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EMPREENDEDORISMO (UNIDADE I) - DEFININDO EMPREENDEDORISMO E EMPREENDEDOR: Primeiro, e essencial entender a origem da palavra. Conforme Dornelas (2005, p.29), “a palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo”. O “empreendedorismo, como uma área de negócios, busca entender como surgem as oportunidades para criar algo novo (produto ou serviços mercados, processos de produção ou matéria-prima, forma de organizar as tecnologias). Como são descobertas ou criadas por indivíduos especificas que, a seguir, usam meios diversos para explorar ou desenvolver coisas novas” Read et al. Ideia = alguma coisa + você Oportunidade = ideia + ação Ação = função (interação) do dinheiro, produto e parceiros Viabilidade = oportunidade + comprometimento TIPOS DE EMPREENDEDORISMO: Empreendedor nato (mitológico) – em sua maioria, são imigrantes ou filhos destes, são visionários, 100% comprometidos com seu sonho, otimistas, normalmente começaram do nada e cedo adquiriram habilidade de negociação e venda. Empreendedor que aprende (inesperado) – e uma pessoa que, quando menos esperava, descobriu uma oportunidade, então, ele mudou a vida e resolveu abrir o próprio negócio. Empreendedor serial (criar novos negócios) – e uma pessoa apaixonada por empreender, assim, não consegue estar à frente de seu negócio até que se torne uma grande corporação, por isso está sempre interessado em novos negócios. Empreendedor corporativo – são, geralmente, grandes executivos, assumem riscos e possuem grande habilidade de comunicação e negociação, já que quase sempre não possuem 100% de autonomia para a ação. Empreendedor social – tem como missão de vida a construção de um mundo melhor para as pessoas. Empreendedor por necessidade – cria seu próprio negócio, porque não tem outra alternativa, está fora do mercado de trabalho e não resta outra opção a não ser trabalhar por conta própria. Empreendedor por herdeiro (sucessão familiar) – herdam o negócio faz família e, normalmente, aprendem cedo a ter responsabilidades e como o negócio funciona. Empreendedor “normal” (planejado) – esse e o empreendedor que faz a lição de casa, buscando minimizar os riscos do negócio por meio do planejamento de suas ações. INTRAEMPREENDEDORISMO: Intraempreendedor também e conhecido como empreendedor corporativo e pode ser considerado o empreendedorismo dentro de uma estrutura organizacional. São indivíduos em uma organização que consideram que algo pode ser feito de modo diferente e melhor. Mais uma vez, enfatizamos a utilização da cultura empreendedora como promotora do intraempreendedorismo. Para Hisrich e Peters (2004), o líder possui um papel muito importante na construção de um ambiente organizacional que estimule o intraempreendedorismo. Entender o ambiente: conhecer todos os aspectos que compõem o ambiente organizacional. Ser visionário e flexível: ser uma pessoa que sonha grande e supera os obstáculos para sua implementação. Criar opções administrativas: não e estático, mostrando-se aberto e incentivando mudanças. Estimular o trabalho em equipe: e de preferência multidisciplinar, usando suas habilidades para amenizar as diferenças e os embates. Para compreendermos a diferença que uma cultura intraempreendedora. CULTURA TRADICIONAL CULTURA INTRAEMPREENDEDORA Normas e regulamentos —› Incorporação da visão Mudanças são ameaças —› Mudanças são oportunidades Aversão são ameaçadas —› Disposição a aprender com os erros Questionamento de novas ideias —› Comprometimento e suporte às ideias Inovações Revolucionária —› Melhorias continua Interesses próprios de curto prazo —› Cooperação de longo prazo Monitoramento e controle —› Confiança mútua e liberdade Orientação para a empresa —› Orientação para o cliente FRANQUIA COMO FORMA DE EMPREENDEDORISMO: O sistema de franquia tem sido importante alternativa ao empreendedorismo. Franchising refere-se à filiação a uma empresa líder mediante um contrato de prestação de serviços. Franchising e um negócio que essencialmente consiste de uma organização (o franqueador) com um pacote de negócio testado em mercado, centrado num produto ou serviço, entrando em um relacionamento contratual com franqueados, tipicamente pequenas firmas autofinanciadas e autogeridas. Franquia empresarial e o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviço. Uma franquia, em geral, pode ser: De produtos e marcas – o franqueador concede ao franqueado o direito a obrigação de comprar os seus produtos e utilizar a sua marca. De negócios – o franqueador proporciona ao franqueado a “formula” para fazer o negócio, além de formação, treinamento de colaboradores, publicidade e outras formas de assistência técnica e de marketing. OBRIGAÇÕES DO FRANQUEADOR: Testar o potencial de sucesso do negócio durante um período, de modo a mostrar que pode ser rentável imagem da marca. Apresentar um negócio baseado em um know-how distintivo com uma vantagem competitiva diante da concorrência. Transmitir o know-how aos franqueados por meio de manuais programas de formação. OBRIGAÇÕES DO FRANQUEADO: Administrar o negócio no dia a dia, selecionar a equipe de colaboradores, tomar decisões, desenvolver ações de comunicação e publicidade. Realizar o investimento necessário. Fazer os pagamentos acordados. Cumprir as regras da rede sobre a forma de operação e garantir a uniformidade do serviço. Esse formato de negociação também prevê algumas vantagens e desvantagens tanto para o franqueado como para o franqueador. VANTAGENS DO FRANQUEADOR: Rapidez de expansão Redução de custo: centralização das compras e de distribuição. Maior participação no mercado, dado o crescimento da rede. Maior cobertura geográfica, com o atendimento a clientes e mercados antes não explorados. Possibilidade de encontrar franqueados estimulados para maximizar as vendas reduzir os custos, para aumentar o lucro. Gerar rendimento dos royalties e das taxas de franquia sem investir em novas instalações. DESVANTAGENS DO FRANQUEADOR: Perda parcial do controle sobre os atos dos franqueados. Potencial de criação de concorrente. Insuficiência nos serviços de abastecimento e consultoria, dada uma expansão acelerada. Seleção inadequada dos franqueados. Potencial menos de lucro, em comparação com o crescimento interno por meio de filiais. Potenciais atritos com os franqueados, em particular quando violam termos do contrato. VANTAGENS DO FRANQUEADO: Maior probabilidade de sucesso: adota um produto/serviço conhecido e testado no mercado e com uma rede e marca bem-sucedida. Apoio contínuo do franqueador: experiência de gestão, treino e consultoria. Potencial de maiores lucros: se beneficia de economias de escala e de marca reconhecida. Proteção da concorrência de outros franqueados da mesma rede: direitos territoriais exclusivos. Permite aprender com as experiências de outros franqueados. DESVANTAGENS DO FRANQUEADO: Controle sobre as operações: auditorias frequentes e controle das vendas e do cumprimento de procedimentos e normas. Autonomia e criatividade limitadas: implementar modelo existente. Restrições no encerramento da atividade e na cessão/venda da propriedade. Custo da franchising pode sermais elevado que em um negócio independente. Fraco desempenho de outros franqueados pode ter efeitos na reputação de toda a rede. Segundo Ferreira et al. (2010), o perfil do franqueado envolve os seguintes aspectos: Aceitar que há um risco: a franquia não evita o risco, ainda que este possa ser menor do que em um negócio independente. Capacidade de iniciativa: a franquia não e uma formula que funciona sozinha, uma vez que as decisões do dia a dia determinam o sucesso ou fracasso do franqueado. Incentivar os colaboradores: cabe ao empreendedor estimular, liderar, criar ambiente de trabalho agradável. Trabalhar com menos autonomia: característica mais marcante que diferencia o empreendedor independente do franqueado. O PAPEL SOCIAL E ECONÔMICO DO EMPREENDEDORISMO: Contribui para o crescimento econômico. Promove ganhos com a produtividade, utilizando melhor os recursos produtivos Realiza investimentos em pesquisas e desenvolvimento, gerando novas tecnologias, produtos e serviços. UNIDADE II - CARACTERÍSTICAS E PERFIL DO EMPREENDEDOR: Pode ser denominado como empreendedor aquele que tem a capacidade de gerar uma boa ideia, aproveitando uma oportunidade de mercado, conseguindo os recursos necessários para sua implementação. DIFERENCIANDO EMPREENDEDOR DE GESTOR: O empreendedor e sempre o idealista e o criativo, enquanto o gerente realiza atividades mais racionais e se reporta a superiores. A NECESSIDADE DE FORMAÇÃO DO EMPREENDEDOR: Existem algumas habilidades que são requeridas ao empreendedor e que merecem ser trabalhadas para sua formação. Elas são divididas em técnicas, gerenciais e características pessoais. Habilidades técnicas - saber escrever, ouvir pessoas e captar informações, ser bom orador, organizado, saber liderar e trabalhar em equipe e possuir conhecimento técnico da área de atuação. Habilidades gerenciais - envolvem as áreas de criação, de desenvolvimento e de gerenciamento de uma organização, como: marketing, finanças, produção, tomada de decisão, controle e negociação. Características pessoais – cabe a cada empreendedor conhecer suas principais para então reforçar os aspectos em que é melhor e, ainda, buscar minimizar as limitações possíveis de mudanças. Mitos sobre empreendedores e empreendedorismo Dornelas (2005) – “Empreendedores são natos, nascem para o sucesso”: embora alguns empreendedores nasçam com certo nível de inteligência, para obter sucesso é necessário estar preparado. Empreendedores são jogadores que assumem riscos altos: os empreendedores de sucesso só assumem riscos calculados. Os empreendedores são lobos solitários e não conseguem trabalhar em equipe: os empreendedores são ótimos lideres, criam equipes competentes e desenvolvem um excelente relacionamento interpessoal. Ferreira (2010) – Qualquer um pode iniciar um negócio: é preciso ter conhecimento sobre o negócio, para que tenha chances de sucesso. Há necessidade de protagonismo: o empreendedor de sucesso sabe valorizar sua equipe, reconhecendo o trabalho de cada um. Trabalham muito: o empreendedor dedica muita energia à realização do seu negócio, mas isso não significa que ele não tenha tempo para a família, lazer e busca por formação. O empreendimento é apenas para os ricos: os empreendedores costumam ter boas ideias e viabilizam a implementação, para isso, buscam financiamentos. Idade é uma barreira: Não há idade para empreender. São motivados pelo dinheiro: outras motivações como independência, realização pessoal e liberdade também fazem parte do interesse. Procuram poder e controle sobre os outros: é um bom líder, envolve sua equipe, e não tem tempo para gastar com disputa de poder. Se tiverem talento, o sucesso chega em um ou dois anos: não há medida de tempo para o sucesso. Qualquer pessoa com uma boa ideia pode enriquecer: apenas uma boa ideia não é suficiente para o sucesso, é preciso que exista também oportunidade no mercado. Tendo dinheiro é fácil falhar: o capital não é suficiente para suportar falhas continuas no negócio. Empreendedores sofrem de stress: o empreendedor precisa ter cautela e energia para fazer seu negócio dar certo, mas precisa equilibrar sua rotina com atividades de lazer e descanso. A necessidade de formação O empreendedorismo pode sim ser aprendido, e a formação empreendedora contribui para o sucesso dos negócios que já existem ou que ainda estão em fase de implementação. Oportunidade empreendedora As oportunidades podem ser caracterizadas por novos produtos, serviços, matérias- primas, métodos de produção e formas de organização, e surge da interação de diferentes fatores. Uma oportunidade pode ocorrer quando há mudança social, regulamentar, econômica e tecnológica. Podemos dizer que as novas empresas são frutos de pessoas com iniciativas empreendedoras que se dispõem a correr o risco de implementar uma ideia, baseada na percepção de uma oportunidade. Fontes de oportunidades empreendedoras Identificação das necessidades, observação das deficiências e tendências, derivação de ocupação atual, procura pro novas aplicações, imitação do sucesso do outro, canais de distribuição, adaptação a respostas de regulamentações governamentais, pesquisa e desenvolvimento, satisfação e insatisfação pessoal, conhecimento de mercado, hobby, ideias confiáveis, estimulo de ideias (Brainstorming), novidades e notícias, começo pequeno que cresce, exposições de invenções, patentes, agencias de governo, transferência tecnológica, feiras e ideias de clientes. O processo empreendedor Fases que influenciam o processo empreendedor: Variáveis individuais: técnicas, motivações, características dos empreendedores. Variáveis por grupo: ideias, informações de outras pessoas, eficácia nas interações com capitalistas de risco, clientes, potenciais funcionários. Variáveis em nível social: políticas governamentais, condições econômicas e tecnologia. Baron e Shane (2010). Considerações finais Discutimos o empreendedor, bem como suas características, descobrimos que não existe um modelo pronto. Discutimos os mitos e aprendemos a importância da busca de profissionalização. Ser empreendedor não consiste em acertar sempre, mas principalmente em planejar bem para que os riscos e possibilidades de fracassos possam ser calculados, bem como a capacidade de sucesso. E preciso aprender a perceber as oportunidades de negócios, por meio do levantamento de informações, busca de conhecimento e desenvolvimento de analises. UNIDADE III – Introdução ao Plano de negócios O PN é considerado por Dolabela (2006) é uma ferramenta que ajuda o empreendedor a pensar no futuro do negócio: para onde ir, como ir mais rapidamente, o que fazer durante o caminho de forma a diminuir as incertezas e riscos, visto que planejar é algo fundamental nos dias atuais. Importância do plano de negócios Independentemente do tamanho do empreendimento que vamos realizar, o fato é que precisamos exercitar algo que nunca, em momento algum, pode ser despercebido: o planejamento, que pode fundamentar-se em um plano de negócios, que além de funcionar como uma proposta inicial – para quem está com seu empreendimento na fase de gestação – pode funcionar como um direcionador estratégico de ações para negócios já em andamento. 10 benefícios de elaborar um PN: Reunir todas as informações e ideias sobre o novo negócio. Escrever o PN – força o candidato a analisar, formalizar e justificar todos os aspectos críticos do novo negócio. Vender o negócio para si mesmo. Simularconsequências de diferentes estratégias competitivas, oferta de valor, de planos financeiros, etc. Apresentar o PN a pessoas experientes e de confiança para validá-lo, ouvir sugestões e críticas. Motivar e focalizar a atenção do candidato a empreendedor e dos possíveis sócios e colaboradores nos riscos do negócio, e como superá-los, além de focar nos aspectos críticos para o sucesso desse negócio. Testar a oportunidade de negócio, o conhecimento, a motivação e dedicação do candidato a empreendedor e dos possíveis sócios. Convencer possíveis sócios, investidores, financiadores, fornecedores e futuros clientes do sucesso do novo negócio, e assim, obter os recursos necessários para realiza-los. Orientar a montagem e a operação do novo negócio no primeiro ano. Controlar o investimento da montagem e os custos da operação por meio de projeção de fluxo de caixa do novo negócio no primeiro ano. Seis utilidades do PN para uma organização: Abertura do novo negócio, reestruturar empresa existente, projeto para criar novo produto – serviço – método de produção, pedir financiamento ou empréstimo, avaliar oportunidades de negócio, planejar ações futuras. Principais interessados na elaboração do PN Mantenedores de incubadoras Parceiros Bancos Investidores Fornecedores A própria empresa Os clientes Sócios Governo Franqueador e franqueado Sociedade em geral É muito importante adaptar o Plano de Negócios de acordo com sua organização. Durante a elaboração procurar fontes confiáveis de informações, com tanta informação disponível fica difícil averiguar se a informação é verdadeira. Sete pecados capitais durante a elaboração e apresentação do Plano de Negócios O plano é muito pretensioso. As projeções financeiras são imoderadas e irracionalmente otimistas. Não está claro como está o produto em termos de produção. O plano foi preparado de forma deficiente e não tem aparência profissional. Não há definição clara das qualificações da equipe administrativa. Não está claro porque alguém iria querer comprar o produto ou serviço. O resume executivo é muito longo e não vai direto ao ponto. Dornelas (2005) saliente que pior que não ter um Plano de Negócios é fazê-lo de erroneamente e de forma consciente. Reconheça a importância e as vantagens que um plano de negócios pode proporcionar. Iniciando a elaboração do Plano de Negócios Capa – precisa ser elaborada com cuidado, pois é a primeira parte visualizada. Deve conter nome da empresa, site, telefone, e-mail, ano de elaboração e cidade, ou informações que forem mais pertinentes. Sumário – deve ser elaborado de forma objetiva. Precisa conter os títulos e subtítulos de cada parte do plano e a respectiva página. Sumario ou Resumo Executivo – é a principal parte do plano, porque contém as principais partes do plano, se a elaboração estiver boa, o leitor pode nem querer ler o conteúdo, por isso é necessária atenção total. Não há um modelo padrão. Algumas recomendações a serem inseridas: Resumo dos principais pontos do PN Dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições. Dados do empreendimento. Missão da empresa. Setores de atividades. Forma jurídica. Enquadramento tributário. Capital social e fontes de recursos. Considerações finais O Plano de negócios é uma ferramenta que auxilia os empreendedores a planejar o futuro e traçar metas a serem alcançadas a partir do momento atual. Vimos também a importância do PN no auxílio aos novos negócios e já existentes nos mais diversos objetivos: financiamento, expansão, reestruturação ou planejamento do futuro. Também podemos encontrar os agentes interessados na elaboração do PN, como banqueiros, fornecedores, parceiros de negócios, governo e sociedade. Como existem diversos tipos de organizações de diferentes portes, não há um modelo único, pois, cada negócio tem particularidades. Não há um número correto de páginas, deve conter as informações mais relevantes, mas é um documento objetivo, então recomenda-se que não ter acima de 50 páginas. E é necessário estar atento à elaboração, para evitar os chamados pecados capitais do Plano de Negócios. Unidade IV – Elaboração do Plano de Negócios Elaboração do Plano de Marketing O plano de Marketing é uma das partes fundamentais do negócio, porque propícia entender as melhores formas de criar estratégias adequadas para o negócio sendo que pode ser utilizado para diferentes tipos de organização. Utilizamos os conhecidos 4P’s do Marketing também chamado de Mix de Marketing: Produto, preço, praça e promoção. Praça Dornelas (2005) apresenta três aspectos importantes a serem pensados para elaboração de estratégias adequadas ao negócio: Usar canais alternativos Melhorar prazos de entrega Otimizar logística de distribuição. - Dolabela (2006) aborda as diferentes formas de distribuir os produtos que se referem à possibilidade de criar canais alternativos - Industria – Consumidor - Industria – varejista – consumidor - Industria – distribuidor – varejista- consumidor - Industria – atacadista - distribuidor – varejista – consumidor. O SEBRAE (2003) dá algumas recomendações de acordo com o tipo de negócio: Comércio: estar junto ao cliente oferecendo comodidade e segurança. Ex: loja de fácil acesso, estacionamento. Industria: facilidade de distribuir os produtos e acesso para os fornecedores. Ex: telefone, agua luz e vias pavimentadas. Serviços: O local nem sempre é o mais importante, mas o contato direto ou utilizando outros meios, desde que sejam fáceis e rápidos. Preço É determinado por fatores como: a pesquisa de mercado, a escolha do público alvo, os concorrentes, os custos fixos e variáveis, as metas estabelecidas, o aumento e a diminuição da demanda, o clima, as greves, os impostos, entre outros. Baixar os preços pode chamar atenção de alguns consumidores e aumentar as vendas, mas se o produto pretende atender clientes diferenciados, com alto poder aquisitivo, essa estratégia pode não ser a mais adequada. Alguns pontos essências para a elaboração de estratégias, segundo Dornelas (2005): - Definir preços, prazos e formas de pagamentos para produtos ou grupo de produtos específicos, para determinados segmentos do mercado. - Definir políticas de atuação em mercados seletivos. - Definir políticas de penetração em determinados mercados -Definir políticas de descontos especiais. Produto Conforme Dolabela (2006) outro aspecto importante é pensar nas características dos produtos: - Bens duráveis (utilidade prolongada, como o carro) e não duráveis (desaparecem ou deixam de ter utilidade rapidamente, como o jornal). - Serviços - Bens de conveniência (compra constante e fácil de comprar, como sabonete) - Compra comparada (comparar produtos para escolher, um móvel) - Uso especial (tem características únicas, como joias) A partir desses produtos podemos tomar as seguintes decisões: - Promover mudanças na combinação desses produtos/portfólio dos produtos. - Retirar, adicionar ou modificar os produtos. - Mudar design, embalagem, qualidade, desempenho, características técnicas, estilo, opcionais. - Consolidar, padronizar ou diversificar os modelos. Promoção A forma de divulgar é essencial. A tendência é sempre pensar que nosso produto é diferenciado. Será mesmo? E caso seja, será que o público sabe disso? Conforme Rosa (2007) a promoção tem 3 objetivos: - Informar aos clientes potenciais a existência dos produtos e suas vantagens. - Informar aos clientes potenciais ondee como obter esses serviços. - Lembrar aos clientes a existência dos produtos e serviços oferecidos. As formas de comunicação podem ser: redes sociais, banner, panfleto, brindes, televisão, rádio, jornal, revista, mala direta, eventos, faixas, outdoor, displays no ponto de venda. Rosa (2007) apresenta 5 aspectos fundamentais: - Ações (o que) - Período (quando) - Como - Responsável (quem) - Custo estimado (quanto). Elaboração do Plano Operacional O plano Operacional precisa pensar na forma de executar, como: Espaço físico – Para atividades de atendimento ao público, recebimento, armazenagem, escritório e outras necessidades conforme a organização. Layout – Disposição de maquinas e equipamentos. Necessidades para funcionamento – se indústria, máquinas, funcionários, EPI’s (Equipamento de proteção individual). Em comercio, força de vendas, produtos, materiais administrativos. Nas prestações de serviços, computadores, softwares, gerenciais. Exigências legais – curso de boas práticas, autorizações, de segurança para operar o negócio. É importante ter certificações de qualidade, que nos dias atuais, é uma exigência do mercado. Descrição técnica do produto/serviço – É importante saber os atributos e os processos para fabricar o produto e serviço. Fluxograma das atividades – Tem como objetivo planejar desde a entrada até a saída do produto e/ou serviço e o que pode ser feito no caso de uma atividade não ser cumprida satisfatoriamente. Tipo de produção – personalizado, produzido em pequenos lotes, forma continua, produção em massa, Just in time. Planejamento da capacidade de produção – as máquinas não produzem durante todo o turno, existe tempo para ligar e desligar bom como fazer adequação antes de iniciar o processo. Em comércios e serviços, é importante dimensionar a capacidade de atendimento e venda, bem como etapas de compra, recebimento e armazenagem, para evitar a falta dos bens e serviços. Pesquisa e desenvolvimento (P&D) – setor ligado ao desenvolvimento dos produtos, como montadoras de veículos, empresas de tecnologia e laboratório. Formas de controle para o negócio – Softwares gerenciais, programas de qualidade, treinamento para diminuir desperdício, aumentar a produtividade e diminuir os gargalos da produção. Empregados necessários e possibilidade de turnos de trabalho – É necessário dimensionar a quantidade de pessoas necessárias para executar a produção. Logística - dimensionar a forma de distribuir, o meio de entrega, tempo para entregar, seguro da carga. Terceirização de processos – terceirizar parte do processo, no caso das industrias, para atender uma demanda extra ou mesmo para diminuição de custos, como no ramo vestuário. Na prestação de serviços ocorre como agentes realizando os processos. Transporte – entrega terceirizada ou própria e o meio de entrega (moto, carro, caminhão, barco, trem, avião). Logística reversa - hoje, não devemos nos preocupar somente em entregar os produtos, mas também com o descarte, reciclagem ou reutilização. A preocupação com o meio ambiente é uma realidade, pois cada vez consumimos mais, explorando os recursos naturais e poluindo o ambiente. Elaboração do plano de Recursos Humanos Recrutamento – fase de abrir a vaga podendo ser externa ou interna. Seleção –selecionar por meio de currículo, entrevistas, provas, dinâmicas de grupo, prova de aptidão física. Analise e descrição dos cargos – divisão e conteúdo dos cargos. Progressão de carreiras – a valorização do profissional é algo que pode reter as pessoas. Socialização – preocupação com a inserção do colaborador nas atividades e o relacionamento com as pessoas. Remuneração – não é suficiente pensar em pagar bem, mas conceder benefícios e bonificações. Recompensas, prêmios, incentivo para estudos, auxilio creche e participação nos lucros. Treinamento e desenvolvimento – É fundamental para que presta serviço ou produza, necessita conhecimento técnico. O empreendedor precisa ser um líder e saber conduzir sua equipe. Problemas de liderança também são importantes. Lam (2015a, online) aponta cinco erros cometidos por um empreendedor com os membros da equipe - Não ser claro. - Somente cobrar. - Não incentivar a capacitação. - Ignorar o feedback - Ser muito centralizador. Elaboração do Plano Financeiro É muito importante que desde o início do negócio o empreendedor entenda que é fundamental separar as finanças pessoais com os valores da empresa. É necessário tomar cuidado com despesas que temos ao constituir negócios. Podemos negligenciar pequenos valores que podem representar valores consideráveis. As projeções de vendas são feitas com base na análise do mercado. Por isso é importante dimensionar corretamente. Sebrae (2003) dá sugestões quando falta recurso: Melhorar o sistema de cobrança da empresa, controlando, de perto as contas a receber. Reduzir o prazo de pagamento das vendas. Melhorar o desempenho dos estoques. Programar pagamento das compras em função dos recebimentos da empresa. Negociar prazos de pagamento com seus fornecedores. Vender ou negociar bens e equipamentos ociosos. Aspectos importantes do plano: Investimento inicial ____________________________ custos fixos e variáveis. Capital de giro _________________________________depreciação Ponto de equilíbrio ______________________________margem de contribuição Preço _______________________________________ Fluxo de caixa Balaço patrimonial ______________________________Demonstrativo do resultado do exercício. Exemplos a ser inseridos no anexo DOCUMENTOS INFORMAÇÕES DA EMPRESA PESQUISAS CONTRATO DE ALUGUEL FOTOS DE PRODUOTS PESQUISAS DE MERCADOS CONTRATO SOCIAL PLANTAS DE EMPRESAS DEPOIMENTOS CURRICULO DOS SOCIOS MATERIAL DE DIVULGAÇÃO REPORTAGENS FOTOS DA LOJA, FILIAL OU FABRICA ARTIGOS DADOS TECNICOS PROPAGANDAS ORÇAMENTOS ANALISE DE CONCORRENCIA Orientações para iniciar os negócios: Buscar contador para orientar nas documentações, aspectos contábeis e fiscais. Parceria com advogado para elaboração de contrato social e receber orientação para se precaver de possíveis problemas no negócio. Registre a marca. Invista em Marketing para a elaboração do logo para divulgar o negócio. Fazer planejamento financeiro é essencial para obter sucesso. Considerações Finais Começamos estudando o Plano de Marketing, esse plano só é possível fazer após a análise estratégica da organização, ou seja, depois da definição da missão, visão, objetivos e valores da organização. Além disso a pesquisa e posteriormente, a análise de mercado são fundamentais, para conhecer os concorrentes, as características do público e a possibilidade de investir e obter retorno. Com isso, é possível elaborar estratégias de Marketing, o composto de Marketing, formado pelos 4 P’s. O plano operacional visa pensar no funcionamento da organização no processo produtivo e, também na distribuição. O plano de Recursos Humanos se preocupa com as pessoas que fazem parte da organização. Elas essenciais para o funcionamento do negócio, por isso, precisam estar treinadas, remuneradas e reconhecidas. O plano financeiro permite saber a viabilidade de um negócio. É importante dizer que não existe uma estrutura linear, ou seja, não é necessário fazer um plano para que outro seja elaborado. As informações de um dependem do outro. Os anexos são arquivos que podem ser colocados para complementar o plano de negócios. Não existe regra sobre o que pode ou não ser colocado. Depende do agenteque vai ler o negócio, ou da percepção do empreendedor de acrescentar documentos, informações da empresa, ou mesmo alguma pesquisa que tenha sido elaborada. O último assunto desta unidade foram algumas orientações para os empreendedores iniciarem o negócio ou formalizarem os empreendimentos que criaram. Como notamos, o plano de negócios é fundamental para qualquer organização. A elaboração exige dedicação e esforço. UNIDADE V – Formas de Assessoria para os negócios Informações recentes sobre o empreendedorismo no Brasil Conforme Dornelas (2005) vivemos a era do empreendedorismo, as possibilidades estão muito mais acessíveis a nós, ao empreendermos nos setores de agronegócio, construção, consultoria, franquias, hospitalidade, manufatura, serviços, varejo, comércio eletrônico, adquirindo negócio, o empreendedorismo pode ser considerado uma carreira. A maioria dos negócios no Brasil é micro e pequeno, e geram a maior parte dos empregos. A situação para o empreendedorismo no Brasil está mais favorável, pois não vivemos mais em uma era em que a inflação alcançava patamares altíssimos em curto período de tempo. Além disso, temos a atuação de organizações, como o SEBRAE que estão atendendo com mais efetividade os pequenos negócios em diversas regiões. Existem também entidades como a Endeavor que apoia empreendedores contando com a participação de indivíduos que já conseguiram sucesso nos respectivos negócios, e também entidades como incubadoras, aceleradoras, empresas juniores, além de consultores e mentores que auxiliam os empreendedores no desenvolvimento do negócio. Já na busca de financiamento além das tradicionais linhas de crédito, encontramos financiamento coletivo e anjos. Estudos recentes do SEBRAE mostram que o índice de mortalidade das empresas até dois anos de vida está caindo.na década de 1990 cerca de metade dos negócios fechava antes de completar dois anos, hoje, o número caiu para 25% das organizações. Causas da mortalidade dos negócios Os fatores de mortalidade podem alterar conforme região, é muito difícil generalizar num pais tão grande e diversificado como o Brasil, mas os pesquisadores levantaram de forma geral o que tem feito os negócios fecharem: - Condições de mercado desfavoráveis - o mercado deve ser um dos pontos de análise, não adianta tentar empreender em locais desfavoráveis ou com produtos em declínio. Ex: um restaurante de alto padrão em uma cidade pequena, ou abrir um negócio envolvendo máquina de escrever. Se os clientes da região onde está o negócio não forem potenciais para o produto ou serviço, fica difícil obter retorno. Falta de conhecimento no mercado – Não conhecer o mercado, não ter preparo para lidar com os problemas de nível operacional, falta de conhecimento do comportamento dos consumidores e práticas feitas pelos concorrentes e fornecedores, aumenta as chances de o negócio fechar. - Carência de legislação – Apesar da criação de secretarias municipais, estaduais e da Secretaria da Micro e pequena Empresa, MEI, e Supersimples, a legislação brasileira possui inúmeras especificidades que dificulta a atuação das empresas. Deveriam ser repensadas as formas de cobranças de impostos, e a unificação dos processos, além disso, a legislação não regula ou não tem orientações para inúmeras áreas, o que dificulta para os empreendedores. Incapacidade de pagamento – outro ponto bastante relevante é o problema financeiro. A incapacidade de pagamento é apenas um dos efeitos da falta de controle do empreendedor, que pode ser causado por desorganização ou carência de controle gerencial. A falta de receita ou o aumento dos valores que sai do negócio devem ser sinais de alerta quando começarem a acontecer. Quando há controle de finanças a situação é diagnosticada no início, e pode ser mudada. Habilidades sociais – Cada vez mais as tecnologias estão disponíveis para todos, o que faz a diferença é o atendimento. Subestimar a necessidade de planejamento - o planejamento serve para todos os tipos de negócios, com todos os tamanhos, porque a atividade de planejar consiste em pensar nos elementos, visando minimizar os riscos. Não buscar orientação para os negócios – é muito importante no início, principalmente nos dois primeiros anos, que são considerados os mais críticos. Os principais pontos ressaltados na pesquisa são: falta de planejamento e controle financeiro. Mas vale destacar que o índice de mortalidade nos negócios brasileiros está caindo ao longo dos anos, porque os empreendedores perceberam que é necessário se preparar. A maioria dos negócios brasileiros hoje, começa por oportunidade, ou seja, os empreendedores analisaram uma possibilidade, preparam-se e foram para a ação. A importância do apoio aos negócios Uma organização antes mesmo da abertura, já precisa de muita atenção e investimento de tempo, recursos financeiros e matéria-prima, assim como um aluno solicita ajuda de um professor quando tem dúvidas, o empreendedor deveria buscar ajuda de consultores, mentores, entidades de apoio ou pessoas habilitadas. O empreendedor precisa tomar decisões cotidianas, e precisa estar preparado para lidar com situações e agir da forma mais adequada para o momento. Vamos partir do pensamento de Maximiano (2005), para explicar a tomada de decisões: 1- PROBLEMA_____2- DIAGNOSTICO______3- ALTERNATIVAS______4- DECISÕES______5- AVALIAÇÃO A primeira fase é o problema que tem origem em uma frustação, ansiedade, dúvida, curiosidade. A partir daí é preciso diagnosticar o problema, ou seja, entender a situação que se passa. Na terceira fase, é fundamental buscar alternativas mais viáveis para a solução do problema. A quarta etapa é o momento de decidir e implementar o que foi pensado. Somente na quinta etapa, avaliação, será possível saber se o que foi feito resolveu o problema ou se será necessário reavaliar toda a situação. Formas de apoio aos negócios Incubadoras São organizações criadas para o desenvolvimento dos negócios, visando impulsionar as chances de sucesso, disponibilizando mecanismos para orientar e aperfeiçoar novos negócios com potencial de sucesso. O processo de apoio varia de 2 a 3 anos, o acompanhamento pode ser interno ou externo, disponibilizando espaço físico ou quando o empreendedor tem espaço próprio a incubadora faz visitas periódicas, a incubadoras não tem fins lucrativos, o objetivo é geração de trabalho e renda e o desenvolvimento sustentável da região. Aceleradoras As aceleradoras desempenham um papel semelhante ao das incubadoras, mas funcionam de forma diferente, a começar pelo tempo de incubação que é menor, varia de 3 a 8 meses, além de possuir fins lucrativos e recursos para ajudar o empreendedor a implementar a ideia, fazem investimento de capital inicial no negócio de R$20 mil a R$100 mil, em troca de cessão de um percentual de participação acionária na empresa. Empresas juniores Empresa Júnior é uma associação civil formada por alunos de graduação de estabelecimentos de ensino superior, que presta serviços e desenvolve projetos para empresas, entidades e sociedade em geral, nas suas áreas de atuação, sob orientação de professores e profissionais especializados, sem fins econômicos. Financiamento coletivo O termo utilizado em inglês é Crowdfunding e por meio da internet, as pessoas arrecadam recursos para negócios, atividades filantrópicas, viagens, entre outros. O objetivo é contribuir para que terceiros possam realizar projetos, um aspecto interessante é que qualquer pessoa pode contribuir para os projetos que considera importantes, e ainda recebe recompensas pelaajuda, que podem ser prêmios, brindes, inclusão do nome como patrocinador, entre outros. Anjos São empreendedores que apostam em novas ideias, fornecendo recursos em troca de participação no negócio, além do apoio financeiro, que varia de R$50mil a R$1 milhão, o investidor anjo visa orientar o empreendedor, contribuindo na formatação do modelo do negócio. Considerações finais Conhecemos formas de auxílio ao desenvolvimento dos negócios, envolvendo a formatação da ideia, busca de auxílio financeiro e amadurecimento do mercado. Para impulsionar os negócios em um país é necessário que exista uma serie de mecanismos de apoio e capacitação dos empreendedores, que além de gerarem a sobrevivência para si próprios, também geram trabalho e renda em nível local, o que permite o desenvolvimento da região e a diminuição da migração de pessoas para grandes centros em busca de melhores oportunidades.
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