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Parte 3-3: Escolha do Reator Parâmetros ou variáveis de processo: Concentração; Temperatura; Pressão e Fases. Parâmetros ou variáveis de processo: Concentração, Temperatura e Pressão conversão e a seletividade Concentração Objetivo: Manipular a concentração do reator de modo a aumentar a conversão e/ou a seletividade Exemplos de ações que alteram a concentração: Reagente em excesso Remoção de produtos Usar um material Inerte Reagente em excesso O excesso de um reagente na alimentação pode forçar o outro componente à conversão completa. Deslocar o equilíbrio em reações reversíveis para aumentar a seletividade e/ou conversão. Concentração Concentração Reagente em excesso Exemplo: Reação Simples - Irreversível Como aumentar a conversão da reação? Adicionando etileno ou cloro em excesso Critérios utilizados na escolha do reagente que será adicionado em excesso? Processo de separação mais fácil (reduzir o custo de separação). Menos perigoso (forçar a conversão completa do mais perigoso) OBS: Neste exemplo o etileno é adicionado em excesso Concentração Reagente em excesso Reações Múltiplas Paralelo Série Manipular a C aumentar a seletividade Concentração Reagente em excesso A + B D A + B I Exemplo: Reações Múltiplas em Paralelo Maior produção de D Seletividade (𝒓𝟏 > 𝒓𝟐) Qual será o reagente em excesso? A ou B? Concentração Reagente em excesso A + B D A + B I 𝑟1 = 𝑘1𝐶𝐴 a1𝐶𝐵 b1 𝑟2 = 𝑘2𝐶𝐴 a2𝐶𝐵 b2 Ex: Reações Múltiplas em Paralelo Maior produção de D Seletividade 𝑟1 𝑟2 = 𝑘1 𝑘2 𝐶𝐴 a1 − a2 ∗ 𝐶𝐵 (b1 − b2) 𝑟2 𝑟1 = 𝑘2 𝑘1 𝐶𝐴 a2 − a1 ∗ 𝐶𝐵 (b2 − b1) Exemplo 1 A + B D A + B I 𝑟1 = 𝑘1𝐶𝐴 4 𝐶𝐵 2 𝑟2 = 𝑘2𝐶𝐴 2 𝐶𝐵 𝑟1 𝑟2 = 𝑘1 𝑘2 𝐶𝐴 2 𝐶𝐵 A em excesso 𝑟2 𝑟1 = 𝑘2 𝑘1 1 𝐶𝐴 2𝐶𝐵 A em excesso A: expoente: 4 - 2 = 2 B: expoente: 2 - 1= 1 Concentração Reagente em excesso Concentração Reagente em excesso Exemplo 2 A + B D A + B I 𝑟1 = 𝑘1𝐶𝐴 4 𝐶𝐵 3 𝑟2 = 𝑘2𝐶𝐴 3 𝐶𝐵 𝑟1 𝑟2 = 𝑘1 𝑘2 𝐶𝐴𝐶𝐵 2 𝑟2 𝑟1 = 𝑘2 𝑘1 1 𝐶𝐴 𝐶𝐵 2 B em excesso B em excesso Concentração Reagente em excesso Seletividade (a2 – a1) (b2 – b1) ( 3 – 4 ) ( 1 – 3 ) (-1) > (-2) Concentração Reagente em excesso Exemplo: Reações Múltiplas em Série Qual será o reagente em excesso? Tolueno ou o H2 Excesso de H2 aumenta a conversão e a seletividade – inibindo a reação em série. Observação Normalmente, a quantidade ótima do excesso de um reagente é definida pelo equilíbrio entre seu efeito benéfico e o custo de recuperação e reciclo. Concentração Reagente em excesso Remoção do Produto Concentração Concentração – Remoção de produtos Exemplo 1: Reação Simples - Reversível A conversão pode ser aumentada através da remoção continua do produto (ou um dos produtos) ou ainda conduzindo a reação em estágios com etapas intermediarias de retiradas do produto. Observação: Reação Múltiplas em Paralelo Reação secundária reversível: Reciclar o produto indesejado (deslocar o equilíbrio da reação secundária). Concentração – Remoção de produtos Como aumentar a seletividade? Exemplo 2: Reação Múltiplas em Série Operar com CProduto, ou seja, conversão. Remover continuamente o produto Para a inibir a reação secundária é necessário que a concentração de produto seja baixa. Isto pode ser obtido por meio de uma conversão baixa. Outra maneira de manter a concentração de produto baixa é remover o produto na medida em que a reação avança. Separação intermediária é mais apropriada quando a separação do produto dos reagentes é simples. Concentração – Remoção de produtos Observação: Reação Múltiplas em Série Operar com C Produto, ou seja, conversão. Remover continuamente o produto. Concentração – Remoção de produtos Reciclar o subproduto. Material Inerte Concentração Concentração – Material Inerte Pontos Negativos: Aumenta o volume do Reator Aumenta o custo de Separação OBSERVAÇÃO: MOTIVOS PARA ADIÇÃO DE INERTE Controlar reações exotérmicas e potencialmente explosivas (ex. alterar a concentração dos componentes para valores fora dos limites de inflamabilidade). Suprir energia para a reação. Tamponar reações Deslocar o equilíbrio químico. Produção do estireno : desidrogenação catalítica do etilbenzeno em presença de vapor d’água. Possíveis reações secundárias Vapor H2O: Oxida os depósitos de C Supre o calor necessário à reação Desloca o equilíbrio químico, aumentando a produção de estireno Pressão constante: Adição de uma gás inerte Aumenta o volume o equilíbrio se deslocará na direção que tem o maior número de mol Concentração – Material Inerte Temperatura Objetivo: Manipular a temperatura do reator de modo a aumentar a conversão e a seletividade. Temperatura do reator Admitindo que a reação obedeça a lei de Arrhenius Sendo: k0 = fator de frequência. E = energia de ativação. R = constante universal dos gases. Outros Fatores: Segurança, Limitações do material de construção, Redução da vida útil do catalisador etc. A determinação da temperatura do reator deve considerar que: Temperatura taxa de reação volume do reator. Temperatura do reator Reações: (a) Endotérmicas (reversível e irreversível): Temperatura Conversão Temperatura taxa de reação Resumo: Para reações endotérmicas, a temperatura deve ser mantida o mais alta possível, consistente com a segurança, degradação das matérias-primas e produtos, limitações do material de construção e vida do catalisador. Temperatura do reator Reações: (b) Exotérmicas Irreversível: Devem ser operadas com a maior temperatura possível (consistente com a segurança, degradação das matérias-primas e produtos, limitações do material de construção do equipamento e vida do catalisador) a fim de aumentar a taxa da reação (volume do reator). Temperatura do reator (c) Exotérmicas Reversível: Temperatura Conversão Temperatura taxa de reação (volume do reator). Assim, no inicio do processo é aconselhável operar o reator a uma alta temperatura, no entanto à medida que a conversão for atingindo o equilíbrio, a temperatura deve ser reduzida, em outras palavras, para reações exotérmicas reversíveis, é recomendável que a temperatura seja continuamente reduzida a medida que a conversão aumenta. Nota: considerando as capacidades caloríficas molares médias dos reagentes e produtos são constantes Conversão de equilíbrio pode ser aumentada dividindo a reação em estágios e resfriando os reagentes entre os estágios T inicial T final 2) Temperatura do reator Reações Múltiplas Série e Paralelo: Temperatura taxa de reação Temperatura se k1 > k2: operar com alta temperatura favorece a principal. se k1 < k2: operar com baixa temperatura, porém ao custo de maior volume de reator – fazer o balanço econômico. Temperaturado reator O tipo preferencial de operação do reator é o Adiabático (+ simples e + econômico). Quando a operação adiabática não for a opção técnica, as trocas térmicas podem ser feitas por: (a) Transferência de calor indireta ao reator: É feita através de uma superfície responsável pela troca térmica, que pode estar dentro do reator (serpentina) ou ao redor deste (camisa). Temperatura do reator (b) Injeção: A injeção de matéria-prima fresca no reator em determinadas etapas: “injeção fria ou cold shot”: para reações exotérmicas. “injeção quente ou hot shot”: para reações endotérmicas (matéria- prima previamente aquecida). Temperatura do reator (c) Carreador de calor: Um material inerte pode ser introduzido no reator junto com a alimentação com o objetivo de: “reduzir” o aumento da temperatura em reações exotérmicas. ou “reduzir” a queda da temperatura em reações endotérmicas. Ex: Polimerização do poliestireno (exotérmica): Etilbenzeno atua como solvente para reduzir a viscosidade do meio reacional e auxilia no controle da temperatura através da evaporação (consome o calor reacional). Exemplos de troca Térmica – Fase gasosa a) Reação Exotérmica (de leve a moderada) Reator é constituído de uma série de leitos adiabáticos seguido por troca térmica (ex. injeção de matéria-prima ou trocador de calor) Temperatura do reator Reações Altamente Exotérmicas. A troca térmica deve ocorrer simultaneamente a reação. Reator Casco tubo (a reação ocorre nos tubos contendo catalisador e o fluido de troca térmica no casco) Temperatura do reator HTM: HEAT TRANSFER MEDIUM Reação gera calor. Se a troca térmica for insuficiente T gera ainda + Calor “hot spots” (pontos quentes): mais para o centro do reator. Reação fora de controle! Danos no catalisador e no reator (segurança). Observação: Quando o efluente do reator precisa ser resfriado rapidamente (ex. interromper a reação – formação de subprodutos). Trocador de calor (indireta) Mistura com outro fluido (direta) Motivos (exemplos): a. Efluentes muitos “quentes e corrosivos” – danos no trocador de calor (vida útil curta), material de construção especial (custo). b. Efluentes que causam depósitos nas paredes do trocador de calor Temperatura do reator Pressão Objetivo: Manipular a Pressão do reator de modo a aumentar a conversão e a seletividade. Garantir que o meio reacional esteja na fase desejada para uma dada T. reação. Pressão no reator Reações em fase líquida: Efeito na seletividade: Desprezível. Assim a escolha da pressão deve ser feita de modo a: • Prevenir vaporização dos componentes da reação ou; • Permitir vaporização de líquido no reator, de tal modo que possa ser condensado e voltar como refluxo ao reator, como estratégia de remover calor de reação; • Permitir a vaporização de um dos componentes em uma reação reversível de tal forma a maximizar a conversão. Pressão no reator Reações em fase gasosa: Reações Simples e Irreversível : Efeito da Pressão Aumentar a Pressão leva a um aumento na taxa de reação ( volume do reator), pois aumenta a atividade dos reagentes. Pressão no reator Reações em fase gasosa: Reações Simples Reversíveis : A escolha da pressão dependerá ser existir um aumento ou diminuição da quantidade de mols na reação. Reação que envolve o aumento no No. mols/unidade de volume Reação que envolve a diminuição do No. mols/unidade de volume Pressão no reator Reações Simples Reversíveis: mol/unidade de volume A reação com redução na quantidade de mol implica na Volume (a medida que os reagentes são convertidos a produto ). Como Vreator é fixo , isto significa que há uma redução na pressão a medida que a reação prossegue. Se a Pressão o equilíbrio da reação é deslocado no sentido da contração, logo aumenta a conversão no equilíbrio. 1) Além disso , o P conversão no equilíbrio Pressão no reator Reações Simples Reversíveis: mols/unidade de volume 1) Para reações reversíveis, que se caracterizam com decréscimo na quantidade de mols, deve-se operar o reator a uma Pressão mais alta quanto possível. Nota: Operar com alta pressão necessita do uso de compressores (equipamentos caros), custo maiores de fabricação dos equipamentos, energia, além disso, aumenta o risco de acidentes (segurança). Pressão no reator Reações Simples Reversíveis: mol/unidade de volume 2) P conversão no equilíbrio. P taxa da reação volume do reator. Solução: No inicio da reação é recomendável operar com P para favorecer a velocidade da reação. A medida que a conversão vai atingido o equilíbrio, a P deve ser para aumentar a conversão, ou seja, é recomendável que a pressão seja continuamente reduzida a medida que a conversão aumenta. Operar vácuo ou adição inerte (reduzir a pressão parcial dos componentes) Pressão no reator Reações Múltiplas em fase gasosa: Utilizar os mesmos princípios aplicados as reações simples, entretanto observar que, para as reações múltiplas, a seletividade e a conversão são fatores mais importantes que o volume do reator. Assim sendo, as ações tem que ser tomadas com o objetivo de reduzir, tanto quanto possível, as taxas das reações secundárias em relação à reação primária. Fase do Sistema Reacional A fase do sistema reacional é função da temperatura e da pressão previamente estabelecidas. No entanto, quando ainda existe a possibilidade de escolher a fase, normalmente a fase liquida é a selecionada. Tipos de fases: Liquida (PREFENCIAL) Gasosa Multifase (liquido + gás) Calimentação. Facilidade de mistura/operação. Considerações sobre P e T (reator) Obs: Sem dificuldades de operação Pressão: 1 – 10 bar Temperatura: 40 – ~250ºC Considerações sobre P e T (reator) 1) Por que operar com Pressão entre 1-10bar? Fase Gasosa: PV = nRT P V reator < 1bar > 10bar Vácuo (Equipamentos especiais) Equipamentos grandes espessura do metal Equipamentos especiais Custo Considerações sobre P e T (reator) 2) Por que operar com 40 Temperatura ~250ºC? Custo de fabricação do Equipamento T Prop. Mecânicas , fluência (material + caro). T < 0 Aço Carbono tem comportamento frágil (material + caro) Disponibilidade de Utilidade vapor de baixa: até ~ 10 bar vapor de media: ~10 a ~40 bar vapor de alta: acima ~40bar (max.~100bar – energia elétrica) H2O refrigeração: ~30ºC (T< usar fluidos refrigerantes) V. baixa V. media V. alta < 40ºC > 250ºC > 400ºC Refrigeração Criogenia Forno/ Aquecedor (Custo) Material de construção especial 2) Por que operar com 40 Temperatura ~250ºC? Considerações sobre P e T (reator)
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