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Roubo: Definição e Majorantes

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Roubo
        Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
        Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
        § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
        § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
        I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
        II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
        III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
        IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
        V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
        § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Roubo
Características:
Crime complexo (patrimônio + integridade física + intimidade)
Pluriofensivo 		
Conceito: A figura típica do roubo é composta pela subtração, característica do crime de furto conjugada com o emprego de grave ameaça ou violência à pessoa.
Caput (roubo simples ou próprio):
Violência (vis absoluta);
Grave ameaça (vis compulsiva);
Violência imprópria (outro recurso que impossibilita a defesa da vítima).
	É relacionada à violência física, a vis corporalis/ vis absoluta, que é praticada pelo agente a fim de que tenha sucesso na subtração criminosa. As vias de fato podem ser entendidas como sendo aquelas agressões que não possuem gravidade suficiente para serem reconhecidas como lesão corporal, a exemplo dos empurrões, tapas, etc.
Violência imprópria: O agente não tem possibilidade de possuir resistência
EX: Colocar sonífero no refrigerante da vítima, com a finalidade de roubá-la. O legislador equipara a violência imprópria com a violência do vis absoluto.
OBS: Se a violência for grave, é aplicado o § 3°.
§ 1° - Roubo impróprio
Violência;
Grave ameaça.
A subtração da coisa precede a violência ou grave ameaça. A violência ou grave ameaça deve acontecer com finalidade de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
O roubo impróprio ocorre quando o agente, não usando a violência física, utiliza qualquer meio que reduza a possibilidade de resistência da vítima. A grave ameaça é aquela capaz de infundir temor à vítima, permitindo que seja subjugada pelo agente que, assim, subtrai-lhe os bens.
No delito de roubo, embora a promessa do mal deva ser grave, ele, o mal, deve ser iminente, capaz de permitir a subtração naquele exato instante pelo agente, em virtude do temor que infunde na pessoa da vítima.
§ 2º Roubo majorado
Esse parágrafo prevê cinco causas especiais de aumento de pena, também conhecidas como majorantes, que terão influência no terceiro momento do critério trifásico, previsto pelo art. 68 do mesmo diploma legal.
Uso de arma
Maior potencialidade lesiva pelo armamento. O STF diz que a pena não majora simplesmente por portar armas de mentira.
O emprego de arma agrava especialmente a pena em virtude de sua potencialidade ofensiva, conjugada com o maior poder de intimidação sobre a vítima. Empregar a arma significa utilizá-la no momento da prática criminosa. Tanto emprega a arma o agente que, sem retirá-la da cintura, mas com a mão sobre ela, anuncia o roubo, intimando a vítima, como aquele que, após sacá-la, a aponta em direção a sua cabeça.
Responde pelo roubo com a mencionada causa especial de aumento de pena o agente que, valendo-se de um caco de vidro, o coloca no pescoço da vítima, ameaçando-a de morte para que possa levar a efeito a subtração.
2- Concurso de duas ou mais pessoas
Ao contrário do crime de furto, no qual o concurso de pessoas torna a infração qualificada, no crime de roubo o concurso de pessoas encontra-se no rol das causas especiais de aumento de pena, gozando, aqui, do status de majorante, e não qualificadora.
3- Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância
Incide a majorante se o serviço da vítima era, no momento em que foi abordada pelo agente, o transportar valores.
A segunda exigência contida no inciso em estudo, necessária à caracterização da majorante, diz respeito ao fato de que além de a vítima estar a serviço de transporte de valores o agente deve ser conhecimento dessa circunstância. Dessa forma, se o agente, por coincidência aborda a vítima que, naquele instante, estava a serviço de transporte de valores e, mediante o emprego de grave ameaça, consegue subtrair tudo aquilo que ela trazia consigo, somente responderá pelo roubo, sem a causa especial de aumento de pena.
4- Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior
Somente se modificando a natureza jurídica da punição, pois que no furto, tal fato qualifica a infração penal e no roubo considera-se como uma majorante.
5- Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade
Para que seja aplicada a causa especial de aumento de pena, a privação da liberdade não poderá ser prolongada, devendo-se, aqui, trabalhar com o princípio da razoabilidade para efeitos de reconhecimento de tempo que, em tese seria suficiente para ser entendido como majorante, e não como figura autônoma de sequestro, ou mesmo extorsão mediante sequestro.
 
	Restrição de liberdade- Art. 157, § 2º
	Sequestro relâmpago- Art. 158
	Extorsão mediante sequestro- Art. 159
	A vítima não colabora para o acontecimento do crime.
	Aqui, o agente, mantém a vítima privada de liberdade. O comportamento da vítima é fundamental.
EX: Ir na residência pelas joias, ir sacar dinheiro no banco, colocar senha no cofre.
	Privação de liberdade da vítima. O comportamento da vítima não é colaborativo para o sucesso da empreitada delitiva.
É um crime permanente.
	
§ 3°- Roubo qualificado pela lesão corporal grave ameaça e pela morte (LATROCÍNIO)
1º Parte: Lesão corporal grave;
2º Parte: Resulta morte (LATROCÍNIO)
Conceito de Latrocínio: é o roubo que tem como consequência a morte. A doutrina está voltada à morte ser dolosa. Não é necessária a subtração da coisa, para ser considerado latrocínio consumado.
STF: No crime complexo, se o agente atingiu o bem jurídico maior, continua identificando esse mesmo crime.
OBS: Se a morte for dissociada do motivo do roubo (morte gratuita), é aplicada a pena do roubo + pena de homicídio e não, o latrocínio em si. Nesse caso o tribunal do j[uri acata o crime de roubo, e vai julgá-lo também.
Resumindo: Para ter o latrocínio deve ter o nexo causal do roubo com o homicídio.
ATENÇÃO: Se a vítima tiver sofrido lesão corporal grave, é caracterizado tentativa.

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