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Prisões Provisórias

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Prisões
1. Conceito de prisão
	É a privação da liberdade de locomoção. É o encarceramento que poderá decorrer de ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária ou de prisão em flagrante.
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2. Espécies de prisão
a) Prisão Extrapenal: tem como subespécies a prisão civil e militar;
b) Prisão Penal: decorrente de sentença transitada em julgado;
c) Prisão Provisória/Cautelar/Não-Pena/Processual: tem como subespécie a prisão em flagrante, prisão preventiva e prisão temporária
	Obs: com a reforma de 2008 (Lei 11.689/08) foram extintas as prisões decorrentes da decisão de pronúncia e de sentença condenatória recorrível.
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3. Prisões Provisórias/Cautelares/Processuais/Não-Pena
	3.1 ) Conceito: é aquela decretada antes do trânsito em julgado da ação penal, cujo objetivo é assegurar a eficácia das investigações ou do processo.
	3.2) Momento da Prisão: qualquer momento, desde que respeitados os direito fundamental constitucionais, previstos no art. 5º, XI, CF;
	Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
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3. Prisões Provisórias/Cautelares/Processuais/Não-Pena
3.2.1) Conceito de casa (art.150, §4º, do CP)
Art. 150, § 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado; 
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
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3. Prisões Provisórias/Cautelares/Processuais/Não-Pena
3.3) Conceito de “Dia”: é uníssono nos Tribunais que o dia inicia-se às 06h (alvorecer) e termina às 18h (crepúsculo).
3.4) Mandado de prisão – é o instrumento que materializa a ordem de prisão escrita o fundamentada da autoridade judiciária.
3.5) Prisão separadas para presos provisórios (art. 300, CPP)
Art. 300.  As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. 
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Prisão em flagrante
	Flagrante é o delito que está sendo cometido ou acabou de sê-lo.
	- Prisão em flagrante é aquela que decorre do crime flagrancial, podendo ser realizada por qualquer pessoa (art. 301, CPP), sem a necessidade de mandado de prisão (art.5º, LXI, CF).
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Prisão em flagrante
Art. 5º, LXI, CF - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
Art. 301, CPP -  Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
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Espécies de prisão em flagrante
Flagrante próprio (art.302, I e II, CPP)
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
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Espécies de prisão em flagrante
b) Flagrante impróprio/quase-flagrante (art.302, III, CPP)
Art.302, III, CPP - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
c) Flagrante Presumido/Ficto (art. 302, IV, CPP)
Art. 302, IV: é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Prisões - parte 2
Espécies de Prisão em Flagrante
d) Flagrante esperado: a polícia toma conhecimento de que um crime irá ocorrer, se antecede à conduta criminosa armando a “campana” e surpreende o agente logo no início da execução do crime.
e) Flagrante prorrogado: a polícia aguarda o melhor momento para efetuar a prisão em flagrante, visando obter melhor êxito no número de envolvidos ou na obtenção de provas.
Previsão legal:
Lei de Combate ao Crime Organizado - 12.850/13, art.3º, III;
Lei de Drogas - 11.343/06, art.53, II.
Prisões - parte 2
Espécies de Prisão em Flagrante
FLAGRANTES ILEGAIS!
f) Flagrante preparado/provocado: o agente é induzido a cometer o crime, momento em que é preso em flagrante.
. STF – Súmula 145: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.
g) Flagrante forjado: é aquele armado para prejudicar pessoa inocente. O preso não teve conduta criminosa alguma, foi incriminado pela pessoa que o prendeu.
Prisões - parte 2
Procedimentos e Formalidades
Art. 5º, CF/88, LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
Art. 5º, LXIII, CF - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
Prisões - parte 2
Procedimentos e Formalidades
Remessa à autoridade judicial: dentro de 24h seguintes à realização da prisão o auto de prisão em flagrante deverá ser encaminhado ao juiz, a fim haver o controle judicial do ocorrido (art. 5º, LXII, CF; art. 306, §1º, CPP).
O desrespeito a esses procedimentos e formalidades acarretará a nulidade da prisão em flagrante e o consequente “relaxamento” pelo juiz.
Prisões - parte 2
Procedimentos e Formalidades
Procedimento do juiz ao receber o auto de prisão em flagrante (art. 310, CPP):
Art. 310, CPP -  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

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