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Matéria de Direito Comercial I 1º Bimestre

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DIREITO COMERCIAL I
1) INTRODUÇÃO.
1.1 – O Direito Comercial tem seu início desde a época das negociações através do escambo ou troca. Posteriormente ocorreu a chamada fase monetária para o adimplemento das obrigações. Contudo, o Direito Comercial moderno destaca-se em razão do Princípio da Especialidade. Assim, o sujeito torna-se especialista em determinado segmento da atividade empresarial.
1.2 – O direito comercial, empresarial, mercantil ou de negócios é o ramo específico do direito privado.
1.3 – Com a vigência do Código Civil de 2002, ocorreu a inclusão de um novo livro na parte especial (Livro II – Direito de Empresa). Dessa forma, o professor Miguel Reale trouxe a chamada proteção unificada para o direito obrigacional brasileiro. Assim, as obrigações civis e empresariais recebem a mesma proteção. Ainda, o Código Civil de 2002 revogou parte do Código Comercial de 1850 (Art. 1º ao 456 do CCom).
2) TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO.
2.1 – A Teoria dos Atos de Comércio tem origem do direito francês. Para essa teoria as obrigações civis e comerciais devem receber tratamento diferenciado. Ainda, essa teoria traz uma lista contemplando as atividades consideradas comerciais. Logo, as atividades que não estão contempladas no rol não receberão a respectiva proteção.
2.2 – O Brasil adotou em um primeiro momento a Teoria dos Atos de Comércio (Código Civil de 1916 e Código Comercial de 1850).
3) TEORIA DA EMPRESA.
3.1 – A Teoria da Empresa tem origem do direito italiano. Na Itália o direito privado é unificado, e consequentemente, o direito obrigacional recebe a mesma proteção. Para essa teoria existem requisitos a serem preenchidos para que a atividade seja considerada empresarial.
3.2 – O Brasil adota atualmente a Teoria da Empresa para fins de direito empresarial (Código Civil de 2002, Livro II, Direito de Empresa).
4) FONTES DO DIREITO COMERCIAL.
4.1 – O Direito Comercial ou Empresarial tem como fonte primária a lei. Contudo, também são aplicadas as fontes secundárias do direito (princípios, costumes, jurisprudência, analogia e doutrina).
5) INFORMAÇÕES.
5. 1 – A CF/88 estabelece que o direito comercial ou empresarial é uma disciplina autônoma do direito.
5.2 – O direito comercial ou empresarial está fortemente ligado ao exercício da atividade empresarial.
EMPRESÁRIO
1) CONCEITO.
1.1 – Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços (Art. 966 do CC).
1.2 – Empresário é gênero, dos quais são espécies: 
a) Empresário Individual é aquele que exerce a atividade empresarial em nome próprio;
b) Sociedade Empresaria é a pessoa jurídica constituída pelos sócios para o exercício da atividade empresarial; e
c) EIRELI é a empresa individual de responsabilidade limitada.
1.3 – Ser profissional significa que a atividade empresarial deve ser habitual, com a colaboração de prepostos e com o domínio das informações dos produtos e serviços inseridos no mercado (Profissional é requisito para ser Empresário).
1.4 – Atividade significa o exercício da empresa. O empresário exerce a empresa em um local específico chamado estabelecimento empresarial.
Pergunta: Qual a diferença entre empresário, empresa e estabelecimento empresarial?
1.5 – Econômica significa que toda atividade empresarial visa o lucro. Não existe atividade empresarial sem fins lucrativos.
1.6 – Organizada significa que o empresário deve utilizar os fatores de produção em sua organização empresarial.
1.7 – Produção ou fabricação de produtos é uma das vertentes da atividade empresarial. Do mesmo modo, a prestação de serviço direta é uma das hipóteses da atividade empresarial.
1.8 – A circulação de produtos e de serviços também configuram hipóteses da atividade empresarial.
Comentários: Somente exerce atividade empresarial se estiver enquadrado no art. 966 do CC, mas somente são empresários quando preenchem todos os requisitos e inscritos nos órgãos competentes e quando não inscrito é considerado um empresário irregular.
2) ATIVIDADES CIVIS.
2.1 – O profissional intelectual não é considerado empresário, nos termos do art. 966, § único do CC. Exerce uma atividade civil. Exceção: Salvo se o exercício de sua atividade constituir elemento de empresa.
2.2 – O prestador de serviço que não preenche os demais requisitos da lei não é considerado empresário.
2.3 – O pequeno e médio produtor rural não e considerado empresário. Aquele que exerce o agronegócio é considerado empresário. O art. 971 do CC apresenta uma faculdade para que o pequeno e médio produtor rural possa inscrever-se nos órgãos competentes para ser considerado empresário.
2.4 – A cooperativa não é considerada atividade empresarial, pois é disciplinada pela Lei nº 5.764/71.
2.5 – O micro empreendedor individual (MEI) exerce uma atividade civil, pois as suas características estão relacionadas à regularização e efeitos previdenciários. Contudo, há entendimentos que o MEI exerce atividade empresarial.
3) PREPOSTO.
3.1 – Os prepostos são os empregados ou representantes do empresário. Assumem responsabilidade subsidiária em seu exercício. Se agir com dolo a responsabilidade será solidária. 
3.2 – O contador ou contabilista é o preposto responsável pela contabilidade do empresário. Pode ser empregado ou prestador de serviço.
3.3 – O administrador ou gerente é o preposto responsável pela gestão da atividade empresarial. É importante que o contrato social apresente as características e os poderes do administrador ou gerente.
DA LIVRE INICIATIVA
1) INTRODUÇÃO.
1.1 – O art. 170 da CF/88 estabelece que é livre a iniciativa privada para o exercício da atividade empresarial.
1.2 – O Estado não é considerado empresário, pois exerce uma atividade econômica supletiva, nos termos do art. 173 da CF/88.
1.3 – Para o direito empresarial moderno é necessário respeitar os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência.
2) INFRAÇÕES.
2.1 – A Lei nº 12.529/11 disciplina o sistema brasileiro da livre concorrência.
2.2 – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é o órgão federal responsável por coibir o abuso do poder econômico no exercício da atividade empresarial. Ainda é órgão consultivo e deliberativo para as grandes negociações e fusões empresariais.
2.3 – As decisões condenatórias do CADE tem força de título executivo extrajudicial.
3) CONCORRÊNCIA DESLEAL.
3.1 – A concorrência desleal desencadeia efeitos em vários ramos do direito. Em direito privado os principais efeitos estão relacionados a reparação de danos.
3.2 – As características e as provas produzidas no caso concreto apresentarão a incidência ou não de concorrência desleal.
3.3 – As regras da responsabilidade civil serão utilizadas pelo empresário para fim de ressarcimento de danos.
4) PROIBIDOS DE EXERCER EMPRESAS.
4.1 – A lei proíbe determinados indivíduos de exercer a atividade empresarial em razão de existir possíveis privilégios ou em razão de alguma conduta indevida praticada anteriormente na área empresarial.
4.2 – Os principais proibidos de exercer a atividade empresarial estão relacionados ao serviço público. Assim, a lei que disciplina o cargo apresentara a respectiva proibição. O falido não recuperado também está proibido de exercer a atividade empresarial. Vale apontar que as obrigações eventualmente realizadas pelo proibido devem ser cumpridas.
REGISTRO DE EMPRESA
1) ÓRGÃOS.
1.1 – Todo empresário deve inscrever-se nos respectivos órgãos de registro de empresa. A Lei nº 8.934/94 disciplina o registro da atividade empresarial. São órgãos do registro de empresa: O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) e Junta Comercial.
1.2 – O DNRC é um órgão federal responsável por disciplinar e supervisionar o registro de empresa, bem como fiscalizar a atuação das Juntas Comerciais.
1.3 – A Junta Comercial é um órgão estadual responsável pelas atividades de execução do registro de empresa. No aspecto técnico está subordinada ao DNRC e nas questõesadministrativas ao Governo Estadual. 
2) ATOS.
2.1 – Arquivamento é o ato de registrar a atividade empresarial. Dessa forma, os atos constitutivos são arquivados na Junta Comercial. As alterações contratuais são espécies de arquivamento.
2.2 – Matrícula é o ato de registrar as atividades que não são consideradas empresariais. Para fins de regularidade e por disposições legais, algumas atividades civis são registradas na Junta Comercial.
2.3 – Autenticação é o ato do registro relacionado a verificação dos livros comerciais e demais documentos da escrituração mercantil do empresário.
3) EMPRESÁRIO INATIVO.
3.1 – Considera-se empresário inativo aquele que realizou o registro da atividade empresarial e ficou por mais de 10 (dez) anos sem remeter qualquer informação para a Junta Comercial.
4) EMPRESÁRIO IRREGULAR. 
4.1 – Considera-se empresário irregular aquele que preenche todos os requisitos legais, mas não realizou os respectivos registros nos órgãos competentes.
LIVROS COMERCIAIS
1) INTRODUÇÃO. 
1.1 – Todo empresário deve realizar a sua escrituração mercantil através dos livros comerciais. O contador é o preposto responsável pela elaboração técnica dos livros comerciais.
2) ESPÉCIES.
2.1 – Os livros comerciais podem ser: Obrigatórios e Facultativos. Os livros obrigatórios são aqueles impostos a todo empresário. Já os facultativos são de livre escolha do empresário.
2.2 – Os livros obrigatórios subdividem-se em: Comum e Especial. Os livros obrigatórios comuns são aqueles relacionados a toda a atividade empresarial. Já os livros obrigatórios especiais serão utilizados em situações específicas.
3.3 – Os artigos 1.179 ao 1.195 do CC estabelecem as regras de elaboração dos livros comerciais.
3) ESCRITURAÇÃO LEGAL. 
3.1 – Considera-se regular a escrituração mercantil que preenche os requisitos intrínsecos e extrínsecos.
3.2 – Os requisitos intrínsecos são relacionados à contabilidade. Assim, os livros comerciais devem ser elaborados pelo contador registrado no órgão competente. Os requisitos extrínsecos são pertinentes à regularidade e a autenticação elaborada na Junta Comercial.
3.3 – A escrituração será considerada irregular quando não preencher os requisitos intrínsecos e extrínsecos.
4) EXIBIÇÃO JUDICIAL.
4.1 – Os livros comerciais gozam do Princípio do Sigilo. Contudo, o magistrado pode determinar a exibição total ou parcial dos livros para fins de auxiliar sua convicção em uma demanda judicial.
5) BALANÇOS ANUAIS.
5.1 – A lei dispõe que o empresário deve apresentar os balanços anuais de patrimônio e de resultado econômico.
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
1) CONCEITO.
1.1 – Trata-se do complexo de bens reunidos pelo empresário com a respectiva organização empresarial para o exercício da empresa.
1.2 – O estabelecimento empresarial é composto de bens móveis, imóveis, corpóreos, incorpóreos, fungíveis, infungíveis, materiais, imateriais, etc.
1.3 – O estabelecimento empresarial possui valor econômico agregado em razão de seu funcionamento e da organização empresarial. Os bens que o compõe não tem o mesmo valor econômico se forem vendidos de modo isolado.
2) ALIENAÇÃO.
2.1 – Para alienar ou vender o estabelecimento comercial é necessário obedecer os seguintes critérios:
a) Contrato por escrito;
b) Registro na Junta Comercial;
c) Publicação na imprensa oficial; e
d) Notificação dos credores do vendedor se for o único bem.
Obs.: Cessão de cotas é diferente da aquisição do estabelecimento.
2.2 – É necessário que o empresário comprador requeira ao empresário vendedor toda a questão contábil envolvendo dívidas e obrigações, pois o adquirente pode ser responsabilizado pelo pagamento de dívidas pretéritas. Obrigações tributárias e trabalhistas apresentam regras específicas nessa espécie de negociação.
2.3 – O contrato de alienação ou venda do estabelecimento comercial é chamado de trespasse. Contrato específico para venda de estabelecimento comercial.
3) PONTO COMERCIAL.
3.1 – Ponto comercial é um dos elementos do estabelecimento empresarial que possui grande valor econômico no mercado. Configura-se ponto comercial o exercício reiterado de determinada atividade empresarial. O lapso temporal razoável faz surgir o ponto comercial. Os clientes e consumidores começam a identificar determinado local como referência para a aquisição de produtos e serviços.
3.2 – Se o empresário for proprietário do imóvel onde está localizado o ponto comercial, recebe a proteção dos direitos reais. Contudo, se o empresário for locatário receberá proteção do direito contratual.
3.3 – O empresário poderá ingressar com uma ação renovatória compulsória do contrato de locação para proteger o ponto comercial, desde que, preencha os seguintes requisitos: 
a) Contrato por escrito de no mínimo 5 (cinco) anos; 
b) Exercer a mesma atividade empresarial a no mínimo 3 (três) anos; 
c) Ser empresário em uma locação não residencial; e
d) Ingressar com a ação 6 (seis) meses antes do término do contrato (Certeza que vai cair na prova – Prof. falou).
3.4 – As principais teses de defesa do proprietário de um prédio são as seguintes: 
a) Proposta de renovação insuficiente; 
b) Melhor proposta de terceiro; 
c) Retomada para fins de reforma; 
d) Retomada para uso próprio; e
e) Retomada para uso de descendente, ascendente ou cônjuge, que exerça atividade empresarial a mais de 1 (um) ano em ramo diferente do locatário.
3.5 – O locatário preterido no seu direito de preferência poderá reclamar do alienante as perdas e danos ou, depositando o preço e demais despesas do ato de transferência, haver para si o imóvel locado, se o requerer no prazo de seis meses, a contar do registro do ato no cartório de imóveis, desde que o contrato de locação esteja averbado pelo menos trinta dias antes da alienação junto à matrícula do imóvel (Art. 33 da Lei nº 8.245/91).
3.6 – Se o empresário for retirado do imóvel onde constituiu seu ponto comercial, poderá ingressar com uma ação de reparação de danos para fins de indenização do respectivo ponto.
4) SHOPPING CENTER.
4.1 - A ideia de Shopping Center é oferecer em um mesmo local várias atividades empresariais, de maneira organizada, com conforto, segurança e comodidade. O sujeito que organiza o Shopping Center é considerado empresário, que por sua vez, mantém contrato de locação com os empresários lojistas.
4.2 – São características do contrato de locação em shopping Center:
a) Pagamento de aluguel em dobro no mês de dezembro; 
b) Pagamento de luvas; 
c) Pagamento de taxas em datas comemorativas; e
d) Pagamento de prêmios para fins de sorteios.
5) TÍTULO.
5.1 – O título empresarial tem a função de identificar o estabelecimento empresarial e também o empresário. O título também é chamado de nome fantasia.
5.2 – O empresário poderá utilizar as regras da responsabilidade civil para fins de proteger o seu título empresarial.
6) COMÉRCIO ELETRÔNICO.
6.1 – Aquele que exerce atividade econômica preenchendo todos os requisitos legais através da internet é considerado empresário.
6.2 – O nome de domínio tem a função de identificar o empresário e de estabelecer a conexão na internet. Assim, o direito empresarial apresenta e aceita a figura do estabelecimento empresarial virtual.
NOME EMPRESARIAL
1) INTRODUÇÃO.
1.1 – O nome empresarial tem a função de identificar o empresário perante os órgãos de registro. O empresário individual exerce a empresa em nome próprio. A sociedade empresaria utiliza nome empresarial da espécie firma ou da espécie denominação. O nome empresarial também é chamado de razão social. 
1.2 – O nome empresarial da espécie firma é aquele que utiliza em sua composição os nomes civis dos sócios. Ex.: 
	CRIATIVIDADE
	NOMES CIVIS
	TIPO SOCIETÁRIO
	Comércio
	Silva Brito João
	LTDA
1.3 – O nome empresarial da espécie denominação é aquele que apresenta o objeto de exploração da empresa. Ex.: 
	CRIATIVIDADE
	OBJETO DE EXPLORAÇÃO
	TIPO SOCIETÁRIO
	Comércio
	de Produtos Agropecuários
	LTDA
1.4 –Ainda existe o nome empresarial híbrido, ou seja, aquele que usa os nomes civis dos sócios e que também apresenta o objeto de exploração da empresa. Ex.:
	CRIATIVIDADE
	OBJETO DE EXPLORAÇÃO
	NOMES CIVIS
	TIPO SOCIETÁRIO
	Comércio
	de Produtos Agropecuários
	Silva Brito João
	LTDA
2) ALTERAÇÃO.
2.1 – O nome empresarial pode ser alterado de forma voluntária e também de forma obrigatória.
2.2 – Ocorre alteração obrigatória dos seguintes casos:
a) Saída, exclusão ou morte de sócio; 
b) Alteração do tipo societário; 
c) Alteração da responsabilidade do sócio; e
d) Registro pretérito na Junta Comercial.
3) PROTEÇÃO.
3.1 – O empresário pode utilizar as regras de responsabilidade civil para a proteção do nome empresarial.
3.2 – O contrato social registrado na Junta Comercial é a melhor prova para proteger o nome e o título empresarial.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
1) INTRODUÇÃO.
1.1 – A Lei nº 9.279/96 disciplina a propriedade industrial e seus principais institutos: patente e registro industrial.
1.2 – O órgão responsável pela concessão de patentes e registros industriais chama-se Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
2) PATENTE.
2.1 – Pode ser objeto de patente o bem que possibilita a produção em série, ou seja, a produção industrial. A patente pode ser da espécie invenção e modelo de utilidade.
2.2 – A patente invenção ocorre quando há uma novidade, algo novo ou inédito. A patente modelo de utilidade se dá com o melhoramento de algo já existente.
2.3 – São requisitos da patente:
a) Novidade;
b) Atividade inventiva;
c) Aplicação industrial; e
d) Inexistência de impedimento legal. 
2.4 – O pedido de carta patente deve ser protocolado no INPI, e terá prazo de 18 (dezoito) meses para analisar o requerimento. Se o pedido for procedente o requerente receberá a concessão e será titular da respectiva patente.
2.5 – O prazo de proteção da patente invenção é de 20 (vinte) anos. A proteção da patente modelo de utilidade é de 15 (quinze) anos. Esses prazos não podem ser prorrogados.
3) REGISTRO.
3.1 – O registro industrial pretende preservar uma ideia, um desenho, um símbolo, uma forma de escrever ou qualquer outro fragmento que identifique ou que diferencie um produto ou um serviço no mercado. São espécies de registro industrial: o desenho industrial e a marca.
4) DESENHO INDUSTRIAL.
4.1 – São requisitos do desenho industrial:
a) Novidade;
b) Originalidade; e
c) Inexistência de impedimento legal.
4.2 – A proteção do desenho industrial é de 10 (dez) anos. Esse prazo pode ser prorrogado por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos.
5) MARCA.
5.1 – São requisitos da marca:
a) Novidade;
b) Não colidência com marca notória; e
c) Inexistência de impedimento legal. 
5.2 – A marca serve para diferenciar o produto ou serviço do mercado e agregar valor. Fala-se que a marca está sedimentada quando os consumidores relacionam qualidade do produto ou serviço a respectiva marca. O titular da marca pode ceder ou licenciar o seu uso, bem como coibir o uso indevido.
5.3 – O prazo de proteção da marca é de 10 (dez) anos. Esse prazo pode ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos.
6) TRATADO DE PARIS.
6.1 – O Brasil é signatário do Tratado Internacional de Paris sobre propriedade industrial. Assim, os países signatários devem respeitar as leis respectivas sobre propriedade industrial.
7) EXTINÇÃO.
7.1 – Ocorre extinção da propriedade industrial nos seguintes casos:
a) Término do prazo de proteção;
b) Caducidade (Falta de utilização);
c) Falta de pagamento de taxas ao INPI; e
d) Renúncia do titular.
7.2 – O Governo Federal tem a prerrogativa de requerer a quebra de patente nos casos de interesse público e emergência nacional. 
EMPRESÁRIOS E OS DIREITOS DO CONSUMIDOR
1) PRINCÍPIOS.
1.1 – Princípio do Protencionismo, significa que a lei foi feita para proteger o consumidor (Art. 1º do CDC).
1.2 – Princípio da Vulnerabilidade, significa que o consumidor é a parte mais frágil da relação de consumo, pois a maioria dos contratos são de adesão (Art. 4º, I do CDC).
1.3 – Princípio da Hipossuficiência, significa desigualdade técnica entre o consumidor e o fornecedor. Dessa forma, o consumidor pode solicitar em seu favor a inversão do ônus da prova (Art. 6º, VIII do CDC).
1.4 – Princípio da Reparação Total dos Danos, significa que todos os danos ocasionados em uma relação de consumo devem ser indenizados (Art. 6º, VI e VII do CDC).
1.5 – Princípio da Boa Fé, significa que toda a relação de consumo deve ser pautada na boa fé. A boa fé deve estar presente nas fases pré-contratual, contratual e pós-contratual (Art. 4º, III do CDC).
1.6 – Princípio da Função Social do Contrato, trata-se de princípio implícito das relações de consumo. Todo contrato de consumo deve ter um fim social. O Contrato não pode aprisionar o consumidor. Cláusulas abusivas e que retirem direitos do consumidor são nulas de pleno direito. 
2) ELEMENTOS.
2.1 – A relação de consumo é aquela acordada entre consumidor e fornecedor. Aplica-se o CDC apenas para a relação de consumo. Assim, se a relação não for de consumo não se aplica a Lei nº 8.078/90 - CDC.
2.2 – Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final (Art. 2º do CDC).
2.3 – Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços (Art. 3º do CDC).
2.4 – Todo empresário é fornecedor de um produto ou serviço. Entretanto, existem vários fornecedores que não exercem a atividade empresarial. 
2.5 – São elementos subjetivos na relação de consumo: consumidor e fornecedor. Os elementos objetivos são: produto e serviço. 
3) EQUIPARAÇÃO. 
3.1 – Considera-se consumidor por equiparação todo aquele que sofrer os danos oriundos de uma relação de consumo.
4) RESPONSABILIDADE.
4.1 – Aplica-se a relação de consumo, em regra, a responsabilidade civil objetiva, ou seja, aquela que independe de dolo ou culpa. Ainda, cumpre informar que todos os fornecedores são responsáveis pelo dano de maneira solidaria perante o consumidor.
5) ESPÉCIES.
5.1 – Ocorre vício do produto quando há problemas na qualidade ou quantidade do produto. Assim, o consumidor terá as seguintes opções:
a) Abatimento do preço;
b) Outro produto igual ou semelhante;
c) A complementação do preço; e
d) A extinção do negócio e eventuais perdas e danos.
5.2 – O fato do produto ocorre quando o consumidor suportar danos que extrapolem a qualidade ou quantidade do produto. Assim, são danos externos a simples qualidade ou quantidade. Nesse sentido, o fato do produto engloba o vício e o consumidor tem direito a reparação total dos danos.
5.3 – Ocorre vício do serviço quando a problemas na qualidade ou quantidade.
5.4 – Ocorre fato do serviço quando o consumidor suporta danos que extrapolem a quantidade ou qualidade do serviço.
5.5 – O Prazo para reclamar vício do produto ou serviço é de 30 (trinta) dias para os não duráveis e 90 (noventa) dias para os duráveis. O prazo para reclamar de fato ou serviço é de 5 (cinco) anos.
6) EXCLUDENTES.
6.1 – São excludentes a serem utilizadas pelo fornecedor:
a) Ausência de dano;
b) Culpa exclusiva do consumidor;
c) Culpa exclusiva de terceiro; e 
d) Caso fortuito e de força maior.

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