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Aula 4 Química de Polímeros

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 A palavra polímero origina-se do grego: “poli” (muitos) e “mero” 
(unidade de repetição): 
“Polímeros são macromoléculas, compostas por dezenas de milhares 
unidades repetitivas (meros) ligadas por ligação covalente”. 
INTRODUÇÃO À QUÍMICA DE POLÍMEROS 
Definições 
Monômero Polímero 
Mero – Unidade 
Repetitiva 
Nº de unidades 
Repetidas 
MM = 103 a 106 g/mol 1 
Plásticos, Borrachas e Fibras 
• Dependendo da estrutura química do monômero, do tamanho das 
cadeias (nº médio de meros) e do tipo de ligação covalente os 
polímeros podem ser divididos em três grandes classes: 
Terminologia 
• Macromolécula: Molécula de alta massa molar, constituída de um 
grande nº de átomos  não são formadas necessariamente por 
repetições de uma ÚNICA unidade: 
Naturais: proteínas, borracha natural, polissacarídeos, etc: 
Polissacarídeo  CELULOSE Latex (Borracha natural)  
Poli(isopreno) 2 
 Cadeia Macromolecular: Átomos ligados uns aos 
outros por ligação covalente mas pode existir ligação 
coordenada ou iônica. 
Sintéticos: polietileno, poliestireno, poli(acrilato de metila), etc: 
Polietileno Silicone 
Cada cadeia polimérica é formada por „n‟ 
unidades repetitivas e tem no mínimo 
2 grupos terminais. 
Poliestireno 
Polipropileno 
3 
Polímero (atualmente, IUPAC): Substância ou material caracterizado 
por repetições múltiplas de uma ou mais unidades repetitivas ligadas 
umas às outras, induzindo a presença de um conjunto de 
propriedades que não variam marcadamente com a adição ou 
remoção de poucas unidades repetitivas. 
Unidade repetitiva 
Polímero 
kj 
Ligação covalente 
REPRESENTAÇÃO TRI-DIMENSIONAL DE MONÔMEROS DE ETILENO 
ARRANJADOS EM UMA CADEIA POLIMÉRICA (POLIETILENO) 
 Unidade Repetitiva: Menor unidade da cadeia polimérica que 
representa a estrutura da cadeia polimérica. 
4 
 Classificação De Polímeros: 
Polímeros de Adição 
Em 1929, Carothers propôs: 
Unidade estrutural (mero) = monômero 
Reação em cadeia 
I. Polimerização por Condensação: neste processo as 
reações ocorrem por etapas e em geral envolvem mais de um 
tipo de monômero. 
Polímeros de Condensação 
Unidade estrutural (mero) ≠ monômero 
Reação em etapas 
5 
• Os monômeros são bifuncionais e a reações ocorrem com 
eliminação de moléculas pequenas. 
Exemplo 1: Formação do poliéster (reação entre hidroxila e carboxila): 
• Neste tipo de polimerização são produzidos vários poliésteres, 
poliamidas, entre outros. 
Representação de 1 passo da polimerização por condensação  este 
passo se repete sucessivamente, produzindo-se uma molécula linear. 
6 
Exemplo 2: Formação do poliamida (reação entre amina e carboxila): 
II. Polimerização por Adição: Reações em cadeia que 
ocorrem em “etapas” dependentes uma das outras: 
1ª. Iniciação  geração de espécies reativas; 
2ª. Propagação  adição sequencial de monômeros; 
3ª. Terminação  desativação do sítio reativo. 
Obs: Cada etapa tem sua própria cinética. 7 
Ligação amida 
Kevlar 
• O monômero apresenta uma ligação dupla que será quebrada com 
a adição de outras unidades monoméricas. 
• A quebra da ligação dupla para iniciar a polimerização pode ocorrer 
por mecanismos radicalar, aniônico, catiônico ou coordenação. 
• Os mecanismos, os meios reacionais e o tipo de monômero 
definem as características do polímero formado. 
Polipropileno Polietileno 
• A polimerização de adição corresponde à maior parte da produção 
industrial de polímeros no mundo, composta principalmente de 
polietileno e polipropileno: 
• Esses dois polímeros são conhecidos como polímeros de alto 
consumo  “commodities”. 8 
II.1. Polimerização Radicalar: 
 Alguns monômeros têm duplas ligações muito reativas e sofrem 
iniciação somente com aquecimento. 
A grande maioria requer um iniciador. 
Orgânico: peróxido de benzoíla Inorgânico: persulfato de potássio 
1. “Etapa” de Iniciação da polimerização: 
 É a etapa mais lenta da reação, sendo que toda energia fornecida à 
reação é usada na decomposição do iniciador  cisão homolítica: 
ENERGIA 
Peróxido de Benzoíla Radical 9 
 Ligação RO–OR sofre clivagem homolítica com facilidade formando 
o radical RO• bastante instável e reativo. 
 Formação do centro ativo  Radical monomérico: 
2. “Etapa” de Propagação: 
 Etapa com velocidade alta e constante de formação do radical 
polimérico; 
 As cadeias crescem devido à sucessivas reações de adição de 
monômeros: 
Monômero Radical Livre Radical Monomérico 
10 
 Desproporcionamento  Transferência de um H da cadeia em 
crescimento para o sítio ativo: 
3. Etapa de Terminação da Cadeia: 
 Acoplamento ou combinação  Encontro de 2 radicais poliméricos: 
Pode ocorrer por: 
As cadeias interrompem o crescimento em momentos diferentes, 
gerando cadeias com diferentes tamanhos. 11 
 É utilizada para monômeros substituídos com grupos polares, como 
o cloreto de vinila ou os ésteres do ácido acrílico: 
Obs.: A reação de acoplamento ocorre preferencialmente por 
envolver (-)energia, a menos que o tamanho do radical “R” o impeça. 
CATIÔNICA: 
II.2. Polimerização Catiônica e Aniônica: 
Cloreto de Vinila Acrilato de Metila 
 Também utiliza-se um iniciador como nas polimerizações radicalares 
 Os tipos de iniciadores, os solventes e os sistemas de terminação 
usados são extremamente variados e dependem do monômero. 
• Se aplica a monômeros que contém substituintes doadores de ē nos 
carbonos da dupla ligação  estabilização do carbocátion (C+). 12 
𝒏𝑪𝑯𝟐 = 𝑪(𝑪𝑯𝟑)𝟐 
𝑨𝒍𝑪𝒍𝟑 𝑪𝑯𝟑𝑪𝒍 −𝟏𝟎𝟎°𝑪
 [−𝑪𝑯𝟐𝑪(𝑪𝑯𝟑)𝟐−]𝒏 
Poli(isobutileno) - PIB 
• Inicia em baixas temperaturas com ácidos fortes como HClO4, H2SO4 
e também com ácidos de Lewis AlCl3, BF3  Eletrófilos 
Exemplo: 
Exemplo é a polimerização de estireno em THF com butil-lítio (C4H9-Li). 
ANIÔNICA: 
• Se aplica a monômeros que contém substituintes retiradores de ē 
nos carbonos da dupla ligação  estabilização do carbânion (C-). 
• O iniciador é uma espécie nucleofílica  Brometo de metil-
magnésio, metais alcalinos livres (Na, K, Li). 
Dissolvidos em NH3(l) ou em suspensão em 
solventes apolares como THF e naftaleno. 
13 
 Grupos Funcionais e Monômeros Mais Importantes: 
 R  R’  R’’  R’’’ Monômero 
H H H H Etileno 
CH3 H H H Propileno 
C6H5 H H H Estireno 
 
 
H H H Butadieno 
 
 
H H H Isopreno 
Cl H H H Cloreto de Vinila 
CN H H H Acrilonitrila 
COOH H H H Ácido Acrílico 
COOMe H H H Acrilato de Metila 
OCOMe H H H Acetato de Vinila 
COOMe CH3 H H Metacrilato de Metila 
C C
R
R'
R''
R'''
C C
H H
H
C C
CH3 H
H
14 
 Grau de Polimerização (DP): É o nº de unidades de repetição da 
cadeia polimérica e fornece uma medida do peso molecular. 
Em que: X é o grau de polimerização 
 M é a massa molar da cadeia polimérica 
 Me é a massa molar do grupo terminal 
 MUR é a massa molar da unidade de repetição 
- Muitas propriedades dependem do grau de polimerização, que pode 
ser calculado da seguinte forma: 
Esse fato gera uma distribuição de massa molar, sendo possível obter 
vários tipos de massas molares médias. 
- Os Polímeros são caracterizados por não possuir Massa Molar 
definida. 
Durante a polimerização ocorre o crescimento independente de 
cada cadeia polimérica  quase todos os polímeros possuem 
diferentes graus de polimerização ou polidispersidade 
𝑋 =
𝑀 −𝑀𝑒
𝑀𝑈𝑅
≈
𝑀
𝑀𝑈𝑅
 
15 
Massa Molar de Polímeros 
• A característica mais importante dos polímeros é o seu alto peso 
molecular. 
 As propriedades mecânicas exibidas são dependentes do tamanho médio 
e da distribuição de comprimentosdas cadeias de polímero. 
 Embora a estrutura química do polímero seja igual, pesos 
moleculares diferentes podem mudar completamente as propriedades do 
polímero (propriedades físicas, mecânicas, térmicas, reológicas, de processamento 
e outras). 
COMPOSTOS DE 
BAIXA MASSA MOLAR 
E ALGUMAS PROTEÍNAS 
MONODISPERSOS 
MASSA MOLAR 
DEFINIDA (M) 
POLÍMEROS EM GERAL POLIDISPERSOS 
MASSA MOLAR 
MÉDIA (𝑴 ) 
A distribuição de massa molar em polímeros depende basicamente 
do tipo de polimerização e das condições de síntese. 16 
Existem 4 tipos de Massas Molares Médias: 
Distribuição de Massas Molares em Polímeros: 
Massa molar obtida é função do método 
escolhido para a sua determinação 
17 
a) Massa Molar Numérica Média (𝑀𝑛): Definida como sendo a massa 
molar de todas as cadeias dividida pelo nº total de cadeias. 
Ni : nº moléculas com massa molar Mi 
- Método que se baseia no número de moléculas (Ni) da espécie i, de 
peso molecular Mi 
- É a soma das massas molares de cada espécie de macromolécula, 
dividida pelo número total de macromoléculas. 
Mi : massa da cadeia do polímero (g) 
18 
b) Massa Molar Ponderal Média (ou em peso) (𝑀𝑤): Considera a 
massa molar de cada fração de maneira ponderada para o cálculo da 
média. 
- É a soma do quadrado das massas molares de cada macromolécula, 
dividida pela somatória da massa molar média numérica das 
macromoléculas: 
Ni : nº moléculas com massa molar Mi ; 
wi : fração de moléculas com massa molar Mi; 
wi = Ni Mi 
- Na massa molar média em peso , cada macromolécula contribui no 
quadrado de suas massas e por isso as moléculas maiores afetam 
mais que as menores. 
𝑴𝑾 ≥ 𝑴𝒏 
𝑴𝑾
𝑴𝒏 
≥ 𝟏 
19 
Cálculo para demonstrar a diferença entre 𝑴𝑾 e 𝑴𝒏 
Número de 
moléculas 
Massa molar 
das Moléculas 
Wi = Ni Mi 
2 1000 2000 
3 2000 6000 
1 3000 3000 
Total= 6 Total = 11000 
1833
6
110001______
 


i
i
i
i
i
i
i
i
n MN
NN
MN
M
2090
1011
)103(1)102(3)10(2
3
2323232______





x
xxxxx
MN
MN
M
i ii
i
ii
w
14,1
1833
2090
_____
____

nM
M w
Mede o grau de não-
homogeneidade do 
polímero 
20 
d) Massa Molar Média (𝑀𝑧): Leva em consideração com mais rigor a 
massa molar de cada fração. 
c) Massa Molar Viscosimétrica Média(𝑀𝑣): Massa molar determinada 
por medidas de viscosidade de soluções poliméricas diluídas. 
21 
22 
Classificação quanto ao Tipo de Monômero: 
• Homopolímeros  1 monômero 
• Copolímeros  2 ou + monômeros 
Copolímero Aleatório: É formado por uma disposição aleatória de 
dois ou mais monômeros. 
Tipos de Copolímeros 
Copolímero em Blocos: Possui blocos de monômeros de um 
mesmo tipo intercalados com blocos de monômeros de outro tipo. 
23 
Copolímero  Blenda 
•Copolímero: polímero com mais de um tipo de unidade repetitiva na 
cadeia: 
ABS: São usados 3 monômeros: acrilonitrila, 1,3-butadieno e o 
estireno  nome é polímero acrilonitrila-butadieno-estireno 
 ↓ ↓ ↓ 
 Acrilonitrila - 1,3-Butadieno - Styrene 
Copolímero de Enxerto: Possui uma cadeia principal de um só tipo 
de monômeros com ramificações de outros monômeros 
24 
•Blenda: mistura física de 2 ou + polímeros, pode ou não ser usado 
solvente; 
Por Ex.: PEAD + PEBD → Sacolas de supermercado 
•Compósito: polímero misturado com outro tipo de material; 
Por exemplo: PP carregado com talco, Poliéster + fibra-de-vidro 
- Com o ABS se fabricam brinquedos, componentes de geladeira, 
painéis de automóveis, telefones, invólucros de aparelhos elétricos e 
embalagens, capacete de proteção em construções... 
Acrilonitrila 
Estireno 
1,3-Butadieno 
25 
Classificação quanto à Forma Molecular Fixada por Ligações 
Químicas: 
Termoplásticos - MOLDÁVEIS: PVC, PS... 
Termofixos - Rigidez 
Permanente 
Fusão causa a 
degradação do 
polímero/material 
26 
27 
 Reticulação: Processo em que cadeias poliméricas podem ligar-se 
umas às outras formando redes poliméricas tridimensionais. 
Borracha Natural 
Borracha Vulcanizada 
Um exemplo prático é a Vulcanização da Borracha: 
28 
 Conformação: Descreve a posição de cada átomo ou grupo durante o 
processo de rotação: 
Estrutura Macromolecular: 
ESTRUTURA DO 
MONÔMERO 
MÉTODO DE 
POLIMERIZAÇÃO 
ESTRUTURA 
PRIMÁRIA 
• Constituição Química 
• Ordenamento dos Segmentos  
CONFORMAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 
29 
 Configuração: Descreve o arranjo espacial do grupos lateralmente 
ligados a um determinado átomo ou ainda, à sequência dos grupos 
em determinada cadeia polimérica: 
- Polímeros contendo ligações duplas podem ter isômeros 
conformacionais , cis ou trans: 
Cabeça-Cabeça Cabeça-Calda 
- Dependendo de como a ligação entre os monômeros ocorre, pode-se 
ter 3 tipos diferentes cadeias: 
Poli(cis-isopreno) Poli(trans-isopreno) 30 
- Homopolímeros lineares como o PP ou PS, podem ter diferentes 
configurações estereoquímicas (taticidade), denominadas: isótatica, 
sindiotática ou atática: 
Isotática: o substituinte está sempre na mesma posição ao longo da 
cadeia polimérica: 
POLIESTIRENO 
POLIPROPILENO 
31 
Sindiotática: os substituintes estão em posições alternadas: 
POLIESTIRENO 
POLIPROPILENO 
32 
Atático: os substituintes estão em posições aleatoriamente localizadas 
ao longo da cadeia polimérica. 
POLIESTIRENO 
POLIPROPILENO 
33 
 Organização das Macromoléculas no Polímero 
- Polímero Amorfo: As cadeias do polímero estão desorganizadas, 
arranjadas em espirais randômicas  Não possui ponto de fusão fixo. 
- Polímero Cristalino: As cadeias do polímero estão “ordenadas”, 
existindo uma forma definida  Possui ponto de fusão definido. 
- Polímero Semi-Cristalino: Em geral, os polímeros não são nem 
totalmente amorfos, nem totalmente cristalinos, se apresentando 
num estado intermediário  grau de cristalinidade. 
Quando ↑ o grau de cristalinidade, ↑ é a organização das cadeias 
 auxilia na seleção do material em diferentes aplicações. 
- Os polímeros podem ser amorfos, cristalinos ou semi-cristalinos 
conforme a sua estrutura molecular e as interações intermoleculares 
que se podem estabelecer. 
34 
Amorfo Semi-cristalino 
Fatores que Influenciam no Grau de Cristalinidade: 
• O principal fator é a natureza química do polímero  interações 
específicas. 
• Cadeias de baixo peso molecular favorecem uma maior 
cristalinidade. 
Homopolímeros possuem maiores condições de formar uma estrutura 
mais cristalina do que copolímeros randômicos  copolímeros 
possuem uma distribuição não uniforme de forças intermoleculares. 
35 
• Polímeros contendo grupos laterais grandes ou ramificações tem 
menor grau de cristalinidade  menor empacotamento das 
cadeias. 
• A cristalinidade pode ser modificada através de aquecimento  as 
cadeias podem se movimentar mais livremente formando 
estruturas cristalinas (cristalitos) adicionais. 
• Pressão e temperatura podem influenciar na cristalinidade. 
• Taxa de resfriamento durante a solidificação  tempo é necessário 
para as cadeias se moverem e se alinharem em uma estrutura 
cristalina; 
• Copolímeros: os meros se arranjam mais regularmente, são mais 
fáceis de cristalizar  Copolímeros em bloco e alternados 
cristalizam mais facilmente que os aleatórios ou por enxerto. 
Polímeros em rede são quase totalmente amorfos 
36 
Os materiais termoplásticos são amorfos ou semi-cristalinos  
possuem 1 ou 2 temperaturas características: 
Temperaturas de TransiçãoVítrea e Fusão 
 Polímeros Amorfos tem apenas temperatura de transição 
vítrea, Tg  cadeias começam a ter mobilidade: o material 
passa de um estado frágil para um dúctil. 
• Polímeros Cristalinos Ideais: possuem estrutura totalmente 
organizada e apresentam apenas Tf 
 Polímeros Semi-Cristalinos tem Tg e temperatura de fusão, Tf 
 na Tf cadeias das regiões cristalinas começam a ter 
mobilidade: o material passa de um sólido p/ líquido viscoso. 
Alguns Fatores que Influenciam na Tg: 
• Flexibilidade da Cadeia: Quanto + flexível + baixa a Tg  facilita as 
rotações em torno das ligações C-C. 
37 
Poli(dimetilsiloxano) 
Polietileno 
Policarbonato 
Tg = -123 °C 
Tg = -120 °C 
Tg = 150 °C 
Ex: Anéis aromáticos na cadeia principal tornam o material – flexível 
aumentando a Tg  oxigênio torna a molécula + flexível diminuindo Tg 
38 
• Geometria – Efeito dos grupos substituintes  Qnto maior esses 
grupos maior a Tg  dificulta os movimentos das cadeias 
(aumentam as forças de interação): 
Polietileno Tg = -120 °C 
Polipropileno Tg = -10 °C 
Poliestireno Tg = 100 °C 
39 
• Flexibilidade dos Grupos Substituintes  Qnto mais flexíveis os 
grupos substituintes menor a Tg  maior acomodação do 
“movimentos da cadeia”: 
Poli(acrilato de metila) Tg = -3 °C 
Poli(acrilato de etila) Tg = -22 °C 
Poli(acrilato de propila) 
Tg = -56 °C 
40 
• Tipos de Copolímeros: 
I. Quando os componentes do copolímero são polímeros compatíveis 
entre si (experimental)  a Tg do copolímero está relacionada com 
as Tg de cada componentes e com as frações mássicas: 
EX: um copolímero com 50% de acetato de vinila e acrilato de metila 
tem Tg = 30°C  Tg dos homopolímeros é 45°C e 15°C respect. 
II.Quando os componentes forem incompatíveis (imiscíveis) tenderão 
a manter-se separados  formam domínios de segregação que 
conferem as suas próprias propriedades ao material final: 
EX: PS resistente ao impacto é um copolímero de enxerto de estireno 
e butadieno (5-10%)  possui 2 Tg, -60°C e 100°C, Tg do 
polibutadieno e do PS, respectivamente. . 
Em geral, o material apresentará tantas 
temperaturas quanto os componentes 
41 
42 
Polímeros e Suas Aplicações 
Celulose: supera todos os outros em quantidade absoluta  é tão 
comum que “dá em árvores”. 
• É um polissacarídeo constituído por unidades de glicose ligadas entre 
si por ligações -1,4 glicosídicas: 
• Um dos principais constituintes das paredes celulares das plantas  
polímero natural mais abundante. 
β-1,4 β-1,4 
• Tem estrutura linear e fibrosa na qual se estabelecem “ligações de H” 
entre os grupos OH das cadeias: impenetráveis a água insolúveis. 
43 
Polivinilpirrolidona (PVP): É solúvel em água, apresenta excelentes 
propriedades de umidificação e forma filmes facilmente; 
Vinilpirrolidona Polivinilpirrolidona 
• O monômero é tóxico, porém o polímero é inofensivo, inclusive 
bastante empregado na indústria farmacêutica. 
Está presente em medicamentos via oral, soluções, pomadas, 
sabonetes líquidos, shampoos, cremes dentais, etc. 
• PVP foi a base das primeiras formulações para sprays 
e géis fixadores para cabelos. 
44 
Usado como revestimento ou aditivo p/ revestimentos, em tintas e 
adesivos p/ colar chapas de madeira (material compósito.) 
Material que contém mais 
de um componente. 
Amido: Também é um polímero de glicose, constituído pela mistura de 
dois polissacarídeos: amilose e amilopectina  é utilizado como 
reserva energética pelos vegetais. 
 Amilose é uma macromolécula linear, constituída por resíduos de 
D-glicose ligadas por ligações -1,4. 
 Amilopectina é uma macromolécula menos hidrossolúvel que a 
amilose, constituída por resíduos de -glicose, formando ligações 
-1,4 e ligações -1,6 (pontos de ramificação da estrutura). 
45 
Poli(cloreto de vinila) - PVC: Pertence à classe dos polímeros clorados 
 um dos polímeros de maior produção e consumo no mundo. 
É o único material plástico que não é 100% 
derivado do petróleo  57% de Cl e 43% de 
eteno, derivado do petróleo: 
46 
Características: 
Aplicações: Tubulações; revestimentos de cabos e utensílios 
domésticos; embalagens, calçados, brinquedos, indústria 
automobilística, etc. 
• Leve e de fácil manuseio; • Bom isolante térmico, elétrico e 
acústico; • Resistente à ação de fungos e 
bactérias; 
• Resistente a agentes químicos; 
• Durável, reciclável, produzido c/ 
baixo consumo de energia, etc. 
• Impermeável a gases e líquidos; 
47 
- LDPE: Termoplástico semicristalino de  densidade; apresenta 
estrutura ramificada; atóxico, flexível, “transparente”, impermeável. 
Polietileno (PE): Um dos polímeros mais comum e 
quimicamente simples  é relativamente inerte e tem baixa 
resistência mecânica: 
 Pode ser obtido por diferentes tipos de polimerização: 
Utilizado em frascos p/ cosméticos, medicamentos, embalagens, 
garrafas térmicas, luvas, sacolas,...: 
- HDPE: Termoplástico de  densidade; elevadas forças 
intermoleculares e baixo nível de ramificações; Resistente à altas T, 
impermeável, inerte e atóxico. 48 
Empregado em frascos para detergente, shampoo; em tubulações p/ 
gás, uso sanitário, garrafas de água, ...: 
Poli(isopreno): Tem a mesma fórmula da borracha natural (látex) 
(1,4-cis-poliisopreno), empregado na produção de carcaças de pneus: 
- HDPE: Termoplástico de  densidade; elevadas forças 
intermoleculares e baixo nível de ramificações; Resistente à altas T, 
impermeável, inerte e atóxico. 
49 
Suas principais características são: a inércia 
química; impermeabilidade; baixo coeficiente 
de atrito e baixa toxicidade. 
Poli(tetrafluoretileno) - PTFE: Polímero fluorado mais conhecido 
pelo nome comercial de Teflon. 
• Semelhante ao polietileno: átomos de F substituem os H em sua 
estrutura: 
Principais Aplicações: Válvulas, registros, próteses, 
isolamentos elétricos, revestimentos para equipamentos 
químicos, utensílios domésticos, etc. 
50 
O mais conhecido é a polidimetilsilicona, mais 
conhecido como silicone: 
 São inertes, incolores, impermeabilizantes, 
lubrificantes e na são muito empregados em 
próteses: 
Silicone: Heteropolímero orgânico-inorgânico que pertence à classe 
das siliconas  possuem ligações -Si-O- formando a cadeia principal. 
Poli(cloropreno): Borracha sintética muito resistente à tensões 
mecânicas e à degradação causada por agentes atmosféricos e 
produtos químicos: 
51 
Empregado na fabricação de juntas, tubos flexíveis, roupas de 
mergulho, revestimento de materiais elétricos, etc: 
Spandex: Fibra sintética com elevada elasticidade (elastano) que 
pertence à classe dos poliuretanos  caracterizados pela ligação 
uretânica –NH-CO-O-: 
 Os poliuretanos podem se apresentar na forma de espumas (rígidas 
ou flexíveis), elastômeros, fibras, etc. 
52 
 Usados em revestimentos e vernizes para mobílias; adesivos e colas 
para madeira; assentos de automóveis; colchões; calçados; pisos, 
etc. 
Poliamidas ou Nylons: São polímeros obtidos pela polimerização 
de diaminas com ácidos dicarboxílicos (ligações peptídicas, –NH-CO-) 
 possuem alta resistência mecânica: 
 São moldados na forma de engrenagens e outras peças de 
máquinas, sendo usados também na fabricação de fios, cordas, 
tecidos, linhas de pesca, etc. 
53 
• Kevlar é a marca registrada da DuPont p/ fibra sintética de poliamida 
resistente ao calor e mais resistente que o aço. 
Usada na fabricação de cintos de segurança, construções 
aeronáuticas, coletes à prova de bala, raquetes de tênis, etc. 
54 
 São usados como fibras têxteis; na confecção de garrafas de 
vasilhames descartáveis; filmes, etc: 
Poliésteres: Resultamda policondensação de diácidos e diálcoois. 
 Existem vários poliésteres, mas um dos mais conhecidos é o 
poli(tereftalato de etileno) (PET): 
55 
É dura, resistente e durável: usada em saltos de calçados femininos e 
solados de calçados em geral: 
Borracha Natural: Proveniente do látex e constituída de 
poliisopreno (poli-cis-isopreno). 
Borracha SBS: É uma borracha sintética, termoplástica, que 
pertence à classe dos elastômeros  copolímero de estireno-
butadieno-estireno: 
56 
Usado em lentes para óculos; lanternas de 
sinalização; janelas de aviões, telas de televisores, 
lanternas de automóveis, etc: 
Poli(metacrilato de metila): É da classe os acrílicos, muito 
resistente e com excelente características ópticas  “vidro plástico”. 
Polipropileno (PP): Termoplástico derivado do propeno, mais duro 
e resistente ao calor quando comparado ao polietileno: 
É um material de baixo custo, fácil moldagem, alta resistência química 
e à solventes e boa resistência ao impacto. 57 
Muito usado na fabricação de artigos moldados, como, brinquedos, 
copos plásticos, tubos para carga de canetas esferográficas, seringas 
de injeção, embalagens para iogurtes, copos plásticos, autopeças, 
fibras, etc: 
Poli(acrilonitrila): Polímero acrílico obtido a partir da polimerização 
de acrilonitrila: 
• Usado como fibra têxtil e na produção de 
fibra de carbono de alta resistência para 
uso militar e aeronáutico: 
58 
Possui baixo custo, facilidade de processamento e boas 
propriedades mecânicas  usado na fabricação de objetos rígidos 
como xícaras, copos, brinquedos... 
Poliestireno (PS): Obtido a partir do estireno (vinilbenzeno): 
59 
Com a injeção de gases no sistema a quente durante a produção de 
PS, ele se expande e dá origem ao isopor; 
Usado na fabricação de caixas de ovos, bandejas para 
alimentos, isolamentos acústicos e, térmico. 
60 
Resinas Epóxi ou Poliepóxidos: São plásticos termofixos que 
endurecem quando misturados a um “agente endurecedor”. 
Atualmente as resinas epóxi são utilizadas p/: revestimento interno de 
latas de cerveja, refrigerantes, sucos, placas de circuito impresso; 
pisos sintéticos; tintas anticorrosivas, adesivos, etc. 
61 
Poli(ácido acrílico): É um membro da família acrilato dos polímeros 
derivado do ácido acrílico. 
• Muito empregado em fraldas descartáveis e como agente 
espessante: 
Capaz de adsorver água muitas vezes o valor de seu 
peso. 
62 
Hidroxietilcelulose: derivado de celulose e solúvel em água  
agente gelificante, espessante e estabilizador de emulsão. 
• Usado em cosméticos, soluções de limpeza e outros produtos de 
uso doméstico. 
63 
Acrilonitrina-Butadieno-Estireno (ABS): Copolímero de elevada 
resistência ao impacto obtido pela combinação de acrilonitrila, 1,3-
butadieno e estireno. 
• São utilizados em materiais de construção civil; em dispositivos de 
segurança como capacetes; mouse e impressoras, acessórios de 
automóveis, brinquedos, etc: 
64 
Tem características semelhantes ao vidro, boas propriedades 
elétricas e resistente à chama. 
Policarbonatos (PC): São um tipo especial de poliésteres, 
formados por ligação –O-(C=O)-O-. São transparentes, com excelente 
resistência mecânica de tração e ao impacto.: 
Muito usado em placas e chapas transparentes em substituição ao 
vidro; em janelas de aviões; tetos solares transparentes em 
edifícios, lente de óculos e em CD: 
65 
Reciclagem de Plástico e Código de Identificação 
Os símbolos usados no código de identificação de embalagens de 
plástico são compostos de flechas formando um triângulo contendo 
um nº no interior e o símbolo do elemento embaixo: 
Simbologia utilizada para identificação de embalagens poliméricas, Norma 
NBR 13.230 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
Esses códigos tem o objetivo de identificar o material da embalagem 
facilitando o processo de reciclagem. 66

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