Buscar

Anatomia Patológica Veterinária 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Genital Masculino
É constituído pelo testículo, epidídimo, vias espermáticas, pênis e prepúcio. O testículo tem função endócrina (testosterona) e função exócrina (espermatozoides).
Tésticulos 
× Alterações Congênitas 
Ectopia Testicular
Criptorquidia
Ausência de um (unilateral) ou ambos (bilateral) os testículos na bolsa escrotal. Os casos de criptorquidia unilateral são mais frequentes. A descida dos testículos para a bolsa escrotal ocorre ainda na vida fetal. No cão, pode ser um pouco atrasado e se completa com 10-15 dias após o nascimento. Entretanto, há algumas raças que esse período pode ser ainda mais longo (50-60 dias). 
Em algumas espécies a criptorquidia tem fundo hereditário, como por exemplo, no equino onde se relaciona com um gene dominante. Se for unilateral o animal é fértil apesar da concentração diminuída de espermatozoides.
O testículo retido na cavidade abdominal não produz espermatozoides já que as células da linhagem seminal (Células de Sertoli) são muito sensíveis a temperaturas elevadas. O testículo retido na cavidade abdominal é um testículo que com o passar dos anos é mais sujeito a desenvolver tumor testicular (sertolioma e semioma) devido a exposição a “altas” temperaturas para essas células. Nesses testículos o tubulo seminifero tende a ficar reduzido de volume pois as células de Sertoli estão ausentes ou em quantidade diminuída. 
Com o passar do tempo vai aumentar o tecido intersiticial – fibrose o que aumenta a consistência do testículo. Células de leydig sofrem hiperplasia, podendo assim haver aumento nos níveis de testosterona e consequente mudança de comportamento sexual do animal.
Criptorquidia é mais frequente em equino e cães.
× Alteração do desenvolvimento
Hipoplasia Testicular
Provocada por gene recessiva e pode ser unilateral (maioria) ou bilateral. A hipoplasia possui graus diferentes e microscopicamente se vê túbulos seminíferos com a luz diminuída, sem células da linhagem seminal. É moderada quando há aproximadamente 10% dos túbulos seminíferos alterados. É considerada intermediária quando aproximadamente 50% dos túbulos estão afetados pela Hipoplasia e há queda drástica da fertilidade, mas ainda é fértil. É grave quando aprox. 100% dos túbulos estão afetados. Se for bilateral, o animal é estéril, se for unilateral terá fertilidade reduzida. O diagnóstico pode ser clínico por uma bolsa escrotal assimétrica, porém a bolsa escrotal de bovinos tem discreta assimetria normalmente. 
× Alteração degenerativa
Degeneração testicular
Processo de causas variadas, que afeta a função dos testículos por meio da diminuição da população de células da linhagem seminal. É um processo adquirido tendo como principal causa a exposição a temperaturas elevada. Nos bovinos as raças zebuínas são mais resistentes as altas temperaturas que que as raças europeias.
 Outras causas para a degeneração testicular são as orquites, dermatite escrotal, fatores endócrinos e nutricionais, intoxicações, microorganismos, radiação e alterações vasculares.
Orquite é um processo inflamatório que leva a um aumento do fluxo de sangue que gera uma hiperemia ativa e um aumento da temperatura local. A dermatite escrotal também gera uma maior vascularização que leva a degeneração testicular pelos mesmos mecanismos que as orquites. 
Fatores nutricionais como a deficiência de vitamina A (reduz a liberação de hormônios gonadotróficos pela hipófise), Zinco (retarda o desenvolvi mento e a função testicular – ruminantes em pasto) e desnutrição e doenças crônicas (deficiência d e proteína, fósforo, vitamina E)
Fatores endócrinos (deficiência hormonal). Intoxicações principalmente a por gossipol que é uma substancia contida no farelo de algodão usado na produção de silagem e ração para o gado. Microorganismos que indiretamente podem levar a uma orquite. 
× Alterações Inflamatórias
Orquite
Não é muito frequente, mas geralmente se estabelece por rota hematógena devido a uma bacteremia, mas também pode se estabelecer por via ascendente como nas infecções por brucella. 
As orgites geram poucas alterações da morfologias no órgão. Geralmente ocorre a formação de pequenos abscessos no órgão. 
× Alterações Neoplásicas
Metastase em testículos não são frequentes.
Neoplasias Primárias
Afeta elementos especializados dos testículos. 
Sertolioma
Aumenta o volume do testículo, de forma considerável. É geralmente unilateral e possui aspecto lobulado ou cavitário, sendo uma massa de coloração clara. 
Pode causar quadro de hiperestrogenismo que faz com que o animal apresnete queda assimétrica de pelo, ginecomastia (aumento de volume de glândula mamaria) e pode se tornar sexualmente atrativo para outros cães machos. Mais comum em cães seguido por bovinos e equinos
Seminoma
Também leva aumento considerável nas dimensões do testículo. Geralmente é uma massa mais brilhante, mais úmida, mais brancacenta e de crescimento rápido. Não há alteração do perfil endócrino e é mais comum em cães velhos. 
Leydigocitoma
Observado na forma de nódulos únicos ou múltiplos, observados no interior do testículo, mas vascularizados (mais avermelhados), ou com coloração amarelada (rico em testosterona), esféricos, de tamanhos variados e não promovem alteração no tamanho do testículo. Pode ser hormonicamente ativo levando a uma maior produção de testosterona e por consequência um aumento da próstata em cães. É mais comum em equinos com cripdorquidismo. 
Teratoma
Epididimo
× Alteração congênita
Aplasia segmentar
É um ponto cego de obstrução completa da luz do ducto epididimário e acontece geralmente no corpo ou na calda do epidídimo. 
Havendo obstrução não ocorre nada em animais muito jovens, mas com o desenvolvimento há uma espermiostase, gerando secundariamente uma espermatocele que é a dilatação do epidídimo que pode gerar um granuloma espermático. Como consequência se instala um processo inflamatório observado na forma de nódulo e abscesso. Essa alteração é mais comum em caprinos.
× Alterações Inflamatórias
Epididimite
Pode ser por via ascendente ou hematógena. Pode ser provocada por diferentes agentes sendo os principais a Brucella sp., Mycobacterium sp (tuberculose) e outros.
× Alterações Neoplásicas
Muito raras.
Glândulas Anexas
- Próstata
Existente no cão e homem sendo um órgão compacto, visto macroscopicamente.
A prostatite e hiperplasia prostáticas ocorrem principalmente em cães velhos. Manifestados na forma de aumento de volume da próstata. Pode aumentar para o exterior e interior, sendo que no último caso essa prostative pode levar a uma estenose da uretra que gera uma dilatação da bexica crônica levando a uma uremia pos-renal. Na hiperplasia a superfície da próstata fica mais heterogênea em termos de coloração
- Pênis e Prepúcio
× Alterações Inflamatórias
Ocorrem com frequência, sobretudo em bovinos, sendo chamados de Balanopostite. É um processo inflamatório conjunto e na maioria das vezes são subclínicos, mas são observados em lavados prepuciais que apresentam grande concentração de microorganismos que tem grande significado sobre ponto de vista reprodutivo e podem provocar uma disseminação durante o coito (endometrites e até problemas que podem levar ao aborto).
Atropoustite é um processo crônico, observado principalmente em bovinos, envolve sobretudo o prepúcio. O prepúcio pendular (em zebus) é mais propenso a traumas, o que facilita a atropostite, podendo quase obliterar o ostio (não há exteriorização do prepúcio),levando ao quadro de fimose. Em determinadas circunstância é necessário cirurgia. 
× Alterações Neoplásicas 
Tumor venéreo transmissível (TVT)
Comum em cães e possui origem viral.
Fibropapiloma
Provavelmente também é um tumor que se transmite pelo coito (vírus) e é vista em touros jovens. 
Carcinoma de Pênis
Ocorre em equinos e geralmente próximo a glande sendo extremamente invasivo. Geralmente é diagnosticada em estágios mais avançados e o animal precisa passar por uma penectomia. Não acontece em outras espécies. Podeser atribuído pela secreção prepucial (esmegma). Equino tem uma bolsa que dificulta a eliminação dessa secreção, que passa a ter contato direto com o pênis. 
Diferenciação Sexual
Os animais são divididos em machos e fêmea, seja fenotipicamente pela presença de pênis ou vagina ou genotipicamente pela presença do cariótipo XX ou XY.
Embriologia
Nos bovinos durante os primeiros 50 dias de vida, o embrião não possui gônadas diferenciadas (gonócitos). A partir dos 50 dias o gene SRY, localizado no cromossomo Y, faz com que haja a produção do fator de desenvolvimento testicular (FDT). A partir da atuação do FDT passa a ocorrer a formação das células de sertoli e células de leidig. 
As células de sertoli produzem o hormônio anti-moleriano (HAM) também conhecido como fator inibidor paramesonéfricos. O ducto paramesonéfrico forma as vias genitais femininas como tuba uterina, corno uterino, útero e a porção cranial da vagina. A inibição do ducto paramesonéfrico causa o estimulo do ducto mesonefrico, que ao se desenvolver forma a glândula vesicular, epidídimo e o ducto deferente. 
As células de leidig produzem testosterona, que vai atuar no seio urogenital para o desenvolvimento de pênis, prepúcio e bolsa escrotal. 
O seio urogenital na ausência de testosterona desenvolve as vias genitais externas femininas porção caudal da vagina, vestóbulo da vagina, clitóris e vulva.
Nas fêmea não há o fator SRY e assim não ocorre a formação de testículo. Sem estimulo todas as estruturas viram estruturas femininas. 
Intersexo ou Hermafroditismo
São indivíduos que por alteração da sua organogênese, apresentam vias genitais de ambos os sexos (vias internas e externas). 
O hermafroditismo é mais comum em caprinos e suínos, podendo estar associado com a ausência fisiológica de chifre pois animais mochos machos quando cruzados com cabras mochas, a possibilidade de desenvolver hermafroditismo é maior.
O aspecto macroscópico varia bastante e existem 3 tipos de classificações que são baseadas nas gonodas: Hermafrodita verdadeiro, pseudo - hermafrodita macho e pseudo - hermafrodita fêmea. 
× Hermafrodita verdadeiro
É aquele animal em que uma gônada é testículo e uma gônada é ovário ou com duas gônadas chamadas ovotestis onde na mesma gônada há uma porção testicular e uma porção ovariana, localizado na cavidade abdominal. Geralmente as estruturas são afuncionais .
As vias genitais internas podem ter componentes masculinos e femininos e as vias genitais externas geralmente são femininas com alterações. Geralmente se observa a vulva pouco desenvolvida, e o clitóris bastante desenvolvido, principalmente em suínos.
× Pseudo - hermafrodita macho
Consiste da grande maioria dos casos de pseudo – hermafroditismo. Animal apresenta testículos retidos na cavidade abdominal, vias genitais internas femininas, e vias genitais externas são masculinas e pouco desenvolvidas. 
× Pseudo - hermafrodita fêmea
Gônadas são femininas = ovários. Vias genitais internas geralmente são masculinas, e as vias genitais externas são geralmente femininas, embora rudimentares. 
Free – Martin
Toda fêmea bovina, estéril, nascida a partir de uma gestação gemelar com o macho não sendo muito comum. Para ocorrer Free – Martin deve-se ter 4 condições:
Dupla ovulação (apenas gêmeos bi vitelinos)
Um ovulo tem que ser fecundado pelo cromossomo X e outro pelo cromossomo Y. 
Presença de heterossexos no útero.
Anastomose de vasos coriônicos (placentários), que acontece na maioria dos casos de gestação gemelar.
A partir da anastomose ocorrem trocas sanguíneas entre os fetos, havendo passagem de células masculinas para o feto feminino e vice – versa. Essa anastomose ocorre ao final do primeiro mês de gestação, em que as gônadas ainda são indiferenciadas, podendo sofrer masculinização e a formação obrigatória de um ovotestis. 
A fêmea será estéril por conter ovotestis e todo perfil endócrino, sobretudo após a puberdado, será alterado. Ela irá possuir tuba uterina e útero rudimentares ou ausentes e vagina subdesenvolvida. Quanto maior a troca de células, mais masculinizada será essa fêmea. Glândula mamária também será rudimentar. Diagnostico é baseado na anamnése.
Sistema Genital Feminino
Patologias de Ovário
× Anomalias do desenvolvimento
Hipoplasia ovariana 
Alteração genital caracterizada pela diminuição congênita do volume dos ovários. Os ovários apresentam uma superfície lisa ou ligeiramente estriada, sem evidencias de desenvolvimento de folículos e consequentemente sem corpo lúteo, ou seja, é um ovário que não tem atividade ovariana. 
Tem componente genético sendo desencadeada por um gene autossômico recessivo de penetrância incompleta. A penetrancia incompleta significa que nem todos animais que desenvolvem esse genótipo recessivo, expressão essa Hipoplasia ovariana. A expressividade variável significa que a hipoplasia ovariana pode ser total ou parcial.
Ocorre principalmente em vacas e a maioria das hipoplasias ovarianas (90% dos casos) é unilateral e na maioria das vezes ela é esquerda (85%) sendo na maioria das vezes pacial. 
Em casos de Hipoplasia total e bilateral não há produção de homônimos sexuais, tendo infantilismo genital. 
Em casos de vacas com Hipoplasia ovariana unilateral total, bilateral parcial e unilateral parcial o animal pode ser fértil. Nesse casos de disseminação do gene defeituoso que pode se espalhar dentro do rebanho causando problemas reprodutivos sérios a longo prazo.
× Alterações adquiridas
Ovários afuncionais
São mais frequentes em vacas. A vaca possui normalmente possui um ciclo estral continuo e que se repete de 21 em 21 dias. Em casos de ausência de ciclo estral se tem ovários afuncionais. 
A condição de ovários afuncionais geralmente ocorre em vacas submetidas a uma alimentação deficiente e é um achado que ocorre com relativa frequência. Ocorrem geralmente em épocas de seca (restrição alimentar) sobretudo em rebanhos que não são devidamente suplementados. Com os ovários afuncionais não há crescimento folicular e o animal entra em anestro que pode perdurar por meses, levando a uma diminuição de tamanho do ovários e a ausência de folículos e corpo lúteo. 
Geralmente acomete rebanhos e é bilateral. Com a correção da dieta, há alteração significativas e o animal entra em estro naturalmente. 
× Alterações Circulatórias
Hemorragias
Podemos observar hematomas no ovário na época da ovulação devido ao rompimento do folículo que pode romper algum vaso e levar a uma hemorragia pós ovulação. Ocorre toda vez que rompe um folículo.
 Na égua, em determinadas situações ele pode ser mais intenso. Na gestação há manutenção do corpo lúteo que seria normalmente degradado por luteolisina (regressão do corpo lúteo) gerando um novo ciclo. Devido a alguma alteração no endométrio, não há produção de luteolisina suficiente para regressão do corpo lúteo (corpo lúteo persistente), assim o veterinário pode retirar esse corpo lúteo (estirpar) o que irá gerar hemorragia e liberação de fibrina, podendo haver aderência do ovário com alguma estrutura abdominal.
× Alterações degenerativas
Cisto Ovariano
Cisto folicular
Alteração em que aqueles folículos em desenvolvimento por um determinado motivo não sofrem ovulação e assim continuam desenvolvendo, até se transformar num cisto. Assim um cisto folicular é folículo que não se rompeu geralmente relacionado a distúrbios endócrinos ( FSH ). Pode ocorrer também na porca, mas é mais comum em bovinos.
No caso do cisto folicular provavelmente há persistência dos níveis elevados de FSH e assim há continuação na estimulação do desenvolvimento do folículo. Outra hipótese se refere aos níveis de LH (diminuição), ou diminuição dos receptores de LH. Outra hipótese é a diminuição do acido siálico, que promove a diminuição dos níveis de LH. 
Não ocorre na égua (não é relevante). É a alteração cística mais importante na vaca, ocorrendo sobretudo em vacas leiteira se comparadas a vaca de corte geralmente no período pós parto. 
Alguns fatores favorecem a formaçãode cistos foliculares como a retenção de placenta, partos distórcicos e hipocalcemia pós parto. 
O cisto pode persistir 30 – 60 dias, podendo involuir naturalmente (metade dos casos). Uma vez estabelecido pode causar alterações no perfil endócrino da vaca estando algumas vezes está associado a ninfomania (hiperestrogenismo). Na onda de crescimento folicular pode ser que um ou mais folículos não se rompam e se transformam em cistos foliculares de retenção e apesar de serem frequentes não há nenhuma alteração endócrina. Esse cisto de retenção sofre processo de atresia folicular. Nos casos de cistos foliculares em grande quantidade (5 – 6) e de grande tamanho, geralmente a porca entra em anestro pois esses cistos geralmente são acompanhados de aumento no nível de progesterona.
Cisto Luteinizado
É um cisto folicular em que houve luteinização completa de sua parede. O comum é ocorrer níveis ligeiramente mais elevados de progesterona, assim não há hiperestrogenismo. É frequente na porca e também existe a possibilidade de ocorrer na vaca. 
Cisto do Corpo Lúteo
O corpo lúteo se forma após a ovulação e observa-se a porção central do cisto cavitária (com liquido). Provavelmente não houve vascularização adequada da porção central e houve degeneração da parte central por isquemia, assim o corpo lúteo fica “oco”. Outra hipótese é após o rompimento do corpo luteo há fechamento precoce da papila de ovulação, ficando grande quantidade de liquido contida no interior. A presença de cisto no corpo luteo gera níveis ligeiramente mais baixos de progesterona, mas esse nível é mantido porque a placenta tambem produz progesterona.
Cisto de Inclusão Germinal
É formado devido a dobras do peritônio que revestem o ovário, assim com a ovulação há formação de estruturas císticas (dobras sucessivas) que não interferem com a fertilidade na maioria das espécies (exceto a égua). Na égua a ovulação só ocorre na fossa de ovulação, sendo assim se acontecer esse cisto nessa região não ocorre a passagem do ovócito. Esses cistos na égua são chamados de Cistos da Fossa.
× Alterações Neoplásicas
Neplasias Primárias
 Adenocarcinomas
São tumores de origem epitelial mais frequentes em égua e cadela. Aspecto depende da fase de desenvolvimento. Pode ser uma massa considerável localizada no ovário, que pode ultrapassar em dezenas de vezes o tamanho de um ovário normal. Geralmente é massa lobulada, sólida, clara. Suas metástases são frequentes seja via hematógena ou por implantação já que o tecido neoplásico é friável e em determinadas circunstâncias há fragmentação do tumor e ele se prende ao assoalho da cavidade abdominal, havendo colonização da base da cavidade abdominal.
Tumor de Células da Granulosa
 Tumores relacionados aos elementos especializados do ovário podendo ser T.C.G – tumor de células da granulosa, Luteoma, Tecoma (dois últimos menos frequentes). Ocorre principalmente em vacas, podendo acometer animais jovens, mas mais frequentemente ocorre em animais mais velhos.
 Macroscopicamente ele é semelhante ao adenocarcinoma pois pode ter grandes dimensões, solido, cístico, massa compacta e mais clara. As células granulosas desse tumor podem produzir hormônios o que pode levar a hiperestrogenismo e ninfomania. Tem sua malignidade mais localizada e geralmente não leva a metástase.
Tumores relacionados as células germinativas (Teratoma)
Neoplasia de células primitivas em que pode-se ver componentes histológicos diversos. Macroscopicamente o ovário possui dimensões normais e contém um nódulo localizado em determinada região que as vezes tem conteúdo leitoso. Geralmente não interfere com a fertilidade. É mais frequente em vacas.
Neoplasias Secundários
Não é local de metástase, portanto são pouco frequentes.
Alterações em Nível de Tuba Uterina
× Anomalias Congênitas
Aplasia Segmentar
Pode ser designada para vários órgãos tubulares, podendo ser uni ou bilateral. Consequência sob ponto de vista clinica não há, mas sobre ponto de vista reprodutivo o animal pode ser sub-fertil se for unilateral ou estéril se for bilateral. 
Além disso devido a tuba ser composta de tecido secretor, ocorre um acumulo de liquido na tuba na parte anterior a aplasia o que leva a uma dilatação e hidrossalpinge. A hidrossalpinge é sempre secundária a uma obstrução da tuba, que também pode ser também relacionada a um processo inflamatório.
× Alterações Inflamatórias
Salpingites
Ocorrem com relativa frequência. Na maioria das vezes se estabelecem secundariamente as endometrites e muitas vezes não é nem diagnosticada.
Piosalpinge
Acumulo de exsudato purulento na tuba, havendo obstrução da tuba. Se for bilateral e total pode gerar esterilidade.
Útero 
A resistência uterina varia durante o ciclo estral. A susceptibilidade é maior durante a fase luteínica. Vários fatores podem estar envolvidos. Durante o estro, a motilidade uterina está aumentada e a cérvix está aberta, facilitando a drenagem e a eliminação física de bactérias. A síntese e secreção de IgG e IgA não sofrem grandes variações, mas são consideradas importantes. 
A redução da resistência uterina está relacionada especialmente a secreção de imunossupressores, induzida pela progesterona para o lúmen do útero, que são capazes de inibir a proliferação de linfócitos e reduzir a migração e capacidade de fagocitose dos neutrófilos. 
Por isso, o útero sob efeito de estrógeno é mais resistente às infecções pois possui maior número de leucócitos polimorfonucleares e muco contendo IgG e IgA. 
× Alterações Congênitas
Aplasia Segmentar 
Total
Não formação de um corno por completo. É geralmente unilateral e é uma alteração relativamente comum. Em animais multíparos o número de filhotes produzidos será reduzido.
Parcial
Não ocorre a formação de um segmento do corno uterino. Como o útero é um epitélio secretor, a não comunicação de dois segmentos do corno uterino causa um acumulo de secreção em um segmento do útero chamado de mucometra (acumulo de muco) e hidrometra (acumulo de líquido mais hidratado).
A mucometra pode ser causada por uma hiperplasia endometrial com uma hiperfunção do endométrio e uma maior produção de muco. 
× Alterações Circulatórias
Não são relevantes.
× Alterações Inflamatórias
São as principais e tem maior importância no aspecto clinico e reprodutivo. São relacionados com o coito ou com o parto, sendo as alterações que ocorrem devido ao parto são mais difusas.
São muito mais freqüentes nos animais domésticos, especialmente em coelhas (90%), na porca (40%) e na cadela (15%). É uma das mais importantes causas de infertilidades e problemas clínicos nos animais de produção. 
O útero normal (não gestante) possui uma alta resistência a infecção e não permite o crescimento ou a permanência de bactérias por um longo período. Contudo, durante o parto ou o coito a cerviz é passada abrindo caminho para infecções e inflamações. 
Quanto à localização , os processos inflamatórios uterinos classificam -se em endometrite (limitada ao endométrio), miometrite (miométrio) e perimetrite (limitada à serosa e ligamentos acessórios). 
A miometrite é rara e ocorre por via hematogena. A perimetrite é por via ascendente sendo rara. 
A metrite envolve toda a parede do útero, podendo ser aguda ou crônica. 
Endometrite
É a alteração mais comum e é normalmente pós-coito. É mais comum na égua pois o garanhão deposita o sêmen no interior do útero. Também pode ocorrer em novilhas que são cruzadas com touros mais velhos, pois o pênis do macho é contaminado e o útero virgem muitas vezes não esta preparado para a carga bacteriana. 
As principais manifestações clinicas são a ausência de prenhes e com repetição do cio, mas com variação do intervalo entre os cios. O espaço entre cios normalmente varia entre 30-40 dias devido a reabsorção embrionária e não de 21 em 21 dias comoseria o ciclo normal de uma fêmea onde não houve formação do zigoto. 
Durante a endometrite ocorre uma secreção com estrias de pus, já em condições normais a secreção é límpida. 
Raramento a endometrite leva a morte do animal, mas tem grande importância para a reprodução. 
Metrite
Processo inflamatório mais difuso, acometendo mais de uma túnica da parede. Esta relacionado sobretudo com o parto. 
Metrite Puerperal 
Ocorre pós parto e acompanha aborto no terço final de gestação, retenção de placenta, partos distorcicos, acetonemia, hipocalcemia e outros. Ela é muito grave do ponto de vista reprodutivo e pode levar a morte do animal por septicemia. 
Macroscopicamente a metrite purulenta tem odor fétido, parede uterina espessa, exsudato abundante e de aspecto achocolatado.
Piometra ou Piometrite
É o processo inflamatório caracterizado por acúmulo de exsudato purulento no útero, com o cérvix total ou parcialmente fechada. É mais comum na cadela, principalmente em cadelas velhas, que nunca pariram ou que fizeram uso de anticoncepcionais ou produtos abortivos. 
 A piometra nas cadelas está associada ao excesso de estrógeno seguido a um excesso de progesterona que leva a uma hiperplasia endometrial cística onde ocorre um da produção de secreção que se torna meio de cultura para bactérias. Essa associação é tao comum que é dominada de Complexo Hiperplasia Endometrial Cística (HEC) – Piometra, onde um distúrbio endócrino gera a HEC que se complica em uma piometra. 
Macroscopicamente, observa -se distensão uterina, mucosa com áreas necróticas, ulceradas e hemorrágicas e áreas secas, brancas, espessadas e císticas, conteúdo purulento , espesso, viscoso, pardo -avermelhado e fétido (E. coli e Proteus). 
Na vaca, geralmente é processo pós-parto (maioria) ou após o coito associada a tritrichomonas. 
Metrite-Mamite-Agalaxia (MMA)
Descrito em porcas, é um processo que aparece 24 a 48 horas após o parto. Caracteriza -se por anorexia, febre, parada da produção de leite e corrimento vaginal purulento . A produção de endotoxina bacteriana (E . coli) inibe a produção de prolactina o que leva a um quadro de agalaxia. 
Existem alguns fatores de manejo que predispõem ao complexo, como ingestão de grandes quantidades de ração nos dias que antecedem ao parto (constipação intestinal → proliferação de E. coli → aumento de endotoxinas → diminuição da produção de prolactina e septicemia → útero → metrite); o uso contínuo das instalações sem vazio sanitário, falta de um sistema esquema rigoroso de desinfecção e outros. Pode ocorrer a morte da leitegada. 
× Alterações Progressivas
Neoplasia
Adenocarcinoma
São raros em animais domésticos, exceto na vaca (freqüentemente encontrado em matadouro) e na coelha. É um tumor primário de glândulas endometriais. A incidência é elevada com o avançar da idade. 
Pode crescer difusamente no endométrio e infiltrar no miométrio ou aparece sob a forma de nódulo brancacento s de consistência moderadamente firme e que se infiltram no miométrio (não encapsulado). Quando difuso, causa espessamento da parede uterina e se confunde macroscopicamente com o linfossarcoma. Produz metástase nos linfonodos regionais, principalmente da cavidade pélvica e n os casos avançados pode atingir o pulmão
Leiomioma
É mais freqüente em cadelas, sendo encontrados no útero, cérvix e vagina. Seu crescimento é dependente de hormônio e freqüentemente está associado a cistos foliculares, hiperplasia endometrial ou neoplasias mamárias. Cessado o efeito do hormônio, o tumor para de crescer ou sofre involução. Inicia no miométrio (primário). Caracteriza-se por formação nodular bem demarcada e não encapsulada, esférica, de coloração rósea ou branca e consistência firme (fibróide), constituído por fibras musculares lisas neoplásica s e grande quantidade de tecido conjuntivo.
Hiperplasia Endometrial Cística
Ocorre em todas as fêmeas domesticas após um desequilíbrio endócrino com um aumento do numero de glândulas secretoras. Na vaca e na ovelha ocorre após um quadro de hiperestrogenismo que pode ser causado por varias coisas, inclusive plantas hiperestrogenicas como o trevo. 
Cérvix
× Anomalias Congenitas
Hipoplasia de Cérvix
Quando o número de anéis cervicais e o diâmetro da cérvix ficam diminuído. Assim, o fechamento e proteção do útero são menos efetivos.
Tortuosidade de Cérvix 
Não tem implicação na vida do animal, mas se o animal for inseminado a pipeta ira traumatizar a cérvix podendo gerar a uma cervicite. A tortuosidade também pode gerar um problemas de parto.
Duplicidade de Cérvix
Assim, cada corno possui uma cérvix ou você tem uma cérvix falsa. 
Persistência do Ducto Paramesonéfrico
× Alterações Inflamatórias
Cervicite
Esta associada as vaginites e as cervicites. 
Geralmente, é uma extensão de endometrite ou vaginite. O epitélio secretor de muco fornece uma boa defesa contra a invasão bacteriana. Se ele for lesado, o tecido subjacente é exposto, mas este não é especialmente sensível a ação de bactérias. A maioria das in flamações é superficial, exceto em caso s como a necrobacilose. A cervicite caracteriza-se por hiperemia, edema, projeção d os anéis e exsudato mucopurulento, com degeneração e d escamação do epitélio. O prolapso e a tumefação dos anéis cervicais é mais óbvio e m vacas velhas. A cervicite crônica pode ocasionar aumento e endurecimento do cérvix, com relativa estenose. Abscessos cervicais e fístulas supuradas resultam de lesão acidental (irrigação uterina e inseminação artificial)
Vagina e Vulga
Vaginite
Neoplasias
TVT : comum em cadelas
Fibroleiomioma (Fibroide): nódulos não ulcerados, esféricos duros comuns em cadelas
Fibropapiloma: comum em vacas é um tumor a vírus transmitido pelo coito
Carcinoma de Células Escamosas (carcinoma espino celular): na vulva da vaca em região despigmentadas.

Continue navegando