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1 Economista – UNILA, Bacharel em Ciências Economicas – UFRGS 2 Mestre em Engenharia da Produção UFSC, Especialista em Psicologia de RH-UNICAMP, Bacharel em Administração de Empresas- FESP. Especialista/EAD. Professor Adjunto da UTP. Orientadora de TCC UNINTER, UFPR e FAEL FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA – FAEL CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA Linha de Pesquisa: Saúde Pública / Políticas de Saúde Veganismo: uma tendência para o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde Nome do aluno: Fábio Dozza de Miranda1 Orientador: Elizabeth Macuco Zanetti Rodrigues2 Foz do Iguaçu – Paraná – Brasil Março - 2015 RESUMO O presente artigo objetiva mostrar a importância de hábitos veganos para nossa saúde, e consequentemente para a saúde de um país, inclusive a saúde financeira. Ao longo do trabalho, são apresentados diversos dados e pesquisas, que mostram a relação de doenças com o consumo de ingredientes de origem animal. Tendo como característica uma pesquisa exploratória, descritiva, quantitativa e de caráter documental, foram agrupados inúmeros relatos de especialistas no assunto, em tabelas, imagens e texto. Pode constar que a dieta vegana é uma tendência a ser sugerida pelo Ministério da Saúde. Palavras–chave: Veganismo, Dieta saudável, Doenças causadas pelo leite, Doenças causadas pela carne animal, Consumo de agua, Leite Vegetal, Alternativas ao Ovo 3 / 50 Sumário INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 4 1 – VEGANISMO: UMA CONTRIBUIÇÃO A SER ADOTADA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE 6 1..1 - GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA (2014).......................................................... 6 1.2 – PH X SAÚDE................................................................................................................................... 8 1.3 – VEGANISMO .................................................................................................................................. 13 1.3.1 Veganismo e o Planeta ...................................................................................................... 13 1.3.2 – Veganismo e Saúde ........................................................................................................ 19 2.2.2.1 O problema do Leite Animal .................................................................................................... 23 2 - RESULTADOS ............................................................................................................................. 31 Leite = Doenças ......................................................................................................................................... 32 Carne = Doenças ....................................................................................................................................... 39 3 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................... 42 Sugestões de Consumo .......................................................................................................................... 43 Pirâmide alimentar vegana ........................................................................................................................ 43 Alternativa ao Leite animal ..................................................................................................................... 44 Alternativa ao Carne Animal .................................................................................................................. 44 Alternativa ao Ovo (Ovulação) .............................................................................................................. 46 CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 47 REFERENCIAS ................................................................................................................................. 48 Introdução O meio ambiente e a saúde estão entre os principais assuntos no mundo. Precisamos cuidar do Planeta, precisamos cuidar da saúde, mas o que fazer para isso? Há hábitos que podemos ter onde esses dois desejos convergem para o mesmo ponto: o veganismo. Cuidar do planeta vai muito além de separar o lixo orgânico do lixo reciclável, tomar banho em menos tempo, não deixar a torneira aberta enquanto escova-se os dentes. Cuidar da saúde vai muito além de ir à academia, fazer exercícios físicos. O objetivo desse trabalho é mostrar que podemos fazer muito para o planeta e para nossa saúde, mudando nosso hábito alimentar. Como o próprio Guia Alimentar, do Ministério da Saúde, mostra, ainda há muito a ser feito, e que embora muitas das doenças deixaram de ser agudas, agora elas são crônicas. É lembrado o caso da famosa desnutrição infantil, presente há décadas no Brasil, que agora não é mais aguda, passou a ser crônica principalmente em grupos vulneráveis da população, como em indígenas, quilombolas e crianças. E ao mesmo tempo, o Brasil enfrenta aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade. O excesso de peso acomete um em cada dois adultos e uma em cada três crianças brasileiras. No Guia, o Ministério da Saúde alerta que para enfrentar esse cenário, é urgente a ampliação de ações sobre os “diversos determinantes da saúde e nutrição”. Com o importante papel na promoção da alimentação adequada e saudável, compromisso expresso na Política nacional de alimentação e nutrição e na Política nacional de Promoção da saúde, esse artigo reforma a importância do Ministério da Saúde, em manter essa tendência (sinalizada ao compararmos o Guia 2014 com o Guia 2006), e para uma revisão para a próxima versão, afim de contribuir para o desenvolvimento de estratégias para a promoção e a realização do direito humano à alimentação adequada. E é sobre a saúde, sobre a alimentação adequada, confrontando com as sugestões do GAPB, publicado em Novembro de 2014, que esse artigo busca 5 / 50 mostrar através de dados, que o Veganismo passa a ser uma alternativa adequada para atingir os objetivos citados, pelo próprio Ministério da Saúde, que é: a Saúde! 6 / 50 1 – Veganismo: uma contribuição a ser adotada pelo Ministério da Saúde 1..1 - Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) Nesta seção será apresentado um dos instrumentos de política pública de saúde sobre alimentação para a população brasileira, o Guia Alimentar para a População Brasileira. Além disso, será apontado como que essa visão do Ministério da Saúde, corrobora a ideia da alimentação de melhor qualidade com as questões ambientais. Lançado em novembro de 2014, o governo brasileiro admite que produtos de origem animal podem ser prejudiciais à saúde e certamente são prejudiciais ao meio ambiente. O documento será distribuído em escolas e hospitais gratuitamente e também está disponível no endereço eletrônico http://bvsms.saude.gov.br . O novo material, que substitui o guia lançado em 2006, muda completamente o tom em relação à alimentação que não inclui produtos de origem animal. Atualizado por pesquisas oficiais publicadas ao longo dos anos em todo o mundo, trata a alimentação vegetariana de forma mais natural e cotidiana. O novo guia reconhece que não é necessário consumir carne, laticínios ou ovos para ser saudável, embora mantenha o posicionamento presente no guia antigo de quevegetarianos precisam ter atenção na hora de combinar os alimentos. Na página 84, é dito que: “Por diversas razões, algumas pessoas optam por não consumir alimentos de origem animal, sendo assim denominadas vegetarianas. A restrição pode ser apenas com relação a carnes ou pode envolver também ovos e leite ou mesmo todos os alimentos de origem animal. Embora o consumo de carnes ou de outros alimentos de origem animal, como o de qualquer outro grupo de alimentos, não seja absolutamente imprescindível para uma alimentação saudável, a restrição de qualquer alimento obriga que se tenha maior atenção na escolha da combinação dos demais alimentos que farão parte da alimentação. Quanto mais restrições, maior a necessidade de atenção e, eventualmente, do acompanhamento por um nutricionista.” (Ministério da Saúde). Na página 30, é informado que alimentos de origem animal são boas fontes de proteínas, de vitaminas e minerais essenciais, mas que não contem 7 / 50 fibras, e excesso de calorias e gorduras não saudáveis. Mas, continua indicando que a população brasileira consuma carnes, ovos e laticínios, ainda que alerte que produtos de origem animal podem ser fortes colaboradores para a obesidade, para doenças do coração e para outras doenças crônicas. O posicionamento se alinha perfeitamente aos grandes estudos de nutrição da última década. Outro ponto importante que o guia aborda é a questão do meio ambiente. Sobre este assunto, o Ministério da Saúde é enfático em dizer que a produção de produtos de origem animal é um dos maiores problemas ambientais do Brasil e motivo de preocupação. O guia aponta danos desde o desmatamento para abertura de pastos e uso intenso da água até os problemas causados pelas monoculturas de soja e milho utilizadas para a fabricação de ração para animais da pecuária. “A diminuição da demanda por alimentos de origem animal reduz notavelmente as emissões de gases de efeito estufa (responsáveis pelo aquecimento do planeta), o desmatamento decorrente da criação de novas áreas de pastagens e o uso intenso de água. O menor consumo de alimentos de origem animal diminui ainda a necessidade de sistemas intensivos de produção animal, que são particularmente nocivos ao meio ambiente. Típica desses sistemas é a aglomeração de animais, que, além de estressá-los, aumenta a produção de dejetos por área e a necessidade do uso contínuo de antibióticos, resultando em poluição do solo e aumento do risco de contaminação de águas subterrâneas e dos rios, lagos e açudes da região. Sistemas intensivos de produção animal consomem grandes quantidades de rações fabricadas com ingredientes fornecidos por monoculturas de soja e de milho. Essas monoculturas, por sua vez, dependem de agrotóxicos e do uso intenso de fertilizantes químicos, condições que acarretam riscos ao meio ambiente, seja por contaminação das fontes de água, seja pela degradação da qualidade do solo e aumento da resistência de pragas, seja ainda pelo comprometimento da biodiversidade. O uso intenso de água e o emprego de sementes geneticamente modificadas (transgênicas), comuns às monoculturas de soja e de milho, mas não restritos a elas, são igualmente motivo de preocupações ambientais.” – explicam as páginas 31 e 32. O Guia Alimentar Para a População Brasileira é o material mais importante do país e o posicionamento oficial do governo a respeito da alimentação dos brasileiros. Serve também para formar a opinião de milhares de profissionais de saúde como médicos e nutricionistas. Por isso, o novo jeito do Ministério da Saúde encarar a alimentação praticada pelos vegetarianos e veganos é uma excelente notícia, para a saúde, para os animais e para o planeta. 8 / 50 1.2 – PH X Saúde O potencial Hidrogeniônico, ou pH, é uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Este conceito foi introduzido em 1909 pelo químico Dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørensen. O pH varia de acordo com a temperatura e a composição de cada substância (concentração de ácidos, metais, sais, etc). As substâncias em geral, podem ser caracterizadas pelo seu valor de pH, sendo que este é determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+). Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-. Podemos medir os valores de pH, que variam de 0 a 14, com o aparelho chamado pHmetro, ou com menos precisão com o uso de indicadores (substância que revela a presença de íons hidrogênio livres em uma solução, ele muda de cor em função da concentração de H+ e de OH- ). pH = 0,0 (máximo de acidez); pH = 7,0 (neutro); pH = 14,0 (máximo de alcalinidade). Dra. Cristina Pirajá, ressalta que para manter o equilíbrio do pH é importante evitar alimentos com pH baixo, ou seja, ácidos (como ingredientes de origem animal, café, refrigerante e etc) e consumir alimentos com PH alto, ou seja, alcalinos (como vegetais, frutas com pouco açúcar, etc). (PIRAJÁ, 2015). Pirajá também informa que embora o pH no interior do estômago dos humanos seja de aproximadamente 5, graças à presença do ácido clorídrico, o pH do sangue é de +/- 7,4 (bem como da maioria de nossas células e fluídos), e a diminuição desse PH esta relacionado com o surgimento de inúmeras doenças. 9 / 50 Abaixo desse valor, a acidez do sangue torna-se um meio propício para os mais variados fungos, bactérias e vírus. Medições do pH da saliva de pacientes com câncer registraram valores entre 4,5 e 5,7. A “gota” nada mais é que o ácido úrico está elevado no sangue que transporta nutrientes as células e cria cristais nas articulações. Um bebê é alcalino, e um idoso é mais ácido. Para reverter o processo é necessário alimentação alcalina. Dr. Roberto Amaral também ressalta que a acidez no organismo pode levar a várias condições médicas, tais como úlceras, problemas de pele, artrite, osteoporose e até mesmo fadiga e depressão. O nosso organismo foi projetado para ser alcalino. Assim como o nosso corpo tem mecanismos para regular a temperatura, de forma que se mantenha num valor determinado, ele faz o mesmo para tentar manter o valor de alcalinidade do sangue. Ele também mostra que um dos fatores que determinam o pH do sangue é o alimento ingerido. Muitos médicos do passado já diziam que a alimentação correta é a maior prevenção contra doenças. O importante disso tudo é ter em 10 / 50 mente que o sangue, que leva os nutrientes por todo o organismo, deve ter em média o pH entre 7,36 a 7,42. Ou seja, levemente alcalino. Em algumas situações, como estresse, envelhecimento, poluição e alimentação incorreta, é possível que a produção de ácidos aumente e coloque em risco o equilíbrio do pH sanguíneo. Nesses casos, o organismo ativa alguns mecanismos regulatórios, como por exemplo, o “sequestro” do cálcio dos ossos. Estas reservas de minerais alcalinos são facilmente consumidas devido ao nosso estilo de vida ocidental, ou seja, a maioria de nós ingere alimentos e bebidas que contém ácidos fortíssimos. Estes ácidos manifestam-se na nossa dieta através das colas e demais bebidas gaseificadas, pizza, batatas fritas, bolos, biscoitos, refeições feitas no micro-ondas, pão, cafeína, queijo, alimentos com gordura, tabaco, bebidas alcoólicas, lácteas, etc. Por isso, os efeitos de uma dieta constituída por carne, produtos lácteos, bebidas gaseificadas, álcool, etc., são os de provocar uma rápida utilização das nossas reservas alcalinas. Se o organismo está constantemente utilizando o cálcio para eliminar os ácidos que consumimos, entãofuturamente surgirão os sintomas da osteoporose (estudos científicos comprovam e associam o consumo de bebidas gaseificadas à ocorrência da osteoporose) (Amaral Neto). Estudos recentes reforçam a ideia de que uma dieta com pH equilibrado otimiza o metabolismo, aumentando a capacidade do organismo na eliminação de toxinas, além de diminuir a retenção de líquidos, consequentemente contribuindo com o processo de emagrecimento. É necessário que haja equilíbrio na ingestão de alimentos ácidos e alcalinos, mas também na quantidade de alimento consumido. A dieta alcalina, baseia-se em pesquisas realizadas pelo Dr. Robert Young e que levaram a nutricionista Vicki Edgson e a chef Natasha Corrett a publicar o livro “Honestly Healthy”. A proposta do programa é aumentar o consumo de alimentos ricos em minerais alcalinos (magnésio, potássio, cálcio e sódio) como: chá verde, grãos integrais, vegetais e amêndoas, inhame, lentilha, melão, brócolis, repolho, maçã, mamão, frutas cítricas e secas, folhas verdes, legumes, raízes, azeite de oliva, milho verde, abobrinha, quiabo e chuchu cru e de bebidas saudáveis que não contenham cafeína ou açúcar, como suco de vegetal fresco, água destilada, água de limão, 11 / 50 chá de ervas, caldo de legumes, entre outros. E evitar os alimentos ricos em ácidos como refrigerantes (incluindo água com gás e água tônica), café, chá- preto, açúcar, adoçantes, amendoim, grãos e vegetais ricos em amido (trigo, massas e feijão), farinhas brancas, todos os produtos processados, lácteos e chocolate. Nesta dieta todos os alimentos são permitidos, porém os alcalinos devem estar presentes numa proporção maior, explica a nutricionista Patricia Rung, da Clínica de Nutrição Funcional Patricia Davidson Haiat. Esta proporção entre os alimentos pode variar entre as diferentes pessoas, mas geralmente ela deve ter pelo menos 60% alcalinos e 40% ácidos. É importante ressaltar que a acidez dos alimentos deve ser medida sobre seu efeito no organismo após a digestão e não em seu teor de acidez e alcalinidade intrínseca, ou seja, o limão torna-se alcalino no organismo! 12 / 50 Dr. Amaral Neto, enfatizo que o ideal para o bom funcionamento orgânico é que o paciente não faça a dieta por um período curto de tempo, mas que seja um estilo de alimentação a ser adotada para a vida. A dieta não tem contraindicações e qualquer pessoa pode aderir. Porém é necessário evitar dietas muito restritivas, para que o organismo não seja prejudicado pela falta de outros nutrientes, além de respeitar a individualidade bioquímica e adequar as necessidades nutricionais de cada um. Por isso é fundamental ter um acompanhamento de um nutricionista com experiência no assunto. 13 / 50 1.3 – Veganismo O veganismo é uma filosofia de vida e postura política que elimina o uso de produtos de origem animal. Veganismo é o hábito em não consumir nada que explorou animais em qualquer um dos estágio de produção do produto, além de ajudar aos animais, proteger o meio ambiente, também colabora com a saúde. Há uma frequente confusão entre Vegetarianos, Ovo-Lacto-Vegetarianos e Veganos. Vegetarianos não consomem nenhum alimento que possua ingredientes de origem animal. Os ovo-lacto-vegetarianos, apenas não consomem carne animal, consumindo ovos e leites. Já o Veganismo, além da dieta, também preocupa-se em não explorar os animais, seja da forma que for (além de não comer nada com ingredientes de origem animal, também não usam nada de animais, nem que foram testados em animais, ou mesmo que explorem animais, como zoológicos, por exemplo. A ideia é deixá-los viverem em paz, sem causar sofrimentos, das mais variadas formas que a exploração de suas vidas, pelos seres-humanos, causa. 1.3.1 Veganismo e o Planeta 14 / 50 No documentário “A Engrenagem”, do Instituto Nina Rosa, são narrados diversos argumentos em favor da dieta vegana, como ao invés de plantar grãos para alimentar animais, que virarão comida para poucos que podem consumi- los, esses grãos (ou outros vegetais) poderiam alimentar muito mais pessoas. É mostrado que com metade dos grãos e vegetais que os animais comem, poderia acabar com a fome no mundo. Com os cereais utilizados para gerar 225g de carne bovina, daria para alimentar 40 pessoas! Fonte: HOESKTRA(2002) Um boi, necessita de 1 hectare (10mil m²), para gerar 210kg de carne, em 2 ou 3 anos. Se essa área fosse destinada a agricultura, no mesmo período de tempo, geraria: 5 toneladas de feijão; 16 Toneladas de Trigo; 4 toneladas de cenoura; 40 toneladas de tomate; 13 toneladas de arroz; 23 toneladas de milho Abaixo um comparativo do consumo de água, para alguns produtos: Produto Litros de Água Consumidos 1 ovo 200 1kg carne bovina 15.400 1kg de carne suína 5.988 1kg de queijo 5.988 1kg de carne frango 4.325 1kg de Milho 1.222 1kg de banana 790 1kg de Laranja 560 Fonte: Instituto Nina Rosa 15 / 50 Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 1 bilhão de pessoas não possuem acesso a água potável. — A alocação dos recursos hídricos, além de ambiental, é uma questão econômica, porque quando a água é escassa é preciso destiná-la para onde haverá maiores benefícios para a sociedade. Mas sendo a água um bem público, o mercado não é o único determinante. A água deve ser usada para produzir alimentos para a população, para culturas ligadas a biocombustíveis ou para plantações de commodities para exportação? Isso é uma escolha política — aponta Arjen Hoekstra, criador do conceito de “pegada hídrica” e autor de diversos estudos sobre água virtual numa parceria entre Unesco e a Universidade de Twente. (THAIS LOBO, O Globo) Fonte: HOESKTRA(2002) 16 / 50 Em Slywitch, é mostrado que “...das áreas cultiváveis do planeta 30% são destinados a pecuária e 33% destinado a produção de grãos para alimentar animais. A previsão para 2050 é que o consumo vai dobrar, ou seja, 126% da área do planeta cultivável para criar animais. A pecuária é o grande fator de desmatamento dos biomas, contaminação da água” No Brasil, há mais bois do que pessoas, são 205 milhões de bovinos. São abatidos anualmente 4 bilhões de frangos, 40 milhões de porcos. Quanta comida, quanta água, quanto espaço esses animais necessitam, que poderiam ser usados para alimentação humana, através de Vegetais (ROSA). Ao longo do ano, o Brasil envia ao Exterior cerca de 112 trilhões de litros de água doce, segundo dados da Unesco — o equivalente a quase 45 milhões de piscinas olímpicas ou mais de 17 mil lagoas do tamanho da Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Tantos litros são o total dos recursos hídricos necessários para produzir essas commodities. A soja, o principal cereal exportado, pelo Brasil, alimenta, sob a forma de ração, boa parte do rebanho bovino da China, que tem aumentado exponencialmente seu consumo de carne. (LOBO, 2015) Na Terra, de uma população de 7 bilhões de pessoas, um bilhão passam fome e dois bilhões são subnutridas; 70% da água potável é usada na agricultura 17 / 50 e, mesmo com a produção de alimentos per capita aumentando, cresce a pressão por terras e água para alimentar outros 2 bilhões, que aqui chegarão até 2050 (previsão da ONU). O veganismo (consumo zero de produtos de origem animal) pode evitar a catastrófica escassez de água, que se avizinha dos mananciais hídricos mundiais, já que, com dietas não veganas, não haverá água o bastante na agricultura para produzir comida a uma populaçãode 9 bilhões. É sabido que mais da metade da produção agrícola mundial é usada para alimentação de animais e que a produção de alimentos de origem animal consomem até 10 vezes mais água que aqueles da dieta vegana. Além disso, são conhecidos os resultados intangíveis de medidas como eliminação do desperdício e incremento comercial entre países com excedentes de alimentos e os com déficit. Decorre daí que a adoção da dieta vegana é a única opção restante que, ao reduzir ou zerar a pecuária, poderá aumentar a quantidade de água disponível à agricultura e também oportunizar o redirecionamento de mais produtos agrícolas para uso de pessoas. O alarme sobre esta escassez de água, seus efeitos e solução foi dado pelos relatórios produzidos pela ONU, preparando os países para uma possível segunda crise global nos próximos anos. A pecuária é responsável por emitir anualmente 7,1 giga toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e), cerca de 14,5% de toda a liberação de 18 / 50 gases do efeito estufa (GEEs) resultante das atividades humanas. Em alguns países, como no Brasil, o setor e as mudanças do uso da terra provocadas por ele e pela agricultura são o principal contribuinte para as emissões nacionais. (FAO) De acordo com o relatório, “Tackling climate change through livestock: A global assessment of emissions and mitigation opportunities”, (algo como Lidando com a mudança climática através da pecuária: uma avaliação global das emissões e oportunidades de mitigação), as principais fontes de emissões da pecuária são: produção de alimentos para os animais (transformação de áreas intocadas para pastagens) e processamento (45%), liberação de GEEs durante o processo digestivo do gado (39%), decomposição dos resíduos (10%). A porcentagem restante é proveniente do transporte dos animais e do processamento industrial da carne. Brasil Um relatório sobre emissões da pecuária não poderia deixar de fora o país com maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com aproximadamente 209 milhões de cabeças. O Brasil recebe destaque justamente por suas NAMAs (Nationally Appropriate Mitigation Action), ou seja, ações nacionais que os países em desenvolvimento já possuem ou pretendem adotar para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas. 19 / 50 1.3.2 – Veganismo e Saúde "70% das doenças modernas são de origem animal" (PIRAJA, 2015) A humanidade poderia se ver livre de sete em cada dez doenças que apareceram nas últimas décadas, caso mudassemos nossos hábitos alimentares, deixando de lado o consumo de produtos de origem animal. Carnes (frango, porco, peixe e boi), laticínios e ovos prejudicam a saúde humana, como é mostrado através da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a ONU alertou em seu relatório intitulado “World Livestock 2013: Changing Disease Landscapes.” (“Pecuária Mundial 2013: Mudando o Panorama das Doenças”, em tradução livre) que a busca por mais alimentos de origem animal tem deixado nossa sociedade mais doente: “O aumento da população, a expansão agrícola e a existência de cada vez mais cadeias de abastecimento alimentar globais alteraram dramaticamente a forma como as doenças emergem, como passam de uma espécie para outra e como se espalham.” (World Livestock 2013 – ONU) No pesquisa, realizada pelo Instituto de Saúde do Estado de São Paulo e pela Faculdade de Medicina da USP e que foi apresentado em agosto/2014 na conferência da Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental (Internacional Society for Environmental Epidemiology), revelou que o consumo de três ou mais porções diárias de frutas e verduras protege fortemente contra o impacto da poluição, no organismo humano. Para a diretora do Instituto de Saúde, Silvia Saldiva, não é uma novidade os benefícios de dietas compostas por frutas e verduras. 20 / 50 "Estamos em um processo de epidemia mundial de obesidade e a Organização Mundial de Saúde já divulgou muitos documentos sobre a necessidade de dietas saudáveis... O que conseguimos mostrar são os efeitos a partir de três porções e o mecanismo protetor contra doenças crônicas associadas à poluição. É difícil controlar os efeitos da poluição, a maior parte passa por políticas públicas, mas esse estudo mostra que podemos nos proteger". O consumo de produtos de origem animal pode trazer problemas diretos como doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer etc., mas é ainda mais nocivo se pensarmos que toda a dieta baseada em grandes quantidades de proteína de origem animal demanda quantidades imensas de recursos naturais. Com o meio ambiente afetado, a tendências de novas doenças surgirem é maior. Por causa da globalização, há ainda maior facilidade de um novo vírus se espalharem, como já aconteceu com as gripes aviária e suína, recentemente. Criações intensivas como as de frango para carne, de galinhas para a produção de ovos e a de porcos são grandes celeiros de novas doenças, uma vez que a proximidade dos animais e as condições quase sempre insalubres do ambiente colaboram para a proliferação de doenças. Ha redução de até 35% do colesterol em vegetarianos estritos, redução de até 31% de mortes por infarto, redução de até 50% de risco de apresentar diabetes. Mostram que vários órgãos de saúde indicam essa dieta, como American Institute for Cancer Research, American Heart Association, FDA (Food and Drug Administration), Departamento de Agricultura dos USA, e a Associação Dietética americana e nutricionistas do Canadá, que diz: "Dietas vegetarianas ou veganas corretamente planejadas são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e trazem benefícios para a saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças” 21 / 50 Em 2014, a Escola de saúde pública de Harvard, nos EUA, restringiu o leite e derivados de sua famosa pirâmide, inovando-a, agora em forma de prato. Um grande avanço para a saúde mundial, pois até Harvard já demonstra uma tendência de mudança. 22 / 50 Pirâmide anterior de Harvard: A “Pirâmida nova” de Harvard, agora na forma de prato: A Universidade de Harvard inovou o modelo alimentar, instituindo o prato como modelo ilustrativo, e sugerindo mudanças significativas no padrão alimentar para uma população saudável. Abaixo alguns pontos fundamentais, na opinião da Dra. Cristina Pirajá. 23 / 50 A preferência por óleos vegetais, minimizando o consumo de manteiga. Uma diminuição considerável no consumo de leite e derivados para 1a 2 porções ao dia, sob a alegação de que estes produtos estão associados com o risco de certos tipos de câncer. A imagem e nome destas categorias de alimentos sequer aparecem no prato, o que demonstra uma enorme mudança de paradigma na dieta. Harvard ressalta que as fontes vegetais de cálcio devem ser priorizadas, em detrimento do leite. A preferência por carnes brancas e fontes vegetais de proteína (leguminosas principalmente) em detrimento das carnes vermelhas. A alegação é de que as carnes vermelhas, mesmo em pequenas quantidades, quando consumidas regularmente, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer de intestino. Frisa a importância de que os grãos e cereais sejam integrais. Na pirâmide alimentar isso não é enfatizado. Frisa a importância de reduzir o consumo de doces ao mínimo, enquanto a pirâmide alimentar sugere uma porção desse grupo alimentar igual ou superior à ingestão de leguminosas e óleos e gorduras.2.2.2.1 O problema do Leite Animal 24 / 50 Dr Lair Ribeiro, ressalta em sua palestra MITO do LEITE que há vasta literatura, mas as pessoas não procuram. Para o que ele chama de “Mito do Leite” e “Mito do Calcionismo”. Ele chama de febre, uma crise de bom senso, esse consumo errôneo que foi disseminado no mundo, principalmente no Ocidente. “Um rato dobra de peso em quatro dias. Ele nasceu, você pesa ele logo que ele nasce, quatro dias depois ele pesa o dobro. Um bezerro dobra de peso em 47 dias. Um ser humano em média dobra de peso em 180 dias. Claro que o leite do rato deve ser diferente do leite do bezerro, que deve ser diferente do leite humano. Porque nós estamos falando de estruturas bem diferentes. E ai começa a problemática. Leite foi feito para bezerro, o leite de vaca foi feito para o bezerro, o leite do rato foi feito para o rato, o leito humano foi feito para humano.” (Dr. Lair Ribeiro) O consumo de leite, na história, é um hábito recente. Há 10mil anos não haviam vacas domesticadas. Dr. Lair lembra que o nosso genoma não mudou porque começamos a tomar leite de vaca, e mostra que países com alto consumo de leite e derivados, como é o caso dos EUA, tem maior incidência de osteoporose e fraturas ósseas. Ele indaga a questão de que a grande maioria dos estudos não consegue demonstrar uma correlação positiva entre ingestão de cálcio, na forma de produtos lácteos, e um equilíbrio do cálcio no organismo. Por que os países com menor consumo de leite e derivados têm menor incidência de osteoporose e fraturas ósseas? No mundo é assim, onde se toma mais leite tem mais osteoporose e mais fraturas, onde toma menos leite se tem menos osteoporose e menos fratura. Nos países orientais, como China, Japão, Vietnam ou Tailândia, não há consumo de produtos lácteos. E os habitantes desses países possuem uma as menores taxas de osteoporose e fratura óssea do mundo.(Hegsted, M. Fractures) As informações sobre os hábitos alimentares do povo chinês revelam que os mesmos são inteiramente alheios à preocupação dos povos ocidentais em beber leite de vaca. Os chineses nunca utilizam o leite de vaca e, muito menos, amamentam os bebês dessa forma. E, não deve ser uma simples casualidade o fato de que grandes percentuais da população mundial sejam incapazes de digerir a lactose. Parece que a "natureza" tenta nos avisar que estamos ingerindo alimentos errados. É 25 / 50 preciso atentar para a inclusão de leite de vaca não apenas nos produtos diretamente derivados do leite mas, também, nos alimentos que contém leite, como biscoitos, bolos, sorvetes, etc. Além desses detalhes, é importante ressaltar que desde os anos noventa do século vinte, o Dr. Daniel Cramer, da Universidade de Harvard, discutiu a relação existente entre o consumo de derivados do leite e o aparecimento de câncer dos ovários. Outros estudos confirmam a mesma relação com o câncer da próstata. Essa última relação é confirmada pelos dados da Organização Mundial de Saúde, que mostram a ocorrência de 1 caso de câncer da próstata em cada grupo de 20.000 homens, nos países que como a China não consomem leite, enquanto no Reino Unido, ocorrem 70 vezes mais casos de câncer da próstata em igual número de indivíduos. (PLANT, 2007) Mas mesmo assim, o que mais ouve-se é que: Tenho que tomar leite por causa dos meus ossos! Mesmo que a natureza mostre que a única espécie que toma leite de outra espécie, a única espécie que toma leite depois de adulto é a humana. Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e Oeste Europeu possuem as maiores taxas de consumo de leite de vaca, e também tem a maior incidência de osteoporose e risco de fratura óssea! (FESKANICH, 1997) O Dr. Robert Kradjian, Chefe da Divisão de Cirurgia da Mama do Seton Medical Centre, na Califórnia recomenda evitar o consumo de leite e seus derivados a todas as suas pacientes (KRADJIAN, 2008). O número de americanos diagnosticados com osteoporose aumentou 55% de 1995 a 2006 (US Departament of Health and Human Services, Agency for healthcare Research and Quality, Osteoporosis-linked fractures rise dramatically.) E cada vez mais os anúncios para consumirem leite aumenta nos EUA, e cada vez se tem mais osteoporose. Dr. Lair Ribeiro também ressalta a questão da Intolerância à lactose. Ele explica que o leite tem um açúcar chamado lactase, que quando a enzima lactose atua no leite, quebra a lactase em galactose e glicose. Para onde vai parar essa galactose? E explica, que um outro polimorfismo genético onde essa galactose, mesmo sendo quebrada pela lactose, ou seja, mesmo que você não 26 / 50 tenha nenhum problema com a lactose, você pode ter intolerância a galactose. Que não é manifestada no teste porque ela está presa na molécula, na hora que ela separa é outra história. O ser humano para de fabricar lactose por volta dos quatro, cinco anos de idade em média. Mostrando o seguinte: você esta ficando adulto, você esta crescendo, você tem que parar de mamar, parar de tomar leite. NÃO HÁ NECESSIDADE DE tomar leite a vida inteira, por isso não ha necessidade de se produzir lactose a vida inteira (Dr. Lair Ribeiro) Há campanhas, inclusive do Ministério da Saúde, para evitar ao máximo dar leite de vaca ao bebê, nos primeiros anos de vida. Isso é estabelecido no mundo inteiro. Leite não pode ser considerado um "sports drink", não previne osteoporose e possivelmente contribui para o desenvolvimento de DCV (Doença cardio vascular) e câncer de próstata. (Physicians Committee for Responsible Medicine, Good Medicine 2, Spring 2001:23.). Um comitê dos médicos norte americanos reuniu-se em 2001 e fez uma manifestação sobre isso: Osteoporose é uma doença pediátrica com consequências geriátricas. (Dr. Duane Alexander). Estudos demonstram que leite de vaca não protege seres humanos contra fraturas ósseas do modo como nos foi ensinado. De fato, o alto consumo pode aumentar o risco de fratura. (Feskanich, D. et al, Milk, dietary calcium and bone fractures in women: a 12-year prospective study. AJPH 87 (1997):992-997) Uma avaliação de 58 estudos mostrou que não ha relação entre o consumo de leite, os níveis de cálcio e a saúde óssea. (LANOU, A.J et al. Dairy products and bone health in children and young adults: A reevaluation of the evidence. Pediatircs 115 (2005): 736-43.: News Online, "Conventional wisdom on milk questioned, " Mar, 7, 2005) 27 / 50 O cálcio do leite da vaca é muito pobre, a biodisponibilidade dele é muito pequena, 32% do cálcio que esta no leite é absorvido. “A vaca não precisa tomar leite para ter cálcio, ela come o verde, a biodisponibilidade do cálcio que você consegue na verdura é MUITO maior do que a do leite” (DR. LAIR RIBEIRO). Na palestra Mito do Leite, vemos que o cálcio para se segurar ao osso precisa ter vitamina D3, magnésio, e como falta isso na maioria das pessoas esse cálcio não fica nos ossos, ele vai ser depositado nas artérias. Que artérias? coronária, aneurisma de aorta, ele vai para esses lugares. Dr. Lair Ribeiro mostra que a análise dos nutrientes em 100 gramas de leite de vaca e 100 gramas de leite humano. A primeira concentração de proteína é muito diferente, claro o bezerro tem que dobrar de tamanho em 47 dias, o ser humano em 180 dias dobra de peso. O carboidrato é ao contrário, o leite de vaca tem pouco carboidrato o leite humano tem muito carboidrato. O sódio é muito maior, o fosforo que é outro problema, é muito maior, e o cálcio é muito maior que no leite do ser humano (ver tabela abaixo): Análise de 100g de Leite Nutrientes Vaca Ser Humano Proteínas4,0 1,1 Carboidrato 4,9 9 Sódio 50 16 Fósforo 97 18 Cálcio 118 33 A discrepância é muito grande quando se analisa o leite de vaca e o leite humano. Sem falar dos outros problemas, como a caseína perce que causa alergia, a lactose desenvolve intolerância. Caseína é apenas um exemplo, há várias proteínas lácteas que tem o potencial de desencadear fenômenos alérgicos, bem mais complicados. 28 / 50 Pasteurização: Antigamente o sujeito tirava o leite e vendia na própria fazenda, não tinha processo de pasteurização. A pasteurização do leite resolveu alguns problemas e criou outros. O leite que sai do peito da vaca não é o leite que sai da caixinha. Pasteur sugeriu que o leite deveria ser aquecido a uma temperatura de 71,7°C por 15 segundos. E isso mataria todos os micróbios, todas as bactérias. Foi inventado depois outra pasteurização que é a temperatura altíssima onde você chega a 150 graus centígrados por 5 segundos. Quando isso é feito o leite se torna totalmente ESTÉRIL. Onde a desnaturação das proteínas é maior, porque não existe proteína com conjugação secundária e terciária que aguente essa temperatura. O leite que sai do peito da vaca, apesar de todos os problemas, pelo menos há lactobacilos, ele tem uma flora que vai lhe ajudar de alguma forma, mas quando ele passa pelo processo de pasteurização aquela bactérias, muitas delas são mortas todas, o leite fica totalmente estéril. Além dos conservantes, das desnaturações no processo da pasteurização, e outros químicos, como: * ANTIBIÓTICOS (MASTITES). Quando se tira duas, ou três vezes por dia, o úbere da vaca desenvolve uma inflamação, desenvolve mastite. Para combater isso, é dado antibióticos, que vão para o leite (se não é dado o antibiótico, fica inflamado, onde há inflamação, há pus). E assim, a resistência bacteriana surge. Uma das causas dos antibióticos não estarem mais funcionando são as vacas, o leite que tomamos dela. - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS. - HORMÔNIOS - METAIS - BACTÉRIAS - VITAMINA A & D acrescentadas. Ter um leite com vitamina D em termos de saúde não significa absolutamente NADA. Só serve para vender mais, como estratégia de marketing Hormônios no leite: - 8 HORMÔNIOS PITUITÁRIOS DA VACA NO LEITE - 7 HORMÔNIOS ESTEROIDAIS (E1,E3,P,T) DA VACA NO LEITE 29 / 50 - 6 HORMÔNIOS TIREOIDIANOS DA VACA NO LEITE - 11 FATORES DE CRESCIMENTO, porque o bezerro tem que crescer ele tem que dobrar de tamanho em 47 dias, então os fatores de crescimento são mais concentrados, está TUDO NO LEITE. E fator de crescimento é proliferativo, se o ambiente é propício, CAUSA CÂNCER! Todo fator de crescimento num ambiente propício desenvolve a proliferação das células, predispondo ao câncer. (Mito do Leite) - JA FORAM ISOLADOS NO LEITE 59 HORMÔNIOS DISTINTOS! Ao analisar o leite, vemos que há 59 hormônios distintos, que não pertencem a você, são hormônios bovinos. 87% do leite de vaca é composto de água. Aí você pensa, eu tomo leite a 2%, ou seja, a concentração de gordura no leite é de 3,9%, porque a maioria do leite é água, o que tem de gordura é 3,9%. Quando você diz que um leite é 2%, você pensa que esse leite tem apenas 2% de gordura. Mas na realidade 2% de gordura em peso, mas 37% em calorias. Porque ele usa a coisa do peso, porque a maioria é água, então parece que é quase nada!! Mas 37% num leite a 2%, 37% da caloria advinda desse leite, a água não conta, advém da gordura, mesmo ele sendo a 2%. Então você está ingerindo grande quantidade de gordura saturada. (MITO DO LEITE). Em geral, lactase é produzida pelo corpo humano até a idade de 4 anos. (Wiliams, SR. Nutrition And Diet Therapy, 7th Ed.(Mosby: St. Louis, 1993), p41.). A partir dos 4 anos começa a cair, aos nove anos não tem mais nada !!! Teoricamente o máximo que você poderia tomar leite até os oito nove anos de idade, não tomando no primeiro ano. Então a intolerância a lactose é uma coisa, alergia ao leite é outra. (RIBEIRO). No livro “Galactolatria: mau deleite”, a autora Sônia T. Felipe, defende que a partir do momento de erupção da primeira dentição o ser humano para de produzir a enzima digestiva do leite e essa seria a razão de tantos problemas de saúde relacionadas ao alimento. O leite de vaca, segundo ela, não é bem digerido pelo organismo humano por questões biológicas. “A maior parte dos seres humanos não tem mais a produção da enzima que permite digerir o açúcar do leite, que é a lactose. Em função disso, as 30 / 50 pessoas sofrem uma série de disfunções digestivas e outros males que hoje os estudiosos apontam como de origem galactogênica” (FELIPE, 2012) Dr. Sônia ainda critica a qualidade do leite que é vendido no país. Onde o produto comercializado em caixas é industrializado e processado para mascarar contaminações causadas por sangue e pus de animais com inflamações (mastite) nos mamilos e nos cascos. Segundo ela, as vacas tornaram-se “máquinas” de fabricar leite, com um alto nível de sofrimento físico e psicológico: vivem confinadas, alimentando-se de grandes quantidades de grãos (que não estão preparadas para digerir) e até de outros alimentos (como restos triturados de carnes de outras vacas), produzindo leite até a estafa completa. (FELIPE, 2012) A intolerância a lactose é a sua inabilidade de transformar a lactose em galactose e glicose. Já quanto a alergia ao leite, veja uma lista das principais que foram detectados anticorpos contra: CASEINA; BLG – Betalacto Globulina ALG – Alfa Lacto Globulina BGG – Bovino Gama Globulina BSA – Bovino Soro Albumina BTC – Beta -Celulina Na famosa palestra Mito do Leite, ouvimos que: “...homologia estrutural, o mimetismo molecular, ou seja se o leite cria um anticorpo contra a caseína e lá no seu pâncreas tem uma proteína que na cadeia de aminoácidos dela tem um grupo de aminoácidos parecido com o grupo de aminoácidos da caseína, aquele anticorpo agora não só vai atacar a caseína do leite com também vai lá e ataca o seu pâncreas! E você desenvolve diabetes tipo 1. Então, a incidência de diabetes tipo 1 está relacionada com o consumo de leite, pelo processo do mimetismo molecular, pelo processo da homologia estrutural. Ou seja, a proteína, caseína tem proteínas primas semelhantes que estão no fígado, que estão no pâncreas, que estão em outras partes do corpo” (Dr. Lair Ribeiro) 31 / 50 Em BRIGGS (1960), é mostrado que a ideia de que o leite seria bom para quem tem úlcera causou um aumento de 600% na incidência de infarto do miocárdio nesse grupo. 2 - Resultados Em 1931, Otto Heinrich Warburg (1883-1970), recebeu o prêmio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DE MUITAS DOENÇAS E DO CÂNCER, provou que um estilo de vida antifisiológico e com uma alimentação antifisiológica gera condições para as doenças invadirem o organismo. Para ele a alimentação antifisiológica – dieta baseada em alimentos acidificantes mais sedentarismo cria no organismo um ambiente de acidez abaixo de pH 7,0 “A falta de oxigênio e a acidez são as duas caras de uma mesma moeda: quando você tem um, você tem o outro. As substâncias ácidas repelem o oxigênio; em oposto, as substâncias alcalinas atraem o oxigênio. Privar uma célula de 35% de seu oxigênio durante 48 horas, pode convertê- la em cancerígena. Todas as células normais tem como requisito absoluto o oxigênio, porém as células cancerosas podem viver sem oxigênio – uma regra sem exceção. Os tecidos cancerosos são tecidos ácidos, enquanto que os saudáveis são tecidos alcalinos” (Warbug, 1931). Em sua obra “O metabolismo dos tumores”, Doutor Otto mostrou quetodas as formas de câncer se caracterizam por duas condições básicas: a acidose (acidez do sangue) e a hipóxia (falta de oxigênio). Ele também demonstrou que as células cancerosas são anaeróbias (não respiram oxigênio) e não sobrevivem na presença de altos níveis de oxigênio; mas sobrevivem graças a glicose, sempre que o ambiente está livre de oxigênio. Então, o câncer é uma forma de defesa que certas células do organismo apresentam para continuarem com vida, em um ambiente ácido e carente de oxigênio. Já nas crianças com câncer, a herança da mãe é o fator, já que os alimentos e bebidas que ingeridos pela mãe são compartilhados com o bebê. 32 / 50 Leite = Doenças “Para fazer a vaca dar mais leite eles tiveram a brilhante ideia de engravidar a vaca hoje (porque tudo é feito por inseminação artificial) e daqui a dois meses engravidá-la novamente. Ela já está grávida hoje, então o útero está perfeito para receber a gravidez só não tem o óvulo, mas é feito tudo por inseminação artificial. Eles vão lá e fecundam ela novamente. Então ela está sendo ordenhada e ela está grávida de novo. Só que quando ela fica grávida ela tem placenta e quando tem placenta tem hormônio. A produção de progesterona aumenta 20 25x numa mulher grávida, a produção de estriol aumenta 20x numa mulher grávida. No caso da vaca aumenta 33x no leite, no sangue eu não sei, o dado aqui é de leite. Estrona! Que é um hormônio NÃO DESEJÁVEL, um hormônio CANCERÍGENO! A mulher tem 10% de estrona, a vaca tem 80% de estrona. O perfil hormonal da vaca, obviamente é muito diferente do perfil da mulher” (Dr. Lair Ribeiro) Os malefícios relacionados à ingestão do leite animal são diversos, como veremos nos itens citados abaixo (ESTEVES, 1999), (CURVO, 1992), (KRADJIAN, 2008), (MELO, 1999), (PROUNDLOVE, 1996), (RÓMAN, 2003), (PCRM, 2009), (PLANT, 2007), (NutritionMD), Os efeitos são conhecidos apenas a médio ou longo tempo e, então, detectáveis com certeza, apenas em exames detalhados, que não são divulgados na grande imprensa. Podem ter como 33 / 50 causas micro-organismos e bactérias, como os originários da brucelose e tuberculose e dos grupos da salmonela e de estafilococos. As manifestações são: Acne Alergia (morte súbita em recém nascidos foram associadas a alergia ao leite) Anemia Anorexia Asma Autismo (O autismo em 1970 você encontrava 1 caso a cada 10 mil crianças, em 2005 1 caso a cada 500 crianças e em 2009 1 caso a cada 100 crianças. O autismo vem aumentando no mundo e tem a ver com a nutrição, com a contaminação do leite e do leite materno – Dr. Lair Ribeiro) Câncer de Próstata Câncer de mama Conjuntivites Diarreias Doença de Parkinson Dores abdominais Doença cardíaca Dor nas costas Dores articulares Endocardites Enxaqueca Esclerose múltipla Esquizofrenia (devido ao Beta Casomorfina 7 – Dr. Robert Cade) Febre (inclusive a ondulante e tifoide) Infecções de pele superficiais e profundas Infertilidade Mau hálito Meningites Náuseas Nevralgia Obesidade Obstipação (prisão de ventre) Perturbações intestinais, hepato-biliares e vesiculares Pneumonias Septicemia (infecções da correntes sanguínea) Suor excessivo Tuberculose Vertigens Vômitos E etc Há também os males que se desenvolvem pela absorção da gordura 34 / 50 saturada e do colesterol, como também do excesso de proteína animal, altamente presentes no leite animal. Estes males são: obesidade diabetes infartos (infarto do miocárdio) doenças coronarianas AVC (acidente vascular cerebral) impotência sexual masculina trombose dislipidemias arteriosclerose artrite reumatismo osteoporose A presença dos hormônios naturais ou ainda os hormônios sintéticos aplicados ao animal para aumento da produção do leite está também vinculado à diversos males, principalmente de ordem sexual e de reprodução. Entre eles: alterações hormonais desequilíbrio menstrual obesidade diabetes nanismo gigantismo doenças renais hipertensão crescimento de pelos nas mulheres desenvolvimento precoce dos seios em meninas ginecomastia (aumento das mamas no homem) puberdade precoce masculinização de mulheres feminilização de homens tumores de próstata tumores de mama tumores de útero tumores de ovário tumores de testículos tumores benignos e malignos, principalmente dos órgãos ligados à reprodução abortos prematuros impotência sexual masculina infertilidade 35 / 50 A concentração de estrona no soro do leite de uma vaca não prenha é de 30pg/ml. A concentração numa vaca prenha (41-60 dias) é de 151pg/ml. Numa vaca prenha (220-240 dias) é de 1000pg/ml. Houve um aumento de 33 vezes na concentração de estrona no leite. (Mito do Leite) Mulheres que tomam dois ou mais copos de leite têm um aumento de 66% no risco de desenvolverem câncer de ovário (PECK, 2000) “Existe uma correlação entre ingestão de leite e câncer de próstata” (GIAVANNUCCI, 2001, pag 87-92) No gráfico acima, é possível perceber que a incidência de esclerose múltipla aumenta com o consumo de leite. Um paciente com esclerose múltipla precisa parar de tomar leite, para parar de desencadear processos autoimunes causados por uma série de proteínas. Muitas começaram por causa do leite, ela tem uma alergia ao leite, cria o anticorpo esse ataca a mielina nos nervos e desenvolve a esclerose múltipla. (Dr. Lair Ribeiro). 36 / 50 Dr. Lair, também mostra que quanto maior o consumo de leite, maior a incidência de câncer de mama. A incidência de câncer de mama na Holanda é altíssima, pois consomem muito leite. E na Coréia do Sul, onde o consumo é nulo ou baixíssimo, ocorre justamente o contrário. Todos os estudos apresentados até hoje, epidemiológicos, existe uma correlação entre a quantidade de leite que se toma e a incidência de câncer de mama. Quanto maior o consumo de caseína, maior a incidência de diabetes tipo 1, pela homologia estrutural. Quanto mais leite você toma, mais caseína tem. O Dr Walter C. Willet , autor do estudo "Nurses Health Study" onde 77.761 mulheres com idades entre 30 e 45 anos foram acompanhadas por 12 anos. Foram analisadas a dieta e fraturas de rádio e fêmur. Conclusão desse estudo: AS MULHERES QUE INGERIRAM DOIS OU MAIS COPOS DE LEITE POR DIA TIVERAM MAIS FRATURAS QUE AQUELAS QUE INGERIRAM UM OU MENOS DE UM COPO POR SEMANA. Grupo que fez suplementação com cálcio, conclusão: O GRUPO QUE FEZ SUPLEMENTAÇÃO COM CÁLCIO, TEVE MAIS INFARTO DO QUE O GRUPO QUE NÃO SUPLEMENTOU. Porque o cálcio não é só absorver ele, ele teria que ficar preso no osso. Se ele não fica no osso ele se deposita nas artérias e cria problemas. Suplementação de cálcio em mulheres saudáveis menopausadas aumenta o risco de infarto do miocárdio. 37 / 50 Quanto maior a ingestão de cálcio, maior a incidência de fratura de quadril. Quando você toma o cálcio sozinho, você facilita fraturas no quadril. Percebe-se, que problema não é apenas o cálcio, é a relação cálcio/magnésio. Na palestra virtual, Mito do Leite, é mostrado que na Finlândia, se morria muito do coração, onde mais tinha doenças cardíacas no mundo. Mas isso mudou, pois o departamento de saúde da Finlândia criou um sal, onde aumentaram a concentração de magnésio, diminuíram a concentração de cálcio e esse problema sério caiu dramaticamente. Mostrando a relação ideal entre cálcio / magnésio é de no máximo 2 para 1. E no leite é mais de 10 para 1. Ouseja o cálcio proveniente do leite é MALÉFICO, pois traz a relação com o magnésio ruim para a saúde, o risco de morte aumenta! Já que o problema não é cálcio, qual é o problema? Primeiro que 85 a 90% do osso é PROTEÍNA, não é mineral. Segundo, produtos lácteos tem sido considerados alimentos saudáveis, e, isso infelizmente é apenas um mito (CAMPBELL, 2006) Não faz sentido que tenhamos que depender a vida toda de leite de uma outra espécie para preencher nossas necessidades de cálcio. O esqueleto é constituído de dois tipos de ossos: 38 / 50 - Cortical (exterior)------------------ 80% - Trabecular (interior)---------------- 20% É só no trabecular que tem a mineralização. E os estudos de cremação mostram que você pegando um jovem de 18 anos, 1,80m pesando 80kg. E pegar um indivíduo de 80 anos, 1,80 pesando 80kg, Eles morrendo e são cremados, o que sobra de cinza é igual. Como a cinza são os são os minerais, é o cálcio que ficou, podemos dizer que é mito dizer que o osso tem menos cálcio a medida que envelhece, pois senão as cinzas do homem de 80 anos deveria pesar bem menos do que as do de 18 anos. (Dr. Lair Ribeiro) 39 / 50 Carne = Doenças “Carnívoros verdadeiros secretam uma enzima, a URICASE, para metabolizar o ácido úrico da carne. Na sua ausência, o organismo neutraliza esse forte ácido usamos minerais alcalinos, como o cálcio, podendo formar cristais e causar gota, pedra no rim, doenças renais, artrite e reumatismo. SE NÃO FABRICA A URICASE, COMO PODE O HOMEM CONSIDERAR- SE CARNÍVORO? Por isso os produtos ácidos desmineralizam o organismo, retirando dos ossos principalmente o cálcio, para corrigir o pH ácido gerado pela alimentação ácida”. (PIRAJA, 2015) “Só há relatos de cânceres em animais com hábitos carnívoros” (A Carne é Fraca) “Ninguém nunca ouviu alguém dizer que está com déficit de proteínas” (A Carne é fraca) 40 / 50 O Dr. Shynia, do Japão, mostra em sua famosa apresentação no YouTube que Câncer, polipos e outras doenças tem sua origem no consumo de proteína animal (Carne, Leite e derivados). “O consumo de carne é INSALUBRE, tanto que a Ciência já associou o consumo de carne com vários tipos de câncer, como mama, intestino e próstata, além de aumentar a incidência de patologias cardíacas e metabólicas e transmitir doenças graves, como a Neurocisticercose e a Doença da Vaca Louca. É ANTIFISIOLÓGICO, pois todo nosso organismo tem evidências a favor de uma dieta vegetariana. Não temos garras para capturar nossas vítimas, nem presas para mastigar sua carne, e nossos molares são achatados. Nosso fígado, órgão que neutraliza os venenos, é pequeno, comparado proporcionalmente com o tamanho de nosso corpo. Nosso intestino é longo e cheio de microvilosidades, que aumentam a absorção dos alimentos, ao contrário do dos carnívoros, que é curto, por isso o contato deles com a carne e suas toxinas dá-se por um breve período. Nossos ácidos estomacais são mais fracos, porque ácidos fortes não são necessários para digerir frutas e vegetais; então o PH de nosso estômago é em torno de 5, ao passo que o dos carnívoros, 1. Temos Ptialina na boca, a Amilase salivar, enzima que começa a digerir os carboidratos dos vegetais assim que entram na cavidade oral, ausente nos carnívoros verdadeiros, pois esses não ingerem vegetais. Não fabricamos a Uricase, enzima que metaboliza o ácido úrico presente na carne em grande quantidade, aí 41 / 50 utilizamos nosso cálcio para alcalinizar esse forte ácido, o que acidifica o organismo e provoca a formação de radicais livres, relacionados ao envelhecimento. Fora que os cristais formados podem depositar-se nas articulações, dando origem à Gota e a Reumatismos” (PIRAJA, 2015) Carnívoros tem um intestino curto para rápida expulsão da carne em decomposição. Vegetarianos, incluindo o homem, tem um intestino longo, para a digestão lenta de frutas e vegetais. Carnívoros possuem longos e afiados dentes, vegetarianos possuem dentes aptos a cortar e moer grãos, frutas e vegetais. 42 / 50 3 – Discussão dos Resultados Meio-ambiente: A escassez de água em alguns países, de fato, pode levar a escolhas políticas para restringir a exportação de alimentos. Na reportagem, do O Globo “O Brasil exporta certa de 112 trilhões de Litros de água doce por ano”, lembram que o governo de Israel, por exemplo, desencoraja a exportação de laranjas — tradicionalmente cultivadas com um sistema de irrigação pesado —, para evitar que grandes quantidades de água virtual sejam exportadas para diferentes partes do mundo. Mesmo no Brasil, abundante de recursos hídricos, precisa levar em conta o uso de água nas culturas diante de uma distribuição desigual em seu território. Menos povoada, a Região Amazônica concentra a maior parte da água superficial do país, enquanto a populosa Região Sudeste tem disponível 6% do total da água doce. No semiárido nordestino, os rios são pobres e temporários, o que acaba criando uma pluviosidade baixa. O consumo de água necessária para gerar alimentos de origem animal, não é economicamente (levando-se o custo da agua para o futuro) viável. Saúde: Como visto, dados, fatos e argumentos para deixarmos de lado o consumo de ingredientes de origem animal são abundantes. Sabemos que o lobby das industrias para continuarmos, aumentarmos esse consumo é forte, logo não podemos esperar que haja campanhas publicitárias divulgando esses fatos, na mesma proporção. Dra. Piraja, define os consumidores de carne em 3 tipos: CARNÍVORO: O animal que mata a própria presa e a devora com o sangue ainda quente. Ex: leão, leopardo, onça, tigre. CARNICEIRO: O animal que não tem capacidade de matar a própria presa, espera que ela morra ou que um predador mate-a, e a devora mais tarde, com o sangue já frio. Ex: abutre, urubu, hiena, corvo. NECRÓFAGO: Come a carne com meses de estocagem nos frigoríficos. Não saliva ao vê-la no seu estado natural, precisa maquiá-la para enganar seus sentidos e conseguir comê-la. Ex.: homem. 43 / 50 Sugestões de Consumo Como vimos, a dieta vegana é mais do que uma alternativa, é essencial para vivermos mais e melhor: Pirâmide alimentar vegana 44 / 50 Alternativa ao Leite animal Além dos leites vegetais da tabela acima, há outras opções, como os leites de: Alpiste, Amêndoas, Amendoim, Brotos de Soja (Moyashi), Cânhamo, Castanha-do-Brasil(Castanha do Para), Girassol, Macadâmia, Sementes de Abóbora, podem ser feitos em casa, e receitas são facilmente encontradas pela internet. Alternativa ao Carne Animal Primeiro, não há um único alimento vegetal para substituir a carne animal, nenhum é idêntico a ela. E nem precisa ser, pois a dieta vegetariana pode ser muito 45 / 50 mais rica e variada do que a dieta que onívora (que inclui as carnes). Precisa-se quebrar pré-conceitos, pois a carne não é o centro da dieta, ela é(deveria ser) apenas uma opção. A questão da proteína, não é problema, pois há uma diversidade enorme de fontes, como castanhas e sementes (nozes, avelãs, castanha-do-Brasil/Pará, castanha de caju, amêndoas, gergelim, semente de girassol) e pelas leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja e derivados). Compara com à carne, esses alimentos vegetais suprem nossas necessidades, mas com uma carga menor de gordura total e gordura saturada. Isto permite que haja espaço para a inclusão de outros alimentos que serão fontes de ainda outros nutrientes e assim a dietase torna mais rica e mais completa. Se considerarmos a qualidade desta proteína, veremos ainda que a ideia da “substituição”, nestes termos, fica ainda mais inviável. Isto não significa dizer que seja inviável suprir a nossa necessidade proteica com vegetais, significa apenas que a busca por um substituto vegetal idêntico à carne tem grandes chances de ser frustrada, pois é raro um alimento vegetal que contenha todos os aminoácidos essenciais. No entanto, uma combinação de alimentos vegetais garante a ingestão destes aminoácidos de forma completa e é aqui que encontramos a melhor ilustração deste paradigma inerente: se são raros os vegetais com um bom perfil de aminoácidos, como pode um vegetal suprir adequadamente a nossa necessidade destes? Um único vegetal raramente poderá, mas uma variedade de vegetais o fará tranquilamente, reforçando a ideia de que a adequação da dieta não está em um “substituto” à carne, mas na reforma global das escolhas alimentares. Dr. George Guimarães diz que os maiores benefícios da dieta vegetariana advém justamente desta necessidade de variar a dieta. Precisa-se mudar os velhos hábitos que contam com uma variedade muito limitada de alimentos para manter o indivíduo razoavelmente saudável. Necessitamos explorar novos ingredientes, novas preparações, novas influências culinárias. O resultado será uma dieta bastante variada, que permite o consumo de uma gama maior de nutrientes, e com isso, permitirem-nos o consumo de uma gama maior de substâncias protetoras (antioxidantes, fitoquímicos, fibras), um quesito essencial para uma vida saudável. 46 / 50 Alternativa ao Ovo (Ovulação) 47 / 50 Conclusão Cada vez mais os meios de comunicação procuram mostrar a importância do consumo consciente da água, que devemos poupar água. Como vimos nesse trabalho, a pecuária representa 70% do consumo mundial de água. Logo, parece-me óbvio pararmos de incentivar esse consumo. Não é racional reduzirmos o tempo no chuveiro e continuarmos consumido carnes, que como foi visto ao longo do trabalho, consome água de vários dias de banho. Precisamos abster-nos desse hábito, que além de cruel, insalubre a nossa saúde, também consome muita água, o que em algumas décadas, se não mudarmos, tornar-se-á insustentável. No Guia de Alimentação para a população Brasileira, de 2014, publicado pelo Ministério da Saúde, embora houve avanços em relação ao de 2006, ainda foram reticentes em abolir o leite e a carne animal. Como é mostrado nesse artigo, eles não deveriam considerar o leite como opção alimentar. Já quanto à carne, a única observação que fazem é que é rica em gorduras saturadas, pode causar doenças, inclusive o câncer. Mas não falam sobre a ausência da uricase em humanos, da associação entre o consumo de carne vermelha e o câncer de mama, nem sobre o fato da carne ser extremamente ácida e por isso espoliar cálcio e minerais do organismo, na tentativa de equilibrar o pH, e etc., como também foi apresentado nesse artigo. Houveram avanços, mas ainda precisamos de um Ministério da Saúde sem medo, que não seja influenciado por “lobistas”, sejam eles diretos ou não. A saúde, principalmente para tal Órgão Público, deveria estar primeiro lugar. 48 / 50 Referencias 1) A Dieta Alcalina. Disponível em <http://adietaalcalina.blogspot.com/ 2011/06/o-que-e-dieta-alcalina.html>. Acesso em: 05/02/2015 2) AKATU, Instituto – Consumo Consciente da Agua. Disponível em: http://www.akatu.org.br. Acesso em 03/02/2015. 3) AMARAL NETO, Dr. Roberto Franco do. Dieta Alcalina para uma alimentação saudável. Disponível em <http://www.robertofrancodoamaral .com.br/blog/alimentacao/dieta-alcalina-para-uma-vida-mais-saudavel>. Acesso em 05/02/2015 4) BRIGGS, RD et al. Myocardial infarction in patients treated with Sippy and other high-milk diets. Circulation 21 (1960): 538-42 5) BROWN University – Health Promotion – Disponível em: < http://www.brown.edu/Student_Services/Health_Services/Health_Education/ nutrition_&_eating_concerns/being_a_vegetarian.php > Acesso em: 06/02/2015 6) CAMPBELL, Dr. T. Colin. The China Study: The Most Comprehensive Study of Nutrition Ever Conducted and the Startling implications for Diet, Weight Loss and Long-term Health, Ed. 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