos benéficos, responde por dolo o contratante a quem o contrato aproveite, e por culpa aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as e exceções previstas em lei.
c) Os juros moratórios não poderão ser fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional quando provierem de deliberação da lei.
d) Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, o sinal não terá função unicamente indenizatória e haverá direito indenização suplementar.
09) À luz do Código Civil, é correto afirmar que os principies sociais do contrato eliminaram os princípios da autonomia privada e do pacta sunt servanda, ou seja, princípio da obrigatoriedade gerado pelas livres manifestações de vontades.
Resposta: O princípio da autonomia privada confere aos contratantes o poder de regulamentar, em consonância com seus interesses, as relações jurídicas de que participam, fixando o seu conteúdo, a fim de que-produzam os efeitos almejados. E uma vez celerado o ajuste, adquire o mesmo força vinculante entre as partes, as quais ficam sujeitas ao cumprimento daquilo que foi convencionado (princípio da obrigatoriedade ou pacta sunt servanda ).
É importante esclarecer que esses dois princípios, de resto clássicos na civilística ocidental, não foram abolidos pelo sopro socializante verificado na novel legislação. Embora cada vez mais seja priorizada entre nós a função social dos contratos, há de se conceber tal princípio como um limitador da autonomia privada - que a ele deve se adequar - e como um condicionante da obrigatoriedade contratual.
É sob essa ótica que deve ser interpretado o disposto no art. 421 do CC, verbís: "A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato". Ademais, não se deve olvidar que, de acordo com o Enunciado 23, aprovado na I Jornada de Direito Civil, promovida em 2002pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho de Justiça Federal, "a função social do contrato, prevista no art. 421do Código Civil, não elimina o princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesses individual relativo à dignidade da pessoa humana À luz dessas premissas, resulta falsa a asserção contido no item.
10) Com o propósito de realizar sua convenção anual, no próximo mês de junho, a Opticom Informática Ltda. reservou 50 (cinquenta) apartamentos o Hotel Bem-Estar Ltda., localizado em Santos. A contratação foi realizada no mês de janeiro, por meio de troca de correspondência, tendo o Hotel enviado seu orçamento, por escrito, e a Opticom lnformática aceitado integralmente os termos ali propostos, por igual via. No orçamento, o Hotel ressalvou que os apartamentos estariam automaticamente reservados mediante aceitação da proposta e, caso a Opticom Informática desistisse da reserva, que o fizesse mediante prévio aviso com o mínimo de 45 (quarenta e. cinco) dias de antecedência, sob pena de arcar com o valor correspondente a 20% (vinte por cento) do preço total ajustado, a título de cláusula penal. Em maio, a menos de 30% (trinta) dias do evento, a Opticom Informática resolveu cancelá-la, alegando razões de conveniência empresaria, e recusa-se a pagar qualquer quantia ao Hotel, porque este não teria tido prejuízo. Na qualidade de advogado (aluno) do Hotel Bem Estar Ltda., com resolver o problema? Anote que o preço contratado importava em de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Resposta: A medida adequada é a propositura de ação monitória perante a Vara Cível da Comarca de Santos (local do cumprimento da obrigação - art. 100, IV, d do CPC), visando o recebimento da multa penal equivalente aos 20% (vinte por cento) do preço total combinado. A ação monitória justiça-se pela presença de prova escrita da obrigação (correspondência) sem a eficácia de título executivo. No mérito, o candidato deverá sustentar a licitude e a razoabilidade da cláusula penal, em face dos arts. 408 e seguintes do CC, e disposições do COC, principalmente sob o aspecto de que não é necessária a alegação de prejuízo pelo credor (art. 416 do CCO. Eventualmente, admitir-se-á ação de conhecimento com as considerações concernentes a esta variação.
11) Como se classificam e se distinguem as arras? No caso das que tornam obrigatório o contrato há uma situação em que, ainda assim, é possível o arrependimento? Qual é?
Resposta: Arras é a quantia ou coisa entregue por um dos contratantes ao outro, como confirmação do acordo de vontade e princípio de pagamento. Têm natureza acessória e caráter real, pois se aperfeiçoam com a entrega do dinheiro ou de coisa fungível, por um dos contratantes ao outro. As arras são confirmatórias ou penitenciais. Sua principal função é confirmar o contrato, que se torna obrigatório após a sua entrega. Prova o acordo de vontades, não mais sendo lícito a qualquer dos contratantes rescindi-lo unicamente. Quem o fizer responderá por perdas e danos. Quando o direito de arrependimento for convencionado pelas partes que se valer dessa faculdade. Quando as arras permitirem que o contratante exija a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo de indenização, serão consideradas confirmatórias. Nos termos do art. 418 do CC, se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito e exigir a sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais, juros e honorários de advogado. Assim, mesmo quando houver formas confirmatórias permitir-se-á o arrependimento nesta última hipótese.
Prova Sub P1
01) Assinale a alternativa incorreta:
a) O valor previsto como cláusula penal não pode superar o valor da obrigação principal.
b) A resolução do negócio jurídico por onerosidade excessiva, visando a manutenção do equilíbrio econômico de contrato, com abrandamento do princípio "pacta sunt servanda" em face da cláusula "rebus sic stantibus", permite ao juiz integralizar o negócio jurídico a partir de situação fática, sem previsão contratual.
c) O privilégio especial só compreende os bens sujeitos, por expressa disposição de lei, ao pagamento do crédito que ele favorece, e o geral, todos os bens não sujeitos a crédito real, nem a privilégio especial.
d) Nos contratos benéficos, somente responde por dolo o contratante a quem o contrato aproveite, e por simples culpa aquele à quem não favoreça.
e) A cláusula penal prevista em negócio jurídico deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
02) Em decorrência de chuvas torrenciais, um comerciante se viu impedido de entregar, no prazo, ajustado contratualmente à mercadoria vendida, causando prejuízo ao credor. Por conseguinte, o dano experimentado pelo credor:
a) Não se sujeita à reparação, haja vista que o caso fortuito exclui a relação de causalidade.
b) Deve ensejar reparação, inexistindo cláusula contratual de não indenizar.
c) Não pode ensejar reparação, posto que a cláusula contratual de não indenizar é absoluta, operando, inclusive, além do espectro obrigacional.
d) Deve provocar a reparação, eis que o caso fortuito não exclui a responsabilidade civil e a relação de causalidade.
03) Julgue os itens a seguir:
I - O distrato e a quitação exigem a mesma forma observada no contrato.
II - Nas obrigações periódicas a quitação da última parcela gera a presunção absoluta do pagamento das anteriores.
III - A mora se caracteriza pelo descumprimento culposo da obrigação no lugar, tempo e a forma convencionados.
IV - O devedor que já estiver em mora responde pelos prejuízos decorrentes de caso fortuito ou de força maior, salvo se provar que o dano ocorreria, mesmo se houvesse cumprido sua obrigação na forma contratada.
Estão corretas somente:
a) l e lll.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV
04) Nas obrigações portáveis de dar coisa certa, o perecimento do objeto da prestação, após o prazo de entrega, corre por conta do:
a) Credor, independentemente de sua constituição formal em mora.
b) Devedor, independentemente de sua constituição formal em mora.
c) Credor, desde que tenha sido formalmente constituído em mora.
d) Devedor, desde que tenha sido formalmente constituído em mora.
05) A respeito do ato ilícito, assinale a opção correta:
a) Ato ilícito é o que se pratica de acordo com a ordem jurídica, mas que viola direito subjetivo individual, apto a causar dano material ou moral a outrem.
b) Todo ato lesivo é classificado como ato ilícito.
c) Na seara da culpa extracontratual, o ofendido não precisa constituir o devedor em mora.
d) A ilicitude do ato praticado com abuso de direito possui sempre natureza subjetiva, somente aferível a partir da comprovação da existência de culpa ou dolo.
06) Relativamente ao inadimplemento das obrigações, indique a afirmativa equivocada:
a) Nas obrigações provenientes de ato ilícito, os juros demora se contam desde a citação.
b) É admissível a concomitância de moras recíprocas.
c) Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre ele em mora.
d) Se por expressamente se responsabilizou, responde o devedor pelos prejuízos resultantes de caso fortuito e força maior.
07) É correto afirmar que o devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação:
a) Que resulte de força maior, se ocorreu durante o atraso. 
b) Que resulte de caso fortuito.
c) Mesmo que prove que o dano ocorreria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
d) Ainda que isento de culpa.
08) “Purgação de mora é um ato espontâneo do contratante moroso, que visa remediar a situação a que deu causa, evitando os efeitos dela decorrentes, reconduzindo a obrigação à normalidade”. A propósito da mora, é incorreto afirmar que:a) Se a mora é do credor, este pode purgá-la, dispondo-se a receber o pagamento, acrescido da importância dos prejuízos que sofreu até o dia da quitação.
b) Se a obrigação é positiva e líquida, contraída a termo certo, a mora decorrerá do simples vencimento do prazo;
c) Se a obrigação é positiva e líquida, contraída sem prazo determinado, a mora só se verificará após decorrido o prazo fixado através de notificação, interpelação ou protesto;
d) Se a obrigação é negativa, o devedor estará em mora desde o dia em que executar o ato a cuja abstenção se obrigara;
e) Se a obrigação foi contraída por devedores solidários, todos eles são responsáveis pelos juros de mora, mesmo que a ação tenha sido proposta apenas contra um deles.
09) Quais as consequências quando, em um contrato bilateral, a obrigação de uma das partes se extingue por caso fortuito ou força maior?
10) Uma obrigação de fazer, em relação à qual se convencionou cláusula penal, foi totalmente descumprida pelo devedor. No ponto de vista do direito material, o que pode o pedir o credor?
11) Pode o credor, em razão de inadimplemento total da obrigação, exigir do devedor o pagamento da cláusula penal compensatória prevista no contrato, juntamente com pedido de indenização por perdas e danos? Justifique.
Prova P2
01) Sobre vícios redibitórios e evicção, de acordo com disposições do Código Civil, assinale a alternativa correta:
a) As benfeitorias necessárias ou úteis, abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
b) Se a coisa perecer por vício oculto, existente quando da tradição, a responsabilidade do alienante persiste, mesmo que o perecimento ocorra estando ela em poder do alienatário.
c) Uma vez configurado o vício oculto da coisa, o adquirente pode somente rejeitá-la, redibindo o contrato, sendo-lhe defeso reclamar abatimento do preço.
d) Não obstante haver cláusula que exclua a garantia contra a evicção, se esta se der, o evicto tem o direito de recobrar o preço que pagou, mesmo sabendo do risco da evicção.
02) O adquirente de coisa recebida em virtude de contrato comutativo com vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor, decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço, assinale a alternativa correta:
a) no prazo de um ano, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade;
b) no prazo de um ano; contado da entrega efetiva; se Já estava na posse, o prazo conta-se da alienação;
c) No prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade;
d) No prazo de sessenta dias se a coisa for móvel, e de dois anos se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
03) Uma das principais, se não a das mais importantes características do vício redibitório, consiste no fato de que, por ocasião da compra e venda a coisa.
Assinale a alternativa ativa correta:
a) Deverá ser do inteiro desconhecimento do comprador;
b) Deverá ser completamente oculta ao comprador;
c) Deverá ser imprestável para a finalidade almejada pelo comprador;
d) Deverá ser o resultado de uma propaganda enganosa.
04) Sobre os vícios redibitórios, é correto afirmar:
a) São defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de qualquer tipo de contrato.
b) Ocorrendo vício redibitório pode o adquirente rejeitar a coisa ou conservar o bem e reclamar abatimento no preço sem acarretar a redibição do contrato, através da ação estimatória ou quanti minoris.
c) Se o alienante tinha ciência do vício oculto, deverá restituir o que recebeu, sem perdas e danos.
d) Se a coisa vier a perecer em poder do alienatário, em razão do defeito já existente ao tempo da tradição, o alienante não terá de restituir o que recebeu.
e) A ação redibitória ou estimatória deve ser proposta dentro do prazo de trinta dias, em se tratando de bens móveis ou imóveis.
05) O conceito de vício redibitório está no art. 441 do Código Civil. Não é coerente com esse conceito afirmar-se que:
a) Aplica-se às doações onerosas.
b) A ignorância do vício exime o alienante de qualquer responsabilidade.
c) O vício deve tornar a coisa imprópria ao uso a que é destinada.
d) É aplicável aos contratos comutativos.
e) Todas as alternativas são corretas.
06) Sobre a estipulação em favor de terceiro é correto afirmar que:
a) A faculdade de revogar o benefício é pessoal, não passando aos herdeiros do estipulante, no caso do seu falecimento.
b) É desprezada a aceitação do terceiro, tanto na realização da obrigação quanto no seu cumprimento.
c) Apenas o estipulante pode exigir a obrigação.
d) É necessária a anuência do outro contratante para a substituição do beneficiário.
e) A substituição do beneficiário pode ser feito por ato entre vivos, mas não por disposição de última vontade.
07) Assinale a alternativa correta:
a) Ao estipulante é reservado o direito de substituir o terceiro -designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante, por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
b) É válida a "cláusula que estipula a renúncia antecipada do aderente a direito resultante do contrato de adesão.
c) O promitente por fato de terceiro não responde por perdas e danos, quando este não executá-la.
d) A coisa recebida em virtude de doação não onerosa pode ser enjeitada por vícios redibitórios que a tornem imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminua o valor.
e) O alienante responde pela evicção nos contratos gratuitos.
08) Dispõem:
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro: " artigo 9° (...), § 2°. A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente".
Código Civil: “Artigo 435 Reputar-se-á celebrado no lugar em que foi proposto”.
A face destes textos legais, é correto afirmar:
a) O art. 9°. Revogou o art. 435 do Código Civil.
b) Os textos acima do art. 9°, § 2° da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e do art. 435 do Código Civil estão em vigor.
c) Os textos acima do art. 9°. § 2° da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e do art. 435 do Código Civil revogam-se reciprocamente.
d) O art. 435 do Código Civil revogou o art. 9°, § 2° da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.
e) O art. 9°. § 2° da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro foi revogada por tratado internacional de que o Brasil é signatário, sendo repristinado o art. 435 do Código Civil.
09) " Quando o objeto adquirido não é o que o comprador pretendeu adquirir, este pode rescindir o contrato, alegando a ocorrência de vício redibitório ". O raciocínio está certo ou errado? Justifique.
Resposta: Os vícios redibitórios se revelam na presença de defeitos ocultos incidentes sobre a coisa alienada (CC, art. 441). Não se confunde com o erro quanto ao objeto principal da declaração, previsto no art. 139, I do CC, o qual tem lugar quando o interessado recebe uma coisa que não corresponde à que almejava obter.
Assim, se o comprador adquire uma casa situada em rua de subúrbio, julgando tratar-se de outra, localizada em avenida homônima extremamente valorizada, fala-se que laborou em erro essencial. Por outro lado, se a aquisição teve por objeto o imóvel de fato cobiçado, que porém vem a apresentar constantes vazamentos, decorrentes de infiltração já existentes por ocasião da avença, a hipótese será de vícios redibitórios.
E os-provimentos jurídicos postos à disposição do contratante prejudicado também irão variar, conforme se trate de um ou de outro tipo de situação: sendo o negócio celebrado sob a eiva do erro substancial, dispõe o interessado da ação anulatória, tendente à desconstituição de seus efeitos (CC, 8ft. 171, 11); no caso de vícios redibitórios, o remédio apropriado tanto poderá ser a ação redibitória, se houver interesse em rescindir a convenção (CC,art.441),como a ação quanti minoris, caso se objetive a obtenção de abatimento no preço (CC, art. 442). Raciocínio errado.
10) "Aos contratos inominados ou atípicos se aplicam os princípios gerais do direito contratual, incluindo os inovadores princípios da vedação à onerosidade excessiva, o da boa-fé objetiva e da função social do contrato ". O raciocínio está certo ou errado? Justifique.
Resposta: Aos contratos atípicos (ou inominados), que não contam com regulamentação legal expressa, serão aplicadas as disposições gerais constantes da legislação civil (CC, art. 425), o que determina, em consequência, a sua sujeição aos princípios da função social (CC, art. 421), da boa-fé objetiva (CC, 422) e da vedação da onerosidade excessiva (CC, art. 478 e seguintes). Raciocínio correto.
11) " Considere a seguinte situação hipotética. Maria recebeu, por via postal, em sua residência, uma conhecida revista técnica, com ordem para devolvê-la a Editora com recusa expressa, caso não a aceitasse sob a modalidade de assinatura. Nessa situação, se Maria não recusar a revista por escrito, considera-se ter aceito tacitamente a assinatura da revista, tornando-se devedora da editora ". O raciocínio está certo ou errado? Justifique.
Resposta: Em princípio, o silêncio do destinatário a respeito de urna oferta não se deve interpretar como aceitação. Se ele calou, é porque preferiu não manifestar sua vontade, sendo em tese defeso tomar essa atitude como anuência à proposta apresentada.
A ser assim, caso determinada editora envie um periódico a um pretenso consumidor, com ordem de restitui-lo com recusa-expressa-e casa de não haver interesses em sua assinatura, não se poderá jamais concluir, à vista disso, que a omissão do destinatário em tomar a providência reclamada possa tacitamente vinculá-lo ao ajuste com o ofertante.
Entretanto, importa trazer à baila que, em caráter excepcional - o que refoge à hipótese formulada -, o silêncio poderá importar em anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessário a declaração de vontade expressa (CC, art. 111), Sem acerto, portanto.
Prova Sub P2
01) Assinale a alternativa correta:
a) Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção, subsistindo esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. "
b) Não atendendo o alienante à denunciação da lide e sendo manifesta a procedência da evicção, deve o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.
c) Deve o adquirente demandar pela evicção, mesmo sabendo que a coisa era alheia ou litigiosa.
d) Não podem as partes, mesmo por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
e) Se parcial, mas considerável, for a evicção, não poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido.
02) Assinale a alternativa correta:
a) Salvo disposição em contrário, o cedente responde pela solvência do credor.
b) O mandante é obrigado a pagar ao mandatário a remuneração ajustada e as despesas de execução do mandado desde que o negócio surta o efeito esperado.
c) O depósito necessário presume-se gratuito.
d) Não pode o adquirente demandar pela evicção se foi privado da coisa, não pelos meios judiciais, mas por caso fortuito, força maior, roubo ou furto.
e) O mandato deve ser expresso e escrito, presumindo-se, no silêncio, onerosidade.
03) O alienante responde pela evicção nos contratos:
a) Gratuitos, não sendo permitido reforçar essa garantia além do valor do bem.
b) Onerosos e esta responsabilidade não pode ser excluída, ainda que por cláusula expressa.
c) Onerosos ou gratuitos, mas esta responsabilidade pode ser diminuída ou excluída por cláusula expressa.
d) Onerosos e esta garantia subsiste embora a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
e) Onerosos ou gratuitos, não podendo ser essa responsabilidade reforçada ou diminuída ainda que por cláusula expressa
04) Dadas as asserções, assinale a alternativa correta:
I - A cláusula de exclusão da garantia contra a evicção - non prestanda evictione - não impede que o evicto cobre o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção.
II - No arredamento mercantil (leasing), o período determinado para o valor da contra prestação não pode, em nenhuma hipótese, ser superior a seis meses.
III - O mandatário pode compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos, que, por outro lado, tenha granjeado ao seu constituinte.
IV - No contrato de consumo feito por telefone o prazo de reflexão do consumidor é de dez dias.
a) Somente a I está correta.
b) Somente a 11e a 111estão corretas.
c) Todas estão corretas.
d) Somente a 111e IV estão corretas.
05) Na compra e venda o alienante (assinale a alternativa correta):
a) Não se responsabiliza pela evicção;
b) Poderá se responsabilizar pela evicção;
c) A responsabilidade pela evicção dependerá do Poder Judiciário;
d) Se responsabilizará obrigatoriamente pela evicção.
06) Com relação à evicção, é correto concluir:
a) É vedado às partes diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção, ainda que por cláusula expressa.
b) Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção Não subsiste, no entanto, esta garantia se a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
c) O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa na época em que se venceu e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
d) Pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa, em razão da garantia legal existente.
e) Se a evicção for parcial e considerável, caberá somente direito à indenização.
07) Examine as assertivas abaixo:
I - O atual Código Civil adotou o princípio da forma livre para o contrato preliminar.
II - A ausência de outorga uxória nos casos em que é exigida é obstáculo a que o contrato preliminar sofra execução especifica.
III - A falta de requisitos que atribuíram ao contrato preliminar a execução específica não o torna destituído de efeitos.
IV - Em contrato com pessoa a declarar a assunção do nomeado tem efeito ex tunc.
a) I e II são incorretas;
b) III e IV são incorretas;
c) Nenhuma é correta;
d) Todas são corretas.
08) Acerca do contrato preliminar é correto afirmar que:
a) Tem a mesma função do sinal ou arras na venda e compra.
b) Não tem força obrigatória, podendo qualquer das partes dá-lo por desfeito mediante notificação judicial.
c) Não comporta em qualquer hipótese execução específica e seu descumprimento apenas enseja o pagamento de perdas e danos.
d) Deve conter todos requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado, exceto quanto à forma.
e) Deve observar, sob pena de nulidade, a forma do contrato a ser celebrado, em virtude da regra segundo a qual o acessório segue o principal.
09) Antônio comprou um automóvel de Benedito, pagando-lhe o preço e transferindo o domínio para o seu nome junto ao órgão competente. Dias depois, o veículo foi apreendido por uma financeira, amparada em ação de busca e apreensão ajuizada por esta contra Benedito. Com efeito, a documentação do automóvel adquirido por Antônio havia sido adulterada. Ao propor ação de indenização para receber o valor pago pelo carro, Antônio deverá: A) Ajuizá-la contra Benedito, contra a Financeira, ou contra ambos? Fundamentá-la no vicio redibitório, na evicção ou na fraude?
Resposta: A ação de indenizatória deverá ser movida exclusivamente contra Benedito, na medida em que a financeira tem justa causa para apreender o automóvel por força de venda com reserva de domínio ou alienação fiduciária em garantia. Ademais, se o documento estava fraudado, não havia meios para Antônio se precaver, constituindo-se, portanto, em terceiro de boa-fé tanto objetiva quanto subjetiva. A causa de pedir ou seja, o fundamento do pedido é a evicção por força do que dispõe o art. 447 do Código Civil
10) O contrato de compromisso de compra e venda é. preliminar ou definitivo?
Resposta: O contratopreliminar é aquele por via do qual uma ou ambas as partes comprometem-se a celebrar mais tarde outro contrato, que será principal e definitivo. O contrato preliminar não goza de quaisquer definitividade, tendo em vista a absoluta necessidade de se estabelecer outro negócio jurídico, sendo apenas perfeito e acabado enquanto promessa. As partes assumem somente o compromisso de realizar outro contrato, que será o definitivo. Trata-se de uma obrigação de contratar obrigando as partes a emitir declaração de vontade e a praticar todos os atos indispensáveis até a conclusão de outro contrato futuro. O compromisso de compra e venda goza de definitividade sendo a escritura outorgada de forma superveniente apenas para a formalização de contrato. Portanto, o contrato de compromisso de compra e venda é definitivo.
11) O que é um contrato com pessoa declarar?
Resposta: É um contrato que não possui origem no direito romano, em que no momento da conclusão da avença uma das partes reserva-se a faculdade de indicar, em momento futuro, a pessoa que adquirirá os direitos e assumirá as obrigações decorrentes do ato negociaI (Art. 467 a 471 do Código Civil).

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