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ATOS ILÍCITOS INTRODUÇÃO ABUSO DE DIREITO diminuido

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ATOS ILÍCITOS INTRODUÇÃO ABUSO DE DIREITO
Responsabilidade Civil, Responsabilidade Contratual e Extracontratual.
Responsabilidade:
O termo responsabilidade é utilizado em qualquer lugar situação na qual alguma pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as consequências de um ato, fato. Negocio danoso. 
Sob essa noção. Toda atividade humana, portanto, pode acarretar o dever de indenizar;
Civil: diferente de penal
Ato ilícito: é uma ação ou omissão contra o direito.
Se o agente, Por ação ou omissão, pratica ato contra o Direito, com ou sem intenção manifesta de prejudicar, mas ocasiona prejuízo, dano a outrem, estamos no campo dos atos ilícitos;
A ação ou omissão ilícita pode acarretar dano indenizável. 
Essa mesma conduta pode ser punível no campo penal;
Há condutores que transgridem a norma penal e a norma civil concomitantemente, de molde que o agente sofrerá um dúplice processo, pois em nosso sistema as jurisdições são diversas;
Outro ponto deve ser destacado: no Direito Penal, o ato ilícito, o crime, é de definição estrita, atendendo-se ao princípio do nulla poena sine lege. Só haverá responsabilidade penal se for violada a norma compendiada na lei. 
Por outro lado, a responsabilidade civil emerge do simples fato do prejuízo, que igualmente viola o equilíbrio social, mas cuja reparação ocorre em benefício da vítima. Por conseguinte, as situações de responsabilidade civil são mais numerosas, pois independem de definição típica da lei. 
O ato ilícito, portanto, tanto pode decorrer de contrato como de relação extracontratual;
No campo civil, só interessa o ato ilícito à medida que exista dano a ser indenizado. O Direito Civil, embora tenha compartimentos não patrimoniais, como os direitos de família puros, é essencialmente patrimonial;
Salvo exceções expressas no ordenamento quanto a simples violação de direito, sem a existência de efetivo prejuízo, ainda que de cunho exclusivamente moral, não haverá indenização
Resp. contratual ou extracontratual
Regra geral
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Nesse texto vigente, afirma-se que só comete ato ilícito quem viola direito E causa dano. Ora, o ato ilícito existe com ou sem dano. Em outros termos, não há necessariamente dano no ato ilícito;
Ademais, a redação do art. 927, caput, que se entrosa diretamente com o art. 186, estatui: “Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”
Se tem em vista A reparação do dano, a recomposição patrimonial;
Não há sentido de "punir o culpado", mas o de se indenizar a vítima. 
Essa última afirmação, quase um dogma no passado, tem sofrido modificações modernamente, pois muito da indenização de dano exclusivamente moral possui uma conotação primordialmente punitiva.
O atual Código, no dispositivo equivalente, refere-se ao dano moral, presente expressamente na Constituição de 1988: 
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito" (art. 186). 
Desses dispositivos decorrem todas as consequências atinentes à responsabilidade extracontratual entre nós;
Também denominada aquiliana; 
Não preexiste um contrato. É o caso de alguém que ocasiona acidente de trânsito agindo com culpa e provocando prejuízo indenizável. Antes do acidente, não havia relação contratual ou negocial alguma. Tal fato difere do que ocorre no descumprimento, ou cumprimento defeituoso, de um contrato no qual a culpa decorre de vínculo contratual;
O ato ilícito, portanto, tanto pode decorrer de contrato como de relação extracontratual;
Nesse âmbito, uma pessoa é responsável quando suscetível de ser sancionada, independentemente de ter cometido pessoalmente o ato antijurídico. Nesse sentido, a responsabilidade pode ser direta, se diz respeito ao próprio causador do dano, ou indireta, quando se refere a terceiro, o qual, de uma forma ou de outra, no ordenamento, está ligado ao ofensor. Se não puder ser identificado o agente que responde pelo dano, este ficará irressarcido; a vitima suportará o prejuízo;
No Direito Civil, terceiros somente podem ser chamados a indenizar quando a lei expressamente o permitir e assim apontar;
“ A responsabilidade civil é sempre uma obrigação de reparar danos: danos causados à pessoa ou a patrimônio de outrem, ou danos causados a interesses coletivos, ou a transindividuais, sejam estes difusos;
Requisitos para configuração do dever de indenizar: ação ou omissão voluntária, relação de causalidade ou nexo causal, dano e, finalmente, culpa;
O art. 186 de nosso Código menciona tanto o dolo como a culpa, assim considerados no campo penal. 
Fala o dispositivo em "ação ou omissão voluntária";
Negligência ou imprudência + imperícia;
O evento, objetivamente visto, é previsível. O agente, portanto, não prevê o resultado;
Quando o resultado é imprevisível, não há culpa; o ato entra para o campo do caso fortuito e da força maior, e não há indenização alguma;
A culpa civil abarca tanto o dolo quanto a culpa;
 Ainda para fins de indenização, uma vez fixada a existência de culpa do agente, no campo civil, pouco importa tenha havido dolo ou culpa, pois a indenização poderá ser pedida em ambas as situações. 
Também não há, em princípio, graduação na fixação da indenização, tendo em vista o dolo, mais grave, ou a culpa, menos grave. No entanto, deve ser lembrado o art. 944, parágrafo único do Código de 2002, o qual permite ao juiz reduzir equitativamente a indenização, se houver expressiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano;
Quando temos em mira a culpa para a caracterização do dever de indenizar, estaremos no campo da chamada responsabilidade subjetiva, isto é, depende da culpa do agente causador do dano. 
Em contraposição, há várias situações nos quais o ordenamento dispensa a culpa para o dever de indenizar, bastando o dano, autoria e o nexo causal, no campo que se domina responsabilidade objetiva;
Na ausência de lei expressa, a responsabilidade pelo ilícito será subjetiva;
Elementos da Responsabilidade Extracontratual ou Aquiliana
Para que surja o dever de indenizar, é necessário, primeiramente, que exista ação ou omissão do agente; que essa conduta esteja ligada por relação de causalidade com o prejuízo suportado pela vítima e, por fim, que o agente tenha agido com culpa (assim entendida no sentido global exposto). Faltando algum desses elementos, desaparece o dever de indenizar;
A conduta ativa geralmente constitui-se em ato doloso ou imprudente, enquanto a conduta passiva é estampada normalmente pela negligência. 
A conduta omissiva só ocorre quando o agente tem o dever de agir de determinada forma e deixa de fazê-lo. 
É ativa a conduta do indivíduo que imprime velocidade excessiva a seu automóvel e provoca acidente. 
É omissiva a conduta do indivíduo que deixa seu automóvel estacionado em declive, sem acionar o freio de mão, e o deslizamento do veículo provoca dano na propriedade alheia;
A ideia original é de que a ação praticada pelo próprio agente o incumbirá de indenizar. – quem pariu Mateus que o embale.
No entanto, na responsabilidade civil, tendo em vista o maior equilíbrio das relações sociais, por vezes o autor do dano não será o responsável ou ao menos responsável único pela indenização;
Trata-se da responsabilidade por fato de outrem, que se distingue da responsabilidade primária por fato próprio; 
Para que surja o dever de indenizar, também deve existir a relação de causalidade ou nexo causal. 
Pode ter ocorrido ato ilícito, pode ter ocorrido um dano, mas pode não ter havido nexo de causalidade entre esse dano e a conduta do agente. 
O dano pode ter sido provocado por terceiros, ou, ainda, por culpa exclusiva da vítima.
Nessas situações, não haverá dever de indenizar. 
Na maioria das vezes, incumbe à vítima provar o requisito. 
Deverá ser considerada como causa aquela condiçãosem a qual o evento não teria ocorrido; conditio sine qua non
Em terceiro lugar, para reclamar indenização, é necessário haver dano. Não existindo dano, para o Direito Privado o ato ilícito é irrelevante;
A Constituição de 1988 assegura a indenização do dano moral (art. 5o, V);
Em quarto lugar, surge a culpa para fazer emergir a responsabilidade civil. Culpa civil engloba, portanto, o dolo e a culpa estritamente falando;
O que se mede é o prejuízo causado e não a intensidade da conduta do agente;
Modalidades de culpa;
A culpa in eligendo é a decorrente da má escolha do representante ou preposto: alguém entrega a direção de veículo a pessoa não habilitada, por exemplo:
A culpa in vigilando é a que decorre da ausência de fiscalização sobre outrem, em que essa fiscalização é necessária ou decorre da lei; é a que ocorre no caso do patrão com relação aos empregados; 
A culpa in committendo acontece quando o agente pratica ato positivo; 
a culpa in omittendo, quando a atitude consiste em ato negativo;
A culpa in custodiendo consiste na ausência de devida cautela com relação a alguma pessoa, animal ou coisa; 
A vítima, como regra geral, dentro da responsabilidade decorrente da culpa, deve provar os elementos constitutivos do ato ilícito para obter a reparação do dano;
Muitas situações ficavam sem indenização.
Criou-se a noção de culpa presumida, alegando-se que existe dever genérico de não prejudicar. Sob esse fundamento, chegou-se, noutro degrau, à teoria da responsabilidade objetiva, que escapa à culpabilidade, o centro da responsabilidade subjetiva. Passou-se a entender ser a idéia de culpa insufi-ciente, por deixar muitas situações de dano sem reparação. Passa-se à idéia de que são importantes a causalidade e a reparação do dano, sem se cogitar da imputabilidade e da culpabilidade do causador do dano;
Á justiça social;
De fato, o parágrafo único do art. 927, que estabelece a obrigação geral de reparar o dano por conduta decorrente de ato ilícito, dispõe: 
"Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem."
Risco criado;
A potencialidade de ocasionar danos; a atividade ou conduta do agente que resulta por si só na exposição a um perigo, noção;
Na ausência de lei expressa, a responsabilidade pelo ilícito será subjetiva;
No entanto, advirta-se, o dispositivo questionado explicita que somente pode ser definida como objetiva a responsabilidade do causador do dano quando este decorrer de “atividade normalmente desenvolvida” por ele. O juiz deve avaliar, no caso concreto, a atividade costumeira do ofensor e não uma atividade esporádica ou eventual.

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