4. ARQUITETURA ROMÂNICA, CIDADES MEDIEVAIS

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ARQUITETURA ROMÂNICA
QUEDA IMPÉRIO ROMANO (476)
IDADE MÉDIA
PERÍODO INTERMEDIÁRIO ENTRE ANTIGUIDADE E IDADE MODERNA
SÉCULO V-X
TERRITÓRIOS DO ANTIGO IMPÉRIO ROMANO MARCADO POR INCURSÕES BÁRBARAS
DECLÍNIO DAS CIDADES E DO COMÉRCIO
RURALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
DESCENTRALIZAÇÃO DO PODER
SOCIEDADE
PEQUENAS UNIDADES AGRÍCOLAS ORGANIZADAS POR LÍDERES LOCAIS, QUE VIVIAM EM HABITAÇÕES FORTIFICADAS
A PARTIR DO SÉCULO X
MELHORA DAS CONDIÇÕES DE VIDA EM GERAL
ROMÂNICO 
CONTEXTO HISTÓRICO 
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO, URBANO E ECONÔMICO
ROMÂNICO 
CONTEXTO HISTÓRICO 
CRUZADAS
PEDRO MOSTRA O CAMINHO DE JERUSALÉM AOS CRUZADOS (ILUMINURA FRANCESA, C.1270)
CERTA UNIDADE ESTILÍSTICA EM RELAÇÃO À ARQUITETURA, INFLUENCIADA PELA IGREJA E PELAS ORDENS MONÁSTICAS 
ROMÂNICO
SÉCULOS XI - XII
ROMÂNICO
PREDOMINANTEMENTE RELIGIOSO
INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA GRECO-ROMANA, VISIGODA E CAROLÍNGIA
PLANTAS
 BASÍLICA DE TRÊS OU CINCO NAVES/CRUZ LATINA
POLIGONAL
SANTA MARIA DE EUNATE, ESPANHA, SÉC. XII
SANTA MARIA DE EUNATE, ESPANHA, SÉC. XII
SANTA MARIA DE EUNATE, ESPANHA
ELEMENTOS DE PLANTA 
TRANSEPTO 
PARTE DE UM EDIFÍCIO DE UMA OU MAIS NAVES QUE ATRAVESSA PERPENDICULARMENTE O SEU CORPO PRINCIPAL PERTO DO CORO E DÁ AO EDIFÍCIO A SUA PLANTA EM CRUZ
ELEMENTOS DE PLANTA 
CRUZEIRO
ONDE A NAVE E TRANSEPTO SE CRUZAM.
 O CRUZEIRO GERALMENTE É REFORÇADO COM UMA CÚPULA OU ABÓBADA .
ELEMENTOS DE PLANTA 
DEAMBULATÓRIO
EXTENSÃO DOS CORREDORES DA NAVE POR TRÁS DA CAPELA-MOR.
OUTROS ELEMENTOS 
 CONTRAFORTE 
REFORÇO DE UM MURO OU MURALHA, GERALMENTE CONSTITUÍDO DE UM PILAR DE ALVENARIA NA SUPERFÍCIE EXTERNA OU INTERNA DE UMA PAREDE, PARA SUSTENTAR A PRESSÃO DE UMA ABÓBADA OU OUTROS ESFORÇOS QUE POSSAM DERRUBÁ-LA.
OUTROS ELEMENTOS 
 ABÓBADA DE BERÇO
É UM TIPO DE ABÓBADA CONSTRUÍDA COMO UM CONTÍNUO ARCO DE VOLTA PERFEITA.
INTERIOR SÉ DE LISBOA
OUTROS ELEMENTOS 
 ABÓBADA DE ARESTA
ELEMENTO ARQUITETÔNICO QUE CONSISTE NUMA ABÓBADA FORMADA PELA INTERSECÇÃO DE DUAS ABÓBADAS DE BERÇO. 
OS SEUS ARCOS MESTRES LIMITAM UM TRAMO.
OUTROS CARACTERÍSTICAS
CONSTRUÇÕES AUSTERAS E ROBUSTAS
COM PAREDES GROSSAS
 
MINÚSCULAS JANELAS OU ABERTURAS PEQUENAS E ESTREITAS
IGREJA DE SÃO PEDRO DE RATES, SÉC. XI
IGREJA DE SÃO PEDRO DE RATES, SÉC. XI
IGREJA DE SÃO PEDRO DE RATES, SÉC. XI
IGREJA DE SÃO PEDRO DE RATES, SÉC. XI
SÉ VELHA, COIMBRA
SÉ VELHA, COIMBRA
SÉ DE LISBOA, SÉCULO XII
Plano geral da Sé de Lisboa
A - Nártex e entrada principal;
B - Nave; 
C - Cruzeiro no transepto; 
D - Ábside (capela-mor); 
E - Deambulatório com capelas radiantes (4-12); 
F - Claustro e capelas (14-25); 
G - Sacristia; 
H - Entrada lateral norte. 
Capelas e dependências: 
1 - Capela de Bartolomeu Joanes; 2 - Camarim do Patriarca; 3 - Capela do Santíssimo Sacramento; 13 - Baptistério; 23 - Capela de N. S. da Pedra Solta; 25 - Capela de Santo Aleixo. Capelas Radiantes: 4 - Capela do Senhor Jesus da Boa Sentença; 5 - Capela de Nossa Senhora de Belém; 6 - Capela de São Lourenço; 7 - Capela de São Sebastião; 8 - Capela de São Cosme e São Damião; 9 - Capela de Santo Ildefonso; 10 - Capela de Santa Maria Maior; 11 - Capela de Santa Ana; 12 - Capela de São Vicente.
SAN MINIATO AL MONTE, SÉCULO XII, FLORENÇA
SAN MINIATO AL MONTE, FLORENÇA, INTERIOR.
SAN MINIATO AL MONTE, FLORENÇA, INTERIOR.
CATEDRAL DE PISA, ITÁLIA, SÉCULO XI
CATEDRAL DE PISA, ITÁLIA, SÉCULO XI
CATEDRAL DE PISA, ITÁLIA, SÉCULO XI
CATEDRAL DE PISA, ITÁLIA, SÉCULO XI
“No relicário do Agnus Dei há relíquias da Coroa de Cristo, cabelos de Maria Santíssima; ossos de S. Lourenço; um dente de S. Vicente Mártir; do cilício de S. Bartolomeu; do prato em que se pôs a cabeça do grande Baptista quando o degolaram; relíquias de Santa Bárbara, Santa Águeda, Santa Margarida, S. Brás, S. Marcelo e outros santos.”
AS CIDADES MEDIEVAIS
A IDADE MÉDIA ESTÁ LIGADA COM A FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E DECLÍNIO DO TRABALHO SERVIL
ALTA IDADE MÉDIA - SÉC. V-X. 
QUEDA DE ROMA E FORMAÇÃO DOS REINOS GERMÂNICOS NO OCIDENTE ATÉ O INÍCIO DAS CRUZADAS CONTRA O ISLÃ
 A SERVIDÃO COMEÇA A SURGIR E TOMAR FORMA.
COM A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE 
A EUROPA É ENVOLVIDA EM UM ESTADO DE GUERRA PERMANENTE
DO SÉCULO V AO X, ACONTECE A GRANDE 
DESURBANIZAÇÃO 
A CIDADE ERA UM ALVO FÁCIL ÀS PILHAGENS DOS POVOS BÁRBAROS
OS CITADINOS FUGIAM PARA OS CAMPOS NUM PROCESSO ACENTUADO DE DESURBANIZAÇÃO
AS ESTRADAS, ABANDONADAS, DESAPARECEM
BAIXA IDADE MÉDIA - SÉC. X-XV
 
OCORRE O DESENVOLVIMENTO DO 
RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO, ORIENTANDO A VIDA ECONÔMICA. 
APOGEU E CRISE DO QUE LEVA AO DECLÍNIO DO PERÍODO MEDIEVAL
O COMÉRCIO E AS CIDADES RENASCEM A PARTIR DO SÉCULO XIII
ESSE PERÍODO DA IDADE MÉDIA É MARCADO POR UMA INTENSA URBANIZAÇÃO
O PERFIL DAS CIDADES É DOMINADO PELO CASTELO E PELA CATEDRAL
A CIDADE MEDIEVAL É HUMANIZADA:
 POSSUI HOSPITAL,
 ESTALAGEM PARA FORASTEIROS,
 ASILO PARA INVÁLIDOS E POBRES.
MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS
PLANTA ORGÂNICA
FORMA ARREDONDADA
RUAS IRREGULARES/RUAS EM CURVA 
PLANTA CONVERGE PARA O TOPO: CAMPANÁRIO, IGREJA E PRAÇA
 (CENTRO DA CIDADE)
MURALHA
“TODA CIDADE DEVE TER UM CINTURÃO DE MUROS PARA SE DEFENDER DO MUNDO EXTERIOR, E ENQUANTO CRESCE DEVE CONSTRUIR MUITOS CINTURÕES CONCÊNTRICOS; ESTES MUROS, QUE SÃO A OBRA PÚBLICA MAIS CARA, TEM QUASE SEMPRE UM TRAÇADO IRREGULAR E ARREDONDADO, O MAIS BREVE POSSÍVEL PARA CIRCUNDAR UMA DADA SUPERFÍCIE.
A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO CINTURÃO É ADIADA ATÉ QUE NO VELHO NÃO HAJA MAIS ESPAÇO DISPONÍVEL; PORTANTO, OS BAIRROS MEDIEVAIS SÃO COMPACTOS, E AS CASAS SE DESENVOLVEM EM ALTURA.”
BENEVOLO
AMONTOADO DE EDIFÍCIOS NUM LABIRINTO DE RUAS ESTREITAS IRREGULARES
CIDADE DE ORIGEM ROMANA: TIPOLOGIA ORGÂNICA
BURGOS: DESENVOLVERAM-SE PELO PROCESSO DE TROCA DE PRODUTOS ENTRE UM FEUDO E OUTRO. CONVERTIDOS EM VILAS COMERCIAIS
BASTIDE: SURGIU NA FRANÇA, SÉCULO XII
CONSISTIA NUMA CIDADE PLANEJADA, COM UMA REDE ORGANIZADA DE RUAS, DIVIDIDAS EM QUADRAS DE TAMANHO MAIS OU MENOS IGUAL
CIDADE DE ORIGEM ROMANA
DIFICULDADES NA OBTENÇÃO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, LEVAM ALGUMAS CIDADE MEDIEVAIS O UTILIZAR OS RESTOS DAS ANTIGAS 
CIDADES ROMANAS: 
PEDRAS DE TEMPLOS E EDIFÍCIOS.
ÉVORA, PORTUGAL
PRAÇA: ESPAÇOS VAZIOS COM TRAÇADOS E TAMANHOS IRREGULARES
ÉVORA, PORTUGAL
LISBOA, MAPA SÉCULO XVI
TEMPLO DE DIANA, ÉVORA, PORTUGAL
COIMBRA, PORTUGAL
BURGOS
BURGOS
NASCIDOS PRÓXIMOS AOS DOMÍNIOS CASTELOS OU CATEDRAIS, BUSCARAM SE LIBERTAR DO JUGO DOS SENHORES FEUDAIS, OBTENDO SUA AUTONOMIA ATRAVÉS DA COMPRA DA CARTA DE FRANQUIA, MEDIANTE UMA INDENIZAÇÃO PAGA AO SENHOR, OU PELA GUERRA.
 
O BURGO
ABRIGA OS ARTESÃOS QUE SE ASSOCIAM EM “CORPORAÇÕES DE OFÍCIO” E OS COMERCIANTES REUNIDOS EM “CORPORAÇÕES DE MERCADORES”. 
 NÖRDLINGEN, ALEMANHA
 NÖRDLINGEN, ALEMANHA
 NÖRDLINGEN, ALEMANHA
PIAZZA DELLA SIGNORIA, FLORENÇA
 LÜBECK, ALEMANHA
 LÜBECK, ALEMANHA
BASTIDE
SURGIRAM NA FRANÇA, SÉCULO XII
CONSISTIA NUMA CIDADE PLANEJADA, COM UMA REDE ORGANIZADA DE RUAS, DIVIDIDAS EM QUADRAS DE TAMANHO MAIS OU MENOS IGUAL, O QUE DAVA À CIDADE UM FORMATO QUADRADO OU RETANGULAR, CERCADO POR UM OU MAIS MUROS DE PEDRA. 
CIDADE DE CONWAY, INGLETERAA 
CIDADE DE CONWAY, INGLETERAA 
MONT SAINT-MICHEL, FRANÇA
MONT SAINT-MICHEL, FRANÇA
ARQUITETURA CIVIL 
MEDIEVAL
CASTELO
RESIDÊNCIA SENHORIL FORTIFICADA
CASTELO DE PORTO DE MÓS, LEIRIA, PORTUGAL
CASTELOS DE MADEIRA
ATÉ O SÉCULO XI 
CASTELOS ERAM ERGUIDOS DE MADEIRA RETIRADA DAS FLORESTAS DA REGIÃO
 SEU INTERIOR ERA RÚSTICO E NÃO POSSUÍA LUXO E CONFORTO
CASTELOS DE PEDRA 
A PARTIR DO SÉCULO XI
PASSARAM A SER CONSTRUÍDOS COM BLOCOS DE PEDRA
 
ERAM ERGUIDOS EM REGIÕES ALTAS
UM CASTELO DEMORAVA, EM MÉDIA, 
DE DOIS A SETE ANOS PARA SER CONSTRUÍDO
SUA FORMA ERA CONDICIONADA PELAS PECULIARIDADESDO TERRENO E DOS ELEMENTOS DISPONÍVEIS NO LOCAL PARA A CONSTRUÇÃO. 
CASTELO DE GUIMARÃES, PORTUGAL, SÉCULO XI
PARTES DO CASTELO
TORRES
SERVIAM PRINCIPALMENTE COMO POSTOS DE VIGILÂNCIA. 
(TORRE DE MENAGEM)
CASTELO DE ALMOUROL, PORTUGAL, SÉCULO XII
PARTES DO CASTELO
MURALHA
 
CASTELO DE TRANCOSO, SÉCULO XII
PARTES DO CASTELO 
PONTE LEVADIÇA
 FEITA DE MADEIRA, PROTEGIA A ENTRADA E ERA USADA COMO PASSAGEM PARA QUE OS MORADORES ATRAVESSASSEM O FOSSO
PARTES DO CASTELO 
FOSSO
ÁGUA DESVIADA DE UM RIO, CERCAVA E PROTEGIA O CASTELO
PARTES DO CASTELO 
ADARVE
CAMINHO NO TOPO DOS MUROS DE UMA FORTIFICAÇÃO
CASTELO DE SESIMBRA, PORTUGAL
CASTELO DE BELMONTE, ESPANHA
PARTES DO CASTELO 
 AMEIA 
ABERTURA NO PARAPEITO DAS MURALHAS DE UM CASTELO POR ONDE OS DEFENSORES VISAVAM O INIMIGO.
AS AMEIAS SÃO AS ABERTURAS E ALTERNAM COM OS MERLÕES. 
MERLÕES DA ALCÁÇOVA DE ALMERÍA
PARTES DO CASTELO 
SETEIRAS
 POR ESSAS ABERTURAS ESTREITAS, ARQUEIROS LANÇAVAM FLECHAS. ELAS TAMBÉM AJUDAVAM A ILUMINAR O CASTELO DURANTE O DIA.
SETEIRA COM TRONEIRA
(CASTELO DE PENELA, PORTUGAL).
BALCÃO COM SETEIRA CRUZETADA, CASTELO DE RAUZAN, FRANÇA.
PARTES DO CASTELO
SALÃO
ONDE SE FAZIAM AS REFEIÇÕES E ERAM DADAS FESTAS.
 
PARTES DO CASTELO 
 BANHEIRO
DE USO EXCLUSIVO DOS NOBRES.
POSSUÍA UMA PRIVADA. 
OS DEJETOS ERAM LEVADOS POR UM CANO ATÉ UMA FOSSA NO CHÃO