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O Departamento de Imprensa e Propaganda foi criado por um decreto presidencial, em dezembro de 1939, com o objetivo de divulgar as principais ideias do Estado Novo para a população brasileira. Ao DIP cabia a importante tarefa de espalhar os ideais do Estado Novo junto às repartições públicas, pela distribuição de retratos oficiais do presidente, os quais deveriam ser fixados em locais visíveis. O DIP era composto por filiais denominadas de DEIP (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda), presentes em cada um dos estados brasileiros.A organização do DIP era dividida em cinco setores estratégicos para a propagação da ideologia do regime de Vargas. A Divisão de Radiodifusão era uma das principais, pois tinha sob sua vigília o mais importante meio de comunicação do país. Assim como a Divisão de Imprensa, na qual cabia o controle do conteúdo que era publicado pelos jornais, revistas e livros brasileiros. A Divisão de Cinema e Teatro que tinha como responsabilidade o conteúdo das produções brasileiras nesses setores, e incentivar as realizações que tivessem o objetivo de divulgar os feitos de Vargas e de seu governo. Ainda havia a Divisão de Turismo, que apesar de ter pouco destaque, buscava "sublinhar as belezas naturais deste grande país", e a Divisão de Divulgação, responsável pela distribuição de publicações oficiais e pelo controle da propagação dos discursos governistas. Com todo esse controle o DIP pode ser considerado o porta-voz oficial do Estado-Novo, responsável não só pela propaganda oficial do governo, mas pela eternização da autoimagem de Getúlio Vargas e de seu projeto político.