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ATOS ILÍCITOS

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ATOS ILÍCITOS
O título referente aos atos ilícitos, no Código Civil, contém apenas três artigos: o 186, o 187 e o 188. 
Mas a verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelos arts. 927 a 943 (“Da obrigação de indenizar”) e 944 a 954 (“Da indenização”). 
■ CONCEITO
 Ato ilícito é o praticado com infração ao dever legal de não lesar a outrem.
Tal dever é imposto a todos no art. 186, que prescreve: 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. ”
Também o comete aquele que pratica abuso de direito. Preceitua, com efeito, o art. 187 do mesmo diploma:
 “Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. ”
Em consequência, o autor do dano fica obrigado a repará-lo (art. 927). 
Ato ilícito é, portanto, fonte de obrigação: a de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado. É praticado com infração a um dever de conduta, por meio de ações ou omissões culposas ou dolosas do agente, das quais resulta dano para outrem. 
O Código atual aperfeiçoou o conceito de ato ilícito, ao dizer que o pratica quem “violar direito e causar dano a outrem” (art. 186), substituindo o “ou” (“violar direito ou causar dano a outrem”), que constava do art. 159 do diploma anterior. Com efeito, o elemento subjetivo da culpa é o dever violado. 
A responsabilidade é uma reação provocada pela infração a um dever preexistente. No entanto, mesmo que haja violação de um dever jurídico e que tenha havido culpa, e até mesmo dolo, por parte do infrator, nenhuma indenização será devida, uma vez que não se tenha verificado prejuízo. Se, por exemplo, o motorista comete várias infrações de trânsito, mas não atropela nenhuma pessoa nem colide com outro veículo, nenhuma indenização será devida, malgrado a ilicitude de sua conduta. 
A obrigação de indenizar decorre, pois, da existência da violação de direito e do dano, concomitantemente. O Código Civil de 2002 inovou ao desmembrar a noção de ato ilícito em três artigos: 186, 187 e 927.
Responsabilidade Civil: Desenvolvimento e Conceito:
a) - Desenvolvimento histórico. No estudo da responsabilidade civil podemos constatar três fases distintas:
Primeira –ado direito romano, caracterizada pela ausência do instituto, todavia esboçando a concepção da culpa com a Lex Aquilia. Com o Cristianismo os canonistas elaboram o “princípio clássico segundo o qual cada um deve responder pelos atos culposos que praticar e que produzam dano injusto a outrem”.
Segunda –a da idade moderna, onde Domat, um dos maiores juristas daFrança, de todos os tempos, estabeleceu o princípio que fundamenta todo o direito moderno, ou seja, o fundamento da responsabilidade civil é a culpa, a negligência ou a imprudência. O Código Civil francês fundamenta a matéria no seu art. 1.382 estabelecendo:
“Qualquer fato humano que cause a outrem um dano obriga o culpado a repará-lo”;
Terceira –a fase contemporânea, com o desenvolvimento da sociedade, provocado pelas novas tecnologias, a crescente complexidade das relações jurídicas e a multiplicação das demandas judiciais, o princípio da culpa mostrou-se insuficiente, em vários casos, para fundamentar a indenização a ser paga pelo culpado, momento em que os juristas foram obrigados a formular um sistema capaz de atender os danos oriundos da atividade econômica e produtiva. O novo sistema passou a ampliar o campo da responsabilidade civil criando uma forma de reparação resultante dos riscos decorrentes das atividades que a todos beneficiam, repartindo-se com a sociedade o ônus do prejuízo sofrido pelo prejudicado. Surge, assim, a teoria objetiva, não mais baseada na culpa, mas sim, no risco resultante da atividade empresarial ou de circunstância de objetivas, fora do controle humano habitual.
a) - Conceito –Ensina Francisco do Amaral que a expressão responsabilidade civil pode ser entendida em sentido amplo ou em sentido estrito:
“Em sentido amplo, tanto significa a situação jurídica em que alguém se encontra de ter de indenizar outrem quanto a própria obrigação decorrente dessa situação, ou ainda, o instituto jurídico formado pelo conjunto de normas e princípios que disciplinam o nascimento, conteúdo e cumprimento de tal obrigação. Em sentido estrito, designa o específico dever de indenizar nascido de fato lesivo imputável a determinada pessoa”
Grande é a dificuldade enfrentada pela doutrina para conceituar a responsabilidade civil, principalmente após o aparecimento da responsabilidade objetiva, na qual não se cogita da existência da culpa, mas sim da existência de ilícito e do risco, ou seja, da responsabilidade sem culpa, daí aceitarmos o conceito apresentado por Maria Helena Diniz em sua obra sobre o assunto:
“A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causados a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou por simples imposição legal”.
Espécies de Responsabilidade Civil:
A responsabilidade civil, desde o Código Civil francês, tem sido sistematizada em função dos direitos subjetivos. Se ofender direito subjetivo relativo, ela é contratual. Se lesa direito subjetivo absoluto ela é extracontratual ou aquiliana. Quanto à existência ou não de culpa do agente, a responsabilidade aquiliana divide-se em objetiva e subjetiva.
■RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL 
Uma pessoa pode causar prejuízo a outrem por descumprir uma obrigação contratual (dever contratual). 
Por exemplo: o ator que não comparece para dar o espetáculo contratado; o comodatário que não devolve a coisa que lhe foi emprestada porque, por sua culpa, ela pereceu. 
O inadimplemento contratual acarreta a responsabilidade de indenizar as perdas e danos, nos termos do art. 389 do Código Civil. 
Quando a responsabilidade não deriva de contrato, mas de infração ao dever de conduta (dever legal) imposto genericamente nos arts. 186, 187 e 927 do mesmo diploma, diz-se que ela é extracontratual, também chamada de aquiliana, por ter sido regulada na Lex Aquilia, do direito romano.
 Embora a consequência da infração ao dever legal e ao dever contratual seja a mesma (obrigação de ressarcir o prejuízo causado), o Código Civil brasileiro distinguiu as duas espécies de responsabilidade, acolhendo a teoria dualista e afastando a unitária, disciplinando: 
■ a extracontratual nos arts. 186 e 187, sob o título de “Dos atos ilícitos”, complementando a regulamentação nos arts. 927 e s.; 
Ex: O indivíduo que ocasiona um acidente de trânsito agindo com dolo ou culpa e provocando prejuízo a outrem é responsáv1el por indenizar o prejudicado. Antes do acidente não havia relação contratual entre eles.
■ a contratual, como consequência da inexecução das obrigações, nos arts. 389, 395 e s., omitindo qualquer referência diferenciadora. 
■ 9.3. RESPONSABILIDADE CIVIL E RESPONSABILIDADE PENAL
 A palavra “responsabilidade” origina-se do latim respondere, que encerra a ideia de segurança ou garantia da restituição ou compensação do bem sacrificado. Teria, assim, o significado de recomposição, de obrigação de restituir ou ressarcir. 
A ilicitude é chamada de civil ou penal tendo em vista exclusivamente a norma jurídica que impõe o dever violado pelo agente. Podem ser apontadas, todavia, as seguintes distinções: 
RESPONSABILIDADE PENAL:
O agente infringe uma norma penal de direito público. O interesse lesado é o da sociedade.
É pessoal, intransferível. Responde o réu com a privação de sua liberdade, em regra.
É pessoal também em outro sentido: a pena não pode ultrapassar a pessoa do delinquente.
A tipicidade é um de seus requisitos genéricos.
Embora a culpa civil e a culpa penal tenham os mesmos elementos, exige-se, para a condenação criminal, que tenha certo grau ou intensidade. 
Somente os maiores de 18 anos são responsáveiscriminalmente
RESPONSABILIDADE CIVIL:
O interesse diretamente lesado é o privado. O prejudicado poderá pleitear ou não a reparação. Se, ao causar dano, transgride também a lei penal, torna-se, ao mesmo tempo, obrigado civil e penalmente.
É patrimonial: é o patrimônio do devedor que responde por suas obrigações. Ninguém pode ser preso por dívida civil, exceto o devedor de pensão alimentícia do direito de família.
No cível há várias hipóteses de responsabilidade por ato de outrem (CC, art. 932, p. ex.). 
Qualquer ação ou omissão pode acarretá-la, desde que viole direito e cause prejuízo a outrem (CC, arts. 186 e 927). 
A culpa, ainda que levíssima, obriga a indenizar (in lege Aquilia et levíssima culpa venit). 
O menor de 18 anos responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não dispuserem de meios suficientes (CC, art. 928, caput e parágrafo único).
 
■ RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
■ Responsabilidade subjetiva 
A teoria clássica, também chamada de teoria da culpa ou subjetiva, pressupõe a culpa como fundamento da responsabilidade civil. Não havendo culpa, não há responsabilidade. Diz-se, pois, ser subjetiva a responsabilidade quando esta se esteia na ideia de culpa. A prova da culpa (em sentido lato, abrangendo o dolo ou a culpa em sentido estrito) passa a ser pressuposto necessário do dano indenizável. 
■ Responsabilidade objetiva 
A lei impõe, entretanto, a certas pessoas, em determinadas situações, a reparação de um dano cometido sem culpa. Quando isto acontece, diz-se que a responsabilidade é legal ou objetiva, porque prescinde da culpa e se satisfaz apenas com o dano e o nexo de causalidade. 
Esta teoria, dita objetiva ou do risco, tem como postulado que todo dano é indenizável e deve ser reparado por quem a ele se liga por um nexo de causalidade, independentemente de culpa. 
Nos casos de responsabilidade objetiva, não se exige prova de culpa do agente para que este seja obrigado a reparar o dano. Ela é de todo prescindível (responsabilidade independente de culpa). Uma das teorias que procuram justificar a responsabilidade objetiva é a teoria do risco, segundo a qual toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de dano para terceiros e deve ser obrigada a repará-lo, ainda que sua conduta seja isenta de culpa.
■ O Código Civil brasileiro 
O Código Civil de 2002 filiou-se à teoria subjetiva. É o que se pode verificar no art. 186, que erigiu o dolo e a culpa como fundamentos para a obrigação de reparar o dano. A responsabilidade subjetiva subsiste como regra necessária, sem prejuízo da adoção da responsabilidade objetiva independentemente de culpa em dispositivos vários e esparsos, como, por exemplo, no art. 933, que trata da responsabilidade por ato de outrem, e no parágrafo único do art. 927, segundo o qual haverá obrigação de indenizar o dano, “independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. 
■ IMPUTABILIDADE E RESPONSABILIDADE 
O art. 186 do Código Civil pressupõe o elemento imputabilidade, ou seja, a existência, no agente, da livre determinação de vontade. Para que alguém pratique um ato ilícito e seja obrigado a reparar o dano causado, é necessário que tenha capacidade de discernimento. Aquele que não pode querer e entender não incorre em culpa e, por isso, não pratica ato ilícito. 
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL A análise do art. 186 do Código Civil, que disciplina a responsabilidade extracontratual, ‘evidencia que quatro são os seus elementos essenciais: 
■ ação ou omissão; 
■ culpa ou dolo do agente; 
■ relação de causalidade; e 
■ dano. 
Ação ou omissão 
Refere-se a lei a qualquer pessoa que, por ação ou omissão, venha a causar dano a outrem. A responsabilidade pode derivar de ato próprio (arts. 939, 940, 953 etc.), de ato de terceiro que esteja sob a guarda do agente (art. 932) e, ainda, de danos causados por coisas (art. 937) e animais (art. 936) que lhe pertençam. Para que se configure a responsabilidade por omissão, é necessário que exista o dever jurídico de praticar determinado fato (de não se omitir) e que se demonstre que, com a sua prática, o dano poderia ter sido evitado. O dever jurídico de não se omitir pode ser imposto por lei (dever de prestar socorro às vítimas de acidentes imposto a todo condutor de veículos) ou resultar de convenção (dever de guarda, de vigilância, de custódia) ou até da criação de alguma situação especial de perigo. 
■ Culpa ou dolo do agente 
Ao se referir à ação ou omissão voluntária, o art. 186 do Código Civil cogitou do dolo. Em seguida, referiu-se à culpa em sentido estrito, ao mencionar a “negligência ou imprudência”. Dolo é a violação deliberada, intencional, do dever jurídico. Consiste na vontade de cometer uma violação de direito, e a culpa, na falta de diligência5. A culpa, com efeito, consiste na falta de diligência que se exige do homem médio. Para que a vítima obtenha a reparação do dano, exige o referido dispositivo legal que esta prove dolo ou culpa stricto sensu (aquiliana) do agente (imprudência, negligência ou imperícia), demonstrando ter sido adotada, entre nós, a teoria subjetiva (embora não mencionada expressamente a imperícia, ela está abrangida pela negligência, como tradicionalmente se entende). Como essa prova, muitas vezes, se torna difícil de ser conseguida, o Código Civil, algumas vezes, estabelece casos de responsabilidade independentemente de culpa, fundada no risco (art. 927, parágrafo único). 
■ Relação de causalidade 
É o nexo causal ou etiológico entre a ação ou omissão do agente e o dano verificado. Vem expressa no verbo “causar”, empregado no art. 186. Sem ela, não existe a obrigação de indenizar. Se houve o dano, mas sua causa não está relacionada com o comportamento do agente, inexiste a relação de causalidade e também a obrigação de indenizar. As excludentes da responsabilidade civil, como a culpa da vítima, o caso fortuito e a força maior (CC, art. 393), rompem o nexo de causalidade, afastando a responsabilidade do agente. 
Assim, por exemplo, se a vítima, querendo suicidar-se, atira-se sob as rodas do veículo, não se pode afirmar ter o motorista “causado” o acidente, pois este, na verdade, foi um mero instrumento da vontade da vítima, esta, sim, responsável exclusiva pelo evento. 
■ Dano 
Sem a prova do dano, ninguém pode ser responsabilizado civilmente. 
O dano pode ser patrimonial (material) ou extrapatrimonial (moral), ou seja, sem repercussão na órbita financeira do lesado.
O dano dá ao lesado o direito de exigir a reparação, que pode ser a reconstituição (volta ao status quo) ou uma indenização (prestação pecuniária). Com relação ao dano patrimonial não há dúvidas, pois ele é facilmente avaliável, o grande problema é quando surge o dano moral, onde a doutrina e a jurisprudência são vacilantes, principalmente no tocante ao dano exclusivamente moral. O Código Civil de 1916 já admitia em vários artigos a indenização de dano de cunho moral e o Código de 2002 admite expressamente em seu art. 186 a reparação do dano moral.
A Constituição de 1988, para o nosso entendimento, já dirimiu a dúvida em seu art.5º, V assegurando a indenização do dano moral.
Abuso de Direito
O abuso de direito surgiu na França como decorrência da evolução do problema da responsabilidade civil, condenando os atos de emulação em que o titular de um direito o exerce apenas para prejudicar terceiros. Doutrinando a respeito do assunto, ensina Sílvio de S. Venosa:
“No abuso de direito, pois, sob a máscara de ato legítimo esconde-se uma ilegalidade. Trata-se de ato jurídico aparentemente lícito, mas que, levado a efeito sem a devida regularidade, ocasiona resultado tido como ilícito. O exercício de um direito não pode afastar-se da finalidade para o qual o direito foi criado. ”
O Código, de modo bastante acertado, colocou o abuso de direito na categoria dos atos ilícitos e o define no art. 187.
Art. 187. Também comete atoilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
P. Ex: “È abusivo o ato do proprietário que com o fito de prejudicar o vizinho ergue enorme chaminé em seu prédio, tão-só para deitar sombra sobre o do confrontante. ”

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