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Atenção Domiciliar Osteoporose

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Prévia do material em texto

Caso 
Branca 
M.L.R. 
66 anos 
Doméstica 
Anamnese 
Queixa principal 
M.L.R. solicita visita domiciliar, pois apresenta dor lombar há mais de 1 ano, e uma 
queda recente, que tem dificultado suas atividades diárias e sua ida até a unidade de 
saúde. 
Histórico do problema atual 
Sra. M. queixa-se de dor na coluna e no quadril que tem lhe incapacitado para o 
trabalho. Trabalhando como faxineira, percebe que não consegue mais se abaixar para 
pegar o balde no chão. A dor aumentou após uma queda enquanto limpava a casa em 
que trabalha. Refere ter sido atendida em uma emergência no dia da queda, com 
necessidade de imobilização da perna devido à fratura, porém somente foi medicada 
para a dor. Ouviu dizer na época que seus ossos estavam “fracos” no exame. 
Revisão de sistemas 
Nega febre ou emagrecimento. Percebeu que diminuiu 5 cm de altura desde quando era 
moça. Apresenta formigamento e queimação de membros inferiores somente à noite, às 
vezes perde o chinelo e quase tropeça. Refere também diminuição da acuidade visual. 
Sem outras alterações nos demais sistemas. 
Saiba Mais 
 
Osteoporose 
 
A osteoporose é definida como uma redução da densidade mineral óssea, por defeito na 
absorção de massa óssea ou pela sua perda acelerada. Leva a uma maior fragilidade do 
tecido por causa da deterioração arquitetural e, consequentemente, a um aumento do 
risco de fratura nessas pessoas. A osteoporose tornou-se um problema de saúde pública 
devido especialmente ao envelhecimento da população. Sua prevalência aumenta com a 
idade e acomete cerca de 33% das mulheres e 16% dos homens com mais de 65 anos. 
Acomete em especial brancos e asiáticos, seguidos por pardos e negros. 
Histórico 
Antecedentes pessoais 
Apresenta Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em uso de medicação via oral: “aquele 
comprimido grande e branquinho”. Não lembra quando realizou a última revisão da 
doença, porém refere que come pouco. Sua dieta é baseada em café, pão com patê, 
arroz, e feijão e carne quando sobra um troco. História de fratura de rádio em 2002 após 
trauma automobilístico. Possui 3 filhos de parto normal e submeteu-se a histerectomia 
por miomatose uterina em 1998, sem reposição hormonal. 
História social 
Tabagista, fuma cerca de 20 cigarros ao dia e iniciou consumo aos 17 anos. Consumo de 
álcool nos finais de semana. Mora com filho, esposo e seu pai, que está acamado há 5 
anos devido a um acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). 
Medicações em uso 
- Metformina 850 mg/dia 
- Ibuprofeno 600 mg até de 8/8h, quando tem dor. 
- Paracetamol 500 mg até de 6/6h, quando tem dor. 
Antecedentes familiares 
Mãe apresentava “reumatismo”, pai com diabetes tipo 2 e história de AVC. 
Exame Físico 
 
Geral: Peso: 48,0 Kg; 
Altura: 1,60 m; 
IMC: 18,7 kg/m²; 
Cardiovascular: ritmo regular em 2 tempos, sem sopro, sem alteração de ictus. 
Respiratório: murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios. 
Abdome: normotenso, depressível, sem organomegalias, RHA presentes, protrusão 
abdominal. 
Osteomuscular: presença de hipercifose dorsal, restrição de movimentos para pegar 
objetos no chão, contratura paravertebral lombar. 
Questão 1Escolha simples 
Qual a provável hipótese diagnóstica para dor 
lombar de M.L.R.? 
Hérnia de Disco 
Lombalgia mecânico-postural 
Espondilite Anquilosante 
Osteoporose 
 
Acertou 
A presença de DM 2, desnutrição e a história pessoal de fratura após queda leva a 
hipótese diagnóstica provável de osteoporose como causa da dor lombar de M.L.R. Na 
hérnia de disco a dor lombar irradia para membro inferior por compressão nervosa, 
geralmente ocorrendo déficit motor (como fraqueza muscular) e/ou sensitivo 
(parestesia). A espondilite anquilosante é um tipo de inflamação que afeta os tecidos 
conjuntivos, que caracteriza-se pela inflamação das articulações da coluna e das grandes 
articulações, como quadris, ombros e outras regiões. A dor na coluna surge de modo 
lento ou insidioso durante algumas semanas, associada à rigidez matinal da coluna, que 
diminui de intensidade durante o dia, costuma melhorar com exercício e piorar com 
repouso. Provavelmente não se trata apenas de lombalgia mecânico postural, porque 
existem sinais de alarme, as bandeiras-vermelhas (história de trauma com fratura, início 
após 50 anos). 
Saiba mais 
 
Avaliação de dor lombar 
Na presença de um paciente com dor lombar é necessário avaliar a presença dos 
principais sinais de alerta, também chamados bandeiras-vermelhas, que estão 
apresentados abaixo: 
SINAIS DE ALERTA PARA AVALIAÇÃO DE PESSOAS COM 
LOMBALGIA (bandeiras-vermelhas) 
1. Idade < 20 e > 50 (espondilite anquilosante, osteoporose) 
2. Dor que piora à noite (câncer) 
3. História de neoplasia (metástases) 
4. Emagrecimento (neoplasias) 
5. Febre (osteomielite, abcessos...) 
6. Grande trauma 
7. Tratamento para osteoporose (fratura patológica) 
8. Dor refratária ao tratamento 
9. Imunosuprimidos com infecção recorrente (HIV, corticoides, uso de drogas 
injetáveis...) 
10. Fraqueza muscular 
11. Distúrbios urinários ou gastrintestinais (bexiga neurogênica, diminuição do tônus 
do esfíncter urinário e/ou retal) 
12. Anestesia em sela (síndrome da cauda equina) 
Fonte: Ministério da Saúde, 2010 
Saiba mais 
 
Osteoporose 
A osteoporose primária ocorre por um processo fisiológico de redução da massa óssea 
devido à redução de estrógeno em mulheres na menopausa e com o avanço da idade. Já 
a osteoporose secundária tem como principais causas o hipertireoidismo, 
hiperparatireoidismo, síndrome de Cushing, diabetes melito, artrite reumatoide, 
espondilite anquilosante, causas farmacológicas (uso de glicocorticoides, lítio, 
medroxiprogesterona), entre outras. 
Como a maioria das pessoas é assintomática, o diagnóstico precoce é dificultado. Por 
isso, é importante atentar aos fatores de risco, sinais e sintomas sugestivos para uma 
avaliação adequada. 
Possíveis causas de osteoporose secundária 
Endocrinopatias: 
• Hiperparatireoidismo; 
• Tireotoxicose; 
• Condições de hipoestrogenismo pós-menopausa (fisiológica, cirúrgica ou 
iatrogênica); 
• Hipogonadismos; 
• Hipertireoidismo; 
• Diabetes mellitus; 
• Hiperprolactinemia, prolactinoma; 
• Hipercortisolismos; 
• Síndrome de Cushing. 
Outras patologias que afetam o metabolismo ósseo: 
• Desnutrição; 
• Neoplasias produtora de PTHrp; 
• Uso prolongado de corticóides, heparina, anticon-vulsivantes; 
• Anorexia nervosa; 
• DPOC; 
• Doenças hematológicas/infiltrativas da medula como mastocitose; 
• Mieloma, leucemias e linfomas; 
• AIDS; 
• Doenças renais; 
• Doenças do aparelho conjuntivo como: artrite reumatóide, osteogênese imperfecta; 
• Doenças gastrointestinais como síndrome de má-absorção, doença inflamatória 
intestinal, doença celíaca e colestase; 
• Pós transplantes; 
• Imobilização prolongada. 
Fonte: Ministério da Saúde, 2006, p. 59-60. 
Questão 2 
Escolha múltipla 
Quais sinais ou sintomas sugerem que a Sra. M. 
tenha osteoporose? 
 Formigamento de membros inferiores 
 Dor lombar crônica 
 Diminuição de estatura referida 
 Hipercifose dorsal 
 Restrição de movimentos 
 
100 / 100 acerto 
A maioria das pessoas é assintomática e apresenta a fratura osteoporótica como primeira 
manifestação. Assim, apresenta-se como dor aguda dorsal, podendo levar à dor crônica, 
que leva a restrição de movimento e até imobilização total. No exame físico, a medida 
da estatura pode levar à suspeita de osteoporose quando ocorre perda documentada de 2 
cm de altura ou referida de 4 cm. Pode-se observar também hipercifose dorsal, 
protrusão do abdômen, outras deformidades esqueléticas e sinais físicos de doenças 
associadas à osteoporose (como exoftalmia no caso de hipertireoidismo). Muitas 
lombalgias e dorsalgias podem ser de origem osteoporótica, portanto é importante 
avaliar os fatores de risco para a doença. O formigamento descrito nos membros 
inferiores da Sra. M. tem característicade neuropatia periférica (piora à noite, sensação 
de formigamento ou queimação de pés), devendo ser realizada avaliação do controle do 
DM2 e exame físico dos pés para investigar neuropatia diabética. 
Questão 3 
Escolha múltipla 
Quais são fatores de risco que a Sra. M.L.R. 
apresenta para osteoporose? 
 Cor da pele branca 
 Tabagismo 
 Baixo peso 
 Profissional com movimentos repetitivos e risco de lesão mecânica 
 Diabetes mellitus tipo 2 
 
100 / 100 acerto 
Devido ao curso assintomático da osteoporose, é importante avaliar os fatores de risco 
para essa doença. Recomenda-se pesquisar a presença dos seguintes fatores incluídos no 
modelo de avaliação de risco da Organização Mundial da Saúde (OMS): 
 
- Idade atual, gênero e estatura; 
- Artrite reumatoide; 
- História familiar de fratura de quadril; 
- Baixo índice de massa corporal; 
- Consumo de álcool (3 ou mais doses ao dia); 
- Fratura prévia por osteoporose; 
- Osteoporose secundária; 
- Tabagismo; 
- Uso de glicocorticoide > 5 mg de prednisona em 3 meses; 
- Evidência de osteoporose na densitometria óssea. 
 
O diabetes melito é uma possível causa de osteoporose secundária. 
A osteoporose não se trata de uma doença de lesão por esforço repetitivo, portanto a 
profissão de Dona M. não é a causa da doença, embora possa piorar seu sintoma de dor. 
(BRASIL, 2006, p. 62). 
Saiba mais 
 
Além desses fatores, o Caderno de Atenção Básica sobre Saúde do Idoso e 
Envelhecimento aponta outros fatores de risco que devem ser abordados, conforme e 
tabela. 
Fatores de risco para osteoporose e fraturas ósseas maiores e menores: 
Maiores 
• fratura anterior causada por pequeno trauma; 
• sexo feminino; 
• baixa massa óssea; 
• raça branca ou asiática; 
• idade avançada em ambos os sexos; 
• história familiar de osteoporose ou fratura do colo do fêmur; 
• menopausa precoce (antes dos 40 anos) não tratada; 
• uso de corticoides. 
Menores 
• doenças que induzam à perda de massa óssea; 
• amenorréia primária ou secundária; 
• menarca tardia, nuliparidade; 
• hipogonadismo primário ou secundário; 
• baixa estatura e peso (IMC < 19kg/m²); 
• perda importante de peso após os 25 anos; 
• baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio; 
• alta ingestão de proteína animal; 
• pouca exposição ao sol, imobilização prolongada, quedas freqüentes; 
• sedentarismo, tabagismo e alcoolismo; 
• medicamentos (como heparina, ciclosporina, hormônios tireoidianos, 
anticonvulsivantes e lítio); 
• alto consumo de xantinas (café, refrigerantes à base de cola, chá preto). 
(BRASIL, 2006, p. 60). 
Questão 4Escolha simples 
Qual exame deve ser solicitado na suspeita de 
osteoporose? 
Densitometria óssea 
Raio X da articulação coxo-femural 
Ecografia de calcâneo 
Raio X de quadril 
 
Acertou 
O diagnóstico de osteoporose é feito por meio da densitometria óssea, quando escore T 
≤ igual 2,5 d.p em mulheres na menopausa e em homens acima de 50 anos em qualquer 
um dos seguintes locais, mesmo sem história de fratura: fêmur proximal (colo femoral e 
fêmur total), coluna lombar e rádio. A Força Tarefa Americana (USPSTF) recomenda 
rastreamento rotineiro para mulheres com idade igual ou superior a 65 anos e a partir 
dos 60 anos para as que têm risco aumentado de fratura. Porém, nenhum estudo 
controlado avaliou o efeito do rastreamento sobre mortalidade e fraturas. O Ministério 
da Saúde recomenda que, enquanto não houverem dados bem estabelecidos sobre a 
mortalidade e os riscos do tratamento farmacológico, não se deve realizar rastreamento 
universal para osteoporose. Não há evidência para a solicitação de raio X para avaliação 
de rastreamento ou diagnóstico precoce da osteoporose, visto que esse exame só detecta 
alterações de diminuição da densidade óssea superiores a 30%. É indicado para a 
avaliação das fraturas. A ecografia de calcâneo é indicada para avaliação de fratura em 
mulheres na menopausa e em homens com idade ≥ 65 anos. Porém, esse exame não 
deve ser usado para monitoramento da doença e não há evidência que esse exame seja 
melhor que a densitometria. 
Saiba mais 
 
O exame de densitometria óssea deve ser recomendado para uma população específica, 
como nos casos evidenciados no quadro a seguir: 
Indicações de realização de densitometria óssea: 
• Mulheres acima de 65 anos; 
• Mulheres com deficiência estrogênica com menos de 45 anos; 
• Mulheres peri e pós-menopausa com fatores de risco (um maior ou dois menores); 
• Mulheres com amenorreia secundária prolongada (por mais de 1 ano); 
• Todos indivíduos que tenham apresentado fratura por trauma mínimo ou 
atraumática; 
• Indivíduos com evidência radiológica de osteopenia ou fraturas vertebrais; 
• Homens acima de 70 anos; 
• Indivíduos que apresentem perda de estatura (maior do que 2,5cm) ou hipercifose 
torácica; 
• Indivíduos em uso de corticosteroides por três meses ou mais (doses superiores ao 
equivalente de 5 mg de prednisona); 
• Mulheres com índice de massa corporal abaixo de 19kg/m²; 
• Portadores de doenças ou uso de medicações associadas à perda de massa óssea; 
• Monitoramento de tratamento da osteoporose; 
(BRASIL, 2006, p. 62). 
Para investigação de causas secundárias de osteoporose, deve-se solicitar exames para 
avaliar os distúrbios do metabolismo mineral por meio de hemograma completo, 
hormônio estimulante da tireoide (TSH), velocidade de hemossedimentação (VHS), 
cálcio e fósforo, creatinina, fosfatase alcalina (para avaliação de defeitos na 
mineralização ou osteomalácia) e análise urinária. Nos homens, deve-se avaliar a 
possibilidade de alcoolismo e hipogonadismo, com dosagem de testosterona e 
gonadotrofinas. 
Questão 5 
Escolha múltipla 
Quais alternativas são recomendadas para o 
tratamento da osteoporose? 
 Ingerir alimentos ricos em cálcio, vitamina D e proteína 
 Alendronato 
 Vitamina D + carbonato de cálcio 
 Não deve ser tratada, pois não há evidência de melhora do quadro com as 
medicações atuais. 
 
100 / 100 acerto 
O tratamento da osteoporose é composto de ações não farmacológicas e farmacológicas. 
Uma dieta rica em cálcio, vitamina D e proteína atua de maneira preventiva na 
osteoporose, assim como a exposição à luz solar e os exercícios físicos. A quantidade 
recomendada de cálcio elementar é cerca de 1200 mg/dia. Deve-se estimular o aumento 
da ingesta de alimentos com cálcio, principalmente quando não for possível realizar a 
reposição. O consumo excessivo (acima de 1500 mg/dia) aumenta o risco de cálculos 
renais e doença cardiovascular. A Fundação Americana de Osteoporose também 
recomenda a ingestão de 800 a 1000 UI/dia de vitamina D para adultos acima de 50 
anos. Nos idosos, além de prevenir quedas, a prática de atividade física melhora a 
marcha, aumenta a qualidade de vida, e favorece a independência e socialização. 
Atividades físicas leves como as caminhadas devem ser recomendadas diariamente, e 
atividades de carga leve com séries de 15 repetições, em intervalos de 24 a 48 horas. 
Outros hábitos de vida devem ser alterados para prevenção de osteoporose, como a 
cessação do tabagismo e do consumo de álcool. 
O tratamento medicamentoso, geralmente usando o alendronato, está indicado para 
diminuir o risco de fratura para mulheres pós-menopausa e homens > 50 anos que 
apresentam: 
• Fratura de vertebra ou de quadril; 
• T-escore < -2,5 em fêmur ou coluna após avaliação de causas secundárias; 
• Baixa massa óssea (T-escore -1,0 e -2,5 no colo do fêmur ou coluna) e uma 
probabilidade em 10 anos de uma fratura de quadril ≥ 3% ou uma probabilidade 
em 10 anos de uma fratura relacionada a osteoporose de ≥ 20%. 
Uma meta-análise de 11 ensaios aleatorizados revelou que o alendronato reduziu 
significativamente as fraturas vertebrais, fraturas de antebraço, fraturas de colo de fêmur 
e outras fraturas não vertebrais. Porém, nenhum ensaio aleatório de tratamento para a 
osteoporose demonstrou impacto na mortalidade. Osbenefícios foram evidenciados em 
mulheres de alto risco para fraturas, como as mais idosas, com massa óssea reduzida ou 
com fratura vertebral preexistente. Essas análises foram obtidas de estudos com 
pacientes restritos, sendo questionável a generalização dos resultados para mulheres 
assintomáticas em ambientes de atenção primária. 
(BRASIL, 2006, p. 63). 
Questão 6 
Escolha múltipla 
Quais orientações podem ser dadas a idosa e sua 
familiar referente à prevenção de novas quedas? 
 Iniciar imediatamente a deambulação 
 Evitar o uso de calçados abertos 
 Providenciar luminária ou chave de luz próxima à cama 
 Trocar os tapetes por aqueles aderentes ao chão 
 Rever com o médico as medicações usuais 
 Reduzir o número de móveis para facilitar a movimentação na sala 
 
100 / 100 acerto 
A paciente não poderá iniciar a deambulação, pois necessita de fisioterapia motora para 
auxiliá-la. Calçados abertos, domicílio com pouca iluminação, uso concomitante de 
medicações, e pouco espaço para o idoso movimentar-se são fatores que podem 
desencadear quedas. (BRASIL, 2006). 
Deve-se atentar aos fatores de risco para fraturas, visto que quando elas ocorrem se têm 
uma grande morbimortalidade. Os locais mais comumente acometidos são a coluna 
vertebral, fêmur (colo) e quadril, sendo que esta última apresenta maior mortalidade 
imediata (12%) e aumento na mortalidade tardia em 20% em 1 ano. 
O risco de fratura, segunda a OMS, aumenta de acordo com a categorização da massa 
óssea. Pacientes com osteopenia têm 4 vezes mais risco, com osteoporose 8 vezes e com 
osteoporose severa mais de 20 vezes. 
Além de viabilizar o diagnóstico precoce e orientações para tratamento, mudanças 
ambientais, em especial para idosos, devem ser tomadas para evitar quedas e 
consequentemente fraturas. 
As mudanças necessárias para redução do risco de queda em decorrência de 
fatores ambientais incluem: 
• O quarto de dormir deve ser o mais próximo possível do banheiro; 
• Usar piso antiderrapante; 
• Retirar tapetes, móveis baixos e com cantos pontiagudos, não deixar objetos 
pequenos no chão; 
• Instalar tomadas a 1 metro do chão e não no rodapé; 
• Deixar os objetos de uso diário facilmente alcançáveis, evitando usar bancos ou 
escadas; 
• No banheiro, colocar piso antiderrapante, barras de apoio e cadeira estável para 
facilitar a lavagem dos pés; 
• Instalar corrimão nas escadas e marcar o final dos degraus com faixa 
antiderrapante. 
(BRASIL, 2006). 
Objetivos do Caso 
 
Revisar fatores de risco, diagnóstico, tratamento e fatores associados à osteoporose, no 
contexto da atenção domiciliar. 
Referências 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 224, de 26 de março de 2014. Aprova 
o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da Osteoporose. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 27 mar. 2014. 
Seção 1, p.35. Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt0609_06_06_2013.h
tml> . Cópia local Acesso em : 2014. 
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, DF: 
Ministério da Saúde, 2006. 192 p. (Cadernos de Atenção Básica - n.º 19. Série 
A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível 
em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad19.pdf> . 
Cópia local Acesso em : 2014. 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Rastreamento. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. 95 p. 
(Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Primária, n. 29). 
Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29
_ra...> . Cópia local Acesso em : 2014. 
4. PINTO NETO et al. Consenso brasileiro de osteoporose. Rev. Bras. Reumatol., 
[São Paulo], v. 42, n. 6, p. 343 – 354, nov./dez., 2002. Disponível 
em: <http://www.osteoprotecao.com.br/pdf/consenso_brasileiro_osteoporose.pd
f> . Cópia local Acesso em : 2014. 
5. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Envelhecimento ativo: uma política de 
saúde. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 59 p. 
Disponível 
em: <http://www.prosaude.org/publicacoes/diversos/envelhecimento_ativo.pdf>
 . Cópia local Acesso em : 2014. 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt0609_06_06_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt0609_06_06_2013.html
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/prt0609_06_06_2013.html
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad19.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad19.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad19.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
http://www.osteoprotecao.com.br/pdf/consenso_brasileiro_osteoporose.pdf
http://www.osteoprotecao.com.br/pdf/consenso_brasileiro_osteoporose.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/consenso_brasileiro_osteoporose.pdf
http://www.prosaude.org/publicacoes/diversos/envelhecimento_ativo.pdf
http://www.prosaude.org/publicacoes/diversos/envelhecimento_ativo.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/envelhecimento_ativo.pdf

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