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Patologia Noções sobre neoplasias - Fabio Cachem

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Fabio Christiane de Oliveira Felix Cachem
Patologia
Noções básicas sobre 
neoplasias
Neoplasias
 Conceito:
► Neoplasia significa novo crescimento. Trata-se de um crescimento
autônomo de tecidos que escapam dos padrões normais de proliferação
celular e que demonstram graus variáveis de diferenças em relação as
células normais
► Com base em suas propriedades de ocupar espaço, as neoplasias sólidas
são denominadas tumores, que possuem dois componentes básicos: as
células neoplásicas transformadas e um estroma de apoio, formado por
elementos não-transformados, como tecido conjuntivo e vasos sanguíneos.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Conceito:
► De uma forma geral, as neoplasias são irreversíveis, possuindo como
característica um crescimento autônomo, onde as seguintes características
podem ser observadas:
 As neoplasias se originam de células com capacidade de proliferação.
Assim, os neurônios maduros e os miócitos cardíacos não produzem
tumores.
 O tumor pode apresentar grau variável de diferenciação, desde
estruturas relativamente maduras, semelhantes aos tecidos normais, até
um conjunto de células primitivas, onde não seja possível identificar a
célula de origem.
 O estímulo responsável pela proliferação descontrolada pode não ser
identificável. Fatores diversos podem desencadear um processo
neoplásico, desencadeando mutações em genes que regulam o
crescimento celular, a apoptose ou a reparação de DNA.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Conceito:
►Fatores desencadeadores das neoplasias malignas:
 Fatores hereditários (26% até 42%).
 Causas ambientais (65%):
Radicais livres (íons altamente reativos).
 Medicamentos (metotrexito).
 Radiações.
 Alimentação que não seja saudável.
 Alcool.
 Radiação.
 Asbestos (amianto- formado por fibra mineral - silicato).
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
 Tumores benignos:
► Por definição, os tumores benignos não são considerados invasores,
por não apresentarem como característica a capacidade de penetrar em
tecido adjacente .
► Os tumores benignos também não possuem como característica a
capacidade de migrar (disseminar) para um local distante. Logo, não
possuem como característica a capacidade de gerar metástase.
► Os tumores benígnos crescem e se expandem vagarosamente e
possuem normalmente uma espécie de cápsula fibrosa (encapsulado).
► Em geral os tumores benignos são mais semelhantes aos tecidos de
origem.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores benignos:
►Na maioria das vezes o tumores benignos poupam o indivíduo da morte,
entretanto, tumores benignos em lugares críticos também podem ser
fatais. Ex: Um tumor intracraniano benigno das meninges (miningioma)
pode matar por exercer pressão sobre o cérebro.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malignos:
► Os tumores malignos, ou câncer, possui a propriedade de invadir tecidos
contíguos, além disso também são capazes de gerar metástase para locais
distantes.
► A maioria dos tumores malignos tem crescimento mais rápido que os
tumores benignos. Entretanto, alguns cânceres crescem lentamente
durante anos e, então, entram em uma fase de crescimento rápido.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malignos:
 Adaptações celulares relacionadas com a predisposição para
neoplasia
►A metaplasia se constitui na substituição de um tipo celular por outro.
Encontra-se associada a processos de dano e repara celular.
►A metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular
diferenciado é substituído por outro tipo celular. Entretanto, se as
influências que predispõem a metaplasia persistirem, poderá haver
uma transformação malígna do epitélio metaplásico.
Ex: Câncer no trato respiratório, que surge em áreas de
metaplasia, onde o epitélio colunar normal torna-se epitélio
escamoso.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malignos:
 Adaptações celulares relacionadas com a predisposição para
neoplasia
► A displasia se constitui em um crescimento celular
desodernado. Pode se originar de um epitélio metaplásico (embora nem
sempre).
► Na displasia ocorre perda da uniformidade celular, assim como
perda da orientação arquitetônica do tecido.
► A displasia epitelial grave comumente antecede o aparecimento
do câncer, entretanto nem sempre a displasia progride para o
câncer.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
 Tumores malígnos (características histológicas):
► Anaplasia ou atipia celular:
 Refere-se a ausência de características diferenciadas em uma célula
cancerígena. Em geral, o grau de anaplasia se correlaciona com a
agressividade do tumor.
 A evidência citológica de anaplasia inclui variação no tamanho e na
forma as célula e núcleos (pleomorfismo); núcleos aumentados e
hipercromáticos com nucléolos proeminentes; mitoses atípicas; células
bizarras, incluindo células gigantes tumorais.
► Atividade mitótica:
 Mitoses numerosas são características de muitos tumores malígnos,
embora não ocorram necessariamente em todos os casos
Neoplasias
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos (características histológicas):
► Padrão de crescimento:
 Frequentemente, muitos tumores malígnos criam seu próprio suprimento
sanguíneo e exibem necrose isquêmica. O padrão de crescimento celular é
muitas vezes aleatório e desorganizado, podendo gerar ulceração.
► Invasão:
A presença de um processo maligno é estabelecida pela demonstração de
invasão, sobretudo dos vasos sanguíneos e linfáticos. Em algumas
circunstâncias, o diagnóstico de transformação maligna é estabelecido com
base na invasão local.
► Metástase:
 A presença de metástase identifica um tumor como sendo maligno. No
caso da metástase, como o ocorre migração celular do sítio primário para
outras regiões, muitas vezes fica difícil definir o local de origem do tumor.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos (características histológicas):
► A invasão e a metástase são eventos que seguem diversas etapas:
1. Invasão da membrana basal subjacente ao tumor.
2. Movimento através da matriz extracelular.
3. Penetração nos canais vasculares ou linfáticos.
4. Sobrevida e detenção no sangue ou na linfa circulantes.
5. Saída da circulação para o novo local tecidual.
6. Sobrevida e crescimento na forma de metástase, um processo que
envolve angiogênese.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Biópsia para identificação do tumor:
► Através da biópsia torna-se possível fazer um diagnóstico
histopatológico. Em se tratando de biópsia tem-se:
 Biópsia excisional- Consiste em uma intervenção cirúrgica onde
se realiza a extração total de um determinado tumor e também
da área circundante, afim de se obter o diagnóstico.
 Biópsia incisional- Trata-se de uma intervenção onde apenas
uma pequena parte de um tumor é extraída do paciente para
análise em microscopia.Neoplasias
Tumores malígnos
►(graduação e estadiamento dos cânceres):
Muitos cânceres são classificados de acordo com esquemas de
graduação citológica e histológica, com o intuito de prever o
comportamento clínico de um tumor maligno e estabelecer critérios
para a terapia.
 A graduação do câncer reflete características celulares, onde os
tumores de baixo grau são bem diferenciados, enquanto que os de
alto grau tendem a ser anaplásticos.
 A graduação citológica e histológica baseia-se no grau de
anaplasia e no número de células em proliferação. O grau de
anaplasia é determinada pela forma e regularidade das células e
pela presença de características diferenciadas distintas.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
►(O estadiamento dos cânceres e a extensão da
disseminação):
 Os critérios importantes empregados para o estadiamento
variam de acordo com diferentes órgãos.
 Os critérios comumente empregados incluem.
(1)Tamanho do tumor.
(2) Extensão do crescimento local, dentro ou fora do órgão.
(3) Presença de metástase em linfonodos.
(4) Presença de metástase distantes.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
►(O estadiamento dos cânceres e a extensão da
disseminação):
 Os critérios importantes empregados para o estadiamento do
câncer foram codificados no chamado sistema TNM de
estadiamento do câncer, onde T refere-se ao tamanho do tumor
primário, N refere-se às metástases em linfonodos regionais e M
que se refere à presença e extensão de metástases distintas.
 As definições de contagem numéricas para T, N, M variam de
acordo com os tipos específicos de tumor.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
►Origem clonal do câncer:
 Estudos experimentais tem demonstrado que a maioria dos
cânceres se origina de uma única célula transformadora.
 Em muitos cânceres, verifica-se que o fenótipo maligno é
resultado, pelo menos em parte, de defeitos no controle da
proliferação celular.
 Acredita-se que as células malignas possam resultar de uma
parada de maturação na sequência de desenvolvimento de uma
célula tronco até uma célula completamente diferenciada.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
► Crescimento dos cânceres:
 O crescimento do tumor depende de certos fatores, dentre os
quais a fração de crescimento (proporção de células no ciclo
celular) e a taxa de morte celular.
 O principal determinante do crescimento tumoral consiste no
maior número de células produzidas em comparação com o
número de células que morrem em um determinado tempo.
 A angiogênese é um requisito para que haja um crescimento
contínuo do câncer, sejam eles primários ou metastáticos.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
► Crescimento dos cânceres:
 Na ausência de novos vasos para suprir os nutrientes
necessários e remover os produtos de degradação, os tumores
malignos não conseguem crescer mais do que 1 a 2 mm de
diâmetro.
 Diversos fatores são capazes de estimular uma resposta
angiogênica, alguns estimulam as células inflamatórias a promover
a formação de novos vasos sanguíneos, outros atuam diretamente
sobre as células endoteliais. Dentre os fatores envolvidos nesse
mecanismo tem-se TGF-, o TGF-  e o TNF-.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
► A genética molecular do câncer:
 Atualmente, sabe-se que o crescimento desregulado das células
cancerígenas relaciona-se com a presença de mutações em genes
que controlam o crescimento e a diferenciação celulares ou que
mantêm a integridade do genoma.
 É provável que o mecanismo mais comum de mutagênese esteja
relacionado com erros espontâneos na replicação e na reparação
do DNA.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
► A genética molecular do câncer:
 Apesar das células cancerígenas serem heterogêneas quanto ao
aspecto, ainda assim compartilham certas características biológicas
em comum, dentre as quais:
-Geração autônoma de sinais mitogênicos.
- Insensibilidade a sinais anticrescimento exógenos.
- Resistência a apoptose.
- Potencial de replicação ilimitado.
- Diferenciação bloqueada.
- Habilidade de manter angiogênese.
-Capacidade de invadir tecidos circundantes e de formar metástase.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Tumores malígnos
► A genética molecular do câncer:
 Os genes envolvidos com processos cancerígenos podem ser divididos
em três categorias:
-Os oncogenes- que são versões alteradas dos genes normais
denominados protoncogenes, que são capazes de regular o crescimento, a
diferenciação e a sobrevivência da célula. Entretanto mutações são
capazes de transformar protoncogenes em oncogenes.
-Os genes supressores de tumor- são genes normais que são capazes de
inibir a proliferação celular. Mutações podem inativá-los.
- Genes de reparação- capazes de manter a integridade do genoma e a
fidelidade da replicação do DNA. Mutações podem alterar esses genes
comprometendo suas funções.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
►Nomenclatura dos tumores :
De forma geral, a nomenclatura dos tumores benignos apresenta
o sufixo “oma”.
 O sufixo “oma”, comumente utilizado na nomenclatura de tumor
benigno, é precedido pela referência à célula ou tecido de origem.
Ex: Um tumor benígno que apresenta células semelhantes aos
condrócitos é denominado CONDROMA. Se o tumor apresentar
células semelhantes as células precursoras de condrócitos será
denominada CONDROBLASTOMA.
 Um tumor benigno do epitélio escamoso pode ser chamado de
epitelioma, ou ainda papiloma.
 Os tumores benignos que se originam no epitélio glandular,
como nas glândulas endócrinas são denominados ADENOMA
(ADENOMA DA TIREÓIDE; ADENOMA DAS ILHOTAS DO PÂNCREAS).
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Nomenclatura dos tumores :
Em geral, os correspondentes malignos dos tumores benígnos
recebem o mesmo nome, porém o sufixo é diferente quando
comparado ao sufixo dos tumores benignos. O sufixo utilizado em
caso de malignidade pode ser “CARCINOMA” para se referir a
câncer epitelial e “SARCOMA”, para aqueles de origem
mesenquimatosa.
 Um tumor maligno do estômago é um ADENOCARCINOMA
GÁSTRICO ou ADENOCARCINOMA DO ESTÔMAGO.
 O CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS é um tumor invasivo
de pele ou de outros órgãos revestidos por um epitélio escamoso
(ex: esôfago).
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Nomenclatura dos tumores :
 O CARCINOMA DE CÉLULAS DE TRANSIÇÃO é uma neoplasia
maligna da bexiga ou dos ureteres.
 O tumor maligno que contem elementos carcinomatosos e
sarcomatosos unidos é conhecido como CARCINOSSARCOMA.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Nomenclatura dos tumores :
 A persistência de certos termos considerados históricos
contribui para uma certa confusão de nomenclatura, poi tem-se
por exemplo. O HEPATOMA do fígado, o MELANOMA da pele, o
SEMINOMA do testículo e o tumor linfoproliferativo, denominado
LINFOMA, que é bastante malígno.
 As neoplasias do sistema hematopoiético constituem um caso
especial no qual a relação com o sangue é indicada pelo sufixo
“EMIA”. Assim, a leucemia refere-se a uma proliferação maligna
das células sanguíneas (medula óssea vermelha).
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Nomenclatura dos tumores :
 O carcinoma hepatocelular pode estar relacionado com a presença de
cirrose hepática.
 Cerca de 50% dos pacientes com carcinoma hepatocelular apresentam
cirrose hepática (associada ao alcoolismo, hepatite crônica, infecção viral).
 A cirrose hepática apresenta uma combinação de fatores, tais quais,
formação de fibrose, nódulos e necrose hepatocelular.
 No processo de necrose observa-se:
 Alterações citoplasmáticas- Tumefação (edema) celular; falência da
bomba de sódio e potássio; ruptura da membrana plasmática com
extravasamento de enzimas como TGO e TGP.
 Alterações nucleares- Cariólise (perda de DNA pela degração enzimática
de endonucleases); picnose (retração nuclear, aumento da basofilia) e
cariorrexe (núcleo picnótico sofre fragmentação). O núcleo da célula
necrótica desaparece completamente.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre o hospedeiro:
 Síndromes paraneoplásicas  Quando o câncer produz
efeitos remotos que não são atribuídos diretamente à invasão ou
metástase do tumor. Relacionam-se com a evolução clínica.
 Quando a síndrome paraneoplásica é detectada, o câncer pode
ser detectado em um estágio inicial, o que pode permitir uma cura.
 Certos produtos tumorais que resultam em síndromes
paraneoplásicas proporcionam um meio de se monitorar a
ocorrência de recidiva do câncer em pacientes submetidos a
cirurgias e a quimioterapia ou radioterapia.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre os hospedeiros:
 Febre- Nesse caso a febre não pode ser explicada por meio de
uma causa infecciosa.
 A febre atribuída ao câncer correlaciona-se com o crescimento do
tumor, desaparece após o tratamento e reaparece em caso de
recidiva.
 As próprias células tumorais podem liberar substâncias
pirogênicas, ou as células, no caso, as células inflamatórias no
estroma do tumor podem produzir (interleucina-1) IL-1.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre os hospedeiros:
 Anorexia e perda de peso- Uma síndrome de paraneoplásica
de anorexia, perda e caquexia (perda de peso, atrofia muscular,
fadiga, fraqueza e perda de apetite) é muito frequente com
pacientes com câncer.
 Um pequeno câncer assintomático do pâncreas pode levar a
suspeitas apenas com base em perda de peso progressiva e
princípio inexplicável.
 Os mecanismos responsáveis por esse estado ainda não estão
muito bem esclarecidos. O câncer é quase sempre acompanhado
da elevação da taxa metabólica.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre os hospedeiros:
 Já foi demonstrado que o TNF-, além de outras citocinas como
o IL-6, pode produzir uma síndrome debilitante, como já
demonstrado em pesquisas científicas.
 Síndromes endócrinas – Os tumores malignos podem
produzir diversos hormônios peptídicos cuja secreção é alterada
pela presença da neoplasia. A maioria desses hormônios é
normalmente encontrada no cérebro e no trato gastrointestinal.
 Tem-se como exemplo a hipoglicemia causada por tumores que
levam a produção excessiva de insulina. Esses tumores podem ser
encontrados nas ilhotas pancreáticas.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre os hospedeiros:
 Síndromes neurológicas – Os pacientes com câncer também
podem apresentar síndromes neurológicas com certa frequência,
que no caso pode ser resultante de metástases ou distúrbios
endócrinos ou eletrolíticos.
 Alterações vasculares, hemorrágicas e infecciosas que afetam o
sistema nervoso também são comuns.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre os hospedeiros:
 Síndromes Hematológicas – As complicações hematológicas
mais comuns da doença neoplásica são produto da infiltração
direta da medula óssea vermelha ou do próprio tratamento.
Entretanto, são descritas também síndromes paraneoplásicas
hematológicas nas neoplasias.
 Eritrocitose - A eritrocitose associada ao câncer (policitemia)
representa a complicação de alguns tumores, sobretudo carcinoma
de células renais e carcinoma hepatocelular. Doença renal benigna
também pode provocar eritrocitose.São observados taxas elevadas
de eritropoetina no tumor e no soro de aproximadamente metade
dos pacientes com eritrocitose.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre os hospedeiros:
 Anemia- Em geral a anemia encontrada nas neoplaias
apresenta um perfil normocítico e normocrômico, embora também
seja comum a ocorrência de anemia ferropriva em cânceres com
sangramento no trato gastrointestinal. A anemia hemolítica
autoimune pode estar associada a neoplasias de células B e a
tumores sólidos, em particular no indivíduo idoso.
 Leucócitos - A granulocitose paraneoplásica se caracteriza por
contagens de granulócitos elevadas no sangue periférico. Em
geral, essa alteração é promovida pela secreção de um fator de
estimulação de colônias pelo próprio tumor.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.
Neoplasias
Efeitos sistêmicos do câncer sobre os hospedeiros:
 Estado de Hipercoagulabilidade – Há muito tempo já foi
observado relação entre câncer e trombose venosa. A causa desse
estado hipercoagulável ainda é controvertida.
Rubin, Bases Clinicopatológicas da Medicina, 4 edição, 2006.
Robins & Cotran, Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2010.

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