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TRABALHO DE NEUROLOGIA DOENÇA DE PARKINSON

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TRABALHO DE NEUROLOGIA
MAL DE PARKINSON
ISABELA COSTA E SILVA
NÍCOLAS CRANQUE DA CRUZ
 O Mal de Parkinson foi descrito em 1817, pelo médico inglês James Parkinson.
 A DP caracteriza-se por ser uma condição degenerativa do SNC que afeta principalmente o sistema motor. É uma das condições neurológicas mais frequentes e sua causa permanece desconhecida. A doença de Parkinson caminha com uma perda progressiva de células neuronais de determinadas áreas do cérebro e do tronco encefálico, denominados gânglios de base ou núcleos de base. Dentre esses, os que mais tem importância com relação à doença é a substância negra do mesencéfalo e secundariamente o chamado corpo estriado. 
Introdução:
 Os neurônios da substância negra produzem um neurotransmissor denominado dopamina. A diminuição de dopamina nessa área provoca sintomas principalmente motores. O diagnóstico do mal de Parkinson baseia-se nas características clinicas do parkinsonismo, início insidioso, progressão lenta e ausência de outros achados na história, exames ou testes laboratoriais que apontem alguma outra causa de parkinsonismo. 
 O Parkinsonismo tem causas idiopática (causa desconhecida) ou adquirida: infecções (pós-encefalite), trauma craniano repetitivo, isquemia cerebral (múltiplos acidentes vasculares cerebrais), drogas e toxinas.
 Existem evidências de causas genéticas e ambientais. Na década de 1980, alguns jovens desenvolveram sintomas da Doença de Parkinson após usarem um certo tipo de heroína de fabricação caseira. De acordo com (Carlson 2000), descobriu-se que essa foi contaminada com certa quantidade de uma substância química chamada MPTP (1-metil-4fenil-1,2,3,3- tetraidropiridina) que destruía neurônios dopaminérgicos da substância negra. Mais tarde, mostrou-se que os danos ocorreram quando as enzimas presentes em neurônios dopaminérgicos converteram o MPTP em um composto extremamente tóxico chamando MPP+ . 
Etiologia:
 Recentemente foi descoberta a existência de uma proteína chamada alfasinucleína, que é produzida no cromossomo 4, sendo distribuída por todo o sistema nervoso. Apesar de ser ainda pouco conhecida, o que se sabe é que certas mutações dessa proteína podem levar a destruição celular ou tornar os neurônios da substância negra mais suscetíveis a um agente tóxico. Acredita-se também, que os radicais livres, produzidos no curso de reações químicas normais do organismo, possam se acumular na substância negra, desencadeando ou, pelo menos, agravando a degeneração das células.
 O parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana é um dos mais frequentes tipos de distúrbio do movimento e apresenta-se com 4 componentes básicos: acinesia, rigidez, tremor e instabilidade postural. Pelo menos dois desses componentes são necessários para a caracterização da síndrome.
 A acinesia é caracterizada por pobreza de movimentos e lentidão na iniciação e execução de atos motores voluntários e automáticos, associada à dificuldade na mudança de padrões motores, na ausência de paralisia. Esse tipo de desordem motora pode englobar ainda incapacidade de sustentar movimentos repetitivos, fadigabilidade anormal e dificuldade de realizar atos motores simultâneos.
Fisiopatologia:
 A rigidez é outra anormalidade motora quase sempre presente na síndrome parkinsoniana. Trata-se da hipertonia denominada plástica. A resistência à movimentação do membro afetado pode ser contínua ou intermitente, sendo que esta configura o fenômeno da “roda denteada”.
 A característica da hipertonia plástica é o acometimento preferencial da musculatura flexora, determinando alterações típicas da postura, com ântero-flexão do tronco e semiflexão dos membros (postura simiesca). Esse fenômeno pode ser mais facilmente observado quando o examinador faz a flexão dorsal do pé do paciente. Essa movimentação passiva desencadeia uma contração prolongada dos músculos envolvidos levando à persistência dessa postura por algum tempo. 
 
 O tremor parkinsoniano é clinicamente descrito como de repouso, exacerbando-se durante a marcha, no esforço mental e em situações de tensão emocional, diminuindo com a movimentação voluntária do segmento afetado e desaparecendo com o sono. A frequência varia de quatro a seis ciclos por segundo e costuma envolver preferencialmente as mãos, configurando a alternância entre pronação e supinação ou flexão e extensão dos dedos.
 A instabilidade postural é decorrente da perda de reflexos de readaptação postural. Esse distúrbio que não é comum em fases iniciais de evolução da DP, evidenciando-se em mudanças bruscas de direção durante a marcha, posteriormente pode agravar-se e determinar quedas frequentes. Blefaroespasmo espontâneo ou provocado pela pesquisa de reflexo glabelar pode ocorrer na DP e é comum em várias formas de parkinsonismo, notadamente no pós-encefalítico. A limitação da convergência ocular é uma anormalidade frequentemente observada na DP, assim como a paresia do olhar vertical para cima, igualmente comum em indivíduos idosos.
  Sua incidência é na população acima de 65 anos de 1 a 2% em todo o mundo e a prevalência no Brasil é de 3%.
 As estatísticas revelam que a prevalência na população geral é de 100 a 150 casos para 100.000 habitantes e a cada ano ocorrem 20 novos casos por 100.000 habitantes.
Incidência:
 Devido à complexidade da doença de Parkinson, o seu tratamento deve ser individualizado e mudar ao longo do tempo. Também exige uma abordagem interdisciplinar que pode incluir diferentes profissionais, como: especialista em desordem de movimento, prestador de cuidados de saúde primários, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.
 O tratamento é baseado em uma série de fatores, incluindo sintomas atuais, idade, perfil de efeitos colaterais e atividade diária do paciente. 
Tratamento clinico e cirúrgico:
 O tratamento visa aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença de Parkinson, pois ainda não há cura.
 Embora não exista nenhum tratamento que possa impedir a progressão da doença, os sintomas podem ser bem controlados. Várias classes de medicamentos estão disponíveis. 
Carbidopa / levodopa é ainda o tratamento sintomático mais eficaz e pode ser utilizado em combinação com outras classes de medicamentos, incluindo 
agonistas da dopamina, 
inibidores de COMT
inibidores da enzima MAO-B,
agentes anticolinérgicos e 
amantadina.
 Em alguns casos o tratamento cirúrgico é indicado, mas isto também vai depender de vários fatores. 
 O tratamento cirúrgico pode ser feito de duas maneiras:
Tratamento Cirúrgico:
 É feita através de uma lesão microscópica em uma região do cérebro para alívio dos sintomas.
 Consiste em lesões no núcleo pálido interno (palidotomia) ou do tálamo ventrolateral (talamotomia), que estão envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor. Porém, a lentidão de movimentos responde melhor aos medicamentos. Essas lesões podem diminuir a rigidez e abolir o tremor. Todavia, nenhuma delas representa a cura da doença e são irreversíveis. 
ESTEREOTAXIA
 Colocação de eletrodos que vão emitir sinais elétricos para a região do cérebro responsável pelo controle dos sintomas motores, o que ajuda a região a funcionar melhor.
ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA
 O fisioterapeuta deve atuar o mais precocemente possível através de um plano de tratamento, onde são destacados os seguintes objetivos:
 Redução das limitações funcionais causadas pela rigidez, lentidão dos movimentos e alterações posturais;
 Manutenção ou aumento das amplitudes de movimento prevenindo contraturas e deformidades;
 Melhora do equilíbrio, marcha e coordenação;
 Aumento da capacidade pulmonar e resistência física geral;
 Prevenção de quedas;
 Incentivo ao auto-cuidado.
 É importante que toda a família esteja envolvida no tratamento do portador de Parkinson, para que as atividades também sejam encorajadas em casa, já que períodos prolongados de pausa podem comprometer
os objetivos.
Objetivos da Fisioterapia na DP:
 Consiste em manter ou melhorar a amplitude de movimento em todas as articulações; retardar o surgimento de contraturas e deformidades; retardar a atrofia por desuso e a fraqueza muscular; promove e incrementa o funcionamento motor e a mobilidade; incrementa o padrão da marcha; melhora as condições respiratórias, a complacência pulmonar e a mobilidade torácica; mantém ou aumenta a independência funcional nas atividades de vida diária; melhora a auto estima.
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
 Os exercícios devem ser prescritos após realização de uma avaliação do paciente, onde serão estabelecidas as metas a curto, médio e longo prazo. Os tipos de exercícios mais usados são:
Técnicas de relaxamento: devem ser realizadas no início da sessão para diminuir a rigidez, tremores e ansiedade, através de atividades rítmicas, envolvendo um balanceio lento e cuidadoso do tronco e membros, por exemplo.
Alongamentos: devem ser feitos, de preferência, pelo próprio indivíduo com ajuda do fisioterapeuta, incluindo alongamentos para os braços, tronco, cintura escapular/pélvica e pernas;
Exercícios de fisioterapia para DP
Exercícios ativos e de reforço muscular: devem ser realizados de preferência sentado ou de pé, através de movimentos dos braços e pernas, rotações do tronco, podendo ser utilizados bastões, elásticos, bolas e pesos leves;
Treino de equilíbrio e coordenação: é feito através atividades de sentar e levantar, rodar o tronco nas posições sentada e em pé, inclinação do corpo, exercícios com mudanças de direção e em várias velocidades, agarrar objetos e vestir-se;
Exercícios posturais: devem ser realizados sempre buscando a extensão do tronco e em frente ao espelho para que o indivíduo tenha mais consciência da postura correta;
Exercícios respiratórios: orienta-se a respiração em tempos com uso do bastão para os braços, uso da respiração através do diafragma e maior controle respiratório;
Exercícios de mímica facial: incentivo aos movimentos de abrir e fechar a boca, sorrir, franzir as sobrancelhas, fazer bico, abrir e fechar os olhos, soprar um canudo ou um apito e mastigar bastante os alimentos;
Treino de marcha: deve-se tentar corrigir e evitar a marcha arrastada através da realização de passadas maiores, aumento dos movimentos do tronco e braços. Pode-se fazer marcações no chão, andar sobre obstáculos, treinar o caminhar para frente, para trás e de lado;
Exercícios em grupo: ajudam a evitar a tristeza, isolamento e depressão, trazendo mais estímulo através do incentivo mútuo e bem-estar geral. Pode-se utilizar dança e música;
Hidroterapia: os exercícios na água são muito benéficos pois ajudam a reduzir a rigidez numa temperatura adequada, facilitando assim o movimento, a caminhada e trocas de postura;
Treino de transferência: numa fase mais avançada, deve-se orientar a forma correta para movimentar-se na cama, deitar e levantar, passar para a cadeira e ir ao banheiro.
 Geralmente a fisioterapia será necessária por toda a vida, portanto quanto mais atrativas forem as sessões, maiores serão a dedicação e o interesse do paciente e, consequentemente, melhores serão os resultados obtidos.
American Disease Parkinson Association: ,http://www.apdaparkinson.org/basic-info-about-pd/treatment/, em 01/04/2015.
Mayo Clinic: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/parkinsons-disease/basics/treatment/con-20028488, em 01/04/2015.
Associação Brasil Parkinson: http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html, em 01/04/2015.
BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO NA REABILITAÇÃO DA MARCHA E EQUILÍBRIO.
NOS PORTADORES DA DOENÇA DE PARKINSON - Pós-graduação Latu-Sensu em Fisiologia do Exercício e Avaliação-Morfofuncional Universidade Gama Filho.
RUIZ,Milton Artur.Novas descobertas sobre a doença de Parkinson,Rio Preto-São Paulo.2002.A:\Medicina e Saúde – Neurologia.htm, 16/07/2002.
Doença de Parkinson – Diagnóstico
Referências Bibliográficas:
OBRIGADO!!!

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