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Questionário apelação processo civil

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Universidade Do Estado Da Bahia – Uneb
Departamento De Educação - Campus Xv
 QUESTIONÁRIO APELAÇÃO: Processo cível
Professor: Rodrigo Salazar
RODRIGO PASSOS CERQUEIRA
VALENÇA – BA
2017
O que é um recurso de fundamentação vinculada? A apelação é um recurso de fundamentação livre ou vinculada?
O recurso de fundamentação vinculada são os quais a lei estabelece as matérias as quais devem constar no recurso. Se tem a necessidade de conformidade da fundamentação e o estabelecido em lei. Um exemplo de recurso de fundamentação vinculada é o embargo de declaração ao qual o artigo 1.022 do código de processo civil traz que esse só é cabível contra decisões omissas, contraditórias, obscuras ou que tenha erro material.[1: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais;13 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2016, p. 97.][2: “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:I — esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;II — suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;III — corrigir erro material. ”]
No tocante a apelação essa é um recurso cabível tradicionalmente contra sentença, porém com a mudança do código de processo civil de 1973 para o vigente, se ampliou a sua atuação, essa passou a ser cabível também contra decisões interlocutórias não agraváveis , as decisões agraváveis estão dispostas taxativamente no rol exposto pelo artigo 1.015 do CPC. [3: “Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, (...)” ]
Por fim como depreendido acima, a apelação é um recurso de fundamentação livre, isso pois, essa pode questionar qualquer coisa na decisão, não estando assim a causa de pedir recursal determinada em lei, podendo destarte ser alegado qualquer vício.
2- O juiz, em uma decisão interlocutória, indefere a oitiva de uma testemunha. A parte não se manifeste em audiência ou até o momento da sentença sobre o indeferimento. Tal decisão pode ser objeto de recurso?
A parte aí se manifestara em recurso contra a sentença, pois, como o código civil traz, a decisão que não couber agravo de instrumento não precluira, podendo ser suscita em preliminar de apelação. [4: Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.]
Anteriormente, o CPC- 1973 estabelecia que a apelação só podia ser interposta contra sentença, de forma que, “Em razão das modificações levadas a efeito pela Lei 11.187/2005, deixou de haver tal opção. A decisão interlocutória deveria ser atacada por agravo retido, salvo quando houvesse risco de lesão grave ou de difícil reparação, quando se tratasse de decisão que inadmitisse a apelação, quando fosse relativa aos efeitos em que recebida a apelação ou nos casos em que o agravo retido fosse incompatível com a situação. ”[5: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais;13 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2016, p.164 ]
Assim com a vigência do código civil de 2015 não se faz mais necessária a interposição do agravo retido para impedi a preclusão existindo um rol de decisões interlocutórias que cabem agravo. As decisões que não cabem, não sofreram efeitos da preclusão, podendo ser arguidas posteriormente por recurso sobre a sentença. [6: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais;13 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2016, p.164]
3- O vencedor pode se valer da apelação? Diferencie apelação adesiva e apelação que pode ser apresentada nas contrarrazões à apelação.
O vencedor não pode apelar, pois, essa não vai ser admitida pela falta de interesse de recursal. Primeiramente a contrarrazão recursal e a apelação adesiva poderão ser interpostas independentemente uma da outra, inclusive simultaneamente, no prazo de 15 dias.
O que as diferencia é que a apelação adesiva, além de se vim vinculada à ação principal tem três requisitos, a sucumbência parcial do autor, que uma das partes tenha ficado inerte na oportunidade que ele tinha de forma independente para recorrer e que a outra parte tenha recorrido para que eu tenha a possibilidade de aderir. Além disso a inovação criada por esse instituto foi que não se tem mais a necessidade de apelar logo de início, essa pode ficar vinculada a apelação da defesa, assim quando a parte contraria recorrer a outra parte, se cumprir os requisitos pode impetrar a apelação adesiva, tendo assim uma nova oportunidade de recorrer.
 Em relação as contrarrazões essas são uma resposta a apelação da parte contrária, só se deve dizer por que os argumentos da apelação não devem ser levados em consideração e, portanto, a apelação dele lá deve ser improvida. 
4- Como se dá a contagem do prazo para a apelação?
A apelação deve ser interposta no prazo de 15 dias, vale lembrar do prazo dobrado para entes públicos como defensória publica, ministério público, por exemplo.
	A respeito da contagem desse prazo essa se dá em dias úteis como traz o artigo 219 do código de processo civil. O termo inicial como traz o artigo 1.003 é “O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão”. Sendo se essa tiver ocorrido em audiência considerar-se-á intimado desse momento.[7: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais;13 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2016, p. 175,176. ]
Já a tempestividade do recurso é aferida da data do protocolo, que pode ser no cartório ou nos protocolos descentralizados, se o processo for eletrônico deve-se observar o horário vigente no Tribunal ao qual o recurso é dirigido, se por outro lado, for remetido pelo correio será considerada como data da interposição a data da postagem.	[8: “Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.”]
Por fim, o prazo recursal de terceiro é o mesmo da parte e se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior, o prazo será restituído em proveito da parte (art. 1.004 CPC).[9: “Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação.”]
5- Quais os efeitos possíveis dos recursos? E da apelação?
e
6- Quais são e como se definem as dimensões da eficácia devolutiva da apelação?
São efeitos possíveis o devolutivo, translativo, suspensivo e o substitutivo. O devolutivo apesar do nome, não devolve, mas sim faz remessa de certa matéria ao tribunal, esse efeito se restringe ao objeto do recurso, limitando assim o tribunal. 
Já o efeito translativo remete ao órgão ad quem a apreciação de questões de ordem pública que não são objeto do recurso. Por sua vez o efeito suspensivo provoca a suspenção da eficácia da decisão hora atacada. E por fim o substitutivo nesse a decisão em fase de recurso substitui a impugnada. 
Na apelação se estão presentes o efeito suspensivo e o devolutivo. O suspensivo é o efeito clássico de apelações que visão a impugnação da sentença, não ocorrendo da mesma forma em decisões interlocutórias não agraváveis. Apesarde ocorrer em regra, o artigo 1.012 traz exceções de apelações a sentenças ais quais tem efeitos imediatos.[10: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais;13 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2016, p. 177-190.]
As exceções são as sentenças que homologa divisão ou demarcação de terras; as que condena a pagar alimentos; extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; confirma, concede ou revoga tutela provisória; decreta a interdição. 
Em relação ao efeito devolutivo o que tem que se dar em foque a ele na apelação é a limitação quanto a matéria, a doutrina para fiz didáticos divide esse em vertical e horizontal, ele limita o que vai ser apreciado, não podendo o órgão ao qual foi remetido extrapolar essa limitação, já em relação a verticalidade o juízo ad quem, dentro da matéria que foi enviada, pode analisar com profundidade o que está a sua alçada. 
7- Sobre a eficácia devolutiva da apelação incidem as regras dos artigos 9º e 10 do CPC? Sim, não, por que?
Incide sim, os artigos 9 e 10 do Código de processo civil versam sobre os princípios da não surpresa e do contraditório substancial, esses obrigam ao juiz, mesmo nas decisões cabíveis de ofício, a fomentar o debate das questões postas. [11: “ Art. 9 O Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:I - à tutela provisória de urgência;II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;III - à decisão prevista no art. 701.”Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.]
	Como salienta o doutrinador Nelson Nery Junior há a proibição da existência da decisão surpresa no processo, essa decorre do princípio constitucional do contraditório, esse enseja ao juiz o poder-dever de escutar as [12: NERY JR. Nelson. Código de Processo Civil Comentado. Ed. RT. 2015. Pag. 215.]
Um questionamento que pode suscitar que esse princípio não é respeitado é a de que o tribunal ao qual foi remetido o processo poderá discutir, sem a prévia anuência das partes, tudo o que foi remetido à impugnação( efeitos devolutivo vertical). 
Assim assevera o doutrinador Fredie Didier 
“Conforme resulta dos parágrafos do art. 1.013 do CPC, é amplíssima, em profundidade, a devolução dessas questões incidentais. O tribunal não fica restrito às questões efetivamente resolvidas na decisão recorrida; para examinar o pedido recursal, o tribunal poderá examinar todas as questões incidentais relevantes, respeitado o contraditório e o dever de consulta a que se refere o art. 10 do CPC. Por isso que se diz que a profundidade do efeito devolutivo permite que o tribunal julgue o recurso com base em questões que não foram necessariamente suscitadas nas razões ou nas contrarrazões recursais.
8- Qual o regramento da eficácia suspensiva ex-legis da apelação?
e
9- A apelação possui eficácia op iudicis?
O código de processo civil em seu artigo 1.012 traz em seu caput que a eficácia suspensiva na apelação será automática. Ou seja, a interposição do recurso por si só obsta a produção de efeitos da decisão judicial. Com isso a apelação tem efeito suspensivo “ope legis”, ou seja, previsto em lei, não deixando assim margem discricionária para o julgador. [13: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais;13 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2016, p. 184]
Já em relação ao efeito “ope iudicis”, esse cabe sim na apelação, isso decorrente do parágrafo primeiro do artigo 1.012, que traz hipóteses, não taxativas, em que a sentença poderá surtir efeito imediatamente. Assim será necessário que o recorrente direcione uma petição autônoma para o tribunal e a mesma preencha um dos pressupostos previstos no § 4º deste mesmo artigo, para que seja decretada a suspensão dos efeitos.
O §4° do art. 1.012 prevê os casos em que se permite a atribuição de efeito suspensivo à apelação interposta nos casos do §20 do art. 1.012. Há duas hipóteses em que se autoriza a concessão de efeito suspensivo: a) se houver "probabilidade de provimento" da apelação; b) se houver risco de dano grave ou de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação.[14: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais;13 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2016, p. 187.]

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