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Aula 4 TEXTO PARA COMPLETAR A AULA 1 de PETER DRUCKER

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Professora MSC Márcia Quemel 
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Unidade I As organizações Inovadoras e eficazes
Conceitos de Organização e sua evolução
O estudo nos leva a crer que a sociedade em que vivemos é uma sociedade de organização. Nascemos em organizações, somos educados por organizações e quase todos nós passamos a vida a trabalhar para organizações.
A sociedade fica cada dia mais complexa com clientes exigentes e observamos as organizações assumiram importância sem precedentes na sociedade e na vida das pessoas. A sociedade moderna é uma sociedade organizacional, onde as empresa pequenas são satélites das grandes e desenvolvimento para um país. 
A qualidade de vida depende de organizações bem administradas e de administradores competentes e treinados.
 No atual estágio de desenvolvimento da sociedade as relações capital e trabalho estão caminhando lado a lado com o desenvolvimento das habilidades de agente de mudança. Este quadro político institucional impõe para as empresas públicas e privadas uma nova postura, onde a simples confrontação de forças resultaria em perdas e retrocessos.
As organizações defrontam-se com a necessidade de planejar melhor suas estratégias e ações para que seu rendimento seja aceitável e para que o consumidor seja bem atendido e fique satisfeito com produtos e serviços oferecidos.
Defendendo a idéia de que a inovação exige uma empresa organizada, com estratégias projetadas, compatíveis com o cenário e com os atributos intelectuais e psicológicos dos empreendedores, percebe-se a necessidade também de sistemas que motivem os Recursos Humanos, a fim de buscar a eficácia da empresa.	
Toda organização existe para servir a sociedade. Os homens criam a unidade de propósito e direção de uma empresa e têm a obrigação de criar e manter um ambiente interno no qual as pessoas possam tornar-se plenamente envolvidas.
Mas é preciso ter consciência que o processo é lento e muitas das vezes traumático, sobre isso afirma ROBBINS ( 2000, p. 19):
“ Mesmo as organizações de hoje sendo mais socialmente responsáveis do que em qualquer outro momento do passado recente, elas continuam a ser criticadas por sua falta de responsabilidade social. O que aconteceu foi que as expectativas da sociedade em relação ao que é considerado “conduta adequada” elevou-se mais rapidamente do que a capacidade da empresa em melhorar seus padrões. Assim, ainda que as empresas possuam hoje mais consciência social, a percepção do público é que elas ainda têm muito que melhorar”.
Como nos mostra acima ROBBINS, as organizações precisam mudar a opinião negativa do público. Os instrumentos necessários para aplicação na organização de valores mais equilibrados tem apoio em um conjunto de processos que precisam ser cristalizados, como exemplo temos: uma eficiente política de treinamento, tentando passar o estimulo à cooperação, ao companheirismo, criatividade e outros. Uma organização que não desenvolver o aprendizado da criatividade do ser humano que a compõem, não estimular a cooperação, administração participativa e comunicação eficiente, pode morrer, eliminando com isso a chance do desenvolvimento de sua cidade, pois pessoas perderão o emprego causando transtorno a sociedade. Na maioria das vezes uma estratégia de recursos humanos bem definida e planejada em um ambiente organizacional pode falhar, imaginemos uma empresa sem isso. Na organização de uma empresa em uma sociedade livre, deve-se primar pelos seguintes pontos fundamentais: recrutar e selecionar o homem certo para o lugar certo; adequar os novos funcionários ao conhecimento da cultura da empresa; estimular aos seus colaboradores a qualidade dos serviços, facilidade de relacionamento; motivação para a função e preocupação com os fatores éticos da sociedade.
O homem como mero cumpridor das regras burocráticas na organização, empreendedor ou não, sabe que tudo que acontece dentro da mesma, como, os riscos financeiros, as regras políticas, econômicas são arcados e impostos pela própria organização, e deve reportar-se a seus chefes como mero cumpridor das normas burocráticas. A recompensa pelo sucesso não é nenhuma independência financeira mas, sim, uma ajuda para ascensão funcional.
Como observa-se, a vida não é fácil, o se humano vive neste emaranhado de conceitos, suposições e contradições que podem confundir seu aprendizado, causando desorganização nas informações, afetando seu modo de pensar e agir na sociedade e na organização. Em resumo, os acontecimentos verificados neste final de século nos indicam, com força, quão profundas devem ser as mudanças de comportamentos individuais e/ou grupais, que estão sendo exigidas pela interação global, principalmente quando se trata de grandes ambientes organizacionais, isto, caso queira, se manter competitivo. 
Onde quer que se vá há uma interrogação: Sobreviveremos? É preciso criar um clima interno mais favorável ao desenvolvimento das potencialidades e habilidades dos funcionários. Portanto, uma das fontes mais enriquecidas para o sucesso de uma empresa é saber desenvolver a maturidade dos profissionais e de seus subordinados.
Para que a eficácia organizacional possa ser atingida deve-se levar em conta a eficiência da habilidade na forma de gerenciar pessoas. O papel dos gerentes no desenvolvimento intelectual de seus subordinados é extremamente importante.
Devemos parar para pensar e responder o seguinte questionamento: O que é uma organização? Segundo o estudioso ROBBINS ( 2000, p. 31) organização é:
“ Até agora, empregamos o termo organização como se todos nós entendêssemos e concordássemos quanto ao seu significado. Isso pode não ser verdade. Quando um novo negócio, por exemplo, se torna uma organização? Há uma organização de uma pessoa só? Sua família é uma organização?
Uma organização é um arranjo sistemático de duas ou mais pessoas que cumprem papéis formais e compartilham um propósito comum. A faculdade ou universidade em que você estuda é uma organização. Da mesma forma, as agremiações, as agências governamentais, as igrejas, a Kodak, o McDonald’s, o supermercado do seu bairro, as Nações Unidas, o Palmeiras e o Exército da Salvação. Todas estas unidades são organizações porque possuem tês características comuns.
A primeira é que cada um tem um propósito distinto, normalmente expresso em termos de metas ou conjunto de metas. A Segunda é que cada um é um composto de pessoas. A terceira é que todas as organizações desenvolvem uma estrutura sistemática, que define papéis formais e limita o comportamento de seus membros.” 
 1.2 Evolução das organizações: a emergência da economia do conhecimento
Este tema é sobre mudanças. Desde meados da década até hoje, temos vivenciado o mais rápido período de mudanças tecnológicas, econômicas e sociais da história. E mais do que isso, os próximos 25 anos nos prometem novas mudanças ainda mais rápidas, repletas de turbulências e tensão. Nesse período, grandes empresas que levaram um século para ser construídas desapareceram em um ano. Países em que ninguém mais acreditava começam a emergir como novas forças na economia mundial ou mesmo como uma ameaça à estabilidade mundial. A estrutura social básica transforma-se á medida que pessoas solteiras, as famílias de pais solteiros e as famílias mistas substituem as famílias tradicionais. Os avanços tecnológicos nos computadores, comunicações, materiais e biotecnologia proliferam a uma velocidade cada vez mais crescente.
Estas mudanças vêm surgindo de uma profunda transformação na economia global. Enquanto os países do Terceiro Mundo passam pelo processo de industrialização, as economias desenvolvidas da Europa Ocidental, América do Norte e Japão são rapidamente transformadas em economias pós industriais baseadas em conhecimentos. Nesta nova economia, informação e conhecimento substituemcapital físico e financeiro, tornando-se uma das maiores vantagens competitivas nos negócios; e a inteligência criadora constitui-se n riqueza da nova sociedade.
Tudo isto pode não ser novo para você. Você é culto e viaja regularmente; compra e lê, rotineiramente, jornais e revistas de grande circulação e ainda publicações especializadas na área de economia e negócio; lê uma variada gama de livros de administração e de outros assuntos, além de assistir, diariamente, a telejornais e programas de TV sobre negócios e economia. 
Você sabe que o mundo mudou radicalmente desde a Segunda Guerras Mundial e está familiarizados com o conceito de que os Estados Unidos possui uma economia baseada em informações. Além de tudo isto, você possui algum conhecimento sobre computadores e tecnologia em comunicações. Você utiliza fax e uma variedade de outros avanços tecnológicos. Você pode até não conhecer outros tipos de progressos tecnológicos, como robôs, biotecnologia e a tecnologia avançada de materiais e energia, mas provavelmente você lê artigos e assiste programas de TV sobre estes assuntos. 
Apesar de tudo, você pode não entender plenamente o que é uma economia baseada em informações, ou talvez de pergunte qual seu significado. Embora tenha conhecimento das dramáticas mudanças econômicas e sociais ( possivelmente algo até particularmente doloroso em sua vida pessoal), você talvez não tenha compreendido qual a causa destas mudanças e aonde elas nos levarão. E ao mesmo tempo que já se encontra bastante familiarizado com o progresso tecnológico, você também se pergunta qual será o impacto deste progresso no longo prazo. Este texto responde a algumas perguntas a respeito do que vem ocorrendo no mundo e qual a razão para tudo isso estar acontecendo. Já se tem mais conhecimento das causas destas transformações no mundo do que você pode imaginar. Historiadores econômicos, ao estudarem o desenvolvimento da economia mundial e, particularmente, o desenvolvimento dos países industrializados nos últimos 250 anos, desenvolveram um modelo de como as economias e as sociedades evoluem. O modelo é o seguinte: novos conhecimentos levam a novas tecnologia, as quais, por sua vez, levam a mudanças econômica; que, conseqüentemente, geram mudanças sociais e políticas , as quais, em última instância, criam um novo paradigma ou visão de mundo. Este modelo pode ser utilizado para explicar as dramáticas mudanças econômicas, sociais e políticas que vem ocorrendo no mundo.
Este texto pode ajudar você a ter uma nova visão do mundo. É impossível, discutir adequadamente todas as fases de uma mudança global em um único livro, ou texto. Aqui explicamos as diferenças entre a sociedade industrial e a baseada em conhecimentos. 
O capital humano - que significa pessoas estudadas e especializadas - é o ponto central na transformação global. Embora o conceito de capital humano já fosse conhecido no século XVIII por Adam Smith e outros economistas, um trabalho sério sobre a teoria econômica do capital humano é algo bastante recente. A expressão capital humano apareceu pela primeira vez na literatura econômica em 1961 num artigo intitulado “ Investindo em Capital Humano”, publicado na Americam Economic Revieto e escrito por um vencedor de Prêmio Nobel, o economista Theodore W. Schultz.
Desde então, muitos economistas, entre eles os mais famosos Schultz e Cary Becker, têm desenvolvido um trabalho extenso a teoria do capital humano. O livro de Becker, Capital humano, foi publicado em 1961, e o livro de Schultz, investimento em capital humano, foi publicado em 1971. Nos últimos anos, tem-se aprofundado mais na teoria do capital humano; no entanto, muito pouco foi escrito sobre como os conceitos desta teoria são aplicados nos problemas diários nos negócios. Este texto tenta suprir esta necessidade, analisando o que esta evolução significa para você, empregado ou empresário. 
As mudanças que vêm ocorrendo são tensas e turbulentas para muitas pessoas, mas transformar o mundo numa economia baseada em conhecimentos é, provavelmente, o passo com maior probabilidade de sucesso já dado na história do desenvolvimento econômico do mundo. Para maior parte da população mundial, este desenvolvimento irá melhorar sensivelmente a condição de vida, libertando-as do excessivo trabalho e esforço físico de sobrevivência, permitindo que desenvolvam seu potencial humano de maneira plena.
Você deverá beneficiar-se de pelo menos quatro modos diferentes ao ler este texto. Primeiro, entenderá mais claramente a direção da mudança na economia e na sociedade e as forças que as conduzem. Em segundo lugar será capaz de usar este modelo de mudança para planejar e entender mudanças futuras, pois se sentirá mais seguro quando notar que elas tem principio e uma direção claros, previsíveis e racionais. O terceiro aspecto é que entender as forças que moldam o ambiente de seu negócio o ajudará a entender de mais seguro confiante sua vida profissional diária. Finalmente, você será capaz de tomar decisões de investimentos mais eficientes como resultado do entendimento das forças que moldam o ambiente de investimentos. 
A Evolução Histórica da Economia Mundial
		O mundo experimentou profundas mudanças na base da economia e da estrutura social. Na primeira grande etapa do desenvolvimento econômico, os homens passaram de uma economia tribal de caça e coleta para uma economia agrícola. Esta transição começou há aproximadamente 8000 anos e hoje está quase totalmente completa em todo o mundo, exceto em algumas poucas sociedades primitivas em áreas como, por exemplo: Bacia Amazônica e Nova Guinê. Na segunda grande etapa, os homens passaram da economia agrícola para a economia industrial. Esta etapa teve início na Grã-Bretanha há aproximadamente 250 anos e difundiu-se pela Europa Ocidental, América do Norte e Japão no século XIX. Desde a Segunda Guerra Mundial, a industrialização tem se difundido de maneira extensiva pela Ásia e partes da América Latina.
A terceira etapa da história econômica e social dos homens é o desenvolvimento da economia e da sociedade baseada nos conhecimentos. Este processo começou nos Estados Unidos há aproximadamente 25 anos e, atualmente, está disseminando-se rapidamente tanto nos Estados Unidos como no resto dos Países industrializados desenvolvidos do mundo- Canadá, Europa Ocidental e Japão. Suas variáveis criticas e fundamentais são informação e conhecimento. 
Com o intuito de apresentar uma perspectiva destas mudanças nos tipos de economias, no texto é analisado as características principais de cada uma delas. Em uma economia mundial dinâmica e real, é claro que elementos de todas estas economias, pré-industrial, industrial e do conhecimento convivam simultaneamente. Analisaremos a forma dominante de economia e a direção para a qual esta economia está movendo-se.
A economia pré-industrial ( que inclui tanto a economia primitiva quanto a agrícola) é uma economia extrativista, ou seja, é baseada na extração de uma série de recursos do ambiente natural. As atividades predominantes neste tipo de economia são: lavoura, extração de minérios, pesca e silvicultura. Uma sociedade baseada nesta economia tem de ser organizada de maneira a maximizar seus recursos extrativos. Neste sentido, a organização social e econômica é baseada na propriedade dos recursos naturais ( predominantemente a terra). Numa economia extrativista, você almeja ser o proprietário de uma plantação ou de uma mina.
Demograficamente, a economia pré-industrial é bastante estável. A população aumenta vagarosamente ou mesmo não aumenta. As taxas de natalidade elevadas são acompanhadas de taxas de mortalidade também elevadas e o tempo médio de expectativa de vida é curto. Numa sociedade primitiva ou agrícola, muitas pessoas nascem, mas poucas chegam a envelhecer, há um número muito maior de jovens do que de velhos e, sendo assim, os poucos velhos que existem são respeitados como fonte de experiência da comunidade.
Embora atividades extrativas e serviçospossam fazer parte de uma economia industrial, a produção industrial (de máquinas) dos produtos é a atividade principal e fundamental da economia. Capital físico e mão- de- obra não especializada são os principais recursos de uma sociedade industrial. A organização econômica e social é, então, baseada na propriedade do capital financeiro e físico. Numa economia industrial, você almeja ser o dono de uma usina de aço ou de uma fábrica de automóveis.
Demograficamente, economias industriais tendem a ser instáveis. As sociedades, nas primeiras fases de industrialização, costumam caracterizar-se por um crescimento rápido de sua população. Nas sociedades industriais mais avançadas, a população cresce vagarosamente, pois dado o alto custo de se ter filhos, há uma sensível queda na taxa de natalidade. Esta queda na taxa de natalidade é acompanhada de uma queda ainda mais rápida da taxa de mortalidade, já que as melhorias nas condições de vida, saneamento e saúde aumentam a expectativa de vida da população. Comparando-se a sociedade industrial com a sociedade primitiva ou agrícola, constata-se que, na sociedade industrial, menor número de pessoas nasce, maior número de pessoas chega à idade adulta e à velhice, e há maior equilíbrio entre jovens e velhos.
A economia do conhecimento difere de suas duas predecessoras nos serviços, que são mais do que a produção de mercadorias, a forma dominante de emprego. É uma economia de processamento de informações no qual computadores e telecomunicações são os elementos fundamentais e estratégicos, pois produzem e difundem os principais recursos de informação e conhecimento. Pesquisa cientifica e educação são a base da geração de riqueza. A organização econômica e social é centrada na posse da informação, do conhecimento e na utilização do capital humano, que significa pessoas estudadas e especializadas. Numa economia baseada nos conhecimentos, você almeja ser o proprietário de uma rede de televisão ou de uma companhia telefônica.
Demograficamente, economias baseadas no conhecimento são inicialmente instáveis e, num segundo momento, tendem a estabilizar-se. Técnicas de controle de natalidade avançadas contribuem para uma queda sensível nas taxas de natalidade até atingirem o nível ou mesmo abaixo do nível da taxa de crescimento vegetativo. O crescimento da população pára e então a população total começa a diminuir vagarosamente. Poucas pessoas nascem, mas em sua maioria vivem até idades avançadas, formando uma sociedade com muitas pessoas velhas e poucas jovens. Numa sociedade do conhecimento, existem poucas crianças e, inversamente ao que estamos acostumados, cuidamos de nossos pais com idade avançada.
Estes três tipos de economias têm um fator muito interessante em comum. Através do aperfeiçoamento da produtividade, cada uma delas é capaz de manter um padrão mais alto de vida e uma população mais rica. Uma sociedade agrícola é mais rica que uma sociedade primitiva, uma sociedade industrial é mais rica que uma sociedade agrícola e uma sociedade baseada em conhecimentos é mais rica de todas. Melhorias na produtividade são a força motriz na mudança para novas economias.
Para poder entender as diferenças críticas entre a economia industrial e a economia do conhecimento, você precisa saber o que significa industria, serviço e conhecimento. O dicionário Webster define indústria como “manufatura em geral” e manufatura como “a produção em máquina ou artesanal de bens ou mercadorias, principalmente em grande escala. Serviço é definido como “trabalho feito por terceiros que não resulta em produtos, ou no fornecimento de algum bem de conveniência, como água ou gás, necessários à população”.
Webster define conhecimento como “ os fatos, verdades ou princípios adquiridos a partir de estudo ou investigação; aprendizado prático de uma arte ou habilidade; a soma do que já é conhecido com o que ainda pode ser aprendido” , informação, que é sempre confundida com conhecimento, é definida como “notícia ou inteligência transmitida por palavras ou na forma escrita; fatos ou dados”. Como mostra esta definição, da mesma forma que a madeira é a matéria-prima para a confecção de uma mesa, a informação é a matéria-prima para o conhecimento. Um conjunto de coordenadas da posição de um navio ou um mapa do oceano são informações. A habilidade para utilizar estas coordenadas e o mapa na definição de uma rota para o navio é conhecimento. As coordenadas e o mapa são as “matérias-primas” para se planejar a rota do navio.
Quando você diferencia informação de conhecimento é muito importante ressaltar que informação pode ser encontrada numa variedade de objetos inanimados, desde um livro até um disquete de computador, enquanto o conhecimento só é encontrado nos seres humanos. Conhecimento é a capacidade de aplicar a informação a um trabalho ou a um resultado específico. Somente os seres humanos são capazes de aplicar desta forma a informação através de seu cérebro ou de suas habilidosas mãos. A informação torna-se inútil sem o conhecimento do ser humano para aplicá-la produtivamente. Um livro que não é lido não tem valor para ninguém.
Conhecimento pode ser considerado como uma forma de capital. O Webster define capital como “ qualquer forma de riqueza empregada com o objetivo de se produzir mais riqueza”. É comum pensar numa máquina, como, por exemplo, uma linha de produção de automóveis, como capital que produz riqueza. Entretanto, a habilidade dos médicos e sua formação geram riqueza para eles na forma de elevados rendimentos, de tal forma que o conhecimento médico também pode ser considerado capital. Assim, adquirir a formação médica é uma grande despesa.
O Webster define tecnologia como “ a aplicação do conhecimento no trabalho”. O desenvolvimento do conhecimento é um pré-requisito para o desenvolvimento da tecnologia. Uma taxa mais elevada de desenvolvimento de novos conhecimentos é a base para uma taxa mais elevada de desenvolvimento de novas tecnologias, o que gera mudança na economia e que, por sua vez, promove uma mudança social e, conseqüentemente, mudança política e de paradigma. Na economia do conhecimento, criamos novos conhecimentos e uma taxa acelerada, que resulta numa maior rapidez no processo de mudança como um todo.
Conhecimento: Características
		Quatro características do conhecimento e da informação fazem destes recursos únicos e criam uma nova economia:
1. O conhecimento é difundível e se auto-reproduz. As matérias-primas de uma economia industrial são recursos finitos; o minério de ferro vai chegando ao fim à medida que se produz o aço. Ao contrário do minério de ferro, o conhecimento expande-se e aumenta à medida que é utilizado. Quando utilizo meus conhecimentos para desempenhar uma tarefa, aprimoro meus conhecimentos, entendo mais profundamente a tarefa. Um cirurgião que já faz uma mesma cirurgia dez vezes é mais experiente e especializado nesta operação do que um cirurgião que só a fez uma vez.
2. O conhecimento é substituível. Ele pode substituir terra, trabalho e capital. Por exemplo, um fazendeiro que consegue uma colheita maior num mesmo espaço de terra, utilizando para tanto apenas novas técnicas de plantio, não necessita de mais terras para aumentar sua produção.
3. O conhecimento é transportável. NA sociedade eletrônica atual, o conhecimento move-se na velocidade da luz. Em poucos segundos, posso enviar para Inglaterra, via fax, um esquema que representa meses de um intensivo trabalho.
		4.Conhecimento é compartilhável. A transferência de conhecimento para outras pessoas
não impede o uso deste mesmo conhecimento por seu original detentor. 
Você e outros indivíduos podem adquirir conhecimentos de uma variedades de fontes- através de experiências pessoais e profissionais; informalmente lendo jornais, revistas e assistindo televisão; e formalmente, freqüentando cursos de primeiro e segundo graus e de nível universitário, ou em programas de treinamento específicos. A economia do conhecimento difere de suas predecessoras emsua ênfase no desenvolvimento de conhecimentos através de pesquisa formal e esforços aplicados e na transmissão de conhecimentos abstratos para indivíduos através de educação formal e treinamento. Nas economias agrícola e industrial, os conhecimentos eram adquiridos fundamentalmente através da experiência. As pessoas aprendiam fazendo. O filho aprendia a trabalhar na fazenda seguindo seu pai e a filha aprendia a confeccionar roupas, observando a mestra tecelã. Na economia do conhecimento as pessoas devem aprender na sala de aula matérias básicas, como leitura e matemática e matérias avançadas, como física e contabilidade antes de efetivamente participar da economia do conhecimento.
Para que se possa atingir a produtividade potencial dos conhecimentos, estes precisam ser utilizados livremente. Por essa razão, as sociedades totalitárias nunca poderão atingir plenamente o potencial de uma economia do conhecimento. Os Estados Unidos, sendo o país com maior liberdade pessoal e maior liberdade de imigração, são o laboratório onde estão sendo testadas e desenvolvidas a maior parte das estruturas econômicas e sociais da economia do conhecimento. O sistema aberto americano não tem concorrente quando se trata de liberar a capacidade criativa de sua população.
Produtividade é a alavanca que move a economia de um nível para o próximo. Pode ser definida como a medida de bens e serviços que podem ser produzidos com determinado nível de trabalho. Um aprimoramento na produtividade permite que um mesmo nível de trabalho seja feito com menor número de pessoas ou, então, mais trabalho seja feito com o mesmo número de pessoas. Com aumento da produtividade obtém-se maior riqueza. Um pescador que adquire uma rede que lhe permite pescar o dobro de peixes por dia é mais produtivo e obtém maior riqueza.
Em nossa sociedade do conhecimento, o aumento da taxa de produtividade causa outras mudanças também. Poe definição, aperfeiçoamento em produtividade libera trabalhadores para mudarem de emprego. Um corolário desta regra é que quanto mais rápido a taxa de produtividade aumenta e a economia cresce, mais rápida é a taxa de mudança ( mais pessoas precisam mudar para novos empregos). Em nossa sociedade do conhecimento um aumento na produção, bem como a disseminação do conhecimento resultam numa elevação da taxa de mudança tecnológica, que leva ao aumento da taxa de produtividade.
As ferramentas que incrementam a produtividade da nova economia do conhecimento são os computadores, telecomunicações avançadas, a robótica, tecnologia a laser, e tecnologia em energia. Estas novas tecnologias capacitaram os fazendeiros a produzirem mais alimentos com menor número de trabalhadores; industriários a fabricarem produtos melhores com menor número de horas trabalhadas, menos material e menos energia, e uma variedade de serviços que passaram a ser prestados com menos pessoas e menos dispêndio de energia. 
A INOVAÇÃO E ESPÍRITO EMPREENDEDOR: O MECANISMO DE TRANSIÇÃO
		Como uma economia industrial se torna uma economia do conhecimento?
		A força propulsora para transição é o aumento da produtividade, mas o que causa este aumento de produtividade? Inovações-novas idéias em tecnologia, organização e administração - são traduzidas pelos empreendedores em negócios mais eficazes que, conseqüentemente, geram melhores produtos ou serviços, utilizando-se menos trabalho, materiais ou energia, tornando-se mais competitivos. O efeito básico da inovação é que menos trabalho é necessário. O catalisador para a inovação é o lucro. Um empreendedor se beneficiará dos lucros gerados pela inovação e em negócios já existentes, pois poderá crescer se a inovação gerar lucros. Ambos esperam o lucro, ou por estar atuando em um novo mercado ou por estar atuando em um mercado já existente, mas de forma mais eficiente e eficaz que a concorrência - com maior produtividade que seus concorrentes.
Dessa forma, a busca do lucro gera inovação que, por sua vez, gera melhoria na produtividade e mudanças. Numa economia socialista, pelo contrário, não há motivação para inovação, sendo difícil, assim, aumentar a produtividade. À medida que o mundo caminha em direção à economia do conhecimento, os países adotam cada vez mais a economia do mercado, pois automaticamente transformam novos conhecimentos em inovações tecnológicas e econômicas e incrementam a produtividade e o padrão de vida. 
AS CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA DO CONHECIMENTO
		Conforme a economia passa de industrial para economia do conhecimento, ela experimenta uma série de mudanças, incluindo:
a automação do trabalho - atividades intensivas de manufatura, bem como um incremento da automação de uma vasta gama de atividades de serviços;
um crescimento generalizado na indústria de serviços, particularmente na saúde, educação, produção de software e entretenimento; 
a redução de tamanho das grandes empresas, tanto de manufatura quanto de serviços, devido ao maior estímulo ao espírito empreendedor;
uma mudança na força de trabalho, com um crescimento acentuado da participação das mulheres ( que são ao mesmo tempo o segmento de crescimento mais rápido da força de trabalho e também o que progride mais aceleradamente em termos de status econômicos);
transformações demográficas substanciais causadas pela queda na taxa de nascimento e uma população mais velha;
substituição do centro geográfico da economia, antes centrada em matérias - primas e bens de capital para se concentrar em informações e conhecimentos, particularmente pesquisa e educação.
Um dos aspectos mais dramáticos da transformação da economia da industrial para a economia do conhecimento e a velocidade com que as mudanças ocorrem.Embora a transformava de economia agrícola para industrial nos países avançados da Europa Ocidental, América do Norte e Japão tenha levado varias gerações, a mudança de economia industrial para a economia do conhecimento ocorre em apenas uma geração. Alguns pontos-chaves diferenciam a economia do conhecimento de suas predecessoras, incluindo o seguinte:
o conhecimento cientifico básico e a pesquisa tornaram-se a força propulsora da economia, gerando nova tecnologia, promovendo oportunidades para inovações e criando novas industrias;
a educação tem um papel fundamental quando os serviços de informações são o maior segmento da economia;
a participação das mulheres na força de trabalho aumenta sensivelmente e estas buscam igualdade de salário com os homens;
novas formas de administração de organizações são desenvolvidas, utilizando-se tecnologia intensiva e enfatizando os recursos humanos;
as novas idéias da sociedade do conhecimento disseminam-se pela Tríade rapidamente, de maneira que nenhum dos países mantém uma vantagem sobre os outro países. Outro resultado disto é que, nos países da tríade, o estilo de vida crescem de maneira muito sinilar. Os japoneses divertem-se com os filmes da Disney e apreciam vinhos franceses, enquanto americanos e europeus se deliciam em restaurantes japoneses (sushi bar) e com as motocicletas Honda.
CORPORAÇOES MULTINACIONAIS : O AGENTE DA INTEGRACÃO MUNDIAL
	As corporações multinacionais baseadas nos países da Tríade tem papel de destaque nesta integração mundial. Estas organizações operam na Tríade e estão crescendo nos países do Terceiro Mundo, enxergando o mundo como um único mercado. Ao lançar, em vários outros países, produtos e novas tecnologias que se tornaram sucesso em determinado país e ao treinar trabalhadores e administradores nos diferentes países onde elas possuem negócios, as multinacionais estão acelerando a disseminação do conhecimento pelo mundo.
A indústria automobilística constitui um bom exemplo de como as corporações multinacionais estão criando um único mercado global. GM e Ford, bem como as maiores empresas japonesas como a Toyota, Nissan e Honda, tem fábricas localizadas em diversos continentes e vendem seus produtos na maioria dos países do globo. A indústria automobilística está, hoje,tão integrada globalmente que os fabricante de automóveis chegam a falar em um carro mundial. Da mesma forma, produto de consumo, variando desde Coca-Cola ate a televisão Sony, vídeo cassetes e rádios, são fabricados em diversos continentes e distribuídos pelo mundo todo. 
		Embora mercados globais estejam freqüentemente associados a produtos manufaturados, eles também existem no setor de serviços. Se você é um consumidor regular na Europa e no Japão, você leva consigo o cartão American Express como um cidadão americano normal. 
As corporações multinacionais estão criando um mundo sem fronteiras, onde o Estado-Nação está tornando-se irrelevante para a economia. As empresas estabelecem-se em mercados consumidores específicos sem se preocupar com as fronteiras nacionais e estabelecem sua produção ou serviços, observando mais vantagens econômicas do que se atendo ou aderindo a políticas de desenvolvimento nacionais. Como conseqüência disto, as multinacionais estão acelerando o desenvolvimento de uma economia mundial onde a vantagem competitiva fundamental ou, ao contrário, o ponto fraco dos países é a qualidade de sua força de trabalho ou capital humano.
Bibliografia:
PETER, Drucker. A mudança Econômica e o Ambiente de Negócio.

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