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Direito Civil II Obrigações

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Direito Civil II – Obrigações
Professor: Roberto Pompeo
O objetivo do Direito é a Justiça
No qual temos Segurança Jurídica
O Direito, coloca-se, no mundo da cultura, isto é; dentro da realidade das realizações humanas.
O mundo do DEVER-SER
Direito é o ordenamento das relações jurídicas (sociais), sendo que só existe direito, porque há sociedade.
A relação jurídica estabeleceu-se juntamente em função da escala de valores do ser humano na sociedade, no qual, somos estimulados a praticar, esta ou aquela em razão dos valores que autorgramos as necessidades da vida.
Relações jurídicas podem ser extintas, modificadas e produzidas.
Direito Civil, regula as relações sociais entre particulares desde que a sua especidade não seja reguladora de outro tipo de relação.
“Conjunto de normas reguladoras das relações jurídicas em que exigir à um dos titulares o seu interesse que corresponde o dever de prestar imposto a outro.” – Antunes Valerella 
“Obrigação é a relação jurídica de caráter TRANSITORIO, estabelecida entre credor e devedor, cujo objetivo consiste, numa prestação pessoal, econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através do seu patrimônio” - Washington de Barros Monteiro
Definição de Obrigação
Obrigação como sendo a relação jurídica de caráter transitório de cunho pecuniário, unindo duas (2) ou mais (+), pessoas devendo uma (o devedor) realizar a prestação.
Elementos 
Subjetivo – sujeito 
Ativo – credor (direito)
Passivo – devedor (dever)
Credor quer que o seu direito seja tutelado e protegido para que tenha eficácia. O cumprimento ou execução da prestação. 
Prestação não tem necessariamente uma contraprestação.
Máxima da Teoria das Obrigações:
A TODO DIREITO CORRESPONDE UM DEVER
CREDOR TEM DIRIETO DE RECEBER E O DEVEDOR TEM A OBRIGAÇÃO (DEVER) DE PAGAR.
Objeto (objetivo) – prestação
Caráter transitório é quando surge com a intenção de ter um fim.
É o ponto material sobre o qual recai a obrigação:
CREDOR – DEVEDOR
CRÉDITOS – DÉBITOS 
O debito é o credito sempre vão se extinguir. E tem que ser Mensurado de alguma maneira.
Vinculo Jurídico 
Debito é a Responsabilidade
Tem caráter pessoal. O debito não pode ser visto sem a responsabilidade, já que esta garante aquele. Toda obrigação, como expresso, da lugar a uma diminuição da liberdade do sujeito passivo e a construção que pode advir a seu patrimônio é o espelho dessa diminuição.
A responsabilidade revela a garantia de execução das obrigações, pelo lado do credor, que muitos consideram como elemento autônomo.
Débito = dever – devedor
Contrato (acordo de vontades)
Atos ilícitos, acidentes de transito.
Responsabilidade – patrimonial, ela surge quando se torna exigível.
Obrigação exigível tem que ser:
Certa – não se tem duvida da existência;
Liquida – atribui valor econômico;
Vencida – já passou o prazo para entrar com a ação.
Tutela Jurisdicional: quando existir uma divida e não ocorrer o pagamento (exigível)
Exceção a Regra é a pensão alimentícia que é uma responsabilidade pessoal.
O que garante o recebimento da prestação é o patrimônio do devedor.
Em caso de Fiador é p patrimônio do Fiador.
Teoria do Vinculo Jurídico Obrigacional
Teoria Dualista: composto por 2 elementos:
DIREITO + RESPONSABILIDADE
Debito/ Dívida: (dever) – relacionado com o sujeito devedor, que tem o dever de realizar a prestação oriunda do momento que suje a relação jurídica obrigacional.
Momento: o debito surge no momento em que se contrai a obrigação.
Responsabilidade: (responder) – quem responde é o responsável.
Quando se fala em medida judicial, se objetiva buscar o patrimônio do devedor, o que tem a condição de responsável dessa obrigação, respondendo com ser patrimônio, sendo uma responsabilidade patrimonial. Vedado portanto todas as responsabilidades que infringem direito fundamentais e da pessoa.
Momento: no momento em que a obrigação passa a ser exigível, ou seja, no momento em que não é cumprida surge a responsabilidade.
Exceção: divida de alimentos em virtude da ofensa a bem jurídico da criança, o bem jurídico é uma simples questão patrimonial.
Para elidir a prisão pode se pagar as três prestações. Dali para traz se tem um direito de cobrar, mas como o alimentado.
Teorias Monista
Teoria Subjetivista (Savigny): só existe o elemento Débito
Tenho débito mais não tenho como responsabilizar o devedor
Obrigações naturais – como a divida de jogo.
São obrigações incompletas. Não são judicialmente exigíveis, mas se forem cumpridas espontaneamente será tido como valido o pagamento.
Não se reduz a uma obrigação moral.
“A obrigação diz-se natural, quando se funda num meio dever de ordem moral ou social, cujo cumprimento não é judicialmente exigível, mas corresponde a um dever da justiça”.
Exemplo: divida prescrita, perda do direito de ação pelo decurso do tempo, mas se espontaneamente paga não cabe repetição do in debito.
Divida de jogo não cabe dever de devolver pagamento indevido, não uma obrigação de devolver, repitindo in débito.
Teoria Objetivista (Brinz)
Só a responsabilidade
Obrigações de garantia 
Exemplo: Fiança, aval
No inadimplemento da obrigação, surge a responsabilidade para o devedor e concomitantemente para o garantidor.
Fiador não tem proteção de bem de família.
A natureza do vinculo é que define qual é o tipo de relação. Nesse caso tem um vinculo jurídico.
A B C
A (seguro), B (eu), tenho um contrato com A, porem eu bati no carro de C, assim o A que vai realizar a prestação de serviços ao C.
Repetição do Indébito (pagou 2 vezes)
Princípios Contratuais
Não preciso de normas para o que é permitido, em outras palavras, tudo que não é proibido, é permitido, algumas coisas mais que permitidas são obrigatórias. E outras proibidas. 
Quando o Estado permite algo significa que ele oferece tutela, para que eu possa exercer de maneira deliberada.
Autonomia privada: pode criar normas para si mesmo. Remete a liberdade contratual. A lei outorgou aos particulares a permissão para auto regulamentar seus interesses. Com base no que é permitido, com uma pequena limitação no que é proibido. Decorre do principio mais geral:
Principio da Liberdade: o conceito de liberdade foi variando muito ao longo do tempo, se falava na antiguidade em uma liberdade na polis, na coletividade, hoje em dia, se fala muito em liberdades individuais, dentro do contexto atual. Isso nos últimos tempos decorre do principio que foi inserido na Revolução Francesa – Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
VOCÊS SÃO LIVRES? Liberdade no conceito absoluto nos não temos. Por conta das limitações materiais/ físicas, não temos uma liberdade plena. 
Relativizações do conceito para achar que temos liberdades.
Na revolução francesa não tinha liberdade e eles estavam buscando a liberdade, por conta de um Estado Absoluto.
Nos contratos se percebe na autonomia privada, porque as partes tem autonomia para regulamentar seus interesses particulares sem o Estado interfira nisso.
Obrigatoriedade do Contrato: “Pacta Sun Servanda” – o contrato tem que ser cumprido, o contrato faz leis entre as partes. Se eu firmo um contrato com alguém entre particulares, o qual o estado não se meteu, apenas permitiu, ele oferece a sua tutela, se alguma das partes não cumprir a outra parte pode usar o estado para cumprir a obrigatoriedade. 
Para que essa mecânica funcionasse bem, era necessário o Principio da Igualdade.
Principio da Igualdade: não somos iguais fisicamente, nem em outra esfera.
Igualdade formal – perante a lei.
Pacta Sun Servanda – tem que ser cumprido.
Na época da evolução francesa, em meados do século XIX, o contrato de trabalho, a relação que se tinha não era de igualdade (Revolução Industrial).
“Entre o forte e o Fraco, entre a liberdade que oprime é a lei que Liberta” – como o estado intervém nas relações entre particulares, criando regras, leis, para o contrato.
A lei regulamenta o contrato de maneira forte. 
Igualdade é o parâmetro, se eu tenho um contrato com alto grau de igualdade,eu tive um alto grau de autonomia e vou ter um alto grau de obrigatoriedade.
Se eu tive um baixo grau de igualdade (relação de trabalho, a liberdade das partes é baixa, por conseguinte a obrigatoriedade do contrato também é baixo.
Teoria da Imprevisão – também é algo que modifica que diminui a obrigatoriedade do contrato.
Exemplo: assino um contrato civil, no decorrer do contrato, um contrato de execução duradoura, estourou uma guerra. O contrato era para o fornecimento de alimento para uma devida empresa. Eu consigo cumprir o contrato nas mesmas condições de quando foi contratado? DIFICIL.
Aconteceu um fato superviniente, imprevisível para as partes que alterou o sobremaneira a relação contratual.
Na idade media permitia que eles colocassem nos contratos uma clausula “ Rebus sic Stantibus” – clausula, faz parte do contrato, se você firmou um contrato com livre espontânea vontade “Pacta Sun servanda – tem que ser cumprido”, mas as vezes as partes colocavam para dizer que tem que cumprir o contrato desde que as condições fáticas da contratação se mantenham inalteradas para quando for cumprir o contrato. 
Hoje não precisa colocar essa clausula, porque a teoria da imprevisão foi incorporada no nosso ordenamento jurídico. Art. 317. Vai tratar na possibilidade de alteração da relação obrigacional. Art. 478, SS. Resolução do contrato por onerosidade excessiva.
Onerosidade excessiva – que por um fator superviniente que aconteceu depois que já tínhamos contratados, imprevisível para as partes, que altere a relação obrigacional e contratual, tornando-a excessivamente onerosa para uma das partes, e excessivamente vantajosa para outra, as partes podem pedir uma revisão do contrato.
Onerosidade excessiva e Rebus sic Standibus – ambos estão baseados na teoria da imprevisão.
Boa – fé: trazer questões de confiança dentro da relação contratual. Subdivide em duas concepções:
Boa – fé subjetiva: elemento sujeito que deve ser levado em conta. CONSCIENCIA sobre o potencial lesivo dos seus atos. Duas acepções:
Psicológica – é algo interno a cada pessoa. Aqui temos que avaliar a psique do agente, para ver se ele tinha consciência sobre o potencial lesivo dos seus atos. SE EU TENHO CONSCIENCIA DO MEU ATO, eu estou com Dolo (intenção), eu tenho consciência e assumo o risco Culpa grave (dolo eventual no Direito Penal).
A conduta com intenção é crime, mas a mesma conduta sem a intenção não é crime. 
Art. 186. CC Aquele que por ação ou omissão voluntaria, negligencia ou imprudência violar direito e causar dano a outro ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
A dificuldade de adotar isso é o caráter individual.
Ética – padrão de conduta segundo um conceito coletivo. Sempre a consciência sobre o potencial lesivo dos seus atos.
Padrão do Homem médio – deveria ter consciência, dentro do grupo em que está inserido. 
Culpa com a falta do dever do cuidado, e produzi um resultado culposo.
Principio da Fraternidade: mesmo reconhecendo a eventual desigualdade, você não cria discriminação. Você reconhece a diferença. 
Boa – fé objetiva: vai ser analisado tão somente a conduta. Exemplo: pagamento indevido, pago 2 vezes a mesma divida, não interessa que a pessoa que recebeu sabia ou não disso, se ela deveria saber, é o fato, que a pessoa recebeu o pagamento. Não perquire as razões psicológicas ou éticas (subjetivas). 
Trazendo para a esfera contradual. Exemplo: um contrato com uma clausula, abusiva, não preciso questionar o porque a clausula abusiva foi parar lá, se colocou maliciosamente, ou se faltou o dever do cuidado, não interessa nenhum aspecto subjetivo, o que interessa que a clausula está ali e é abusiva.
Deveres acessórios de conduta: dentro das relações contratuais (comportamentos que são esperados das partes contratantes). Situações em que a lei determina e a questão do que se espera, a expectativa legitima.
Art. 422 – principio da boa-fé. 
Informação: acesso informações.
Transparência: ter noção completa sobre o contrato.
Lealdade: facilita o cumprimento do contrato.
Cooperação: também facilita o contrato.
Um dever que a outra parte espera legitimamente espera de você.
Exemplo: relação contratual, assinei um contrato, depois disso, venho ao conhecimento de uma informação que era importante para aquele negocio, que teria modificado minha intenção de contratar, se eu soubesse nem teria contrato, ou em outras condições. O que interessa se a outra parte sonegou na má-fé psicológica, ou se foi distração, ou culpa, ou se não foi nada disso. Não interessa nada desses aspectos subjetivos. Interessa que existe uma informação que eu contratante não tomei conhecimento dele, e deveria ter conhecimento. 
Não sempre má-fé, as vezes ausência de boa-fé. 
O que seria uma expectativa legitima? O que define?
Ser algo de consenso, não é algo particular, ou uma expectativa individual. Deveres acessórios de conduta.
Em relacionamentos de amizade, afetivo. O que faz com que essas expectativas sejam legitimas, ou sejas só suas? 
Fontes das Obrigações
Quando falamos de fontes de obrigações estamos referindo, a todos os atos que fazem brotar obrigações.
	Direito Romano
	Direito Brasileiro Atual
	Contrato 
	Contrato – acordo de vontades, assumir obrigações.
	Quase contrato
	Declarações unilaterais de vontade.
	Delito
	Ato ilícito doloso
	Quase delito
	Ato ilícito culposo
	
	Lei- como fonte legitima de obrigação
Lei não é em sentido tão amplo. No sentido de comando direto.
Declarações unilaterais de vontade (quase - contrato)
Promessa de Recompensa – art. 854 a 860
Anuncio, de uma recompensa de determinada condição. Exemplo: Cachorro fugiu. Não contratei com ninguém e não sei quem é a outra parte. Se a pessoa apresentou essa condição vai ter que cumprir. Obrigação de completa.
Gestão de negócios – art. 861
Situação que ocorre com alguém, sem nenhum vinculo contratual, acaba que gerindo um negocio de uma outra pessoa, assim, todos os atos que ela praticar nessa gestão de negócios ela responderá por eles. Mesmo quando diz respeito a lucros, ou a prejuízos.
Pagamento indevido – art. 876 (repetição do indébito)
Efetua um pagamento que não tem vinculo obrigacional, ou um pagamento já pago, ou uma divida que não existia, ou para a pessoa errada. Qualquer situação que ocorre o pagamento indevido, acaba gerando uma obrigação de devolver o que foi recebido indevidamente. A repetição do indébito.
Enriquecimento sem causa – art. 884 a 886
É quando qualquer situação em que a pessoa tem um decréscimo patrimonial, e a outra é que tem um acréscimo patrimonial, sem nenhuma causa jurídica para isso. Sem que haja um negocio jurídico.
Não é o caso da doação, porque é algo que houve um contrato de doação.
Obrigação decorrente de ato ilícito – trata da reparação de dano, por força de um ato ilícito. Indenizar. A partir disso, no Direito Civil. Chama-se Responsabilidade Civil.
Responsabilidade Civil (dano e reparação de dano)
Contratual e Extracontratual:
Contratual: decorrente de uma relação contratual, duas pessoa que já tinham uma relação previa pautada no contrato. E por força do descumprimento de obrigações de uma das partes do contrato, causo prejuízo, e essa que teve prejuízo pode entrar para a reparação desses prejuízos.
Extracontratual/ por ato ilícito: que é sinônimo de responsabilidade civil por ato ilícito.
Ato ilícito – art. 186. – ação ou omissão voluntaria, negligência ou imprudência, com a violação de um direito causando dano a outrem comete ato ilícito.
Art. 186 ação – comissivo 
 Omissão – omissivo: teria o dever de agir mais não agiu.
 Voluntária – com vontade, tive a intenção. Significa Dolo.
 Negligencia/ imprudência – culpa, falta do dever do cuidado.
 Violação do Direito – obrigação de indenizar.
 Dano – 
Equipara a ato ilícito o artigo 187. Situação que você tem direito, esta no exercício do direito. praticando um ato no exercício regular do direito, mesmoque acarrete um dano, extrapolando o exercício do seu direito, comete um ato ilícito. Direito de indenizar. 
Art. 187. Abuso de Direito.
Sem prejuízo/ dano, e não há indenização. Esse prejuízo pode ser moral ou material.
Exemplo de abuso de direito: uma senhora que pediu um agrimensor, medir seu apartamento de 140 m² e tinha 137 m². O Código de Defesa do Consumidor, ele prevê essa possibilidade, do vicio de quantidade, que no caso veio a menos “Comprar um produto e vim menos”. As opções são: “o consumidor pode exigir alternativamente alguma das opções, e a sua escolha:
Complementação da quantidade;
Devolução do dinheiro referente a essa diferença;
Substituição do produto por outro, na quantidade certa. 
Nesse caso ela quis o complemento da área que era algo impossível, por razão da estrutura do prédio.
Art. 927. Obrigação de indenizar.
AQUAL O PREJUÍZO+ B + C = OI OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
“Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repara-lo.
Prejuízo Material: são os que tem cunho patrimonial que serve para corroborar os danos morais, dividindo em dois aspectos:
Danos emergentes: aquilo que a vitima efetivamente perdeu, no caso da batida em um taxi é o valor do conserto do carro.
Tem um valor constatado, o que a pessoa efetivamente perdeu.
Lucros cessantes: aquilo que a vitima razoavelmente deixou de ganhar, no caso da batida de um taxi, é aquilo que a vitima deixou de ganhar enquanto não está trabalhando. Exemplo do taxi.
Não tenho como saber efetivamente, quando a pessoa teria faturado naquele dia. Tem que fazer uma estimativa.
Exemplo: briga de bar que quebraram todo o bar. Qual o dano emergente o que foi destruído, estragado. Quais são os lucros cessantes? Analise histórica daquele bar, e fazer a conta, uma media, com relação as sextas e sábados em que o bar ficava aberto.
Prejuízo extrapatrimonial/ moral: há o conceito de dano moral da pessoa jurídica, a qual a realidade subjetiva. Não é mensurável de maneira direta isso porque é difícil dizer quanto vale a moral de alguém. Ficando a critério do juiz. A compensação será de cunho material, mas o dano em si não.
Pessoa jurídica – também tem direito a danos morais, mas alguns doutrinadores não concordam com a ideia.
São coisas intangíveis. 
Tratar como base no critério ético da acepção subjetiva, pelo padrão do homem-médio.
Quem vai avaliar a moral do Homem-médio é o Poder Judiciário.
Pelo critério psicológico cada dano moral opera de modo diferente.
Precisa provar que a situação realmente ocorreu e não é necessária a prova de dano indenizatório.
Como qualificar em termos econômicos:
Enriquecimento sem causa é quando é deferida uma situação que não podia ser deferida.
Critério: deve se levar em conta a condição econômica das partes, vitima e réu.
Critério Pompeo: quando a indenização passar a gerar o resultado esperado na sociedade, é o quantum necessário. Aumentar os valores das indenizações serve para diminuir o descuida da esfera civil.
Nexo Causal: nexo de causalidade, entre o ato de alguém, que deve ser a causa direta e imediata dos prejuízos.
O ato (ilícito) praticado tem que ser causa adequada direta e eficiente para gerar aquele dano.
Exemplo: um cara bateu no carro do taxista, vai ter que bancar os danos emergentes e os lucros cessantes. Porem o taxista jogava na mega sena desde o concurso numero 1 os mesmos números, e nesse dia, também ele ia jogar, estava com o volante preenchido no bolso. Mas na hora do acidente, de fazer a aposta, não deu tempo de chegar na lotérica. E saiu os números que ele sempre jogou. E daí ele inclui junto com os LC, mais 25 milhões do premio da mega sena, como indenização. Não tem nexo de causalidade direto.
Fato de terceiro, caso fortuito ou força maior: geram a quebra do nexo de causalidade.
Augostinho Alvin: fala de fortuito interno e fortuito externo na teoria do risco. Se houver fortuito interno aquele agente continua responsável (que apesar de ser um caso fortuito está dentro do núcleo central daquela atividade econômica aquele risco).
Art. 393 CC
Caso Fortuito: não foi gerado pelas partes envolvidas, e elas não tem como evitar, resistir a ele, mas tem a ver com o ser humano. Exemplo: guerra, terrorismo.
Força Maior: evento da natureza, não vai ter relação com o ser humano. Exemplo: tempestade, terremoto, tsunami. 
Ambos são excludentes do dever de indenizar, é afastada. Porque afasta o nexo de causalidade.
Ato ilícito: ato ou omissão que está em desconformidade com o direito.
Para que você consiga uma indenização tem que demonstra todos os elementos.
Prejuízos causados diretamente/ imediata por um ato ilícito de alguém e provar a ilicitude do ato (que engloba o conceito do CC), inclusive a demonstração de culpa do agente.
Regido por duas teorias
Teoria da Culpa: responsabilidade civil subjetiva
A vítima tem que ter todos os requisitos: prejuízo, nexo causal, e o ato ilícito. 
Teoria do Risco: responsabilidade civil objetiva
A vítima vai ter que provar para o juiz o prejuízo, vai ter que provar o nexo causal e a violação do direito, e demonstrar a culpa laso sensu.
Quando? Art. 927. Parágrafo único. Código Civil
Código do Consumidor Art.14 §4° e 19. Admite a teoria do risco, no qual houve um dano, há responsabilidade, o consumidor não precisa provar.
Exceções: profissionais liberais para que sejam responsabilizados no exercício da sua função, tem que provar, mesmo sendo uma relação de consumo.
Ente público, estado ocasiona um dano ao particular: responsabilidade civil objetiva. Art. 25 CRFB
Fortuito externo: estão fora do risco normal daquela atividade, essas serviriam para excluir a responsabilidade. Responsabilidade objetiva.
Fortuito interno: são aquelas situações que mesmo que configurem caso fortuito ou força maior, estão dentro dos riscos inerentes a aquela atividade. Ai não serve o dever de responsabilidade. Exemplo: medico 
Exemplos:
Quando está no risco da atividade normalmente desenvolvida:
Assalto dentro de um ônibus de viagem – não responde.
Assalto no restaurante – não responde.
Assalto no banco – o banco responde.
Assalto na faculdade – não responde.
Se você for assaltado no shopping, o próprio responde. Mesmo fora da loja em si, em estacionamentos de supermercados, também responde.
Graus das Obrigações
	DIREITOS REAIS
	DIREITOS PESSOAIS 
	Coisa
	Prestação
	Típicos (art. 1225 CC)
	Atípicos
	Estáticos
	Dinâmicos
	Perenes
	Transitórios 
	Eficácia Absoluta “Erga Omnes”
	Eficácia Relativa”inter partes”
Direitos reais 
Estáticos: precisa de um fato jurídico para transladar a propriedade ou modificar a situação.
Perenes
Típicos: tem que estar previstos em lei, são numerus clausus, no art. 1225 do Código Civil.
Direitos pessoais
Dinâmica 
Temporária 
Atípicos: não tem numerus clausus
Objeto: prestação
Eficácia relativa: inter partes, relativas. Só atinge as partes envolvidas.
É oponível apenas ao devedor
Por que Direitos Pessoais? Porque só posso cobrar a entrega da prestação, o dinheiro, da pessoa envolvida no contrato. Para quem eu tenho que pagar, ou fazer a entrega do bem? Para a pessoa envolvida. As partes já estão identificadas.
Direitos reais não tenho partes, eu tenho um titular de alguma coisa.
Se alguém atentar sobre o meu direito de propriedade, eu posso ter uma tutela jurisdicional. Contra quem? Contra qualquer pessoa, que atentar sobre o meu direito de propriedade. O direito Real tem a sua eficácia absoluta, que gera efeitos perante todo mundo “erga omnes” (contra todos).
Figuras intermediarias
Obrigações “Propter Rem” (em razão da coisa) ou “ob rem”
Devedor prestação credor
Obrigação que nasce porque a pessoa é titular de um direito real. Pelo fato de ser titular de um direito real, você passa a ser devedor de uma relação obrigacional.
Quem determina isso? Lei
Por você ser titular de um direito real, você passa a ser devedor de uma relação obrigacional. Por exemplo: obrigações tributarias como IPTU, IPVA. Tem também: taxa de condomínio(donos em conjunto).
Se o direito real, que origina a obrigação for transferido a obrigação vai junto. Exemplo: compra de um carro.
Exemplo: comprei um carro com uma divida passada de IPVA, a divida é do novo proprietário ou do novo? Do novo proprietário, porque agora ele é o novo titular do direito real, as obrigações daí advindas são deles. 
Não se transfere, multas levadas pelo antigo proprietário, pois a penalidade é pessoal, atrelada a coisa.
Direitos pessoais com eficácia de reais
Tenho uma relação obrigacional pessoal, cujo os efeitos não ficaram restritos as partes envolvidas, mas sim, serão oponíveis erga omnes, desde que cumprido os requisitos expressos na lei.
Exemplo: na lei de inquilinato, assegura ao inquilino o direito de preferência na aquisição. Após o exercício do direito de preferência, se o inquilino declinar ou não responder em 30 dias, interpreta-se que pode se vender a qualquer um.
Se mudada a condição iniciada do negocio, deve se oferecer novamente ao inquilino.
Se for vendido por valor menor e não oferecido.
Não pode afetar um terceiro adquirente, mas pode apenas pedir indenização pelo seu direito preterido. Mas há uma previsão dizendo que pode tomar algumas medidas que vão dotar este direito pessoal que terão eficácia erga omnes, como por exemplo, pedir para averbar o contrato de locação na matricula do imóvel. Dando publicidade a este contrato, todo mundo tem obrigação de saber a respeito desde contrato, logo se o comprador ignorar este direito de preferência, alem de uma ação indenizadora, ele tem uma eficácia de direito real, podendo depositar em juízo e exigir o imóvel para a si.
Desdobramento de ordem pratica: o terceiro evicto tem o direito de exigir de volta.
Classificações das obrigações 
Quanto à natureza do objeto 
Objeto da obrigação é a prestação.
Positivas – aquelas que exigem do devedor uma conduta da ação para cumprimento. DAR e FAZER
Negativas – tem por objeto uma abstenção, são as obrigações de NÃO FAZER.
O critério utilizado pelo legislador para estabelecer as modalidades de obrigações do código civil. Três tipo, que são passiveis: DAR, FAZER e NÃO FAZER.
Modalidades das Obrigações no Código Civil
Obrigações de DAR – são aquelas que tem por objeto, ou conteúdo, a entrega de uma coisa. O principal aqui é a entrega e não a coisa.
A natureza do direito de receber a coisa é um direito pessoal.
A propriedade de bens moveis transfere com a tradição do bem, pouco importa o momento em que irá se pagar.
Exemplo: enquanto ela for credora do relógio, ela não é dona do relógio. A partir do momento em que se entrega o bem ela passa a ser dona do relógio.
Outorga direito pessoa de “exigir a entrega” de alguma coisa.
Obrigações de DAR coisa CERTA
É aquela cujo objeto está perfeitamente caracterizado e individualizado.
Se eu resolvo vender meu carro, um Gol Branco, 2013, isso é coisa certa ou incerta? CERTA
Estou especificando, qual é o objeto, individualizando, é COISA CERTA.
Exemplo 1: Estou vendendo este celular semi-novo, ótimo estado, tela em perfeitas condições, 64 giga, por R$ 1000,00. Quando eu estou vendendo para ele O MEU iphone 5S. Assinamos o contrato agora, e digo que vou entregar daqui uma semana. 
Pago a vista, Pago parcelado, Pago a vista mais depois de um certo tempo. Não necessariamente o pagamento está atrelado a entrega, as vezes você paga antes e só recebe depois. Exemplo: compra pela internet. E também quando eu recebo a mercadoria e vou pagar depois parcelado, exemplo: Casas Bahia.
Em que momento se torna dono do objeto. Exemplo você já me pagou e eu vou entregar daqui uma semana, o dono é o Pompeo (só se torna dono quando acontece a entrega).
Uma relação obrigacional contratual, não atribui a ele (quem pagou, ou assinou o contrato) o direito real. Ele tem o direito pessoal (significa que ele tem o direito de exigir de mim a entrega da coisa, mais não tem o direito a coisa), ele só vai ter o direito real, com a entrega, a tradição, pouco importa se ele pagou, ou vai pagar.
Exemplo: comprei a TV nas Casas Bahia vai pagar em 6x, na segunda você parou de pagar, eles não vão bater na sua porta e pegar a TV novamente.
Quando a mercadoria é entregue, o contrato se extingue. E ocorre a transferência do domínio. Durante a transferência Pompeo ainda era o dono e depois no final é o colega.
Nas obrigações de Restituir – o credor é o dono, se o objeto se impossibilitar sem culpa do devedor, houve uma impossibilidade do objeto sem culpa do devedor, prejuízo é do dono.
Nas obrigações de Entregar – o devedor é o dono, durante a obrigação, então se alguma coisa acontecer, o prejuízo é dele.
Deterioração ou perda parcial: tenho um celular que vendi e tenho que entregar (obrigação de dar coisa certa), e quando for uma obrigação de dar coisa certa e o objeto se impossibilita, como deixar cair na privada (perda total), não tenho mais como entregar o objeto, ou quebrar a tela (deterioração), houve então uma deterioração da coisa. 
Obrigação de entregar- ao final dela há transferência de domínio e enquanto ela dura o devedor é o dono, então se eu vendi esse celular eu vou continuar dono dele independente de se quem comprou me pagou ou não, ate que eu realize a efetiva entrega ( tradição). Nesse intervalo de entrega é que precisamos saber o que acontece caso esse objeto de perca. Dono é o devedor.
Na obrigação de restituir eu tenho uma obrigação em que eu também tenho que dar coisa certa, ex eu alugo meu celular e ao final da locação a pessoa deve me devolver, nesse tipo de obrigação em nenhum momento haverá transferência de domínio, eu apenas aluguei, quem esta com a coisa tem obrigação de restituir mas o outro continua sendo a dona. A diferença é que enquanto estou com a coisa em poder, o dono é o credor, enquanto na obrigação de entregar o dono é o devedor até que seja entregue a coisa. 
Tenho que avaliar duas situações pra analisar o que acontece com a obrigação e com a coisa quando o objeto se deteriora: 
Ver se é uma obrigação de entregar ou restituir
Analisar se a perca ou deterioração desse objeto se deu com ou sem culpa do devedor
Se eu tenho uma obrigação de entregar o dono da coisa enquanto a obrigação vigora é o devedor, então vendi meu celular e enquanto eu não entregar ela é minha e eu portanto sofro os riscos de perda ou depreciação ( coisa perece pelo dono). 
EX: Então vendo meu celular para a Ana, ela já me pagou e só resta eu entrega-lo, porem, nesse meio tempo houve a perda desse celular sem culpa minha, assaltaram elevaram o celular. Como fica a obrigação? Esta descrita no: 
“Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.”
Então quando o objeto se perde sem culpa do devedor, a obrigação se extingue, se resolve, quer dizer que as partes devem ser devolvidas ao estado anterior, a relação obrigacional ela se extingue pq era de dar coisa certa, e se a coisa não existe mais, impossibilitou o cumprimento, não tem mais o que entregar pq o celular não existe mais. O dinheiro que foi pago deve ser devolvido, pois as partes devem ser devolvidas ao estado anterior.
Mas se a perda desse celular se deu por culpa do devedor que derrubou no vaso, no caso terei que devolver o equivalente em dinheiro do que ela eventualmente me pagou e mais perdas e danos que ela mostrará comprovando os prejuízos, como ex: eu tenha vendido um cavalo de corrida pra ela, teria que entregar na outra semana o cavalo, pois ela já inscreveu ele na corrida, alugou baia pra ele ficar, etc, se ele não entregar o cavalo sem ser culpado o problema dos gastos é dela, mas caso seja culpa ele terá que arcar com os prejuízos que eu provas. 
“Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.”Deterioração sem culpa. Caso o objeto não tenha se perdido, apenas deteriorado ( perda parcial ), ex vendi o celular pra ela e numa tentativa de assalto a tela foi quebrada, como fica o negocio? Abrem-se duas opções:
Pode resolver a obrigação, devolver as partes ao estado anterior
Pode aceitar a coisa do jeito que esta com abatimento de preço, então aceita o celular e diminui o preço da tela quebrada. O prejuízo em ambos os exemplos fica para o dono.
“Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.”
Quando há deterioração por culpa do credor: 
Equivalendo do dinheiro 
Aceita a coisa do jeito que esta
 A diferença aqui é que em ambos os casos cabe indenização por perdas e danos. A pessoa continua tendo escolha mas pode pedir as perdas e danos. 
Regra: sem culpa devolve as partes o estado anterior, com culpa devolução das partes ao estado anterior + perdas e danos. E quando há deterioração e não houve a perda total do objeto ainda tem a opção de aceitar o objeto dessa forma.
“Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.”
Obrigação de Restituir: regra funciona diferente, ex tomei emprestado o celular da Ana, e sem culpa minha assaltaram o celular, não tenho mais como devolver. Como fica a obrigação? Não fica, não tenho como devolver pois foi roubado e não tenho obrigação de restituir, quem leva o prejuízo é o dono.
“Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.” 
Porém se por culpa minha perdi esse celular, como fica a obrigação? Ai preciso indeniza-la, pago o equivalente ao valor do objeto + perdas e danos que ela possa ter sofrido. 
EX: Ana em empresta a casa de praia dela pelo fim de semana, eu resolvo dar uma festa e colocam fogo na casa, foi culpa minha, eu era responsável e não cuidei. E ai como fica? Tenho que indenizar no valor na casa (“equivalente” que fala no artigo), e as perdas e danos? Era uma casa em Jurere e estava alugada por 5 mil a diária por dois meses, preciso restituir isso também. 
“Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observarse-á o disposto no art. 239”
EX: caso houve apenas uma deterioração dessa casa que a Ana me emprestou, ex teve uma chuva de granizo e estragou o telhado, granizo é força maior e não tenho direito a indenização, o prejuízo é do dono.
Caso eu destrua esse telhado com a festa, ou seja, por culpa minha, segue o que diz no artigo 239, ou seja, pagar pelo equivalente a um telhado novo + perdas e danos ( casa fica 15 dias interditada pra fazer os consertos e indenizo pelos contratos de locação que ela perdeu nesses 15 dias) 
“Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação”
E se ao invés da coisa sofre uma depreciação ou perda, sofrer uma melhoria? É algo inusitado, caso fortuito, que ao invés de desvalorizar, se valorizou, quem se favorece com isso é o dono, da mesma forma que os incômodos são do dono, os cômodos são também. Ex: quero comprar um escrivaninha antiga, encontro uma por 35 mil reais, deixo pago e buscarei na semana seguinte. Volto buscar e o dono me informa que descobriu que a escrivaninha pertenceu a Dom Pedro II e ele aumenta o preço pra 300 mil. Pode? Sim. Pois a valorização favorece o dono. O comprador tem a opção de pedir o dinheiro de volta ou de pagar o restante, pois o dono tem o direito fazer esse acréscimo no preço. 
Artigo 237 em consonância com “Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador”
Mas nada impede que as partes firmem um contrato, excluindo certas responsabilidades. Então posso firmar um contrato e dizer que é de minha responsabilidade mesmo em caso fortuito, as regras são disponíveis, o que vale em primeiro lugar é a vontade das partes, caso as partes não convencionarem é que a lei entra estabelecendo o que deve ser feito e de quem é a responsabilidade.
Obrigações de DAR coisa INCERTA
O objeto esta designado por um gênero e uma quantidade.
Exemplo: vou bancar uma rodada com 50 latas de coca colas um certo dia ai. INCERTA. Eu sei que é coca cola, mais ainda assim é um gênero, tanto faz se é essas 50 ou aquelas 50. É um numero dentro de um gênero. Incerto não quer dizer que você não saiba qual o objeto, a única coisa é que ele não esta individualizado. 
Nas obrigações de dar coisa incerta o objeto esta indicado por um gênero e por uma quantidade.
“Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”
Isso é o mínimo que preciso saber, menos que isso é objeto indeterminado, ex “ devo 200” 200 o que? O mínimo que preciso é esses dois elementos então. Senão o objeto é indeterminado e causa nulidade absoluta, pois o objeto precisa ser lícito, possível e determinável. 
O que acontece com relação ao objeto numa relação obrigacional incerta?
Preciso fazer uma escolha, as obrigações de coisa incerta é necessário escolher dentro daquele gênero, separar a quantidade necessária. Mas a quem cabe essa escolha? 
“Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.”
Titulo da obrigação é o combinado entre as partes, contrato, o que foi convencionado entre as partes, seja escrito ou verbal. Então só se as partes não combinaram nada é que a escolha é atribuída ao devedor. 
Regra: partes escolhem, vale o que elas combinarem. 
Exceção é a escolha ser do devedor caso as partes não convencionem isso a lei determina que será o devedor. 
As vezes a escolha não faz diferença, por exemplo, querer 50 latas de coca cola, não faz diferença pegar uma ou outra então não preciso escolher, o devedor pode faze-lo. Mas no caso de cabeças de gado? Ai muda tudo e as partes obviamente vao querer escolher.
A lei atribui que o devedor escolha em caso das partes não o fazerem por conta do principio do “ favor debitoris”, significa que as obrigações devem ser cumpridas da maneira mais favorável, menos gravosa ao devedor, portanto quem saberá o que fica mais favorável pro devedor é o próprio devedor, por isso a lei escolhe ele. 
Regras disponíveis: vale em primeiro lugar o que as partes combinarem. Posso abrir mao dos meus direitos, sendo de ordem patrimonial, por isso são regras disponíveis, posso abrir mao do que esta na lei e fazer de forma diferente, como as partes querem, como as partes combinarem. A lei entra nas situações que as partes não combinarem. Mas sempre que tiver um acordo de vontades, é ele que prevalece. 
Num dado momento as obrigações passarão a valer pelas regras de dar coisa certa, e isso ocorre quando há a escolha:
“Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente.”
Uma vez feita a escolha e estabelecida, ela passa a se comporta com as regras de obrigação de da coisa certa. EX: estou comprando um carro na loja, que tem mais de um modelo daquele na loja, se nada for dito a loja escolhe, caso contrario eu escolho. A partir do momento que há a escolha eu individualizo aquele objeto e passa a valer as regras de obrigação de dar coisa certa. Não basta fazer a escolha, tenho que disponibilizar o objeto para o credor. 
Teoria dos riscos para obrigação de dar coisa incerta
Enquanto na teoria dos iscos para obrigações de dar coisa certa a regra central é que a coisa perece com o dono. Nas obrigações de dar coisa incerta a regramuda um pouco:
 “Genuns nunquam perit” = gênero nunca perece.
“Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.” 
Isso antes da escolha, ou seja, ainda não vigora as regras de coisa certa. Quer dizer que antes da escolha, o devedor não pode alegar a impossibilidade por perda ou deterioração do objeto de cumprir a obrigação mesmo que resultantes de caso fortuito ou força maior, pois o gênero não perece então não posso alegar que o objeto esta impossibilitado. Objeto não perece. 
“Gênero restrito ou limitado”
Ex: vou dar uma festa e quero servir vinho, quero que seja 10 caixas de vinho tinto, francês de determinada região, safra 1997, é obrigação de coisa incerta. Por mais que tenha definições continua sendo o gênero, que chamamos de gênero limitado ou restrito. Há um problema e não tem como entregar essas coisas de vinho tinto, pois houve um acidente e todas as coisas foram perdidas, não há mais de onde conseguir, sumiu todo o gênero, houve aqui então uma exceção a regra que diz que o gênero não perece. Nesse caso o gênero pereceu, pois era um gênero restrito. Então quando eu tiver uma obrigação de gênero restrito ou limitado ( obrigação de dar coisa incerta) e o gênero todo se perder nos vamos aplicar as regras de obrigação de dar coisa certa. Isso não quer dizer que quando o gênero todos se perde a obrigação que antes era incerta se converte a certa. NÃO!!! Continua sendo uma obrigação de dar coisa incerta, a única coisa é que vamos tomar emprestado as regras das obrigações de dar coisa certa, ou seja, já que tudo se perdeu impossibilitou a entrega nos perguntamos usando as regras: 1- foi culpa do devedor? Se sim, responderá por perdas e danos. Se foi sem culpa resolve a obrigação. 
Obrigações de fazer
Conceito: são aquelas cujo objeto é a realização de determinados atos ou serviços pelo devedor. Não tem que entregar nada, tem que realizar alguns atos, prestar serviços, etc. 
Espécies: (duas)
Infungíveis: EX: contrato um pintor pra fazer um retrato meu, supondo que no dia combinado pra fazer a pintura ele diz que não vai fazer. Tem como mandar outra pessoa pintar? Terá o mesmo efeito? Não. 
EX: supondo que contrato o Rolling Stones pra tocar no meu casamento e eles não vão, tem como substituir? Não. Não pode ser realizada por mais ninguém além do devedor, por isso chamada de infungível, é aquela obrigação de fazer que tem que ser desempenhada pelo devedor, ou por uma característica personalista dele ou por uma disposição contratual. 
Fungíveis: pode ser realizada por outra pessoa e não necessariamente pelo devedor. É mais importante o objeto do que quem vai fazer. 
EX: contrato alguém pra pintar a parede da minha casa e esse pintor não pode ir, tem problema ir outro no lugar? Não. 
Quando a obrigação de fazer é descumprida, quando alguém que deveria fazer algo e não faz, o que o credor, como pode fazer para ter uma tutela jurisdicional.
Tutelas jurisdicional
“Astretes” – multa diária, a na posição de um juiz de uma multa diária, ao devedor da obrigação de fazer. Vale tanto para as obrigações fungíveis, como as infungíveis.
Tem alguém que tinha obrigação de fazer algo e não faz, assim o juiz decide que a multa diária pelo não fazer da obrigação.
Pedido cominatório – antigo CPC, estava previsto no art. 215. Exemplo: o artista não cumpriu a obrigação de me entregar o retrato, vou a juízo e peço que o juiz determine, que ele cumpra a obrigação sobre a pena de uma multa diária. Normalmente o juiz da um prazo e a partir desde prazo ocorre a multa diária.
O valor da multa diária, tem que ser condizentes com a magnitude da obrigação. Se fosse o pintor da parede também ia valer isso.
Tutela especifica – o juiz sozinho consiga suprir a falta do devedor ai se pede esse tipo de tutela. Apenas para alguns casos. Fixação de um limite. Com o exemplo anterior seria o juiz expedir a transferência sem a ação do devedor, de maneira direta. Suprindo a manifestação de vontade do devedor, porque não cumpriu espontaneamente nem forçadamente.
Resultado pratico equivalente: é uma autorização para que eu peça que outra pessoa realize a obrigação que o devedor deixou de cumprir.
O cara que tinha que pintar minha parede e não apareceu, eu cotrato outro pintor as custas do primeiro. Tenho um resultado pratico equivalente que é a parede esta pintada.
Se enquadra apenas nas fungíveis. 
Perdas e Danos: não é resultado pratico equivalente. Se é infungível a característica dela é só perdas e danos, ou perdas e danos. 
É a questão da clausula penal – inadimplemento das obrigações, e a possibilidade de existir uma clausula penal nos contratos, clausula (expressão das partes em contrato), penal no sentido de impor ao devedor inadimplente uma penalidade, sempre de natureza pecuniária. Exemplo: multa de atraso de pagamento. É comum, uma clausula penal compensatória, no caso de não cumprimento da obrigação, e a clausula para a garantia de clausula especifica do contrato, o descumprimento de um certo item eu tenho uma multa arbitraria.
Quando tem a clausula penal inserida no contrato ela substitui as perdas e danos. Quando eu coloco uma clausula penal eu limito meus poderes de aumentar a indenização e coisas desse tipo. A não ser que coloque expresso no contrato.
Previsão contratual expressa
Comprovação dos prejuízos.
As quatro servem para as obrigações fungíveis, para as infungíveis somente as tutelas jurisdicionais e perdas e danos.
Obrigações de Não – fazer 
São aquelas em que o objeto uma abstenção, isto é, o devedor não poderá fazer algo que normalmente ele poderia, se ele não estivesse obrigado.
Dever de sigilo – a clausula de sigilo consiste, em não revelar certas informações que eu tive acesso, é muito comum em contratos empresariais. 
Clausula de exclusividade – não vender outras marcas como exemplo.
Clausula de não concorrência – vendo meu estabelecimento comercial, me comprometo durante o prazo de 5 anos não abrir o estabelecimento naquele ramo de atividade.
Adimplemento da obrigação
Não cumpre a obrigação de não fazer, só em casos de força maior, algo superior, no qual você acaba de obrigando a fazer, é escusável.
Delação premiada – voluntariamente, não é escusável.
Se é ato ilícito já não esta protegido pelo obrigação de não contar.
Inadimplemento absoluto: que ocorre quando a ação não é cumprida, porem não vai ser mais possível cumpri-la, por que não há mais interesse do credor. Exemplo: agencia de turismo para o Show, mais não é entregue na data, não existe mais interesse – perdas e danos.
Inadimplemento relativo: é aquele que ocorre, quando há um descumprimento da obrigação, porem ela ainda pode ser cumprida em período posterior, e há interesse do credor em receber a obrigação. Exemplo: boleto da faculdade , não pagou na data da fatura, você pode pagar depois, e há interesse do credor, ainda que tenha alguns encargos da mora, mas é possível cumprir a obrigação, quando cumprida desaparece a obrigação. 
No caso das obrigações de não fazer alguns autores entende que adimplemento delas sempre é absoluto, Pompeo discorta, porque uma obrigação de não fazer uma vez que eu descumpri a obrigação não tem mais como voltar, então no maximo que surgiria era uma nova obrigação, que seria uma obrigação de fazer, qual seja a de desfazer o que eu fiz.
Exemplos 1: clausula de sigilo – eu revelo informações litigiosas, não tem como voltar. 
Exemplo 2: vendi meu estabelecimento, e me comprometo em 5 anos não abrir outro estabelecimento, em 3 meses eu obro um restaurante na frente dele, ele tem tutela de não fazer? Ele pode pedir que feche o restaurante.
Na hora que eu abri meu restaurante eu descumpri a obrigação de não fazer, e a partir daí surgiu uma outra nova obrigação segundo a qual a obrigação seria a de fazer, fechar o restaurante. Desfazer aquilo que eu fiz, que eu não deveria ter feito. E continuo com a obrigação de não fazer (abrir um estabelecimento em 5 anos).Se chamar de absoluto é algo que não tem retorno, e no exemplo estamos falando de algo relativo. Obrigação temporária.
art. 251: “praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único do art. 249: “em caso de emergência , pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar o fato, sendo depois ressarcido.”
Parágrafo único do art. 251: “em caso de urgência, poderá o cxredor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo ou ressarcimento devido.”
Autotutela situações em que é possível, o credor da obrigação realizar o ato, ou desfazer o ato e em casos de urgência ele pode fazer independentemente da ação judicial.
Exemplo de Fazer: imóvel alugado, e na sexta feira a tarde cai uma chuvarada vejo que esta chovendo muito dentro, e o responsável por esse tipo de obra é o proprietário. O proprietário demora, e eu por conta chamo alguém para arrumar o telhado com urgência, depois os danos vão ser ressarcidos.
Silvio Rodrigues: “será ilícita a obrigação de não fazer que encontrasse sensível restrição a liberdade individual, assim, será ilícita a obrigação de não casar, ou a de não trabalhar, ou a de não compactuar com determinada religião.”
Será que isso é verdade? São entidades associativas, são contratos plurilaterais elas tem objetivo comum, dentro de uma associação tanto de natureza, religiosa, contratual.
Tutelas da obrigações de Não Fazer as mesmas da Obrigação de Fazer
“Astrentes” – multas diárias
Tutela especifica 
Resultado pratico equivalente
Perdas e danos
Classificação das Obrigações quanto ao modo de adimplemento 
Simples- tem 1 devedor, 1 credor e 1 objeto.
Complexas ou Compostas - + de um de qualquer dos elementos.
Por multiplicidade do objeto: 2 ou + prestações. 
Cumulativas: 2 prestações e ambas tem que ser cumpridas. Interdependência. Fazer isto E aquilo.”e”
Alternativas: presença disjuntiva, uma delas terá que ser cumprida. (celular ou um relógio). Comum em contratos agrários, pagar em reais, ou sacas de soja. “ou”
Por multiplicidade de sujeito: 
Divisíveis: posso dividir, sem que ele perca a sua natureza, seu valor, e a sua utilidade. Se eu desmontar a mesa ela deixa de ser mesa, é um objeto indivisível.
Indivisíveis: aquela cujo objeto é indivisível.
Solidarias:
Obrigações Alternativas
Se eu tenho que fazer a entrega de uma coisa “ou” de outra, nos temos um certo grau de incerteza, a duvida.
Como resolvo essa incerteza? Tenho que fazer uma escolha. O lado ruim da escolha, se eu escolher A, abro a mão de B.
Concentração – a partir que se escolhe as pretensões do credor se concentram na obrigação escolhida.
Toda a obrigação é alternativa, tem algum momento se tornar uma obrigação simples. Nem que seja no exato momento de se cumprir.
Regra: a escolha deve ser feita da maneira que foi estabelecida no contrato.
Se for o caso de um contrato omisso a escolha é do devedor, por quê? Para favorecer o devedor. 
art. 252:”nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não estipulou”
A escolha não é do devedor foi estipulado pelas partes, se nada estiver estipulado pelas partes, é que a lei prevê que a escolhe é do devedor.
§1° “não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.”
Contratos agrários, em pagar em reais ou sacas de soja. Posso entregar uma parte em dinheiro e uma parte em soja? Só se houver a concordância anterior das partes.
§2° “quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada periodo.”
A parcelas são escolhidas pelas partes, uma prestação dinheiro, outra soja, as vezes já esta estabelecido entre as partes previamente o que vai ser cada parcela.
§3° “No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unanime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação”.
Pluralidade de optantes – diversidade de sujeitos. Pede uma decisão unanime. 
§4°” se o titulo deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exerce-lá, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.”
Terceiro que atribui a escolha, se ele não tiver escolha cabe ao judiciário. Não cabe ao devedor nesse caso.
Exemplo: sorteio,
Teoria dos Riscos: perecimento do objeto, a impossibilidade da prestação. 
	
	Escolha do Devedor
	Escolha do Credor
	
Sem culpa
	Perece 1 –recai sobre a outra.
Art. 253. “se uma das duas prestações não puder ser objeto da obrigação ou se torna inexequível, substituirá o debito quanto à outra.”
Perecem todos –resolve-se.
Art. 256.“se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-a a obrugação.”
	Perece 1 – recai sobre a outra.
Art. 253.
Perecem todos – resolve-se 
Art. 256
	
Com culpa
	Perece 1 – recai sobre a outra.
Art. 253.
Perecem todos – equivalente do que por ultimo se impossibilitou + perdas e danos.
Art. 254. “se for culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, no competindo ao credor a escolha, ficara aquele obrigado a pagar o valor da que por ultimo se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
	Perece 1- prestação substituinte ou equivalente ao que perdeu + perdas e danos.
Art. 255. “quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credo reclamar o valor de qualquer das duas, alem da indenização por perdas e danos.
Perecem todas - equivalente a qualquer delas + perdas e danos. 
Art. 255
Melhoramentos ou acrescidos – art. 237
Art. 237: “até a tradição pertence ao devedor da coisa, com seus melhoramentos e acréscimos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação”.
Quando o devedor antes da entrega da coisa sobre um melhoramento acrescido pode exigir um acréscimo de preço. 
Tinha mais de uma prestação – se todas elas tiveram melhoramentos e acrescidos, tem-se a mesma regra, o devedor poderá exigir o aumento do preço, se o credor se recusar resolve-se a abrigação.
PROBLEMA – quando uma delas tiver sofrido o melhoramento e a outra não, se a escolha for do credor, se o credor a que não sofreu alteração, ok, se ele escolhe a que sofreu o melhoramento esta implícita a concordância dele de pagar o aumento do preço. Se a escolha for do devedor, uma delas sofreu melhoramento e a outra não, o devedor pode optar pela que não sofreu alteração, mas se o devedor resolve optar pela que sofreu melhoramento, eu credor, não concordo em pagar o preço, eu vou resolver o negocio jurídico sendo que eu tinha outra possibilidade de cumprimento da prestação, pode denotar uma má-fé do devedor, em escolher que tem valor a mais, do que escolher a outra opção.
Mesma lógica do art. 253. Recai sobre a outra. Se uma das prestações se impossibilitou, foi danifica ou destruída, decai sobre a outra, aqui é a valorização, não impossibilitou o negocio, mais gerou um impedimento uma dificuldade de ordem econômica.
Havendo concordância está ótimo!
Por multiplicidade de sujeitos: 
Divisíveis – quando o objeto pode ser partido sem perder valor, sua natureza ou a sua utilidade, então ele é divisível, se não pode ele é indivisível. Nas obrigações se o objeto é divisível, você tem uma obrigação divisível.
Imóvel – depende do imóvel (apartamento/ triplex) ainda que pode se imaginar a divisibilidade, há uma indivisibilidade jurídica (uma unidade de apartamento)
Área rural – divisível (duas fazendas)
Terreno urbano – indivisível 
Vaca – indivisível (as carnes não são mais a vaca e sim sua carne).
Art. 257. Exemplo: 12 mil reais é divisível. O credor vai cobrar a divida. Ele tem que entrar necessariamente com todos,ou pode entrar individualmente com cada um.
Litisconsórcio – quando tem mais de uma pessoa, no polo da medida processual. Ativo quando passivo. Litisconsórcio ativo obrigatório – tem de estar em conjunto com alguém para entrar com a ação, ou você tem que entrar contra mais uma pessoa. Litisconsórcio passivo. Posso entrar contra cada um sozinho, ou contra todos. Litisconsórcio facultativo
4 mil
4 mil 12mil E
2 mil
2mil
Nas obrigações divisíveis a regra única no artigo 257: “Havendo mais de um credor, ou mais de um devedor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quanto os credores ou devedores”.
Cada um divida independente, pois a participação é diferente. Se D ou C não pagar, não tem nada a ver com o que pagou. 
Se fosse só um credor e um devedor, e esse devedor não tivesse como pagar estivesse falido, sem patrimônio, não tem o que fazer (senta e chora).
4.000 D - 3000
 E - 3000
 F - 3000
 G – 3000
O valor é dividido pelos credores que sendo uma divida de 12 mil cada um ficou com 3 mil reais, de credito para cobrar, ele cobrou de A - 4000, o devedor tem que pagar até o credito dele.
Se vier outro cobrar de A ele só vai pagar 1000. Só paga ate o seu credito.
Indivisíveis: uma vaca.
Art. 259”se havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será responsável pela divida toda”.
A indivisibilidade de um bem pode ser física, legal ou contratual. Se o credor demanda em face de qualquer dos deveres da coisa indivisível, este deve dar a coisa na inteira ao credo e fica assegurado o direito de regresso contra os demais coobrigados.
Se entre eles tiver um culpado sobre a perda da vaca, os eventuais acréscimos, multas, valor mais na questão dos danos, só ele paga. Se forem todos é todos.
Se a multiplicidade for de credores qualquer um deles pode exigir a entrega da vaca, e não é necessário que eles se reúnam em litisconsórcio. 
Vamos supor que só o B quer exigir a entrega da vaca: 
O devedor vai ter a obrigação de estar entregando essa vaca para os credores, conjuntamente, seja pessoalmente ou por representação. 
Art. 260: “se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a divida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
A todos conjuntamente;
A um, dando a este caução de ratificação dos outros credores.
A entrega só para um, exigir que o B, preste uma caução (garantia), deve depositar em juízo o equivalente em dinheiro as quotas pagas finais. Pois B só tem direito a ¼ da vaca e esta recebendo inteira, tem que dividir.
Remissão de divida: remitir a prestação que lhe caberia, os demais só poderão exigir a coisa indivisível (por inteiro) se os demais credores da entrega pagarem a quota ideial remitente pagar.
Art. 262. “se um dos credores remitir a divida, a obrigação não ficará extinta para um dos outros; mas estes só poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Parágrafo único: o mesmo critério se observará no caso de translação, novação, compensação ou confusão.
Obrigações solidarias
Não diz respeito a natureza do objeto, é uma abstração jurídica dentro da multiplicidade de sujeitos, ela significa, que quando houver mais de um devedor, ou mais de um credor na obrigação, e a obrigação for solidaria, significa que cada um desses deveres, independente da indivisibilidade do objeto, será responsável pela divida toda. Cada um dos credores solidários terá a direito a exigir a divida.
Art. 264:”há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigação, à divida toda.”
Art. 265:” a solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das parte.”
Solidariedade ativa – credores, pouco utilizada. Por vontades das partes nunca vi. Da lei: 209/ 48. Art. 12 – credito de pecuaristas; lei do inquilinato art. 2. Lei 8245/91 – quando houver condomínio, eles são credores solidários do recebimento do aluguel.
Solidariedade passiva – todos os devedores responderam pela divida toda.
Art. 267 ao 274.
Solidariedade ativa 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigit do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a divida até o montante do que foi pago.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do credito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
Art. 272. O credor que tiver remitido a divida ou recebido o pagamento responderá aos outros a parte que lhes cabia.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
Art. 274. O julgamento favorável contrario a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável aproveita- lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que obteve.
Realizado por Luiza Martins								2016	
Proibida a venda

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