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ESTRUTURA CRISTALINA Continuação Ciência e Tecnologia dos Materiais Parâmetros de Rede de uma estrutura cristalina: Sistemas de coordenadas estabelecidos: x, y, z. A geometria da célula unitária é completamente definida em termos de seis (6) parâmetros: Comprimento das três arestas: a,b,c Ângulos entre os três eixos: α, β, γ x y z Sistemas de coordenadas estabelecidos: x, y, z. Parâmetros Lineares: a,b,c Parâmetros Ângulares: α, β, γ Ciência e Tecnologia dos Materiais Parâmetros de Rede (6 total) Combinações diferentes dos parâmetros de rede formam sete sistemas cristalinos: Cúbico Tetragonal Hexagonal Ortorrômbico Romboédrico Monoclínico Triclínico Ciência e Tecnologia dos Materiais Sistemas Cristalinos (7 total) Relação entre os parâmetros de rede das células unitárias para sete sistemas cristalinos. Ciência e Tecnologia dos Materiais Profª Erica Marinho Variações internas nos sistemas cristalinos Ciência e Tecnologia dos Materiais Direções Cristalográficas: Direção cristalográfica é definida como linha entre dois pontos, ou um vetor. Para designar as direções cristalográficas utiliza-se 3 números inteiros ou índices. Usa-se o sistema de coordenadas que consiste em três eixos (x, y, z), cuja origem está localizada em um dos vértices. Ciência e Tecnologia dos Materiais Direções Cristalográficas: O comprimento da projeção do vetor sobre cada um dos eixos é determinado; estes são medidos em termos das dimensões da célula unitária, a,b e c. Se esses três não forem inteiros, eles são multiplicados ou divididos por um fator comum, a fim de reduzi-los aos menores valores inteiros. Esses valores (índices), não separados por vírgula, são colocados entre colchetes: [uvw]. Os inteiros u, v, e w correspondem às projeções reduzidas ao longo dos eixos x,y e z, respectivamente. Ciência e Tecnologia dos Materiais Direções Cristalográficas OBSERVAÇÕES: Pode existir coordenadas positivas ou negativas. São possíveis índices negativos, representados mediante a colocação de uma barra sobre o índice apropriado. ¯ DIREÇÕES (o,o,o) DIREÇÕES NOS CRISTAIS • São representadas entre colchetes= [hkl] • Se a subtração der negativa, coloca-se uma barra sobre o número Os números devem ser divididos ou multiplicados por um fator comum para dar números inteiros Direções Cristalográficas Direções Cristalográficas Ciência e Tecnologia dos Materiais Direções Cristalográficas: OBSERVAÇÕES: Direções equivalentes são agrupadas em família, que é representada por colchetes angulados. <uvw> Qualquer propriedade direcional (mód de Young, permeabilidade magnética, índice de refração) será idêntica nessas oito direções. Portanto é conveniente identificar esta família de direções como <111> em lugar do uso dos índices das oito direções individuais. Ciência e Tecnologia dos Materiais Direções Cristalográficas: Exercício Representar as direções: [ 111 ], [ 111 ], [ 111 ], [ 111 ]. Ciência e Tecnologia dos Materiais Planos Cristalográficos: Um cristal contém planos de átomos que influenciam as propriedades e comportamento de um material. Plano cristalino é o arranjo bidimensional de átomos. Notação cristalográfica: Plano (parênteses): (hkl) Índices de Miller Família de planos (chave): {hkl} Ciência e Tecnologia dos Materiais Planos Cristalográficos: Procedimento empregado para determinação dos valores h, K, l: Se o plano passa através da origem que foi selecionada, nova origem deve ser estabelecida no vértice de uma outra célula unitária. O plano intercepta ou é paralelo a cada um dos três eixos. O comprimento da interseção planar para cada eixo é determinado em termos dos parâmetros de rede a, b, c. Ciência e Tecnologia dos Materiais Planos Cristalográficos: Um plano que é paralelo a um eixo pode ser considerado como tendo uma interseção no infinito e, portanto, um índice igual a zero. ∞ = 0 (índice zero) Se necessário, estes três números são modificados para o conjunto de menores números inteiros (multiplicação ou divisão por um fator comum) Índices inteiros, não separados por vírgula, são colocados entre parênteses, assim: (hkl) Planos Cristalográficos - Resumindo ESTRUTURA CRISTALINA MATERIAIS MONOCRISTALINOS E POLICRISTALINOS ESTRUTURA CRISTALINA Ciência e Tecnologia dos Materiais Formação de uma Microestrutura: Líquido-Sólido (FUNDIÇÃO) 1. Pequenos Cristais ou Núcleos se formam em várias posições. (orientações aleatórias) 2. Os pequenos grãos crescem mediante a adição sucessiva de átomos (líquido vizinho). 3. As extremidades de grãos adjacentes se chocam com o término da solidificação. Policristais: As propriedades podem/ não podem variar com a direção. Se os grãos são aleatoriamente orientados: isotropia. Se os grãos são orientados: anisotropia. Ciência e Tecnologia dos Materiais Monocristais x Policristais: A anisotropia pode ser introduzida em um metal policristalino através de sua laminação. Antes Após Ciência e Tecnologia dos Materiais Isotrópico: grãos são aprox. esféricos e aleatoriamente orientados. Anisotrópico: a laminação afeta a orientação e a forma dos grãos. IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Ciência e Tecnologia dos Materiais Introdução: Cristal perfeito. Empilhamento perfeito de átomos. Ciência e Tecnologia dos Materiais Introdução: Sólido idealizado não existe; todos os materiais contêm grandes números de uma variedade de defeitos ou imperfeições. As propriedades são profundamente sensíveis a desvios da perfeição cristalinas “ DEFEITOS” PROPRIEDADES O que é um defeito (imperfeição)? O tipo e o número de defeitos dependem do material e das circunstâncias sob as quais o cristal é processado. Ciência e Tecnologia dos Materiais Tipos de Imperfeições Defeito cristalino - irregularidade na rede cristalina com uma ou mais das suas dimensões na ordem de um diâmetro atômico. Defeitos Pontuais - defeitos associados a uma ou duas posições atômicas. Defeitos Lineares - defeitos unidimensionais. Defeitos Interfaciais ou Contorno - defeitos bidimensional. Ciência e Tecnologia dos Materiais Defeitos Pontuais • Lacunas ou sítio vago • Intersticial e auto-intersticial Impurezas em sólido (solução sólida): • Defeito substitucional • Defeito intersticial LACUNAS OU VAZIOS LACUNAS OU VAZIOS TK Q N N C vvd . exp LACUNAS OU VAZIOS Gráfico de Arrhenius (Cd versus T): A partir de um gráfico experimental de ln(Cd) versus 1/T é possível determinar a energia de ativação LACUNAS OU VAZIOS EXEMPLO: Calcular a concentração de vacâncias em uma estrutura de cobre à 200oC e a 1080oC (Tf = 1084 oC) INTERSTICIAIS INTERSTICIAIS Auto-intersticial – é um átomo do cristal que se encontra comprimido no interior de um sítio intersticial, um pequeno espaço vazio que sob circunstânciasordinárias não é ocupado. Ciência e Tecnologia dos Materiais Representação bidimensional de uma lacuna e um auto-intersticial. Interstícios na rede cúbica (C no Fe) DEFEITOS DE FRENKEL Ocorre em sólidos iônicos Ocorre quando um íon sai de sua posição normal e vai para um interstício DEFEITOS DE SCHOTTKY Estão presentes em estrutura de compostos na qual tem de ser mantido o balanço de cargas Envolve a falta de um ânion e/ou cátion CONSIDERAÇÕES FINAIS Vazios e defeitos de Schottky favorecem a difusão Estruturas de empacotamento fechado tem um menor número de intersticiais e defeitos de Frenkel Muitas vezes adicionamos “defeitos” intencionalmente com a finalidade de aumentar a resistência mecânica, a corrosão, a condutividade elétrica, etc. RESUMO IMPUREZAS EM SÓLIDOS Ciência e Tecnologia dos Materiais Impurezas em Sólidos Pureza dos metais alcança até 99,9999%. Átomos de impurezas estarão presentes em 1022 a 1023 átomos/m3. Liga – uma substância metálica composta por dois ou mais elementos. As ligas são utilizadas em Metais para melhorar propriedades, como por exemplo aumentar a resistência mecânica e sua resistência à corrosão. IMPUREZAS EM SÓLIDOS SOLUÇÕES SÓLIDAS SOLUÇÕES SÓLIDAS SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS Substitucional - Os átomos do soluto ou átomos de impurezas tomam o lugar dos átomos hospedeiros ou os substituem. Ex: Cobre e Níquel (solução sólida substitucional, em qualquer proporção) FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO DA SOLUÇÃO SÓLIDA Fator do tamanho atômico. (diferença entre R.A. < 15%) 1.Estrutura Cristalina (deve ser a mesma) 2.Eletronegatividade (devem ser próximas) 3.Valências (dissolver um metal de maior valência) EXEMPLO: Cu em Ni SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS Ciência e Tecnologia dos Materiais Defeitos Intersticiais e Substitucionais Representação esquemática bidimensional de um átomo de impureza substitucional e um átomo de impureza intersticial. DEFEITOS DE LINHA • Discordância aresta/ cunha • Discordância espiral/ hélice • Discordância mista DISCORDÂNCIA DISCORDÂNCIAS • Discordância em cunha ou aresta Plano extra de átomos no reticulado que provoca uma imperfeição linear. Zonas de compressão e de tração acompanham esse tipo de discordância, que possui ao longo de sua linha um aumento de energia. DISCORDÂNCIA EM ARESTA (CUNHA) DISCORDÂNCIA EM ARESTA (CUNHA) DISCORDÂNCIA EM CUNHA (LINHA) •Vetor de Burgers Vetor de Burgers (b) representa a magnitude e a direção da distorção do reticulado. A magnitude desta distorção normalmente tem a ordem de uma distância interatômica. Na discordância em cunha o vetor de Burgers é perpendicular a linha de discordância (plano extra). DISCORDÂNCIA EM CUNHA (LINHA) DISCORDÂNCIA EM HÉLICE DISCORDÂNCIA EM HÉLICE Ocorre quando o empilhamento atômico é feito na forma de uma mola. DISCORDÂNCIA EM HÉLICE DISCORDÂNCIA MISTA OBSERVAÇÃO DAS DISCORDÂNCIAS DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Em uma escala microscópica a deformação plástica é o resultado do movimento dos átomos devido à tensão aplicada. Durante este processo ligações são quebradas e outras refeitas. • Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente envolve o escorregamento de planos atômicos, o movimento de discordâncias. • Então, a formação e movimento das discordâncias têm papel fundamental para o aumento da resistência mecânica em muitos materiais. A resistência mecânica pode ser aumentada restringindo-se o movimento das discordâncias DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • O movimento das discordâncias pode parar na superfície do material, no contorno de grão ou num precipitado ou outro defeito. • A deformação plástica corresponde à deformação permanente que resulta principalmente do movimento de discordâncias (em cunha ou em hélice) • A quantidade e o movimentos das discordâncias podem ser controlados pelo grau de deformação do material e/ou tratamentos térmicos • Com o aumento da temperatura há um aumento na velocidade de deslocamento das discordâncias favorecendo o aniquilamento mútuo das mesmas e formação de discordâncias únicas. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Quando um átomo de uma impureza está presente, o movimento da Discordância fica restringido, ou seja, deve-se fornecer energia adicional para que continue havendo escorregamento. Por isso soluções sólidas de metais são sempre mais resistentes que seus metais puros constituintes. DEFEITOS SUPERFICIAIS (INTERFACIAIS) DEFEITOS INTERFACIAIS DEFEITOS INTERFACIAIS SUPERFÍCIES EXTERNAS CONTORNO DE GRÃO CONTORNO DE GRÃO FORMAÇÃO DO CONTORNO DE GRÃO Existem alguns desencontros atômicos na transição da orientação cristalina de um grão para aquela de outro grão adjacente. Os contornos são quimicamente mais reativos. Átomos de impurezas segregam preferencialmente ao longo dos contornos. Grãos grandes levam a menores Áreas de contorno e menor Energia Os grãos crescem quando se encontram a temperaturas elevadas, a fim de reduzir a energia do contorno. Apesar do arranjo desordenado de átomos e da falta de uma ligação regular ao longo dos contornos de grãos, um material policristalino ainda é muito forte; forças de coesão estão presentes no interior e através do contorno. Materiais com grãos menores apresentarão maior resistência, pois a diferença de orientação resultará em uma descontinuidade de plano de escorregamento. CONTORNO DE GRÃO CONTORNOS DE MACLA É um tipo especial de contorno de grão através do qual existe uma simetria específica em espelho da rede cristalina; isto é, os átomos em um dos lados do contorno estão localizados em posições de imagem em espelho dos átomos no outro lado do contorno. Maclas de deformação (forças de cisalhamento) CCC, HC. Maclas de recozimento (tratamento térmico) CFC. CONTORNOS DE MACLA CONTORNOS DE MACLA OUTROS DEFEITOS INTERFACIAIS DEFEITOS VOLUMÉTRICOS INCLUSÕES POROSIDADE FORMAÇÃO DE SEGUNDA FASE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA CONTORNO DE GRÃO DEFORMAÇÃO PLÁSTICA - POLICRISTALINOS • O contorno de grão interfere no movimento das discordâncias •Devido as diferentes orientações cristalinas presentes, resultantes do grande número de grãos, as direções de escorregamento das discordâncias variam de grão para grão. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA - POLICRISTALINOS • O contorno de grão funciona como uma barreira para a continuação do movimento das discordâncias devido as diferentes orientações presentes e também devido às inúmeras descontinuidades presentes no contorno de grão • Se os metais deformados plasticamente forem submetidos ao aquecimento controlado, este aquecimento fará com que haja um rearranjo dos cristais deformados plasticamente, diminuindo a dureza dos mesmos • Depois da recristalização se o material permanecer por mais tempo em temperaturas elevadas o grão continuará à crescer • Em geral, quanto maior o tamanho do grão mas mole é o material e menor é sua resistência
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