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ARTIGO OSTEOPOROSE NO PÓS MENOPAUSA

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A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE NO PÓS MENOPAUSA
Crislaine Pereira da Silva¹
Fernanda Ferreira Maria²
Flávia Roberta de Souza Amaral³
Profª Msc Andréia Melo 
Professora da Faculdade do Pantanal 
Doutoranda em Estudos de Linguagem - UFMT 
Área de concentração - Estudos Linguísticos
Resumo: A osteoporose é uma doença dos ossos que leva a diminuição do conteúdo mineral e ao enfraquecimento ósseo, o que pode levar a fraturas principalmente da coluna vertebral e do quadril. O climatério é o período de transição em que a mulher sai da fase reprodutiva para a não-reprodutiva decorrente da diminuição do hormônio estrogênio. A deficiência estrogênica decorrente da menopausa é um dos principais fatores de risco para osteoporose em mulheres. Na convivência familiar, não compreender os processos de transição na vida da mulher, que é mãe, dona de casa e trabalha fora, leva muitas vezes a um não entendimento e atenção na fase da menopausa, que traz consigo uma série de patologias dessa fase da vida da mulher. A partir dos estudos realizados por meio de leituras e observações a respeito do tema, podemos compreender a importância de fazer pesquisa no campo da menopausa, em especial às mulheres que adquiriram osteoporose nesse período. O artigo foi elaborado com método quali- quantitativo, pois sabe-se que é um processo que envolve não somente a osteoporose, mas, sim, as mudanças que essa doença pode trazer na fase do pós menopausa. Com base nas leituras dos artigos do Turato (2005), vemos a importância de fazer novos protocolos, novos métodos e pensar em uma nova perspectiva da fisioterapia. Dessa maneira, vemos a importância de se trabalhar com a fisioterapia preventiva, uma vez que uma grande parte da sociedade (feminina) não tem acompanhamento de um especialista para orientar sobre as fases da menopausa, o surgimento ou não da osteoporose, o que leva muitas vezes a um estágio avançado, dificultando seu tratamento. Nos dias atuais, faz-se necessário tratar o “homem” biopsicossocial, tratar não apenas o caso clínico, dizendo de outro modo faz-se necessário tratar a pessoa de forma holística. Assim, tratar da osteoporose não remete tratar apenas da patologia em si, trata-se também da relação profissional-paciente, com uma postura humana. 
	Palavras-chave: Fisioterapia; Osteoporose; Saúde da Mulher; Pós-menopausa.
 Introdução
O climatério é o período de transição em que a mulher sai da fase reprodutiva para a não-reprodutiva decorrente da diminuição do hormônio estrogênio, já a menopausa se define como a data do último período menstrual, que em média ocorre aos 50 anos, é o marco dessa fase, representando um decréscimo importante da produção hormonal feminina. A perda da função ovariana, que leva à diminuição dos níveis de estradiol, tem como consequências instabilidade vasomotora (fogachos, taquicardia, sudorese), atrofia urogenital, disfunção neurocognitiva (fadiga, esquecimento, problemas no sono), perda óssea acelerada e aumento de doenças cardiovasculares, entre outros (BADALOTTI, 2004).
A osteoporose é uma doença dos ossos que leva a uma diminuição do seu conteúdo mineral e ao enfraquecimento, na qual pode levar a fraturas, principalmente na coluna vertebral e no quadril. 
A redução da secreção de estrógenos na menopausa, tem como consequência maior atividade metabólica óssea, ou seja, maior ritmo na remodelação óssea (AMADEI, 2006). A deficiência estrogênica decorrente da menopausa é um dos principais fatores de risco para osteoporose em mulheres. Os estrogênios, por sua ação antirreabsortiva, atuariam prevenindo a perda de massa óssea, diminuindo o risco de fraturas (COSTA-PAIVA, 2003). 
A osteoporose na menopausa é de extrema relevância para a área da saúde, posto que constitui uma das doenças metabólicas ósseas mais comuns e significativas. A perda óssea se dá principalmente nos cinco anos que se seguem à menopausa. Por isso, essa condição é mais frequente e mais dramática nas mulheres, que chegam a perder cerca de 40%-50% da massa óssea até o final da vida. A osteoporose atinge 1 em cada 4 mulheres na menopausa e, após os 65 anos, uma em cada três (AMADEI, 2006).
 
Osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea sistémica, (i.e. generalizada a todo o esqueleto), que por si só não causa sintomas, caracterizada por uma densidade mineral óssea (DMO) diminuída e alterações da microarquitetura e da resistência ósseas que causam aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, aumento do risco de fraturas. Se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai aumentando progressivamente, de forma assintomática, sem manifestações, até à ocorrência de uma fratura.
Três em cada quatro pacientes são do sexo feminino. Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa. A fragilidade dos ossos nas mulheres é causada pela ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que os tornam porosos como uma esponja. É a maior causa de fraturas e quedas em idosos.
Fatores de risco
Os fatores de risco para o desenvolvimento de osteoporose se dá no período pós menopausa, existe uma diminuição dos hormônios femininos, acelera a perda da massa óssea, os fatores que podem ocorrer as fraturas são o baixo peso corporal, nenhuma atividade física, as quedas, hábito tabagista e o consumo de álcool com o risco de fraturas. O cigarro é considerado fator de risco moderado para a osteoporose, uma vez que os componentes químicos do cigarro, entre eles a nicotina, atuam deprimindo a atividade do osteoblasto, tanto diretamente como por via hormonal.
Prevenção 
	Fatores genéticos contribuem com cerca de 46% a 62% da densidade mineral óssea (DMO) e 38% a 54% podem ser afetados por fatores relacionados ao estilo de vida, tais como a alimentação. A massa óssea adequada a cada indivíduo está associada a uma boa nutrição, que deve ser constituída de uma dieta balanceada, com qualidade de calorias adequada e suplementação de cálcio e vitamina D, porque estes nutrientes são importantes para a saúde dos ossos, e uma vez que o cálcio não é absorvido sem a presença da vitamina D.
A atividade física é importante para prevenção e tratamento da osteoporose, pois com a contração da musculatura, ocorre deformação e o osso interpreta esta deformação como um estímulo a formação. Um programa ideal de atividade física de ter exercícios aeróbios de baixo impacto, e exercícios de fortalecimento muscular a fim de diminuir a incidência de quedas.
Diagnósticos
 	A perda óssea ocorre gradualmente com o passar dos anos. Na maioria das vezes, a pessoa irá sofrer uma fratura antes de se dar conta da presença da osteoporose. Pois os sintomas não são perceptíveis.
O diagnóstico tanto precoce quanto após uma fratura é feito com a densitometria óssea, esse exame mede a densidade mineral do osso da coluna lombar e no fêmur. A radiografias convencionais pode identificar ou confirmar a existência de fraturas em mulheres com suspeita de ser fraturas osteoporóticas.
Além desses, o médico pode pedir outros exames para fazer o diagnóstico de causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio.
Tratamento
A atividade física mostra cada vez mais sua eficácia no remodelamento ósseo. A fisioterapia melhora a qualidade de vida por meio do tratamento e prevenção das fraturas
 Os objetivos dos exercícios fisioterapêuticos podem ser a prevenção de deformidades, melhora do tônus muscular e manter a boa amplitude das articulações. Os exercícios devem ser sempre individualizados e orientados por um fisioterapeuta, para que seja de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente. 
Os exercícios podem ser: 
 
Musculação: A musculação ajuda a fortalecer os ossos, ajuda a formar ossos forte e sadios;
Caminhada: A caminhada ajuda a aumentar a densidade óssea, faz com que os ossos fiquem mais fortes, melhora o equilíbrio e a coordenação motora, diminuio risco de quedas e, consequentemente, de fraturas. Pessoas com osteoporose devem fazer caminhadas de no mínimo 30 min. por dia.
Dança: A dança trabalha diretamente sobre os ossos das pernas, quadril e coluna, ajudando a retardar a perda mineral óssea. Além disso, ela melhora a circulação sanguínea e o coração.
 	Além desses exercícios, há aqueles que também não devem ser feitos, ou que sejam menos recomendáveis, pois podem agravar a osteoporose ou até mesmo avançar o estágio inicial. São eles:
Exercícios de alto impacto: como saltar, correr ou ginástica aeróbica, pois podem levar a fraturas nos ossos;
Exercícios de flexão e torção: como por exemplo tocar com os dedos das mãos nos pés ou fazer abdominais, pois há um maior risco de fraturas por compressão da coluna.
 	Apesar de serem menos recomendados, esses exercícios podem ser feitos, de acordo com a gravidade da osteoporose e o enfraquecimento dos ossos do indivíduo. Antes de praticar qualquer exercício, é importante consultar o fisioterapeuta e/ou médico para avaliar a densidade óssea e adaptar os exercícios ao condicionamento físico e idade do paciente.
Considerações finais
A osteoporose como doença, necessita de modo geral medidas medicamentosas para seu tratamento, mas pode ser ligada juntamente com a fisioterapia, que busca prevenir e diminuir o impacto da perda de massa óssea que ocorre na osteoporose, com exercícios de fortalecimento muscular, de coordenação motora e equilíbrio (para evitar as quedas) na vida da mulher que adquire tal patologia.
Referências bibliográficas
- Amadei SU, Silveira VAS, Pereira AC, Carvalho YR; Rocha RF. A influência da deficiência estrogênica no processo de remodelação e reparação óssea. J. Bras. Patol. Med. Lab. V.42, n. 1, p. 5-12, 2006.
- Badalotti M, Viecelli CF, Da Silva S, Santos FB, Arent A. Climatério: tratamento não-hormonal dos sintomas vasomotores. Scientia Medica. V. 14, n. 1, p. 71-76, 2004.
- Costa-Paiva L, Horovitz AP, Santos AO, Fonsechi-Carvasan GA, Pinto-Neto AM. Prevalência de osteoporose em mulheres na pós menopausa e associação com fatores clínicos e reprodutivos. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. V. 25, n. 7, p. 507-512, 2003.
-fisioterapiamanual.com.br/blog/artigos/fisioterapia-no-tratamento-da-osteoporose/
-itcvertebral.com.br/sobre-o-itc/helder-montenegro
 - Kisner Carolyn, Colby Lynn Allen. Exercícios terapêuticos fundamentos e técnicas, p. 361-363, 5° edição ed. Manole
-Magee, David J.; Zachazewski, James E.; Quillen, William S.- Prática da reabilitação Musculoesquelética- Princípios e fundamentos científicos, p. 164-165, ed. Manole
-Revista Saúde Pública 2005; 39(3):507-14
- Vera Szejnfeld, reumatologista e coordenadora do Departamento de Densitometria Óssea da Fundação IDI

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