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Neoplasias

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Letícia Andréa 105 – 3O 
 
 
 Desordem genética por mutação do 
DNA 
 Podem ocorrer espontaneamente ou 
por agressão do ambiente 
 Aumento focal da metilação do DNA e 
modificação da histona 
 Alterações genéticas e epigenéticas 
alteram a expressão ou função de 
genes-chave que regulam os processos 
celulares fundamentais 
 Hereditárias e passadas para as células-
filhas 
 Todos os tumores são clonais 
 O acúmulo de mutações dá origem a 
uma série de propriedades chamadas 
características do câncer 
 Autossuficiência nos sinais de 
crescimento 
 Ausência de resposta aos sinais 
inibitórios 
 Evasão da morte celular 
 Replicação ilimitada 
 Angiogênese 
 Capacidade de invadir outros tecidos 
 Reprogramação de vias metabólicas 
 Capacidade de escapar do sistema 
imune 
 
NOMENCLATURAS 
 Neoplasia: novo crescimento 
 São células que crescem e replicam de forma desordenada 
 Referida como tumor 
 Seu estudo é chamado de: oncologia 
 Tumor benigno: houve alteração do DNA, mas não infiltração, permanece localizado e 
geralmente de fácil remoção cirúrgica 
 Tumor maligno: conhecido como câncer, cria metástase, alto potencial para de morte 
 Formado por dois componentes básicos: parênquima e estroma 
 Parênquima: células neoplásicas ou transformadas 
 Estroma: tecidos conectivos, vasos sanguíneos e células inflamatórias 
 O parênquima determina seu comportamento biológico 
 O estroma é importante para o crescimento da neoplasia 
 
Tumor Benigno 
 Adiciona-se o sufixo -oma 
 Pode ser classificado pelo padrão 
microscópico ou pelo padrão 
macroscópico ou até origem 
 Em glândulas pode ser chamado de 
adenoma 
 Pólipo: massa que se projeta 
macroscopicamente acima da mucosa 
 Papilomas: produzem estruturas 
semelhantes a dedos 
 Tumores malignos também podem ser 
pólipos 
 
Tumor Maligno 
 Células epiteliais: carcinomas 
 Em tecidos mesenquimais: sarcomas 
 Em tecido sanguíneo: leucemia ou 
linfomas 
 Em glândulas: adenocarcinomas 
 Um tumor com pouca ou nenhuma 
diferenciação carcinoma mal 
diferenciado ou indiferenciado 
 
Tumor Misto 
 Atinge o epitélio e o mesenquimal 
Letícia Andréa 105 – 3O 
 Adenoma pleomórfico – quando é 
maligno 
 Teratoma: contém células maduras e 
maturas ou tecidos de mais deuma 
camada de células germinativas 
 
 
 
Nomenclaturas Confusas 
 Linfoma, mesotelioma, melanoma e 
seminoma são malignos 
 Coristoma é uma anomalia congênita 
 Hamartoma: tecido dersorganizado, 
malformações desenvolvidas que 
podem vir de origem neoplásicas 
 
 
 
 
Distribuição da amostra quanto à natureza dos laudos histológicos no Laboratório de Patologia Bucal da 
FOP/UPE, de 1991 a agosto de 2003. 
 
DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA 
 Ocorre nas células parenquimatosas 
 A consistência do estroma é crucial para o crescimento tumoral 
 A quantidade de tecido conjuntivo no estroma, dirá a consistência da neoplasia 
 A displasia é mais comum em células epiteliais 
 As células displásicas exibem considerável pleomorfismo e, com frequência, possuem 
núcleos hipercromáticos que são anormalmente grandes para o tamanho da célula 
 Arquitetura bagunçada 
 
Neoplasia Benigna 
 Células bem diferenciadas que se 
assemelham a células normais 
 As mitoses são mais raras 
 Configuração normal 
 Em casos endócrinos, podem continuar 
a liberação correta dos hormônios 
 
Neoplasia Maligna 
 Ampla gama de diferenciação das 
células parenquimatosas 
 Com células bem diferenciados e células 
completamente indiferenciadas 
 Diz-se que as células indiferenciadas 
são anaplásicas 
 Anaplasia: formação retrógrada 
 Células anaplásicas apresentam 
pleomorfismo – variação de forma e 
tamanho 
 Núcleos hipercromáticos 
 Células gigantes – com núcleos gigantes 
ou multinucleadas 
 Núcleos anaplásicos apresentam 
formatos e tamanhos irregulares 
 Muitas mitoses, com figuras mitóticas 
tripolares ou quadripolares 
 Podem produzir hormônios que antes 
não tinham capacidade 
 Possuem tipos de crescimento 
diferentes 
 
 
 
 
Natureza das Lesões Número de Casos Porcentagem 
Benignas 2.038 94,92 
Malignas 109 5,08 
Total 2147 100 
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TAXA DE CRESCIMENTO 
Neoplasia benigna 
 Crescem mais lentamente 
 Eventualmente podem sofrer uma 
disseminação maior 
 Sofrem influência do suprimento 
sanguíneo ou restrições de pressão 
 
Neoplasia maligna 
 A taxa de crescimento dos tumores 
malignos normalmente correlaciona-se 
inversamente com o seu nível de 
diferenciação 
 Tumores mal diferenciados tendem a 
crescer mais 
 Há padrões diferentes de crescimento 
 Podem crescer de uma forma a se 
tornar necrótico – deixando implantes 
metastáticos secundários 
 Geralmente, quando há um 
crescimento rápido, há áreas centrais 
de necrose isquêmica 
 
INVASÃO LOCAL 
Neoplasia Benigna 
 Não tem capacidade de se infiltrar, 
invadir ou metastatizar-se para locais 
distantes 
 Podem desenvolver cápsula fibrosa 
envoltória que o separam dos demais 
tecidos 
 A maioria é encapsulado e bem 
definido, mas alguns não são 
encapsulados nem nitidamente 
definidos 
Neoplasia Maligna 
 Crescem por meio de infiltração, 
invasão, destruição e penetração do 
tecido circundante 
 Não desenvolvem cápsula bem definida 
 Não é bem definido
 
METÁSTASE 
 Característica de neoplasias malignos 
 São implantes secundários de um tumor, as quais são 
descontínuas com o tumor primário e localizadas em tecidos 
remotos 
 Existem tumores malignos que possuem baixa capacidade de 
formar metástases 
 Geralmente, tumores sólidos, apresentam metástases 
clinicamente evidentes 
 Quanto mais anaplásicos, maior a probabilidade de formar 
metástases 
 Disseminam-se por: 
 Semeadura nas cavidades corporais: há invasão de uma 
cavidade corporal – meduloblastoma, ependimoma e cânceres de 
ovário 
 Rede linfática: típica em carcinomas 
 Vasos sanguíneos: típica de sarcomas 
 Os vasos linfáticos e sanguíneos possuem certa conexão que 
favorece disseminação por ambos 
 Alguns podem crescer dentro dos linfonodos ou dentro dos 
vasos sanguíneos 
 Carcinomas – via linfática 
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 Sarcomas – via hematogênica 
 Age através da perda de coesão, motilidade, ação sobre a matriz e angiogênese 
 Etapas: 
 Penetração nos vasos 
 Sobrevivência 
 Parada 
 Saída do vaso 
 Crescimento e angiogênese 
 Metástase clínica 
 
CARCINOGÊNESE 
 Processo de múltiplas etapas resultante do acúmulo de múltiplas alterações genéticas que 
coletivamente dão origem ao fenótipo transformado 
 Algumas das mutações podem ser letais; outras 
podem estimular o crescimento celular 
 Alguns conseguem aumentar sua agressividade 
através da progressão tumoral 
 Durante a progressão, as células tumorais são 
submetidas a pressões de seleção imune e não 
imune 
 A célula apresenta 4 tipos de proto-oncogenes e 
podem ser lesados deixando de cumprir sua 
função 
 Oncogenes: são genes com capacidade de causar 
câncer – são considerados dominantes pois a 
mutação de um único alelo pode levar à 
transformação celular. 
 Há genes supressores de tumor que 
normalmente impedem o crescimento 
descontrolado, quando sofrem mutação, 
permitem o fenótipo transformado 
 Os genes supressores podem ser divididos em 
dois tipos: governantes e guardiões 
 Os governantes são os supressores de tumor clássico 
 Os guardiões são responsáveis por sensoriamento 
 Passos da transformação 
 Alteração genética na célula 
 Hiperplasia 
 Displasia 
 Câncer in situ 
 Câncer invasivo 
 Metástase 
 
Classificação dos Carcinomas 
 Epidermóide 
 Verrucoso 
 Basalóide escamoso 
 Escamoso papilar 
 De Células fusiformes 
 Escamoso acantolítico 
 Linfoepitelial 
 De Células gigantes 
 Nasosinusalnão queratinizante 
 
Classificação dos Sarcomas 
 Fibrossarcoma 
 Rabdomiossarcoma 
 Leiomiossarcoma 
 Tumor da Bainha periférica do nervo 
 Sarcoma de Kaposi 
 Angiossarmoma 
 Lipossarcoma 
 Linfomas 
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LESÕES DE DNA 
 Ativa oncogenes ou inativa genes supressores de tumor 
 Alguns provocam pouca mudança no cariótipo ou incrivelmente aneuploide – perda e ganho 
de muitos cromossomos inteiros ou braços de cromossomos 
 Podem ocorrer por translocações equilibradas, deleções, inserção, manifestações 
citogenéticas de amplificação do gene, recombinação genética ou modificação de bases 
 
CARACTERÍSTICAS DO CÂNCER 
 Autossuficiência nos sinais de crescimento 
 Insensibilidade aos sinais inibidores de crescimento 
 Evasão da morte celular 
 Potencial ilimitado de replicação 
 Desenvolvimento de angiogênese sustentada 
 Capacidade de invadir e metastatiza 
 
ETIOLOGIA 
 Fatores químicos: cigarro, álcool e poluição 
 Radiação 
 Vírus oncogénicos 
 
ASPECTO CLÍNICOS DA NEOPLASIA 
 Ambos, benigno e maligno, apresentam 
morbidade e mortalidade 
 Podem causar problemas de localização 
e compressão, atividade funcional, 
sangramento, infecção, ruptura, infarto 
e caquexia ou consunção 
 A localização é relevante pois pode 
estar perto de estruturas nobres ou 
comprimir estruturas impedindo 
passagem e função 
 Podem existir a produção inadequada 
de hormônios 
 Pode se ulcerar por superfícies e gerar 
sangramentos, infecções, obstrução ou 
infarto intestinal 
 Coquexia: causado por lesões malignas, 
perda de massa corpórea resultado de 
citocinas produzidas pelo tumor e a 
redução de ingestão alimentar 
 Hipercalcemia, síndrome de Cushing e 
endocardite trombótica não bacteriana, 
são síndromes que fazem parte do 
grupo Síndromes Paraneoplásticas, é a 
disseminação local ou distante do 
tumor ou pela elaboração de 
hormônios não nativos do tecido de 
origem do tumor 
 A graduação do câncer tenta 
estabelecer alguma estimativa de sua 
agressividade ou nível de malignidade 
com base na diferenciação citológica 
das células tumorais 
 Os graus: I, II, III e IV 
 O estadiamento dos cânceres baseia-se 
no tamanho da lesão primária, extensão 
de sua disseminação para linfonodos 
regionais e presença ou ausência de 
metástases 
 TNM: T1, T2, T3 e T4 
 N: N0, N1, N2 e N3 
 M: M0 e M1 
 
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DIAGNÓSTICO 
 
Métodos Morfológicos 
 Aspiração com agulha fina: aspiração 
de células e exame citológico do 
esfregaço, usado em tumores 
facilmente palpáveis 
 Esfregaço citológico: usado muito para 
diagnóstico de carcinoma do cérvice 
(papanicolaou), uso de células 
descartadas em fluidos e secreções 
 Imunocitoquímica: adjuvante 
ao exame histológico de rotina, 
ajuda na melhor diferenciação 
para diagnóstico e tratamento 
 Fluxocitometria: usado em 
leucemias e linfomas, ajuda a 
encontrar o fenótipo de células 
malignas 
Perfil Molecular 
 Perfil de expressão 
 Sequenciamento genético 
completo 
Marcadores Tumorais 
 Testes de triagem úteis 
 Têm utilidade na quantificação 
da resposta à terapia ou na 
detecção da recorrência da 
doença 
 São tipos de marcadores é o PSA e CEA 
 
Diagnóstico Molecular 
 Diagnóstico de malignidade 
 Prognóstico e comportamento 
 Detectação de doença residual mínima 
 Diagnóstico de predisposição 
hereditária ao câncer 
 Tomada de decisão terapêutica

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